Obsessão. Parte 9.

Um conto erótico de Lukinha
Categoria: Heterossexual
Contém 5134 palavras
Data: 03/02/2025 15:50:30

O tempo estava passando rápido desde que consegui a guarda da minha filha, e Mina … sumiu. Por duas semanas, nenhum sinal dela.

Parte de mim se preocupava, porque conhecia bem a mulher com quem estive casado. Ela não aceitaria a derrota em silêncio por tanto tempo. Mas, ao mesmo tempo, eu não podia parar minha vida esperando o próximo golpe. Havia muito a ser feito. A mudança era necessária.

Eu não queria apenas um novo lar para mim, mas um recomeço para minha filha, longe do caos que tinha sido sua vida nos últimos meses. O apartamento já não fazia sentido. Era pequeno e impessoal. O oposto de um lar. Eu queria um espaço onde minha filha pudesse crescer com segurança, sem medos, sem disputas.

Encontrei exatamente o que precisava em um condomínio fechado, com segurança reforçada 24 horas por dia. A portaria era rígida, tinha monitoramento por câmeras, e rondas noturnas. Eu não deixaria margem para erros. Depois de tudo o que Mina tinha feito, eu não confiava mais nela. Segurança era essencial.

A casa, uma construção moderna, recente, era ampla e arejada. Perfeita para nós. Tinha um jardim espaçoso nos fundos, onde imaginei minha filha correndo despreocupada, brincando sem o peso da tensão que havia sido sua rotina recente.

O quarto dela foi a parte mais especial da mudança. Contratei uma especialista e cada detalhe foi feito com carinho, seguindo as ordens exigentes da minha pequena tirana: Paredes em um tom suave de lavanda, decoradas com adesivos delicados de estrelas e borboletas. A cama, em formato de casinha, tinha cortinas brancas que podiam ser fechadas para dar um toque de aconchego. Uma estante baixa, cheia de livros infantis, ocupava um dos cantos, e no outro, um pequeno sofá de pelúcia esperava por nossas leituras noturnas. No teto, um lustre em forma de nuvem espalhava uma luz suave pelo ambiente. Eu queria que ela sentisse que aquele lugar era dela, que estivesse cercada de amor e conforto, sempre que fechasse os olhos para dormir.

Para ajudar nessa nova fase, minha mãe me indicou alguém que mudaria nossas vidas para melhor: Dona Lúcia. Uma senhora de cabelos prateados pela idade, rosto gentil e olhos que transbordavam paciência e experiência. Ela tinha sido babá por décadas e sabia exatamente como lidar com crianças. Além disso, cozinhava divinamente, o que só me fez gostar ainda mais dela.

Quando nos conhecemos, ela sorriu de um jeito que me trouxe uma imediata sensação de tranquilidade.

— Sua mãe falou muito bem de você, Miguel. E da pequena também. Vai ser um prazer cuidar dela.

Agradeci, genuinamente aliviado por saber que minha filha teria alguém confiável ao seu lado quando eu estivesse fora. Dona Lúcia transmitia segurança, aquela sensação de lar que há muito tempo estava ausente da minha vida. Na verdade, na nossa vida.

Com a casa pronta, o quarto preparado e Dona Lúcia contratada, eu finalmente senti que estava dando um passo à frente. Minha filha teria uma vida nova, longe dos conflitos e do peso do passado. E, pela primeira vez em muito tempo, eu me permiti acreditar que tudo ficaria bem.

Numa tarde tranquila na distribuidora, enquanto revisava alguns contratos, meu celular vibrou. Atendi sem olhar o nome, distraído, mas logo reconheci a voz animada do outro lado da linha.

— Oi, Miguel. Você tá ocupado?

Era Lorraine.

— Sempre estou. — Sorri, fechando a pasta à minha frente. — Mas nunca o suficiente para não falar com você.

Ela riu, e então sua voz ganhou um tom mais sério.

— Lembra da promessa que me fez? Sobre me ajudar com o estágio?

— Claro que lembro. — Respondi de imediato.

— Será que ... ainda vale?

— É claro que vale. Vou falar com o RH agora mesmo. Você pode vir amanhã para uma entrevista?

— Amanhã? — Ela pareceu surpresa.

— Promessa é promessa, Lorraine. E eu cumpro as minhas.

Ela me surpreendeu:

— A propósito, meu nome verdadeiro é Carla. Carla Martins. Obrigada, Miguel.

Ela ainda agradeceu várias vezes, e desligamos. Mas, antes de voltar ao trabalho, um pensamento me atingiu. Lorraine, ou melhor, Carla, não era a única pessoa para quem eu devia algo. Carolina veio forte no meu pensamento.

