Uma vida de Bullying e Abusos e como fui transformada por ela – Parte 10 – Mulher e feliz

Um conto erótico de Carla.M.
Categoria: Heterossexual
Contém 7206 palavras
Data: 12/02/2025 10:21:41

Após o reencontro com Lucas e ter feito sexo com ele chegando aos primeiros orgasmos de minha vida, decidimos namorar e depois dormiríamos juntos. Na manhã seguinte ele iria querer me levar até em casa e conversar com meus pais e sabia que não seria uma conversa fácil pois conheciam Lucas de ouvir falar como mais um de meus abusadores, mas se conseguisse fazer minha mãe ficar sabendo antes o que aconteceu naquela noite isso iria amolecer o coração deles.

Estava na cama abraçada a ele e respondi a seu desejo de conversar com meus pais.

– Tudo bem, se você tiver essa coragem. Você pode ouvir algumas coisas que não goste.

– Coisas que eu vou merecer ouvir, então vou ter que ouvir quieto. Só quero dizer que era muito novo e não sou mais aquele garoto. Conto com você para me ajudar, falou sorrindo.

– Não fosse ajudar não iria aceitar namorar.

– Posso te perguntar algo sobre o que fizemos?

– Claro.

– Você disse que o lugar mais sensível de seu corpo são seus seios, depois descobri seu pescoço e orelha, mas e lá em seu bumbum, te excitou?

– Não muito. Excitação mesmo quase nada, mas gostei pela primeira vez de ter você dentro de mim nos unindo. De verdade mesmo. Me excitou essa união de nossos corpos ajudando a me fazer gozar.

– Que bom, me deixa aliviado porque seria muito difícil resistir esse bumbum lindo, gostoso e fofo que você tem.

– Não precisa resistir. Só espero termos uma opção melhor no futuro que você goste mais do que meu bumbum e que eu possa sentir o prazer da penetração também.

– Vou orar todos os dias para que isso aconteça. Que sintamos o prazer da penetração da mesma forma.

– Depois do que aconteceu essa noite, agora estou animada e acredito nisso.

– Sabe, tem uma coisa que sempre quis fazer e não tinha como lá no colégio. Aqui dá. Tomar banho com você. Você fica de calcinha.

– Não dá Lucas. Molhada a calcinha vai ficar transparente e vou ficar inibida. Prometo tomar muitos banhos com você depois que me recuperar da cirurgia, mas tem outra coisa que nunca fizemos lá e podemos fazer aqui e vou fazer só de calcinha se você me esquentar. Dormir juntos.

– Está bem. Vou adorar dormir te abraçando. Vamos deixar o banho para quando você disse.

Fui tomar banho primeiro e depois foi Lucas que ficou só de cueca. Nos deitamos e ele me abraçou por trás me envolvendo totalmente com aquele corpão me fazendo me sentir segura como nunca me senti.

– Não é só para o sexo que essa cama é melhor, brinquei.

– Não mesmo. Esse colchão é mil vezes mais confortável que aquele.

– Mais duas semanas e você se livra dele.

– Vou sentir saudade daquele quarto apesar disso.

– Agora vamos dormir. Obrigado pelo melhor dia de minha vida meu amor. Eu te amo.

– Acho que estou sonhando. E eu que achei que só iria encontrar meu amigo Carlinhos. Também foi meu melhor dia. Boa noite meu amor. Eu te amo e faz tempo.

Fiquei lá pensando em minha vida, que finalmente parecia ter um caminho certo a seguir, mas logo fui engolida pelo sono nos braços daquele homem lindo.

Na manhã seguinte acordei bem cedo e quando olhei para o lado Lucas me encarava e após trocar um selinho de bom dia ele me puxou para seu colo e fizemos amor, sim amor desta vez, com ele me fazendo tremer toda de excitação por seu tratamento em meus seios e de novo gozei junto com ele para confirmar que o que aconteceu na noite anterior não foi um acontecimento único.

Decidi que por mais que aqueles hormônios e o inibidores me dessem mal estar iria aguentar, pois eles me fizeram sentir prazer, o que achei que nunca conseguiria na vida. Quando terminamos Lucas quis me mandar para tomar banho antes, mas eu tinha outros planos.

– Vou ligar para tranquilizar minha mãe. Ela acorda cedo e já deve estar ansiosa e vou tentar amolecer o coração deles para que não sejam muito duros com você. Então não precisa ter pressa.

Quando escutei Lucas entrar sob o chuveiro fiz a ligação. Não queria que ele ouvisse minha conversa com mamãe, pois teria que contar como foi para que aceitasse o que eu iria falar. Ela atendeu logo parecendo esperar minha ligação.

– Oi mãe, estou ligando cedo pois sei que você estaria preocupada.

– Eu estava. Tudo bem com você?

– Tudo maravilhoso mãe. O Lucas não está aqui então posso contar. Eu consegui mãe. Eu consegui. Senti prazer e tive mais de um orgasmo. Depois te conto mais detalhes. Tenho mais certeza do que nunca que quero continuar o tratamento e fazer a cirurgia.

– Estou até chorando de felicidade filha. Então seu desanimo acabou?

– Totalmente. Tenho mais uma coisa para contar. Não vai ficar brava porque é o que eu quero e preciso agora.

– Conte logo. Me deixou nervosa.

– Eu e o Lucas estamos namorado.

Mamãe ficou quieta um pouco até que respondeu.

– Tem certeza?

– Tenho mãe. Já conversamos sobre ele outro dia. Ele é o único em quem eu confio. Só que tem outra coisa.

– Me diz logo. Quer me matar do coração?

– Ele vai me levar em casa e já quer conversar com vocês para pedir autorização.

– Ele tem coragem.

