Me leva com você 2

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 4642 palavras
Data: 04/01/2025 11:50:20
Assuntos: Gay, Amigo, Beijo, Oral

Não estou acostumado a dormir tão tarde, mas a noite rendeu, Raylan me contou como conheceu seu namorado e até sobre a reaproximação dele com nosso amigo Dan, ele me disse que Dan também está namorando um cara bem legal, disse até que o cara é bem de vida, fico feliz pois meu amigo merece alguém legal e que cuida dele.

Raylan me contou sobre sua treta família, fiquei chocado ao descobrir que seu pai está casado com outro homem e que tia Marta mentiu esse tempo todo, definitivamente meu amigo não é mais o moleque chorão que conhecia, agora está maduro e com a cabeça no lugar, ele cresceu e se tornou um homem afinal.

Digo a ele sobre minha vida também, sobre a vivência no sitio e a família que me abraçou, me emociono só de lembrar de casa, estou com saudades da Bisa, dos meus pais, dos gêmeos e até de sair com o primo Ramon, Raylan ficou feliz por mim por fazer a faculdade que sempre pensamos quando éramos menores e ainda mais feliz quando lhe conto sobre o trabalho.

— Cara que massa, mas tipo seu pai não lhe aceitou de volta? — Raylan pergunta inocentemente.

— Ele não mora mais aqui, minha mãe faleceu e ele mudou para o rio — falar sobre minha perda em voz alta é uma tarefa muito desgastante, Raylan percebendo minha angústia se aproxima e me abraça.

— Sinto muito irmão.

— Obrigado, estou de boas, só preciso vê-la, amanhã vou no cemitério para procurar pelo túmulo dela — digo.

— Você sabe qual foi o cemitério?

— Aquele do Antônio Bezerra mesmo, só que ele não quis dizer onde foi, mas não tem problema, vou procurar até achar.

— Vou com você, vamos encontrar — Raylan se oferece.

— Não precisa mano, você tem aula, não tem que faltar.

— Que isso Rick, não vou te deixar sozinho, não moleque, sem chance — Raylan puxa o celular do bolso e começa a mandar mensagem — já estou avisando ao Guigo que não vou amanhã.

— Obrigado — estou feliz por ter vindo morar com meu amigo.

— Tamo junto cara, agora melhor dormir, teremos um dia cheio amanhã.

— Teremos? — Raylan está planejando alguma coisa, posso ver pelo brilho em seus olhos.

— Claro, vamos comemorar seu retorno e principalmente seu novo trabalho.

— Só quer uma desculpa para festejar né safado — Raylan sorri para mim.

— Não exatamente, Guigo disse que quer te conhecer.

— Beleza, então melhor irmos dormir mesmo — digo.

— Sim, fica aqui no meu quarto que vou dormir no quarto da mãe, depois temos que providenciar uma cama para você.

— Posso dormir de rede macho.

— Nem começa Rick, fica de boas, a gente conversa mais, quando acordarmos, valeu mano — ele se despede e vai para o quarto da mãe dele, enquanto me deito de novo em sua cama, o sono nem demora para me pegar de novo, quando acordo é dia, porém bem cedo ainda — meu relógio marca 5:15 da manhã.

Mesmo fora de casa ainda estou acostumado com minha antiga rotina então levanto, tomo um banho frio, depois vou para cozinha e prepara um café bem forte, aproveito para fritar uns ovos e até passo na padaria que tem perto de casa para comprar uns pães quentinhos, lá no sítio minha bisa tem uma receita de pão que fica uma delícia, depois vou comprar os ingredientes para fazer e matar a saudade que já estou sentindo dela.

— Minha nossa que cheiro é esse? — Raylan chega na cozinha guiado pelo cheiro de café.

— Fiz um café da manhã para a gente.

— Minha nossa Rick, você dormiu?

— Até acordei tarde hoje, normalmente acordo mais cedo, mas é que lá no sítio a gente tem o costume de dormir cedo, só quando saio com o Ramon é que acabo dormindo tarde — Raylan me encara com admiração nos olhos — que foi?