Minha dívida de gratidão com ela era imensa. Foi ela quem trouxe a verdade completa para mim. Quem me mostrou que a traição de Mina, Leandro e Viviane, era muito mais asquerosa do que eu imaginava.

Eu ainda não sabia como retribuir o que ela tinha feito por mim. Ela mesmo tinha dado a dica e poderíamos começar com um simples jantar.

A casa onde Carolina morava com o pai ficava em um bairro simples, sem luxos, mas bem cuidada. Assim que estacionei na frente do portão azul, várias lembranças me atingiram: eu e Leandro, adolescentes, correndo para dentro daquela casa depois da escola. As risadas, os jogos de videogame, as conversas sobre a vida.

O pai dela sempre foi um cara incrível, o "tio legal", como todos diziam. Sempre com um bom conselho, uma piada certeira, um jeito fácil de fazer qualquer um se sentir à vontade.

Bati à porta, e não demorou muito para que ela se abrisse.

— Miguel? — O homem me olhou surpreso antes de abrir um sorriso largo. — Quanto tempo, rapaz!

Ele me recebeu com um abraço forte e um tapinha no ombro. Eu percebi que a idade tinha chegado, de vez, para ele.

— Entra, entra! Você continua o mesmo ... Só que agora com cara de homem sério.

Ri, entrando na casa que cheirava a café fresco e bolo caseiro.

— Como vai, senhor Antônio?

— Bem, bem … Velho, mas bem. E você?

— Sobrevivendo. — Respondi com um sorriso cansado.

Conversamos um pouco sobre os velhos tempos, sobre minha filha, sobre o trabalho e as mudanças da vida. Ele tentou se desculpar por Leandro, mas eu o interrompi, dizendo que a culpa não era dele. Que ninguém poderia prever o que aconteceu. Foi reconfortante estar ali, em um ambiente familiar e acolhedor. Mesmo que as lembranças agora parecessem mentiras.

Pouco depois, a porta se abriu novamente e Carolina entrou. Ela parou no meio da sala ao me ver sentado no sofá.

— Miguel?

— Oi, Carolina. — Me levantei para recebê-la.

Ela piscou, surpresa.

— O que você está fazendo aqui?

— Devia ter avisado antes, eu sei, mas eu precisava agradecer. E achei que um jantar seria um bom começo.

O rosto dela ficou levemente corado, e ela desviou o olhar, desconcertada.

— Ah ...

O pai dela, que não era bobo, sorriu satisfeito, olhando para a filha.

— Bom, eu acho que ele tem razão, Carol. Eu não sei o que você fez por ele, mas acho que um jantar não é de todo ruim.

Carolina me olhou, ainda hesitante. Mas, no fundo, percebi que ela gostou do convite.

— Tudo bem, mas nada muito chique.

— Fechado. — Sorri.

Me senti acolhido, ao estar cercado de pessoas que realmente valiam a pena.

Carolina subiu para se arrumar enquanto eu fiquei na sala, conversando com o pai dela. Senhor Antônio, sempre perspicaz, fez algumas perguntas sutis, tentando entender minhas intenções. Respondi com um sorriso torto, porque, para ser sincero, nem eu sabia exatamente quais eram minhas intenções. Queria apenas agradecer? Mesmo?

Mas quando Carolina desceu as escadas … tudo mudou.

Ela vestia um longo vestido vinho, de tecido leve, que marcava a cintura e caía suavemente até os joelhos. Um decote discreto, mas que realçava sua feminilidade, e uma fenda lateral que revelava parte da perna a cada passo. O cabelo, antes preso em um coque displicente, agora descia em ondas suaves sobre os ombros. A maquiagem era sutil, mas realçava os olhos, que pareciam ainda mais profundos e misteriosos sob a luz da sala.

Senti meu coração acelerar.

— Você ... — Engoli em seco, tentando encontrar palavras. — Tá incrível.

Ela sorriu, levemente corada.

— Obrigada.

Senhor Antônio pigarreou, segurando um sorriso divertido.

— Vocês querem jantar aqui mesmo ou pretendem sair antes que eu faça mais perguntas?

Carolina revirou os olhos, mas riu.

— Vamos? Antes que ele comece a contar histórias da minha infância.

Me despedi do pai dela e saímos. No carro, o silêncio durou poucos instantes antes que eu comentasse:

— Seu pai ainda sabe como deixar qualquer um sem graça, hein?

Ela riu.

— Ele gosta de testar as pessoas. E acho que você passou no teste.

O restaurante escolhido era aconchegante, de iluminação baixa e ambiente tranquilo. Nada exagerado, mas elegante o suficiente para tornar a noite especial.