– O conhecendo verão que ele não é nada do que vocês imaginam.

– Tudo bem. Vou avisar seu pai.

– Podemos tomar café de domingo com vocês? Assim chegamos mais rápido.

– Claro que sim.

– Mãe.

– Diga filha.

– Além de querer, preciso namorar com ele. Por favor, não o tratem mal e aceitem esse namoro. Se não der certo nós terminamos.

– Vou tentar, mas vai ser difícil esquecer que ele abusou de você.

– Mãeee.

– Está bem. Eu prometo e digo para seu pai fazer o mesmo. Vou me trocar e preparar o café com tudo o que você gosta.

– Obrigado mãe. Eu te amo.

– Também te amo filha.

Assim que desligamos, entrei no banheiro o avisar que tinha terminado e o ver sob a água com aquele corpo bem feito, me fez sentir um arrepio. Os hormônios definitivamente estavam me transformando muito além das formas de meu corpo.

A caminho de casa o preparei para as caras feias de meus pais. Pelo menos quando conhecesse o resto da família não haveria problemas pois só mamãe e papai sabiam o nome dos que abusaram de mim. Exceto Gilmar e Fabricio que eles conheciam. Sem saber o nome jamais imaginariam que era Lucas, mesmo se descobrissem que ele era do colégio.

Quando chegamos entrei em casa segurando na mão de Lucas e fui para a sala de refeição onde sabia que eles nos esperavam para o café. Quando nos viram era evidente o desconforto de todos, principalmente de Lucas e mesmo assim vi minha mãe olhando de boca aberta para ele.

Feitas as apresentações nos sentamos e se meus pais não tocaram no assunto por meu pedido, Lucas o fez pedindo perdão pelo que fez a mim, mas se justificou que era ainda muito garoto e depois nunca mais fez nada que eu não quis. E encerrou dizendo que mudou de vida por minha causa, que se formaria engenheiro e que se eu aceitasse iria querer se casar comigo lá no futuro, finalizando dizendo que me amava desde que me conheceu.

Sua convicção foi inesperada por meus pais e é claro que muitas coisas estariam pendentes em nosso futuro se déssemos certo namorando, principalmente convencer seus pais o que seria um milagre daqueles dos livros de sua igreja.

Meus pais não foram tão duros depois de meu pedido, mas achei que o que Lucas falou também influenciou. Só avisaram que ficariam atentos e qualquer deslize dele não seria perdoado e ele aceitou a condição.

Enfim o café começou e minha mãe tinha que pegar algumas coisas na cozinha e me chamou para a ajudar e pensei que ela queria deixar meu pai conversar as sós com o Lucas, mas não era nada disso. Quando chegamos dentro da cozinha e não podiam nos ouvir, ela pegou em meus braços me olhando.

– Posso não gostar ainda dele, mas ele é lindo filha. Parece um modelo. Você é muito competente, falou sorrindo

– Obrigado mãe. Com o tempo você verá que ele não é só bonito e que também me ama de verdade pois mudou de vida por mim.

– Espero mesmo que aconteça. Você parece feliz.

– Eu tive 3 orgasmos mãe. Como não poderia estar feliz com tudo que minha vida foi até agora. Sinto que tenho uma chance de ser feliz.

– Três? Além de lindo ele também é competente.

– Mãe.

– Te vendo feliz me deixa feliz filha. E também me deixa menos preocupada por te apoiar na mudança. É duro ter certeza se é o melhor a fazer.

– Eu também tinha essas duvida e agora não tenho mais. Não por causa do Lucas, mas por mim.

– É, dá um alivio. Suas primas vão babar por seu namorado.

– Não tem como não babar, né? Até você está babando.

– Ele não é meu tipo, nem quando eu era jovem. Sou loira como você e gostava mais dos morenos como seu pai. Só que o Lucas abala a convicção de qualquer uma.

Mamãe brincava e me provocava, mas estava feliz de a ver fazendo isso, pois tinha deixado de pensar no Lucas da forma como eu não queria que pensasse. Me lembrando que o tinha deixado sozinho com meu pai voltei correndo levando algumas coisas, mas os encontrei em uma conversa muito cordial sobre a escolha da faculdade.

Nosso namoro começou e sabem qual foi a primeira coisa que fizemos como namorados? Estudar juntos para o vestibular sempre em minha casa e além de precisar mesmo estudar, apesar de estar fazendo cursinho noturno dentro do colégio, o que foi uma novidade para mim, o que ele queria era estar comigo por mais tempo.

Começando a confiar nele, meus pais nos deixavam juntos durante a tarde o que nos permitia fazer amor em meu quarto, mas não todos os dias, pois realmente precisávamos passar no vestibular.

A família o conheceu nas festas do final do Ano, onde não estava pela primeira vez Fabricio e seus pais com uma desculpa de viajarem para o exterior, mas era mesmo só um meio de não precisarem ouvir que não eram bem-vindos, pois ficaram do lado de Fabricio mesmo sabendo o que ele tinha feito depois que apanhou de Beto e Junior.

Sua beleza foi o mais comentado, mas também gostaram dele pela boa conversa e pelo modo que me tratava. Lucas não tinha nenhuma inibição de dizer que se casaria comigo quando nos formássemos. Provavelmente poucos acreditaram, mas fui uma delas pois também queria me casar com ele quando meu corpo fosse inteiramente feminino.

Passamos no vestibular, eu na PUC e ele também, só na PUC e de qualquer forma não estudaríamos juntos pois eram em Campus diferentes.

Não saí de casa e não sairia até me casar, se um dia casasse mesmo. Lucas alugou um pequeno apartamento não tão perto de sua Faculdade, só para não ficar longe de mim e podermos nos encontrar quando tínhamos folgas nas aulas.