— Você mudou — ele pontua — mas isso é bom, agora deixa eu comer que esses ovos não vão se comer sozinhos né.

Fico feliz do meu amigo ter gostado do café da manhã, depois de comermos ele até me ajudou a limpar e guardar toda a louça que sujamos, lhe digo mais uma vez que não precisa vir comigo, porém ele é teimoso e insiste que não vai me deixar passar por isso só, é muito bom saber que posso contar com ele, no fundo acho agradeço por ele me acompanhar, seria bem mais difícil fazer isso sozinho mesmo.

Assim seguimos juntos até o cemitério, pegamos um ônibus mesmo, afinal preciso economizar, entrar no cemitério já me faz pensar mil coisas, me sinto fraco e triste pois não estive aqui no dia que deveria está, sei que a culpa não foi minha, mas não me culpa é uma tarefa quase impossível, meu pai não tinha esse direito, vou morrer odiando ele por isso.

Levou um tempo — e Raylan ter vindo fez uma grande diferença — encontramos o túmulo dela, as lágrimas desceram pelo meu rosto no segundo em que li seu nome na lápide, meu amigo me deixou sozinho pelo tempo que precisei para chorar e lamentar a morte de minha mãe, perdi a noção do tempo, mas Raylan me esperou pacientemente com uma certa distância.

— Podemos ir — digo para meu amigo.

— Tem certeza, podemos ficar pelo tempo que você quiser Rick.

— Eu sei, mas melhor irmos mesmo, vou voltar aqui outras vezes ainda — meus olhos ardem e meu peito parece que vai explodir, mas me esforço para parecer bem, pelo menos por fora.

Voltamos para casa e Raylan é bem parceiro respeitando meu luto, passei o dia em casa depois que voltamos e meu amigo ficou comigo, me esforcei para falar com meu pai Gustavo sem parecer que estava mau, também falei com Téo que me confirmou que seu amigo já vai está pronto para me receber na segunda, antes estava ansioso, porém depois de ver minha mãe toda a minha depressão voltou.

No dia seguinte acordo me sentindo muito mau, mas preciso reagir, minha mãe não gostaria de me ver assim, então me esforço ainda mais para sair da cama, Tia Marta está em casa, ela preparou nosso café da manhã, isso me deixou um pouco menos triste, porém a relação dela com Raylan não poderia está pior, os dois praticamente nem se falam, parece que a situação está pior do que meu amigo me contou.

— Vamos sair hoje moleque — Raylan só voltou a ficar animado quando voltamos para seu quarto.

— Pode ir sem mim, quero ficar de boas em casa — digo.

— Que isso Rick, o Guigo tá doido para te conhecer, vamos sair de casa.

— Vai você, prometo que na próxima eu marco presença — não estou nem um pouco a fim de sair de casa agora.

— Pois se você não vai, também não vou sair.

— Deixa disso Raylan, não quero atrapalhar sua vida não, vai sair com seu moleque e prometo que na próximo vou está com vocês.

— Rick, não to gostando de te ver assim tão para baixo.

— Vai passar amigo, só preciso descansar um pouco e ocupar a mente com o trabalho.

Foi difícil, porém consegui convencê-lo a me deixar em casa na minha e assim meu sábado se seguiu, a noite Raylan me conta que Dan já sabe que voltei, ele meio que acidentalmente falou sobre isso perto do Dan, bem não é que estou tentando evitá-lo nem nada disso, uma hora ou outra teria de enfrentar o passado, pelo que Raylan me contou ele está de boas com o que rolou, então não tem mesmo porque ficar adiando muito mais esse encontro, entretanto Téo me convidou para almoçar amanhã, ele vai me apresentar seu amigo que vai ser meu novo chefe.

— Amanhã eu vou conhecer meu chefe — uso essa justificativa pois Raylan já quer me levar para conhecer o pessoal amanhã também.