Enquanto jantávamos, conversamos sobre tudo. Sobre minha filha, o divórcio em andamento, sobre os desafios que Carolina enfrentava com o pai, sobre o trabalho dela como secretária em uma multinacional, sobre a distribuidora, e até sobre histórias antigas da adolescência.

— Você era insuportável. — Ela disse, rindo. — Sempre competindo com o Leandro.

— E você era a pirralha enxerida que queria andar com os mais velhos. — Provoquei.

— Eu não queria andar com vocês. Só queria saber o que tanto faziam, porque viviam fugindo da escola.

— Fuga estratégica. — Corrigi, divertido, piscando para ela.

Ela balançou a cabeça, sorrindo. Mas, entre uma conversa e outra, eu sentia que Carolina queria dizer algo. Algo importante.

— Tá tudo bem? — Perguntei, apoiando o cotovelo na mesa e olhando diretamente para ela.

— Sim … — Ela hesitou, brincando com a borda da taça de vinho. — É só que … Sei lá, acho que estou feliz por essa noite.

— Eu também.

Ela ergueu os olhos, e nossos olhares se prenderam. Um silêncio diferente surgiu entre nós. Nem desconfortável, nem vazio. Era carregado de algo que eu não sabia nomear.

Sem perceber, nossas mãos se tocaram sobre a mesa. Ela olhou fundo em meus olhos e não recuou.

— Você sempre foi observador assim? — Ela perguntou.

— Só quando algo realmente me interessa.

Ela riu, desviando o olhar por um segundo.

— E eu sou algo interessante?

Eu poderia dar uma resposta vaga. Poderia brincar com a situação. Mas, ao invés disso, apenas disse a verdade:

— Sim.

Carolina ficou em silêncio por um instante, e então abaixou a cabeça, sorrindo.

O clima entre nós era inegável. Não era apenas uma dívida de gratidão que me fazia estar ali. Havia algo mais. Algo que crescia no espaço entre nossos olhares e no jeito como nossas mãos continuavam se tocando, como se nenhuma das duas partes quisesse se afastar.

E, após meses de uma tristeza sem fim, eu não me sentia confuso ou culpado. Apenas … feliz.

Saímos do restaurante sem pressa. A noite estava fresca, com uma brisa agradável, e eu sentia uma estranha sensação de leveza ao lado dela. Um contraste imenso com tudo o que vivi nos últimos meses.

No carro, ajustei o espelho retrovisor devagar, mas, no fundo, só estava comprando tempo. Não queria que a noite acabasse.

— Tá cedo ainda … — Comentei, casualmente. — O que acha de mais um drink? Ou uma volta pela cidade?

Ela sorriu, inclinando a cabeça.

— Isso é uma desculpa para passar mais tempo comigo?

Sorri de volta, sem desviar o olhar.

— Depende. Se eu disser que sim, você aceita?

Carolina não hesitou.

— Aceito.

Coloquei o carro em movimento, sem destino certo. Dirigia devagar, aproveitando a cidade iluminada, enquanto ela observava as ruas pelo vidro.

— Nunca imaginei que estaríamos aqui, assim … — Ela comentou, depois de um tempo.

— Assim como? — Eu entendi, mas queria provocar um pouco.

Ela me olhou de soslaio.

— Jantando juntos. Flertando ... Você me olhando desse jeito.

Sorri para ela, tentando deixá-la mais à vontade.

— E como eu tô te olhando?

— Como se quisesse me beijar, mas estivesse se segurando.

A frase me pegou desprevenido. Carolina sempre teve um jeito forte, direto, mas agora havia algo diferente. Um tom de desafio, como se estivesse me testando.

— Eu respeito você, Carol. Não quero que ache que isso tem algo a ver com vingança contra o seu irmão, ou com o passado.

Ela virou um pouco o corpo na minha direção, puxando uma perna para cima do banco.

— Eu sei. E acho isso … muito bonito da sua parte …

— Mas? — A incentivei a ser mais direta.

Ela sorriu, brincando com a ponta do cabelo.

— Mas não sou uma mulher que se deixa levar por vinganças. Se estou aqui, Miguel, é porque quero estar. — O peso daquelas palavras ficou no ar.

Estacionei o carro próximo a uma praça tranquila e desliguei o motor, sem tirar os olhos dela.

— Eu gosto disso … de estar com você. — Falei, finalmente. — Não quero estragar agindo por impulso.

Ela inclinou-se um pouco, diminuindo a distância entre nós.

— E se eu disser que aceito seu impulso?