Junto com meus pais, marcamos a cirurgia para o início de julho para não perder muitas aulas e com o tratamento a todo vapor, meus corpo se afeminava ainda mais. Felizmente os efeitos colaterais tinham diluído e até perdi um pouco de peso, mas nunca mais voltei ao peso anterior pois tinha ganho mais corpo.

Minha vida enfim parecia estar da forma que eu queria e só faltava a cirurgia para finalizar esse ciclo, mas não foi fácil convencer os médicos e a psicóloga. Diferente da Roberta Close e de outras como ela, não quis ser mulher desde muito jovem, então ninguém tinha a convicção que eu tinha sobre a transformação, mas no fim os convenci dizendo que só negava por vergonha, mas que já sabia que meu corpo era feminino.

Três meses antes do que seria a cirurgia viajamos ao exterior para fazer os primeiros exames na clínica, levando todos exames que já tinha feito naqueles meses e estando tudo bem, voltamos deixando marcado para início de julho. O aviso que nos deram foi que a pós-cirurgia seria um pouco complicada, tendo que ficar o maior tempo possível no hospital e depois na cidade para o retorno.

Todos estávamos ansiosos quando foi se aproximando, mas o mais ansioso era Lucas pois não estaria lá me acompanhando e teria notícias só de longe. Apesar de os celulares já existirem há um bom tempo as comunicações internacionais ainda eram complicadas e caríssimas através deles e ele precisaria ter paciência para receber as notícias.

Meus pais não tinham mais nenhuma restrição a ele vendo como me tratava e como eu estava feliz de namorarmos e mesmo com o tratamento afetando meu corpo não tinha mais problema de ter orgasmos com ele, mas não aconteciam todas as vezes não, mas me dava muito prazer o fazer gozar.

Enfim viajamos para a cirurgia e ela foi feita e se não senti nada na hora, senti muitas dores quando pararam de me dar os analgésicos poderosos para as dores. Fiquei alguns dias no hospital e depois fomos para um hotel com uma carga de antibióticos que me deixavam mal.

Minha mãe tinha passado as notícias a Lucas desde o primeiro dia, mas só consegui falar com ele por pouco tempo quando saí do hospital, após ter visto minha xoxota pela primeira vez, me fazendo chorar de alivio e alegria mesmo ela estando toda roxa e cheia de pontos.

Quando tirei os pontos já estava com um visual melhor, mas fui avisada que demoraria meses, até um ano para ela ficar totalmente normal. O mais estranho era fazer xixi sentada. Fazia isso com meu penis as vezes, mas a sensação era bem diferente escutando o xixi bater na água.

Não foi um problema, mas por precaução ficamos mais tempo e tive que ficar só com mamãe porque papai tinha que voltar ao trabalho e minha mãe tinha uma ótima gerente que dava conta das lojas.

Eu falava mais com Lucas dizendo que estava tudo bem e logo estaria em casa e no meio de agosto voltamos, mas teria que voltar a clínica alguns meses depois. Ao me encontrar no aeroporto Lucas quase me derrubou de tão rápido que veio me abraçar e não desgrudou de mim até que eu não aguentei por causa do fuso e tive que ir dormir.

Todos os dias após as aulas ele vinha me ver e toda vez que eu olhava para minha xoxota cada vez menos inchada e roxa me lembrava dele, pois seria ele quem a estrearia alguns meses depois.

Perdi quase um mês de aula, mas sendo uma boa estudante recuperei o tempo perdido e apesar de ainda não ter uma vagina funcional e dela nãos estar totalmente recuperada, me sentia feliz e só esperava poder sentir prazer vaginal com meu namorado. Eu sabia, porque o cirurgião falou mais de uma vez que poderia demorar meses ou nunca sentir, da mesma forma a lubrificação natural que poderia demorar ou nunca ter.

Enquanto não tinha a lubrificação natural usava lubrificantes artificiais e também dilatadores vaginais cada vez mais grossos e maiores para que o canal não fechasse e nem grudasse a pele interior.

Lucas se mostrava extremante controlado não forçando a barra e mais do que impedimento da cirurgia eu só faria algo quando me sentisse segura de meu novo corpo. Em algum momento poderia fazer sexo anal também, mas o problema era o mesmo pois queria me sentir segura de meu corpo e não decepcionar meu namorado.

O final do ano chegou e passou e nós dois fomos aprovados, mostrando que ele ainda estava comprometido com os estudos e comigo, pois seus estudos eram parte de nosso futuro e ele não queria estragar. No início de ano sabendo que logo faria 20 anos estava cada vez mais próximo o momento de fazer sexo vaginal com minha xoxota não tendo mais traços da cirurgia com minha boa da cicatrização. Já tínhamos voltado a clínica no exterior e tinha recebido alta com alguns sinais de que minha lubrificação natural estava funcionado. Então decidi que minha nova vida começaria no dia de meu aniversário e avisei Lucas que ficou extasiado.

Faltavam ainda 4 semanas e aproveitei para fazer exercícios em uma academia perto do apartamento de Lucas em Campinas, pois ainda era férias e eu ia muito lá namorar o que também significava passar nossos momentos de casal sem preocupação com meus pais. Tentei o fazer gozar em minha boca as vezes, mas ele disse que queria gozar comigo e esperaria, provando mais uma vez seu amor.

Com a academia, que ele também fazia não só comigo, mas também sozinho, meu corpo no modo feminino estava mais lindo do que nunca. Só faltava era que eu tivesse prazer em minha nova vagina e logo descobriria.