— Podemos fazer algo à noite, você não vai só almoçar — eita moleque insistente.

— Não estou na vibe, só vou sair porque preciso.

— Rick, você mesmo disse que tem que ocupar a mente com outras coisas, por favor — a cara de pidão que ele me faz é igualzinha a que fazia quando ainda éramos dois moleques.

— Tá você venceu, à noite eu encontro com você e seus amigos.

— Massa, vou avisar ao Dan, beleza?

— Sim, avisa, agora que ele já sabe não faz sentido postergar esse encontro.

— Isso aí, ele vai pirar quando ver — Raylan diz meio que sem pensar.

— Como assim? — O questiono por não ter entendido muito bem o que quis dizer.

— É que você era o garoto magrinho e agora é um negão gigante e gostoso.

— Isso foi meio racista — digo.

— Fala sério Rick, se você não fosse meu irmão e eu já não tivesse achado o pai dos meus filhos certamente flertaria com você.

— Nada a ver, onde vamos encontrar os outros? — Mudo de assunto.

— o pessoal quer marcar no shopping mesmo, que fica perto para todo mundo, menos por Guigo, mas ele concordou também, então vai dar tudo certo.

Cheguei cedo no local onde Téo marcou, é uma churrascaria cara e antiga na cidade, tem umas três empreendimentos uma em cada esquina e parece que é tudo do mesmo dono ou algo assim, Téo chega pouco depois de mim, ele me cumprimenta em seguida pegamos uma mesa para esperar seu amigo.

— Macho o Tales tá doido para te conhecer, falei muito bem de ti, ele precisa de alguém que ajude no treinamento, então tem que ser uma pessoa que saiba lidar com crianças e que entenda tudo de futebol.

— Parece de boas para mim então — começo a me achar um pouco mais confiante depois dessa informação.

Depois de um tempinho Tales se junta a nossa mesa, de cara percebo que ele e Téo são mais que amigos, já tinha minhas suspeitas sobre meu amigo curtir rapazes, mas nunca tínhamos falado sobre isso, eles até que formam um bom casal, Téo é branco e tem um corpo grande assim como o meu, Tales tem uma pele bem branca também e um corpo legal, porém ele é bem mais baixo que meu amigo Téo, é engraçado pensar neles como casal com essa diferença de quase vinte centímetros de altura, ainda sim parecem fofos juntos.

— Cara só ouvi elogios a seu respeito — Tales parece bem animado com minha contratação — vou precisar de alguém que me ajuda e lidar com os jogadores, eles tem entre treze e quatorze anos, ou seja a fase do demônio da adolescência.

— Vou fazer meu melhor — minha resposta é sucinta, entretanto isso pareceu bastar para agradar ao meu futuro chefe.

— Nem se preocupe Tales, ele vai se garantir — Téo levantar minha moral lá em cima, o cara é um baita amigo.

— Assim espero, temos uns garotos muito bons, só que os pais são o maior problema, escola particular os pais ou não ligam pros filhos ou ficam em cima direto dando pitaco no nosso trabalho.

— Nem me fala, mesmo na faculdade ainda tenho que lidar com pais às vezes — Téo toma um gole de sua bebida como se tivesse acabado de falar de um caso específico.

O almoço até está sendo legal, Téo entende bem meus sentimentos em relação a minha mãe e como um bom amigo ele se está se esforçando para que tenhamos um momento agradável, Tales está nos contando um pouco mais sobre o time e também do que ele precisa que eu faça no meu trabalho, graças a indicação do Téo vou ter muitas atribuições, o que vai ser ótimo para o meu currículo.

— Normalmente eu contrataria alguém com experiência, mas acho que você vai dar conta — Tales parece animado.

— Farei meu melhor — lhe conto um pouco mais sobre minha experiência, que embora não seja profissional me garante que sei o que estou fazendo, sempre amei futebol, conheço tudo desde as regras às estatísticas.