Minha respiração ficou mais pesada. Eu não sabia como reagir. Carolina não era do tipo que jogava indiretas ou esperava o outro tomar a iniciativa. Ela era intensa, determinada. Aquilo era parte do seu charme.

— Você quer que eu te beije, Carolina? — Perguntei, minha voz mais baixa do que o normal.

Ela sorriu, ansiosa e sussurrou:

— Quero. Mas quero que você tome essa decisão sozinho.

Segurei o volante com mais força, reprimindo a vontade absurda de puxá-la para perto. Ainda não era o momento.

— Então vamos dar mais uma volta — Falei, ligando o carro novamente.

Ela riu, balançando a cabeça.

— Você tem uma paciência que me fascina, Miguel.

— E você tem uma forma de me testar que me assusta.

Carolina mordeu o lábio, divertida.

— Não precisa ficar assustado. Eu não mordo. A não ser que você queira …

Ela era direta demais. E eu não sabia como reagir. Então, seguimos pela cidade, enquanto a tensão entre nós crescia a cada quilômetro.

{…}

Carolina:

Eu já não estava aguentando mais. Queria que Miguel parasse o carro e me pegasse de jeito. “Aqui dentro do carro mesmo, eu nem ligo”. Pensei, olhando disfarçadamente para ele. Após um longo passeio pela cidade, ele voltou a estacionar. Estávamos próximos de casa. A rua estava calma, quase deserta.

Ele estava ali, diante de mim, com aquele olhar intenso que parecia ver além da superfície. Eu já não conseguia disfarçar o tesão que sentia. Cada olhar trocado, cada sorriso …

— Carolina, não sei se já disse, mas você está linda esta noite. — sua voz marcante me fez arrepiar.

— Obrigada, Miguel. — Respondi, sentindo meu rosto aquecer.

Por que ele tinha que ser tão bom em me deixar sem palavras? Por que esse sentimento queimava no meu peito desde sempre? Por que ele?

A mão dele, atrevida, deslizou sobre a minha coxa. Aquele toque leve, mas carregado de intenção, fez meu coração acelerar. Eu sabia o que ele queria. Eu queria também. E não conseguia mais esperar.

— Não aguento mais. — Ele confessou, os olhos fixos nos meus, como se estivesse lendo cada pensamento proibido que passava pela minha cabeça. — Preciso te beijar. Agora!

“Porra! Até que enfim. Vem que é tua, seu gostoso. Parte pra cima”. Pensei, mas não respondi.

O silêncio já era resposta suficiente. Ele me puxou, segurando meu rosto com delicadeza. “Nossa mãe do céu! Esse homem sabe o que estava fazendo”.

Meus lábios encontraram os dele em um beijo intenso, voraz, como se estivéssemos nos conhecendo pela primeira vez. As mãos dele exploravam meu corpo, descobrindo cada curva, cada detalhe que ele já devia ter imaginado mil vezes antes. “Eu imaginei. Muitas e muitas vezes. Milhares de siriricas tocadas pensando nele. Exatamente assim como estamos agora”.

— Vamos para um motel. — Ele sugeriu, a voz cheia de promessas que eu não tinha como recusar.

Eu aceitei com um simples aceno de cabeça. “Sim. Sim. Sim. Me arregaça … Passei a vida esperando por isso”.

Como eu o queria ... Queria naquele momento. Queria me entregar completamente.

O carro parecia pequeno demais para conter a energia que circulava entre nós. Cada toque dele me deixava mais ansiosa, mais impaciente. Quando ele finalmente me pegou no colo, no quarto do motel, eu já estava quase perdendo o controle.

— Carolina. — Ele sussurrou, os lábios perto do meu ouvido, a voz carregada de desejo. — Você não faz ideia do que você faz comigo.

Eu olhei para ele, os olhos fixos nos dele, sem medo, sem hesitação. Queria que ele soubesse o quanto eu também o queria. Ele me beijou novamente, desta vez com mais força, mais possessão. As mãos dele deslizaram por minhas costas, prendendo-me contra ele. Eu me entreguei, deixando que ele dominasse o momento, que ele me levasse onde quisesse.

— Miguel … — Eu murmurei, o nome dele saindo como um pedido, um desejo.

— Sabe o que eu quero fazer com você? — Ele perguntou, os olhos queimando com intensidade. — Eu vou te fazer gritar meu nome.

Eu senti um arrepio percorrer meu corpo. Ele estava no controle, e eu não poderia estar mais em êxtase.

Ele me levou até a cama, o olhar nunca desviando dos meus. Cada movimento era calculado, cada toque era uma promessa. Ele me beijou devagar, explorando cada parte da minha boca, enquanto as mãos dele começaram a tirar meu vestido com uma lentidão que quase me fazia gritar.