Com calma fui explicando a Lucas que não conseguiria o ter inteiro em minha vagina pois ela tinha uma profundidade limitada e por ter sido sempre zeloso comigo sabia que não faria nada que me machucasse. Achava que até seria zeloso demais e teria que pedir que fosse menos.

Meu aniversário caía em uma quinta-feira, então a festa para a família foi adiada para o sábado. Decidi passar o café da manhã só com meus pais, a tarde com Lucas e a noite jantaríamos nós 4 em um restaurante que meu pai queria nos levar e depois eu dormiria com Lucas.

No dia, após o longo café com meus pais que se emocionaram por ser meu primeiro aniversário como mulher, fui me preparar para ter minha primeira vez feminina. Eu já tinha cortado o cabelo e feito as unhas nos dias anteriores e só precisaria de um banho, me maquiar e colocar um roupa bem bonita e feminina, mas tive uma ideia de ser bem arrojada.

Eu tinha deixado meus poucos pelos vaginais crescerem escondendo as cicatrizes dos pontos mesmo que ninguém a fosse olhar, mas só para agrado meu, porem as cicatrizes tinham virado pequenos riscos rosas bem finos quase imperceptíveis e para que Lucas a conhecesse de forma chocante decidi a depilar e expor como agora era sua namorada, esperando que ele gostasse.

Eu a estava adorando pois ficou bem fechadinha como disse ao cirurgião que preferia, mas quando a abria lá dentro tinha um rosa delicado e uma tênue lubrificação natural. Nos últimos tempos, sempre que eu e Lucas nos pegávamos, depois descobria que ela estava levemente melada, tanto que já não usava mais a lubrificação receitada.

Ao me depilar toda, quando sai do banho e me olhei no espelho grande me apaixonei por meu corpo todo liso e sem pelos, exceto sobrancelha e cabelos. Eu me odiei antes por não ganhar pelos como os meninos ganhavam, mas naquele momento agradeci o fato de ser assim.

Quando cheguei a seu apartamento ele me agarrou e me beijou fogoso antes de me dar os parabéns. Eu não tinha comprado lingeries especais e muito menos usava um vestido novo. Tinha decidido que a única coisa que chamaria a atenção de meu namorado naquela tarde seria meu novo corpo que ele teve paciência e amor de esperar por longos meses.

Nem preliminar eu queria pois estava taradinha sentindo um formigamento diferente em minhas entranhas.

– Lucas, me espera em seu quarto que vou no banheiro e já vou.

No banheiro me despi e de novo me olhei no espelho pensando se Lucas iria gostar do que eu via. Não dava para ver de corpo inteiro, mas via até o meio de minhas coxas. Minha barriga estava com músculos sutis a deixando bonita como nunca tinha sido. Meus seios já estavam até maiores do que médios, mas tinham parado de crescer. E minha cintura fina chegava lindamente em meu quadril largo e quando me virei e vi meu bumbum mais redondo e arrebitado do que nunca, sabia que Lucas iria adora-lo.

Sai do banheiro e quando cheguei à porta do quarto fiz o gesto mais feminino que eu podia colocando as mãos em meus quadris um pouco curvada para um dos lados. Desde que comecei com os hormônios meus modos foram se tornando mais suaves e femininos naturalmente, mas também por vontade própria com dicas de minha mãe.

Eu era uma mulher completa, a não ser que não poderia dar filhos uterinos a Lucas, mas já tínhamos combinado que adotaríamos.

Quando me viu tentando ser sensual, sua reação foi inesperada, pois começou a chorar. Não um choro muito intenso, mas parecia um choro de alivio.

– Não acredito no que estou vendo meu amor. Você está espetacular. Maravilhosa.

Ele ainda estava vestido e se levantou da cama e veio em minha direção, mas parou a um metro mais ou menos.

– Estou emocionado e feliz, por isso estou chorando. Você lutou muito lá atrás para não se transformar nessa mulher que você se transformou, mas é quem você sempre foi e só tinha algo que te atrapalhava, mas agora você está lindamente completa. Sua buceta é linda como todo o resto e se eu não soubesse, não acreditaria que você não nasceu com ela.

Eu sorri pelo modo que ele falou, pois nunca antes tive uma buceta e nunca falamos sobre isso e eu sempre pensava nela como vagina, até porque era assim que os médicos falavam antes da cirurgia. E gostei, pois, ele me via totalmente como mulher usando a palavra buceta.

– Eu só não aceitava quem eu era, mas depois de ter o primeiro orgasmo com você, tudo o que mais queria era ser mulher. E nesse momento, quero mais do que tudo saber se vou ter prazer como mulher. Vamos para a cama.

Fui para a cama e me deitei no papai e mamãe. Era assim que queria perder minha virgindade vaginal, olhando no olho do homem que eu amava. Lucas não perdeu tempo e logo estava nu e subiu na cama se colocando de joelhos entre minhas pernas abertas. Naquela posição senti meus lábios levemente abertos e ele parecia gostar do que via.

– É incrível. Nem marcas tem e a pele em torno parece tão macia. Você pretende deixar assim sem pelos e lisinha?

– Eu gostei e se você gostou vou deixar assim.

– Eu amei.

– Então vem. Eu te quero muito.

– Posso pelo menos dar um beijinho nela?

Sabia que se tivesse sensações boas ao toque de sua boca lá em minha buceta, como Lucas a chamou, poderia ter orgasmos femininos e então aceitei.

– Só um beijinho e depois vem aqui.

– Você vai precisar de um lubrificante depois?

– Eu trouxe na bolsa, mas tenho tido lubrificações naturais. Vamos ver na hora se precisa.

Lucas se deitou e antes de fazer o que pediu, me analisou.

– Assim de perto dá para ver umas leves marquinhas rosas, mas pelo jeito vão sumir.

– Acho que sim.