— Perfeito, te espero na segunda às sete — é isso, consegui mesmo um emprego dos sonhos, preciso dar um pouco mais de crédito para vida, pois ela pode me surpreender.

— Estarei às sete em ponto — vou ter que sair cedo de casa, mas vai dar certo, mesmo a escola sendo um pouco longe de onde estou morando, vou conseguir chegar no horário, pois se tem uma coisa que o pai Gustavo me ensinou foi a sempre ser pontual em meus compromissos.

Téo e Tales foram embora juntos, eles me ofereceram uma carona, mas disse que não seria necessário, estou um pouco mais convencido de que tem algo rolando entre eles, devo dizer que nem em um milhão de anos acharia que Téo fica com caras, a vida pode mesmo me surpreender, ainda tenho tempo até o compromisso que o Raylan me forçou a aceitar, então vou até o cemitério para dar a boa notícia a minha mãe.

— E ai coroa, ia comprar flores, mas não encontrei nenhuma floricultura no caminho, mas se preocupe não que vou trazer suas favoritas na próxima — descobri que conversar com ela me faz bem, mesmo que ela não me responda, gosto de pensar que ela pode me ouvir — ah seu filho é o novo auxiliar de técnico dá para acreditar, vou trabalhar com futebol mesmo depois de ter a vida fodida pelo seu marido escroto?

Fico um bom tempo com ela, lhe conto coisas que não tive a oportunidade de dizer, falei sobre minha sexualidade, sobre minha família e que estou feliz, embora sua ausência deixa uma lacuna imensa em meu peito, ter a síndrome do herói é uma merda, pois não consigo parar de pensar que não estava aqui para protege-la, pensei que por está em um lar amoroso eu tivesse superado essa síndrome, mas desde que minha mãe morreu tenho me sentido um fracassado.

A culpa não é minha sei disso, mesmo assim fico passando milhares de coisas que poderia ter feito para evitar sua morte, podia tê-la convencido a ir morar no sítio com a gente, podia ter voltado e enfrentando meu pai para ficar com ela, ou até mesmo fugido com ela para qualquer lugar, ao invés disso a deixei a própria sorte com a pior criatura que já rastejou nesse mundo, um abusador frustrado e covarde.

Estou perdido em meus pensamentos quando Raylan me manda uma mensagem confirmando que não vou dar um toco nele, respondo sua mensagem com um joinha, me despeço da minha mãe e volto para casa, já cheguei quase em cima da hora, ele está numa ansiedade só, pois vou conhecer seu tão famoso namorado.

— Se arruma logo que já estamos atrasados.

— Certo pode deixar — estou achando engraçado essa versão do meu amigo, nunca pensei que o veria tão apaixonado assim.

Me aprontei logo como ele pediu, coloquei uma calça jeans, o único tênis que tenho, uma blusa de botões preta, o relógio do Ramon, que assim me sinto próximo dele, passo meu perfume para finalizar e é isso, estou pronto, quando saio do quarto Raylan me encara por um segundo e sorrir.

— Nossa.

— Que foi moleque?

— É que você está muito gato puta que pariu, e arrumou todo para que moleque? — Seus olhos me fitam com desconfiança.

— Lá em casa a gente costuma se vestir bem quando vai sair — não que seja um matuto nem nada disso, mas a mãe Dalva sempre fica no meu pé para que me arrume quando vou sair, acho que só me acostumei.

— Então tá, se você diz, vamos logo, já chamei o carro.

Assim que chegamos no shopping ele já avisa ao namorado para saber onde ele está, com pouco tempo vem uma resposta e Raylan me guia até a praça de alimentação, esse shopping não existia quando morava aqui ele é bem grande e perto de casa, mesmo tendo passado muitos anos vivendo em Fortaleza, tenho que admitir que essa não é a mesma cidade, tudo aqui parece diferente, e depois de anos morando no interior acho que me tornei um pouco interiorano mesmo.