Eu não pude evitar um gemido quando ele finalmente me viu completamente nua. Ele me olhava como se eu fosse a coisa mais preciosa do mundo.

— Maravilhosa! — Ele disse, a voz cheia de admiração e desejo.

Eu sabia que era mesmo, não posso negar. Tudo em mim era pensado para agradá-lo. Eu jamais decepcionaria um homem tão maravilhoso. O homem dos meus sonhos.

A mão dele desceu pelo meu corpo, parando logo acima da minha virilha. Eu prendi a respiração, esperando o que viria a seguir. Ele me olhou nos olhos, como se estivesse pedindo permissão.

Eu dei um leve aceno, e ele começou a me tocar, com uma delicadeza que me fez gemer. Ele sabia exatamente o que estava fazendo.

— Não segura, deixa sair — Ele ordenou, a voz firme, dominadora.

E eu não consegui segurar. Meu corpo reagiu a ele, aos seus toques, à sua língua, à sua voz. Ele era o “Boss”, e eu estava disposta a seguir cada uma de suas ordens.

Sua língua brincava no meu grelo, depois explorava cada milímetro quadrado da minha xoxota … seus dedos me preenchiam com delicadeza, mas nunca paravam de se mover dentro de mim.

— Miguel, por favor … — Eu supliquei, não sabendo mais o que eu queria, só sabendo que precisava de mais.

Ele me fez virar, colocando-me de quatro. Eu não precisava de palavras para saber o que ele queria. A primeira palmada na minha bunda veio com força, e eu gritei, misturando dor e prazer.

Ele riu baixinho, claramente satisfeito com minha reação.

— Gosta, não é? — Ele perguntou, a voz cheia de provocação.

— Sim. — Admiti, sem vergonha, sem pudor. Eu o queria. Queria tudo o que ele tinha para me dar.

Ele enfiou o rosto entre as bandas da minha bunda, me chupando completamente. Buceta, cu, parte interna das coxas, virilhas … fui ao céu e voltei, viagens seguidas, intensas e inesquecíveis.

Ele me puxou para trás, e eu senti aquela pica poderosa me preenchendo aos poucos. Dura, quente, exatamente como eu imaginava. Eu gritei, o prazer tomando conta de mim.

— Ahhhh … como eu sonhei com isso …

Ele me segurou firme, começando a estocar em um ritmo que me deixou sem fôlego.

— Delícia … quente e apertada. — Ele disse, a voz rouca, cheia de prazer.

Ele se inclinou para frente, segurando meu cabelo, puxando minha cabeça para trás.

— Grita meu nome, Carolina.

E eu gritei, sem pensar, sem hesitar.

— MIGUEL! MIGUEL! — O nome dele ecoou no quarto, misturado com nossos gemidos.

Ele não parava, e eu nunca quis que parasse. Ele me levou ao limite, me fazendo sentir coisas que eu nem sabia que eram possíveis.

— Ahhhhh … Não para … — eu pedi, quase implorando.

Ele riu, claramente divertido com meu desespero.

— Quem manda aqui? — Ele perguntou, o tom de voz autoritário, inegável.

— Você — Eu respondi, sem pensar duas vezes, enquanto aquela pica grossa e potente me invadia sem parar.

Ele estava no controle, e eu estava completamente submissa a ele.

— E o que você quer? — Ele continuou claramente gostando de me ver assim, completamente à mercê dele.

— Você! Só você. — Eu respondi, a voz tremendo … o corpo inteiro tremendo.

Ele pegou meu cabelo, puxando minha cabeça para trás, mais uma vez. Os olhos dele encontraram os meus, e eu senti um arrepio percorrer minha espinha.

— Você é minha. — Ele disse, a voz carregada de possessão, de desejo. — Só minha a partir de hoje.

Eu não conseguia pensar em mais nada além de Miguel. Sua mão firme no meu quadril, sua respiração quente na minha nuca, cada movimento dele dentro de mim me levava mais perto do limite. Ele era incansável, e eu estava completamente perdida no prazer que ele me proporcionava.

— Você é minha, Carolina — ele repetiu, a voz áspera, cheia de posse. — E eu vou te fazer lembrar disso sempre.

Eu senti um arrepio percorrer meu corpo, misturando-se ao calor que já me consumia. Suas palavras eram uma promessa, um juramento que eu não tinha como recusar. Ele me puxou para trás, aumentando o ritmo, e eu gritei, o som ecoando contra as paredes do quarto.

— Miguel … Não para, não para…

— Quem manda aqui, Carolina? — Ele perguntou novamente, a voz mais intensa.