Quando se inclinou e beijou sobre meus lábios levemente abertos senti um arrepio correr pelo corpo e me retorci na cama além de gemer. Percebendo que gostei e me excitei Lucas não parou e continuou a dar beijinhos ao longo de minha fenda me fazendo sentir algo ainda mais complexo do que sentia com ele antes da cirurgia.

Era um prazer que parecia partir de minha nova feminilidade se espalhando em ondas por meu corpo. Ele não tinha tocado ainda meu clitóris, parte do que um dia foi minha glande, mas empolgado abriu meus lábios e fez um breve comentário antes de correr sua língua dentro de minha buceta.

– Está bem melada aqui dentro amor. Acho que não precisaremos do lubrificante.

Lucas não chegou a meu clitóris, mas sua língua me tocava de uma forma arrepiante e poderosamente excitante.

Me lembrei que ele teve experiências com uma mulher mais velha e se foi bom porque ele parecia saber o que fazia fiquei com ciúme pela primeira vez na vida. No presente confiava cegamente nele sem sentir ciúme, mas ele tinha um passado.

Já sentia os choquinhos em meu corpo me dizendo que eu gozaria me mostrando de forma definitiva que não dependia exclusivamente da penetração para gozar. O prazer de fazer sexo com quem se gosta de forma voluntária, ter vontade de sentir seu corpo, o desejar era o oposto do sexo a que fui submetida antes e por esse motivo, nunca tinha sentido nada.

Sentindo um prazer inacreditável meu corpo fazia um arco na cama e quando pela primeira vez na vida sinto uma língua em meu clitóris e depois suas lambidas excitantes dando um prazer pontual, um tsunami de emoções me atingiu e tive o mais inesperado orgasmo de minha vida.

– Ahhhh Lucas. Estou gozando.

Não sabia como reagir. Queria dizer para ele não parar. Queria segurar em sua cabeça para que não saísse de lá, mas não consegui fazer nada a não ser sentir o maior prazer de minha vida até aquele momento. Felizmente Lucas não parou tão cedo levando aquele a ser o orgasmo mais longo que já tinha tido.

Quando acabou, meu corpo estava todo largado em sua languidez pós-orgasmo e minha mente estava em curto circuito, pois foi inacreditável o que aconteceu.

Lucas começou a subir beijando meu corpo adorando minha barriga levemente sarada e depois chegou a meus seios com quem não se encontrava há muito tempo e começou a matar a saudade.

– Está ainda mais gostoso do que já era. Está maior, mas continua muito firme, só que agora tem uma leve maciez no toque que não tinha. Será que sai leite se eu sugar forte?

Percebi que foi só uma brincadeira para dizer o quanto eles estavam femininos, mas tinha lido que com o tratamento hormonal poderia se formar não o leite propriamente dito, mas um liquido parecido.

– Você está livre para tentar.

Lucas engoliu minha aréola e começou a sugar meu mamilo como se estivesse mamando me dando um prazer indescritível, mostrando que meus seios continuavam a ser a parte mais sensível e feminina de meu corpo. Ao menos até que eu tivesse testado a minha sensibilidade vaginal.

Me deixando excitada após mamar meus dois seios, Lucas subiu mais por meu corpo até ficar cara a cara comigo.

– Quer que eu vá buscar o lubrificante?

– Você é quem estava lá embaixo. Como ela estava?

– Sua bucetinha?

Foi pura provocação.

– Sim Lucas, minha bucetinha. Agora eu tenho uma.

– E ela é linda e deliciosa. Disse que ia dar só um beijo, mas não resisti.

– Ainda bem que não. Tive o maior gozo que já tive.

– Ela está bem melada. Bem melada mesmo.

– Então não precisa do lubrificante. Vamos tentar assim.

Lucas se moveu pegando seu pau até que enfiou entre meus lábios e ficou escorregando lá dentro deliciosamente. Tive explicações antes da cirurgia de que eu poderia ter essas sensações, mas jamais imaginei que poderiam ser tão intensas. E pelo que me disseram, com o passar do tempo ficariam mais fortes.

Talvez parte dessas novas sensações era porque eu amava Lucas e o desejava imensamente. Nossos corpos pareciam querer um ao outro e ondas de desejo varriam meu corpo. Quando ele encostou sua glande em minha portinha, eu já sabia que gozaria de novo mesmo que não sentisse nada lá dentro.

– Eu vou muito devagar. Não se preocupe e me diga quando quiser que eu pare.

Eu usava o dilatador vaginal, mas o mais grosso deles estava longe da grossura do pau de meu namorado.

– Sei disso. Esse é um dos motivos pelo qual é você quem está fazendo isso. Os outros são porque te amo muito, confio em você e tenho um tesão enorme por meu namorado.

– Sério que você sente tesão assim por mim agora?

– Como se você não soubesse. Fizemos muitas vezes amor antes da cirurgia. Parte desses gozos é porque eu sinto tesão. Acho que para compensar o que nunca senti.

– Não é assim que funciona. Eu sentia muito tesão por você antes e agora sinto muito mais.

– Então chegou a hora de aliviarmos esse tesão. Coloca.

Lucas começou a forçar com cuidado demais.

– Não com tanto cuidado, ou não vai entrar.

Ele colocou mais força e senti meu buraquinho começando a se abrir. Até a grossura do dilatador ao qual meu canal estava acostumado seria fácil, mas logo no meio de sua glande eu já sentia um alargamento que nunca senti. Com o cuidado de Lucas demorei a sentir dor, mas quando toda sua cabeça encaixou eu gemi.

– Ahhhhnnnnn.

– Está doendo? Quer que eu tire?

– Tirar não. Só pare um pouco.