A praça de alimentação fica no último andar, o shopping está lotado, a medida que nos aproximamos da praça de alimentação a empolgação do Raylan só aumenta, ele está impaciente já, o cara está nos esperando do outro lado da praça de alimentação, já na sorveteria em que marcamos, não é difícil reconhecê-lo, pois assim que os olhos dele encontram meu amigo eles se iluminam.

Guigo tem uma altura parecida com a do Raylan, ele é magro, porém parece definido, ele tem um tom de branco meio rosado, não sei explicar direito, mas o cara é boa pinta, Raylan escolheu bem afinal, além dele tem uma mulher com ele, ela é baixinha, tem um cabelo curto cacheado, uma pele morena e é muito gostosa, tem curvas que chamam atenção, quando ela me ver abre um sorriso tímido que me chama bastante atenção.

— Oi gente desculpa o atraso, o príncipe nigeriano aqui demorou para chegar em casa — Raylan e eu sempre tivemos uma amizade em que somos livres pra zoar um ao outro, e ver ele fazendo isso me faz lembrar dos velhos tempos.

— Mas com esse sorriso ele podia atrasar o tanto que quiser — a moça fala me fazendo sorrir ainda mais.

— Essa é a Bianca — Raylan me apresenta.

— Ricardo — estendo a mão e seguro a dela — muito prazer.

— Esse é meu namorado Guigo — Raylan abraça seu boy todo feliz nos apresentando — Guigo esse é o Rick.

— Guilherme — ele estende a mãe para me cumprimentar, ao mesmo tempo em que corrigi Raylan — É que Guigo é só pros íntimos.

— É um prazer finalmente conhecê-lo Guilherme — digo entendo evitar o climão, mas não teve como, Raylan encarou o namorado um pouco confuso.

— Nosso é como está conhecendo uma lenda — Bianca fala desviando a atenção para ela.

— Lenda? — Não entendi o que ela quer dizer.

— É que já escutei tanto sobre você que acho até que já te conheço, inclusive posso te chamar de Rick? — Ela junta as mãos e faz uma cara que não dá pra dizer não para ela, porra que mina gata velho.

— Só se você me deixar te chamar de princesa — digo com um sorriso no rosto enquanto Raylan está gargalhando da minha cantada ultrapassada, mas que fiz de propósito, tenho minhas táticas.

— O interior te deixou destreinado Rick — Raylan diz rindo.

— Eu achei fofo e eu sou uma princesa mesmo, então não vejo problema — ela passa a mão no cabelo colocando ele para trás da orelha, como mulheres costumam fazer quando recebem um elogio.

— Mas que história é essa de famoso? — Ela não me respondeu ainda.

— É que você é praticamente cultuado pelo Ray e pelo Dan — Guilherme parece não ter ido muito com a minha cara e nem entendi ainda porque, literalmente só cheguei.

— Ray? — Encaro meu amigo que sempre odiou apelidos e diminutivos do seu nome.

— Longa história, mas ele pode — Raylan diz rindo.

— Tô ligado moleque — vou zoar muito depois por isso e ele sabe disso.

Sentamos para esperar pelo Dan, Bianca está me explicando como se conheceram e ficaram amigos, aos poucos estou me ligando que Guilherme está com ciúmes do namorado, é fofo porém completamente desnecessário, Raylan é um irmão para mim e não faz meu nem um pouco o meu tipo, ele é magro de mais e muito desengonçado, fora que ele não tem os atributos que eu busco numa pessoa, gosto de ter o que pegar e meu amigo definitivamente não tem.

— O pessoal chegou — Guilherme é o primeiro a notar.

— Aquele com Dan é o Cícero, o namorado dele — Raylan me diz de antemão.

Dan cresceu bastante também, ele sempre foi gordinho, mas de um jeito massa, ele ficou mais bonito do que me lembrava, o namorado dele é muito atraente também, o cara é bem forte embora seja mais baixo ele tem uma presença marcante, os dois caminhão de mãos dadas e de cara percebo que Cícero tem uma postura protetora com ele, Raylan já tinha me falado que eles são um casal fofo.