— É você, Miguel … só você … Ahhhh …

Eu me contorcia sobre os lençóis, meu corpo tremendo sob o domínio absoluto de Miguel. Suas mãos firmes prendiam meus quadris, suas coxas batendo contra as minhas em um ritmo constante.

Ele estava dentro de mim, profundamente, cada estocada uma afirmação de seu controle, de sua força. Eu me sentia pequena, frágil, completamente entregue. “Eu era o centro do mundo para ele. Ao menos, naquele momento”. Eu pensava, enquanto meu peito arfava contra o colchão, meu rosto enterrado no travesseiro.

— Você é minha, Carolina — sua voz rouca sussurrou em meu ouvido, quente e assertiva. — E eu vou te fazer sentir cada centímetro de mim.

— Só sua … Ahhhhh … sou sua … — Sempre sonhei em ouvir aquelas palavras.

Eu gemia alto, meu corpo esquentando ainda mais com a promessa. Ele não estava mentindo. Cada movimento dele era calculado, uma mistura implacável de doçura e firmeza. Ele sabia exatamente o que queria e exatamente como me levar ao limite.

Ele me puxou para trás, meu corpo arqueando enquanto aquele pau grosso se aprofundava ainda mais dentro de mim. Eu podia senti-lo inteiro, entrando e saindo, o calor dele, a pulsação dentro de mim ... Era como se ele estivesse conquistando cada pedaço de mim, fazendo meu corpo se render completamente.

— Isso, gostosa — Ele sussurrou, sua voz tão próxima que parecia ecoar dentro de mim. — Toma o que você merece … aproveita.

Um tremor percorreu minha espinha, meu corpo se contorcendo de prazer. Ele estava me levando a um nível de submissão que eu nunca tinha experimentado antes. Era como se ele estivesse demolindo cada barreira que eu tinha construído, expondo minha verdadeira essência, bruta e vulnerável.

— Cachorro … safado … Ahhhh … tô toda atolada … Ahhhh …

Miguel aumentou o ritmo, suas coxas batendo nas minhas com mais força, o som úmido e primitivo do nosso encontro de corpos, enchendo o quarto. Eu me agarrei aos lençóis, meu corpo incapaz de suportar a intensidade. Ele estava me consumindo, devorando cada pedaço de mim.

— Nunca vou parar, Carolina — Ele prometeu, sua voz grave e implacável. — Nunca vou parar de te fazer minha.

Outro tremor me sacudiu, dessa vez, mais forte do que os anteriores. Eu estava no limite, minha mente girando, meu corpo implorando por libertação.

— Ahhhh … Miguel …. Eu tô … eu vou …

— Goza, gostosa … goza nesse pau … goza pro seu macho …

Ele colocou uma mão nas minhas costas, empurrando-me ainda mais para baixo enquanto a outra segurava meu quadril com mais força. A sensação de ser dominada, de ser completamente dele, era indescritível. Meu corpo estava em chamas, cada movimento dele inflamando meu desejo.

— Diga meu nome. — Ele ordenou, uma vez mais, sua voz cheia de autoridade.

— MIGUEL … Tô gozando, MIGUEL … Ahhhh … mete, Miguel … não para … eu tô gozando … — Minha voz estava quebrada, suplicante.

Mas ele não estava satisfeito. Ele deu um tapa mais forte na minha bunda. O estalo ecoou pelo quarto.

— De novo, gostosa. Diga meu nome. — Ele exigiu.

— Miguel … Eu não aguento mais … Miguel! Miguel! Meu Miguel! — eu gemi novamente, quase sem voz, suplicando desesperada.

Ele continuou a estocar, me puxando para trás ao mesmo tempo em que empurrava, cada estocada me levando mais perto do nirvana. Eu estava completamente entregue, meu corpo se contorcendo sob o seu controle.

— Vou gozar … quero encher essa buceta … marcar você para sempre.

Ele me segurou firmemente, suas mãos me mantendo no lugar enquanto seu corpo se movia implacavelmente, sem parar, sem perder o ritmo. Eu me sentia como se estivesse sendo fundida, derretida por ele, minha própria existência se tornando uma forma de sua vontade.

— Tão apertadinha … tão gostosa … — Sua voz estava cheia de desejo, e eu senti minha pele formigar.

Ele tinha poder sobre mim. Sempre teve. Ali, naquele momento, eu sentia como se fosse a única mulher no mundo.

Miguel, urrando como um animal feroz, gozou finalmente.

— Caralho, mulher! Foi incrível, transcendental.

O quarto estava quente, o ar denso com o cheiro de sexo e suor. Nossos corpos colavam um no outro, e eu podia sentir cada músculo dele, cada movimento. Ele estava em toda parte, dentro de mim, ao meu redor, em volta de mim. Miguel era tudo.