Era uma sensação de preenchimento quase insuportável, mas ao mesmo tempo a sensação era maravilhosa. Uma parte da pele sensível de minha glande tinha se transformado em meu clitóris e o que sobrou agora era a entrada de meu canal vaginal o deixando sensível.

Era deliciosamente gostoso, mas o que me levaria ao orgasmo, seu tivesse um era o todo da situação. As excitações do entorno com meu namorado lindo que provava me amar a cada dia eram tão ou mais poderosas que seu pau invadindo minha buceta.

Pedi que Lucas continuasse e a sensação do pau gostoso de meu namorado enchendo minha buceta por minha vontade só me fazia ficar mais excitada. Sentindo sua pulsação, me concentrei em meu canal e consegui o apertar.

– Ohh, assim vou gozar amor. Já estou me segurando.

Uma de minhas preocupações era a de que Lucas não conseguisse gozar dentro de mim se meu canal fosse muito raso e seu pau entrasse pouco, mas pelo que disse essa preocupação desapareceu.

Como eu, Lucas deveria ter muito tesão pelo que estava acontecendo tirando a virgindade vaginal de sua namorada, e não seria só a penetração que o faria gozar.

Eu gemia muito mais de prazer do que pelo desconforto que sentia, pois era um desconforto bom. Meu corpo inteiro tremia, minha pele arrepiava e minhas terminações nervosas em minha vagina estavam elétricas.

Ao menos já tinha uma certeza antes do final. Mesmo tendo orgasmos com Lucas antes da cirurgia com seu pau em meu rabinho, nunca senti nada lá tão poderoso e prazeroso. Poderia ser o trauma dos abusos, mas o prazer de ter Lucas dentro de mim era incomparavelmente melhor com ele em minha buceta.

Quando chegou ao fundo estava totalmente preenchida e inigualavelmente excitada, mas tinha uma preocupação.

– Quanto foi?

– Mais da metade. Acho que uns dois terços.

– Me disseram que com o uso vai ficar um pouco mais funda.

– Eu não preciso de mais funda. Só com a cabeça dentro eu já estava quase gozando. Ela é quente, apertadinha, melada e aconchegante.

– Mas eu quero. Sem forçar, quanto mais eu tiver você dentro de mim, mais vou gostar. Me faz gozar.

Lentamente Lucas puxou para fora e veio entrando devagarinho de volta me fazendo ter uma sensação deliciosa. Meu corpo inteiro estava em ebulição e devagar ele foi aumentando o ritmo, mas não precisaria de muito mais pois o vai e vem daquela forma era incrivelmente bom.

– Eu vou gozar Lucas. Vou gozar na minha buceta. Não pare.

O ato final que deixou tudo melhor foi Lucas me beijar amorosamente e então eu senti algo delicioso tomando meu corpo ainda mais poderoso daquele que senti antes com sua língua. Fora o prazer físico que sentia, veio outro emocional de alivio após a incerteza se eu conseguiria ser mulher e os dois somados deixaram aquele primeiro orgasmo vaginal/emocional delicioso e altamente satisfatório.

Para completar meu êxtase feminino Lucas gemeu em minha boca e gozou comigo e sentir seu esperma quente no fundo de minhas entranhas femininas foi um sentimento avassalador pois Lucas estava gozando em minha buceta. Minha buceta.

Como meu orgasmo começou antes terminamos juntos e tínhamos tantas coisas para dizer, mas assim que deixamos o beijo ele foi mais rápido, me surpreendendo.

– Como você está se sentindo? Tudo bem lá embaixo? Se puder eu quero mais um vez.

Eu sorri com o relaxamento final de minhas preocupações.

– Estou me sentindo no céu e lá embaixo está tudo ótimo e agora bem melado. Eu tinha tanto medo que ela não fosse o suficiente para você gozar.

Lucas sorriu me dando um selinho.

– Não se preocupe mais, pois foi o maior gozo que já tive. Tanto que quero mais. Posso?

– Você pode amor. Quantas vezes quiser e sempre que tiver vontade. Como prova de meu amor, minha buceta vai ser só sua pela vida toda. Se você a quiser.

Eu chorava de felicidade e ele me acompanhou e chorando voltou a tirar e colocar seu pau duro agora escorregando mais facilmente ficando ainda mais gostoso.

– Eu já te amei assim que te vi como Carlinhos. Depois como Carlinha. Agora te amo como Carla e minha namorada e vou te amar para sempre como minha mulher.

Aquela declaração foi o complemento do melhor momento de minha vida. O agarrei pelo pescoço e o beijei com paixão. Além disso comecei a levantar e abaixar o quadril excitada o querendo mais e mais dentro de mim. Eu não precisaria ter outro gozo, mas queria que meu homem gozasse em mim de novo. Me fizesse sentir mulher. Sua mulher, como ele disse.

Esse foi o momento que definitivamente deixei de pensar em mim como um homem que se transformou em mulher para me ver apenas como mulher. Era o real nascimento da Carla no dia que completava meus 20 anos.

Tendo pensado nisso, liberei totalmente meu lado feminino e além de jogar meu quadril para cima comecei a rebolar no pau de meu homem que sentiu todo meu animo e tesão por ele gozando de novo no fundo de minha buceta e quando senti gozei também selando definitivamente minha feminilidade.

Desta vez, quando terminamos fui eu quem falou primeiro após Lucas sair de cima de mim. Fui me aninhar em seu corpo e seu peito másculo e olhei para ele.

– Gozei de novo.

– Eu vi e senti.

– Não achei que conseguiria ter um segundo, mas sabe porque eu consegui fora o fato de ter seu pau delicioso em minha buceta?

Lucas olhou surpreso pelo meu modo de falar.

– Me diga.

