Capítulo 3: Um banho diferente

Um conto erótico de Sofia Anonima
Categoria: Heterossexual
Contém 1251 palavras
Data: 06/02/2025 19:44:29

Capítulo 3: Um banho diferente

As noites haviam se tornado meu maior tormento. Quando a casa finalmente silenciava, quando as distrações do dia desapareciam, eu era deixada sozinha com meus pensamentos — e com meus desejos. Eram nessas horas que a imagem de Daniel no banheiro voltava à minha mente, insistente, como uma sombra que eu não conseguia afastar. Eu tentava me convencer de que estava exagerando, que aquilo era apenas uma consequência da solidão e da carência acumuladas ao longo dos anos. Mas, por mais que eu tentasse reprimir, havia uma parte de mim que se alimentava daquela fantasia proibida, uma parte que eu não conseguia mais ignorar.

Uma noite, após um dia particularmente estressante no trabalho, decidi tomar um banho quente para relaxar. Entrei no banheiro e fechei a porta, mas não completamente. Era algo automático agora; raramente nos preocupávamos em trancar ou fechar totalmente a porta, já que aquele era o único banheiro da casa. Além disso, a fechadura era antiga, com um buraco grande no meio, o tipo que permitia ver o interior do cômodo se alguém encostasse o olho ali. Sabia que isso era algo que deveria ter consertado há anos, mas nunca parecia ser uma prioridade. Até então.

Liguei o chuveiro e entrei no box, sentindo a água quente escorrer pelo meu corpo. O vapor começava a preencher o pequeno espaço, envolvendo-me em uma névoa quente e úmida. O som da água batendo contra o chão do box ecoava no silêncio da noite, criando uma espécie de ritmo hipnótico que me fazia esquecer, por alguns segundos, o peso das minhas preocupações. Mas, mesmo sob a água quente, minha mente continuava inquieta. Hesitante, deixei minhas mãos deslizarem pelo próprio corpo, algo que não fazia há muito tempo. Tentei me concentrar apenas na sensação, mas inevitavelmente minha imaginação começou a vagar. E então, como sempre acontecia ultimamente, pensei em Daniel.

A imagem dele nu no banheiro invadiu meus pensamentos, e senti um calor intenso percorrer meu corpo. Meu coração acelerou, e minhas mãos começaram a tremer. Sabia que deveria parar. Aquilo era errado, tão errado que mal conseguia admitir para mim mesma. Mas a excitação era forte demais para resistir. Fechei os olhos e permiti-me continuar, imaginando como seria sentir as mãos dele em meu corpo, como seria o toque dele. Cada movimento das minhas mãos era como um eco da fantasia que crescia dentro de mim.

Meus dedos deslizaram lentamente pela barriga molhada, descendo até o ponto onde o desejo pulsava mais forte. A água escorria pelos meus seios, pelos meus quadris, misturando-se às gotas de suor frio que brotavam na minha pele. Eu podia sentir o calor entre minhas pernas aumentando, como se meu corpo estivesse implorando por alívio. Minha buceta estava encharcada, e cada toque me fazia gemer baixinho, quase sem perceber. O som da água abafava meus gemidos, mas eles ainda escapavam, roucos e cheios de necessidade.

Mas algo estava faltando. Eu precisava de mais. Precisava de algo que simulasse o que eu realmente desejava, algo que representasse o peso proibido dos meus pensamentos. Foi então que meus olhos pousaram no frasco de shampoo ao lado do chuveiro. Ele tinha cerca de 15 centímetros, com uma base lisa e firme. Peguei-o hesitante, sentindo seu peso na mão molhada. Sabia que aquilo era errado, mas também sabia que não conseguiria parar.

Desliguei o chuveiro e me sentei no chão frio do box, apoiando as costas contra a parede azulejada. A água ainda escorria pelo meu corpo, formando pequenas poças ao meu redor. Com as mãos trêmulas, passei o shampoo pelos lábios da minha buceta, lubrificando-o com a própria umidade do meu corpo e um pouco do shampoo. Então, com cuidado, comecei a pressioná-lo contra mim, introduzindo-o devagar. Era estranho, mas ao mesmo tempo incrivelmente excitante. Imaginei que era ele — que era Daniel. Que era seu pau duro e quente entrando em mim, preenchendo-me de uma forma que eu nunca havia sentido antes.