Ele saiu de dentro de mim e se deitou ao meu lado, me beijando e acariciando meu rosto.

— Você sabe que é minha a partir de agora, Carolina. Você sabe que eu vou te levar ao limite. — Ele disse, dominante e possessivo.

Suas mãos, carinhosas, acariciavam meus cabelos, e ele me puxou para junto dele, me abraçando com ternura, me fazendo sentir protegida.

Eu era dele, finalmente. E como Viviane previu, ele era meu.

{…}

Miguel:

O quarto estava silencioso, exceto pelo som ritmado da respiração de Carolina, que ainda se recuperava ao meu lado. Sua pele quente colada à minha, o cheiro doce dos lençóis misturado ao perfume dela ... Tudo ali deveria me trazer paz. Mas eu não conseguia desligar a mente.

Eu passei dos limites. Não na forma como a toquei, mas nas palavras que saíram da minha boca. "Você é minha. Minha”. Como se ela fosse uma posse, algo que eu precisasse reivindicar.

Naquele momento, parecia certo, como se eu precisasse marcá-la, como se dizer aquilo fosse me proteger de qualquer ameaça futura. Mas agora, deitado ao seu lado, ouvindo o bater apressado do meu próprio coração, eu sabia que aquelas palavras não tinham vindo apenas do desejo. Vieram do medo.

Fui traído por Mina, a mulher que jurei amar e proteger. Fui traído por Leandro, o homem que deveria ser um irmão para mim. Eles tentaram tomar tudo de mim, riram da minha confiança cega. Agora, aqui estou, numa situação impensável, envolvido com Carolina, a irmã daquele desgraçado.

“Pela primeira vez desde o divórcio, permiti que alguém se aproximasse de verdade. O que isso significava? Será que eu estava tentando compensar minha insegurança com possessividade? Será que, no fundo, eu temia que Carolina também pudesse me machucar, que eu precisasse marcá-la de alguma forma para que ela não escapasse?”.

Meus pensamentos martelavam na minha cabeça.

Eu me virei na cama, apoiando a cabeça no cotovelo para olhar para ela. Carolina estava serena, os cabelos espalhados no travesseiro, uma leve curva de satisfação nos lábios. Eu não queria que ela fosse um reflexo dos meus traumas. Não queria colocá-la na sombra daquilo que Mina e Leandro fizeram. Ela merecia mais.

Soltei um longo suspiro, passando a mão por seu rosto. Eu precisava me libertar do passado antes que ele me consumisse. Antes que eu me tornasse alguém que eu mesmo desprezaria.

O silêncio entre nós era confortável e eu me permiti relaxar, curtir aquele momento. Voltei a me deitar, e por alguns minutos, acalmei os pensamentos. Quando voltei a olhar para Carolina, notei que algo estava diferente. Ela tinha se afastado de mim e seus olhos estavam fixos no teto, como se carregassem um peso insuportável.

— Foi tão ruim assim? — Perguntei, meio brincando, me sentindo culpado, mas muito preocupado.

Ela virou o rosto para mim, e foi só então que percebi as lágrimas escorrendo por suas bochechas. Meu peito apertou.

— Não! — Ela balançou a cabeça com veemência. — Você foi maravilhoso … Sou eu que não te mereço. Eu menti, Miguel … Me desculpa …

Meu corpo ficou tenso. “O quê?” Meu instinto gritou, alertando para uma possível armadilha. O medo de que tudo aquilo fosse mais um plano sujo de Mina, Leandro e Viviane, agora usando Carolina, me fez saltar da cama num pulo.

— O que você quer dizer? Mentiu como? — Minha voz saiu mais dura do que eu pretendia.

Carolina se sentou, puxando o lençol para cobrir o corpo, e respirou fundo, tentando organizar as palavras.

— O pendrive … a maneira como ele chegou até você … — Sua voz tremeu. — Foi a Viviane quem me entregou. Ela me pediu para ser apenas a portadora da verdade. Para te mostrar tudo sem que ela precisasse aparecer …

Minha respiração voltou a ficar pesada. Eu estava assustado e começando a hiperventilar.

— Eu nunca quis te enganar, Miguel — Continuou Carolina, os olhos fixos nos meus, suplicantes. — Viviane sabia de algo sobre mim … um segredo do passado. Não foi chantagem, mas eu me senti obrigada a aceitar os termos que ela impôs.

Ela parou de repente, avaliando minha reação. Sua tristeza era genuína e eu queria dar a ela o benefício da dúvida.