– Porque após aquele primeiro orgasmo meu e também seu, pensei em mim como mulher e não mais como um homem que virou mulher. Agora me sinto mulher de verdade.

Ele sorriu.

– Só você não viu isso antes.

– Eu tinha um pênis Lucas e não sentia nada no sexo com homens. Como poderia me ver como mulher?

– Tudo bem, mas você também tinha um corpo de mulher e ainda assim se achava só homem.

– Eu tentava. Foi como nasci. Só que agora sentindo seu esperma vazar de minha buceta de mulher, tudo isso não tem mais nenhuma importância. É o que sou agora.

– E como mulher você está falando bem desinibida, provocou.

– Foi você quem começou chamando minha vagina de buceta. E quero ter a liberdade de falar de forma intima com você.

– Estou adorando seu modo descontraído de falar agora. Você foi sempre tão reprimida. E como ia chamar de vagina vendo aquele avião de mulher nua e depilada com o corpo perfeito, cheio de curvas e com essa barriguinha sarada?

– Você pode chama-la de buceta quanto quiser. Essa buceta é o símbolo de minha nova vida. Agora vou matar outro desejo seu que fiquei devendo.

– Qual?

– Tomarmos banho juntos.

Seu sorriso foi feliz e lindo.

– Vamos então, falou me tirando de cima dele e se levantando.

– Hoje só quero curtir o banho e esse corpo. Na próxima, talvez role uma sacanagem.

– De que adianta ter um corpo bonito de mulher e uma buceta se não são bem aproveitados. Já te falei que quando quiser.

– Estou adorando essa nova Carla safadinha.

– Só compensando a frieza anterior.

– Continue sempre assim, falou me agarrando e me levando para o banheiro.

Como tudo naquela tarde foi o melhor banho de minha vida, anos-luz de distância daqueles banhos escondidos no colégio interno com as luzes apagadas e sempre tensa de que alguém pudesse chegar e abusar de mim.

Quando saímos e vesti a lingerie não aguentei e telefonei para minha mãe. Iriamos comemorar juntos o aniversário em um jantar, mas queria contar antes. Como tudo que acontecia comigo, ela já sabia que aquela tarde seria a minha primeira vez. Ela e papai, pois mesmo em assuntos femininos não conseguia o deixar de fora por todo amor e apoio que ele me deu.

– Oi mãe.

– Oi Carla. Tudo bem? Porque está me ligando se vamos estar juntos mais tarde?

– Porque não vou aguentar esperar para contar para vocês. Eu tive orgasmos femininos mãe. A cirurgia é um sucesso total.

Percebi que ela levou um tempo pois chorava de felicidade, pois como eu estavam ansiosos e inseguros se a decisão que tomei tinha sido a melhor.

– Que noticia maravilhosa filha. Vou contar para seu pai. Ele também vai ficar feliz e aliviado como eu. Tínhamos medo que não acontecesse.

– Aconteceu mãe e vai continuar a acontecer. Sabe, não me sinto mais como um homem que se transformou em mulher. Estou me sentindo totalmente mulher. Não tenho mais dúvidas e hoje começa essa nova vida. Vou ser feliz mãe, falei emocionada.

– Essa é outra notícia maravilhosa filha. Vamos comemorar triplamente hoje a noite.

– Beijos mãe. Amo vocês.

– Beijos filha também te amamos.

Foi um jantar feliz e inesquecível e Lucas não perdeu a oportunidade de dizer aos sogros que iria casar comigo quando tivéssemos empregos depois de formados.

O que aconteceu a seguir foi que começamos a viver nossa vida com família, estudos e como um casal hetero normal como os outros. Não vou descrever aqui nosso momentos de sexo, pois foram como de todos casais apaixonados e exploramos todas as possibilidades do sexo hetero sem abrir mão do amor. Eu não fazia mais sexo, mas amor.

Vou contar algumas ocorrências importantes que me trouxeram até hoje aos 39 anos.

Lucas demorou 2 anos para contar a seus pais sobre mim. Deve ter sido muito tenso, mas não me contou detalhes para não me aborrecer. E até hoje não sei como fez para os convencer a me aceitarem, porém teve uma condição que aceitei me convertendo a religião deles.

Eu tinha estudado 5 anos no colégio interno com a religião sendo massivamente imposta a nós, então só me converter e a seguir como Lucas a seguia não seria nenhum drama. Não era católica praticante e não seria praticante daquela religião, mas a respeitaria como respeitei a minha anterior.

O primeiro encontro foi difícil, bem difícil, mas no final terminou bem. E o Pastor K, fez questão de dizer o porquê tinha aceito nosso namoro mesmo sendo contra todos seus princípios. Porque se não fosse por mim, ele tinha certeza que já teria perdido o filho há um bom tempo e para dar razão ao pai, Lucas disse que isso possivelmente teria acontecido mesmo.

Apesar de aceitarem nos víamos muito pouco com Lucas morando em Campinas e parecia que não fazia falta a eles me verem com o filho e para ser sincera, nem para mim os vê-los. No entanto os encontros, quando aconteciam, eram cordiais, mas eu e Lucas evitávamos gestos de carinhos na frente deles.

Nos formamos no mesmo ano e fui trabalhar com meu tio em sua Construtora e Lucas em uma Construtora em Campinas, onde fez estágio. Era uma época de grande crescimento na construção e tivemos sorte e ganhávamos bem para poder morarmos juntos e então decidimos nos casar.

Não pôde ser nem religioso e nem civil, mas a cerimônia para os mais próximos foi como a de um casamento normal e decidimos comprar um apartamento maior do que Lucas alugava antes. Tive uma grande ajuda de meus pais na compra e quando me mudei eles ficaram muito tristes, mas também felizes ao mesmo tempo. E estávamos a não mais de 20 minutos deles.