Comecei a mover o frasco para frente e para trás, entrando e saindo de mim com movimentos firmes e deliberados. A cada estocada, sentia o prazer aumentar, como se estivesse finalmente tocando algo profundo dentro de mim. Minha outra mão desceu até o clitóris, massageando-o em círculos rápidos enquanto o frasco continuava seu vai-e-vem. O som da água pingando no chão misturava-se aos meus gemidos abafados, criando uma sinfonia de prazer que parecia preencher todo o ambiente.

Eu estava perdida naquela sensação, entregue à fantasia que consumia meus pensamentos. Imaginei que eram as mãos de Daniel, seus dedos habilidosos explorando cada parte de mim. Imaginei seu corpo colado ao meu, sua respiração quente roçando no meu pescoço enquanto ele me penetrava. Cada movimento do frasco me levava mais perto do limite, até que finalmente senti o orgasmo começar a crescer dentro de mim.

Minha respiração ficou ofegante, e meus gemidos se tornaram mais altos, quase incontroláveis. Apertei os olhos com força, tentando conter o som enquanto meu corpo tremia incontrolavelmente. O prazer explodiu dentro de mim como uma onda avassaladora, e eu tive que apoiar uma das mãos no chão para não cair. Meus músculos se contraíram em torno do frasco, e eu senti o calor se espalhar por todo o meu corpo, desde o ventre até as pontas dos dedos dos pés. A água continuava a cair sobre mim, lavando os vestígios do meu prazer, mas o eco do orgasmo permanecia, vibrando em cada nervo.

Foi então que ouvi um som suave vindo do corredor. Meu coração parou por um instante, e abri os olhos, olhando imediatamente em direção à porta. A luz do corredor filtrava-se pelo buraco da fechadura, e percebi que havia alguém ali. Era Daniel. Ele estava ali, observando-me.

A ideia de que ele estava me vendo, de que ele sabia o que eu estava fazendo, era proibida e errada, mas também incrivelmente intensa. Era como se meu corpo traísse minha mente, reagindo de maneiras que eu não conseguia controlar. Eu deveria ter parado. Deveria ter dito algo, qualquer coisa, para romper aquele momento. Mas não consegui. Em vez disso, mantive os olhos fixos na porta, continuando a me tocar, imaginando que era ele, e não o frasco, dentro de mim. Minha respiração ficou ofegante, e cada movimento parecia amplificar a tensão no ar.

Quando finalmente terminei, saí do box. Foi então que algo estranho aconteceu. No fundo, talvez inconscientemente, eu queria provocá-lo. Queria me sentir desejada, mesmo que fosse por meu próprio filho. Peguei a toalha e me virei de costas para a porta. Minha bunda estava bem alinhada com o buraco da fechadura, e eu me sequei lentamente, como se estivesse me exibindo para ele.

Cada movimento era proposital, embora eu tentasse me convencer de que não era. Passei a toalha pelas costas, pelos braços, pelos cabelos molhados, demorando-me mais do que o necessário. Sentia-me exposta, vulnerável, mas também poderosa. Sabia que ele estava ali, assistindo, e isso me excitava de uma forma que eu não entendia completamente.

O momento parecia durar uma eternidade, até que ouvi seus passos se distanciando. Quando percebi que ele tinha ido embora, parei, ofegante, encostando-me na parede fria do banheiro. Sentia-me dividida entre a culpa e a satisfação. Sabia que havia cruzado uma linha que não poderia ser desfeita, e isso me aterrorizava. Mas, ao mesmo tempo, uma parte de mim se sentia viva de uma maneira que não sentia há anos. Era como se algo dentro de mim tivesse despertado, algo que eu não sabia se queria ou deveria controlar.


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