— Só que, quando eu vi o que havia naquele pendrive, eu entendi que você precisava saber. E mesmo que tenha começado daquele jeito, eu te juro, tudo o que veio depois, foi real. — Ela concluiu.

Eu me acalmei, pensando com racionalidade, tentando processar.

— Então … tudo isso começou com a Viviane?

— Sim. — Carolina admitiu, sem hesitar. — Mas não para te prejudicar. Ela queria justiça, ela também foi traída por Mina e Leandro. E eu … eu queria que você soubesse a verdade.

O peso das palavras dela foi se assentando em mim. Claro, havia começado como uma manipulação de Viviane, mas … e Carolina? Ela não tinha feito nada para me prejudicar. Pelo contrário. Se não fosse por ela, eu ainda estaria cego, achando que a traição de Mina e Leandro era apenas um acaso da vida.

Me aproximei devagar e toquei seu rosto, limpando uma lágrima teimosa que descia.

— Carolina … eu não te culpo por nada disso.

Ela soltou um soluço baixo.

— Como não? Eu poderia ter lhe contado desde o início. Poderia ter lhe dado toda a verdade sem rodeios …

Balancei a cabeça.

— Naquela época, eu ainda não via quem a Mina realmente era. Talvez eu tivesse duvidado. Você fez o que podia … e eu sou grato por isso.

Ela mordeu o lábio, os olhos castanhos brilhando de emoção.

— Você me perdoa?

Segurei seu queixo delicadamente, forçando-a a me encarar.

— Não tem o que perdoar. Você foi a única pessoa que me deu a verdade quando todo mundo estava me enganando.

E então, sem mais palavras, a puxei para um beijo. Um beijo que não tinha mais medo, nem dúvidas, apenas a certeza de que estávamos deixando o passado para trás. Ela se entregou a mim, e naquele momento, soube que algo novo tinha começado entre nós.

Continua …

Revisão:


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Comentários

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the end

poderia parar por aqui, aí, claro, o resto o melhor de todos imaginariam

imaginar, iam

Carolina, nos seus olhos fundos, guarda tanto amor...

estrelas, uma constelação Delas.

Valeu !

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Foto de perfil de Fabio N.M

Se esse fosse o final eu me dava por satisfeito, mas sei quem tem muita água pra rolar debaixo dessa ponte.

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Eu pensei nisso. Ficou com muita cara de final. 😂😂😂

Só que o conto se chama obsessão. Ainda preciso justificar o título.

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Foto de perfil de Samas

Nosso Herói Miguel achou seu porto seguro,um Oásis para restaurar seu coração e sua alma depois de tantas tempestades 🌩️🌩️🌩️🌪️.

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Maravilhoso!!!

O típico episódio que liga a uma momento a outro dentro de uma história!!!

Parabéns!!

3 estrelas é pouco

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Obrigado, irmão de letras. Comecei o seu novo também. Gostei da primeira parte. Depois passo lá pra deixar um comentário.

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Fique despreocupado...são histórias para minha diversão e para ocupar o tempo forçado no ócio!!!

Mas a sua história está brilhando como sempre!!! Eu não quero...mas mesmo se quisesse, não vejo algo para falar sobre a história.

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Excelente.

Ela podia ter aproveitado a "hora da verdade" e confessado o que a Viviane tinha "contra" ela... Ia ser legal o Miguel saber :-D

Parabéns!

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😂😂😂

Eu pensei nisso... Mas aí ia ficar mais cômico do que emocionante. 😂😂😂

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Verdade. Ia ser engraçado. Acho que é o que me levou a sugerir :-D

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Foto de perfil de rbsm

Adorei o capítulo , perfeito mas vamos em frente que ainda não terminou mais emoções a vir

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Lindo o capítulo, amei a forma que tudo aconteceu entre os dois.

Carolina fez bem em contar a verdade, mesmo que ela tenha ajudado Miguel, mentir e omitir as coisas não é legal.

Muito bom como sempre!

Parabéns Lukinha e !

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É preciso uma pequena calmaria antes da tempestade voltar com tudo ... 😂😂😂

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Lá vem ele kkkkkkkkkkkk

Mas concordo com você, tem que ter uns momentos mais calmos também, esse capítulo ficou perferto para isso.

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O conto chama o obsessão, né? Ela precisa aparecer em algum momento. 😂😂😂

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E como o nome é Obsessão, o que não falta são obsecados. Mina, Leandro, Viviane e, sob certo ponto de vista, Caroline.

De novo, uma muito boa progressão da trama, caro Lukinha.

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Alguém notou a primeira obsessão... Fico feliz. Bem ou mal, Carolina é obcecada por Miguel desde sempre. Talvez, nem toda obsessão deva ser ruim.

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