Depois de anos, já adoravam Lucas esquecendo aquele passado de nossa juventude, também porque eles me viam sendo tratada amorosamente em cada momento vendo o quanto ele me amava. E eu a ele.

Em 2006, indiretamente minha musa Roberta Close me ajudou, pois após anos de batalhas judiciais chegando até Supremo Tribunal, ela conseguiu mudar o nome em seus documentos um ano antes. E com essa decisão também consegui mudar o meu.

Por falar na Roberta Close que já morava há anos na Suíça casada com um empresário daquele país, li uma reportagem sobre ela dizendo que tinha feito um teste de DNA que mostrou algo raro pois em seu DNA haviam partes masculinas e femininas, daí seu corpo feminino, sua falta de pelos e sua voz feminina, mesmo tendo um pênis.

Suspeitei que se fizesse o mesmo teste, meu caso seria igual ao dela, mas minha vida estava estabelecida e não tinha mais do porque mexer nisso, pois não mudaria nada.

Em 2010, já mais estabelecidos e com Lucas tendo sido elevado a Diretor da Construtora, decidimos adotar e queríamos filhas. Só filhas. Fora aqueles homens próximos a mim, continuava não confiando em mais nenhum outro. Não só não confiando, mas sempre tendo um pé atrás em relação a eles e não iria querer sentir isso por meus filhos se fossem homens.

Então a escolha foi que fossem meninas e como se tivessem sido mandadas para nós, conhecemos duas bebês gêmeas e nos apaixonamos por elas e as adotamos.

Hoje estão com 14 anos e são lindas de todas as formas, tendo corações bondosos mesmo na adolescência. Quando achamos que entenderiam contamos do porque a adotamos e eu não poder ter filhos e elas estão muito bem com isso.

Em todo caso, achamos melhor que tivessem algumas conversas com uma terapeuta e elas aceitam de verdade quem eu sou hoje. Felizmente pouca gente fora da família conhece minha história então elas não sofrem nenhum bullying por esse motivo o que que era uma grande preocupação minha. Pouca gente sabe mais do que eu o que isso causa a um jovem adolescente.

Somos uma família feliz com alguns percalços como todas as famílias, mas que nunca afetaram nossa união. Lucas não deixou de me amar e muito menos de me desejar me dando os melhores prazeres femininos. Apesar dos traumas nunca deixei de fazer anal com ele, pois além de meu amor amar meu bumbum, era um modo de o ter inteiro dentro de mim, pois minha vagina nunca conseguiu o ter inteiro. Talvez três quartos, mas nunca mais do que isso.

Melhor de tudo foi que ele nunca tocou um dedo em mim que não fosse para me fazer carinhos ou qualquer outro gesto amoroso, me consolar nos momentos ruins e me abraçar nos momentos bons.

No final temos a certeza que um salvou a vida do outro e se é impossível esquecer o que aconteceu comigo, é algo que me lembro com cada vez menos frequência. E na maioria das vezes para agradecer o quão boa minha vida é hoje em relação a vida que vivi naqueles anos de minha juventude. Esse relato é minha última manifestação sobre esse passado.

Para finalizar a mensagem que quero deixar é que se suspeitarem que um ou uma jovem esteja sendo abusado ou abusada, denunciem. Você poderá estar salvando a vida dele ou dela.

Deixo um agradecimento especial a todos que chegaram ao fim dessa minha longa história. Tenham uma ótima vida.


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Comentários

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Carla,gostei muito do seu relato.

Me perdoe dizer,mas embora você tenha uma vagina totalmente funcional,não acredito que tenha um orgasmo por ela.

Acredito que você possa sentir uma grande excitação por ela,talvez psicológica,pelo seu desejo de finalmente ter uma vagina.

Mas o importante é que vocês estão felizes,se amam e se respeitam.

No mas,desejo que seja muito feliz.

Ah,hoje em dia,mesmo se você não tivesse trocado o nome,seria possível se casar no civil.

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Estava esperando esse final desde domingo. Nunca tinha lido algo parecido. Escreveu muito bem e, de verdade mesmo, fico feliz que tenha se tornado uma pessoa feliz com uma bela família. Na sua história, vimos que a confiança na família e o amor familiar verdadeiro faz superar muita coisa ruim do passado. A parte dos animais me deixou revoltado e enojado com os marginais. Espero que todos além do Frank tenham um fim parecido com o dele. O Lucas se redimiu e provou ter se arrependido. Isso é bom.

Deixo aqui meu agradecimento por essa rica história.

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Perfeito!

Parabéns pela superação...

Li o conto emocionado.

Sou hétero mais sua história de superação é incrível parabéns a vocês...

Felicidades

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Maravilhosa sua história, Carla.

Ainda que revoltante o início de abusos, o final é tudo que todo mundo gosta: redenção e felicidade.

Meus votos são de que sua felicidade continue duradoura junto às suas filhas, marido e família.

Espero, também, que desenvolva um sentimento muito importante: a amizade. Ainda que amizade entre mulheres seja coisa rara, não é impossível. Acredito que a amizade verdadeira é um sentimento muito mais intenso que o amor conjugal. No amor conjugal, quando algo dá errado, o carinho e o sexo sempre podem ajudar numa reconciliação. Essa possibilidade não existe na amizade, que depende única e exclusivamente da dedicação dos dois atores para que seja longa e benéfica.

Pode ser que já experimente esse sentimento e apenas não tenha feito parte do seu relato. Nesse caso, desejo que suas amizades sejam tão sólidas quanto seu casamento.

Por fim, agradeço imensamente os momentos de deleite proporcionados pelo seu relato.

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