— E ai Dan — ele me encara por uns segundos sem dizer nada até que me cumprimenta de volta, porém de uma forma meio estranha.

— Oi Rick.

— Oi sou Cícero, mas meus amigos me chamam de Ciço — o namorado estica a mão e me cumprimenta, ele parece bem simpático, mas percebo uma rápida troca de olhares entre ele e o Guilherme, sinto que estou perdendo uma parte preciosa da conversa aqui.

— Pode me chamar de Rick também, é um prazer conheço Ciço, na verdade estou muito feliz de ver que meus amigos tem pessoas tão massas na vida deles.

— Verdade quando éramos menores só o Rick era amigo de todo mundo, o Dan nem falava com ninguém e o pessoal só falava comigo por causa dele — Raylan relembra animado os velhos tempos.

— Que isso, o pessoal te curtia também Raylan — o clima vai se aliviando.

— Então Rick o que te trouxe de volta? — Ciço sorri de forma simpática ao fazer a pergunta.

— Vou trabalhar em uma escola como auxiliar do professor de educação física, vamos treinar um time de futebol da escola.

— Caralho, isso é sério, qual escola? — Ciço se desarma completamente depois de ouvir sobre meu trabalho, parece que compartilhamos nosso amor pelo futebol, então passamos um tempo conversando sobre isso, até o Guilherme pareceu se desarmar um pouco também.

— Rick jogava para caralho, foi ele quem ensinou a gente a jogar — Raylan aponta para Dan e para si.

— O Dan já tinha comentado comigo sobre isso — Ciço faz um carinho no cabelo do namorado que fica vermelho no mesmo instante, Dan não mudou nada continua o mesmo cara calado e tímido de sempre.

— Bem vamos pedir nossos sorvetes que estou faminta — Bianca nos lembra do sorvete, essa mina é muito gata e de bem com a vida do jeito que eu gosto.

— Falou e disse minha princesa — sorriu para ela.

— Já sou sua — ela me provoca.

— Não, mas pode ser — sempre levo minhas coisas até o fim, o não já tenho, como diz o Ramon.

— Nossa, sua sorte é que você é bonito moleque — Raylan não para de rir dos meus flertes antigos, mas o Guilherme pareceu incomodado com o elogio.

— Qual sabor você vai querer princesa? — Ela sorri e faz o pedido, faço questão de pagar o dela, afinal faz parte do meu flerte.

Dan não falou muito, mas me pareceu está de boas, Guilherme é legal, mas claramente precisa conversar um pouco com o Raylan sobre esse ciúmes que ele aparentemente está a meu respeito, afinal não existe motivo para isso, Ciço é um cara muito gente boa, acho que vamos acabar virando bons amigos, e a minha princesa essa foi a melhor coisa da noite — depois de rever meus amigos é claro.

— Posso pegar seu número, princesa? — Peço quando estamos saindo do shopping.

— Claro meu príncipe nigeriano.

— Não sou nenhum príncipe, mas se quiser me considerar só precisa trocar o país, minha mãe é Angolana — pensar na minha mãe me deixa um pouco triste quase que de imediato, mas tento afastar essa tristeza pelo menos por enquanto — quer dizer era, ela era Angolana.

— Sinto muito — minha princesa toca meu rosto gentilmente enquanto me dá condolências.

— Obrigado — toco sua mão macia, mas nosso clima é interrompido pelos nossos amigos se despedindo.

— A gente está de moto, eu até quis vir de carro, mas minha mãe precisou — Ciço se justifica.

— Estou com o carro do pai também, posso levar eles para casa — Guilherme se oferece para nos dar uma carona.

— Se preocupa comigo não gente, eu vou pedir um carro — minha princesa é linda e independente gostei.

— Se vocês quiserem podem ir e eu espero o carro com ela depois vou para casa — digo.

— E tu vai embora só é, tá maluco? — Raylan parece não ter percebido minhas segundas intenções.

— Amor, você não disse que vai dormir lá em casa hoje, vamos pegar um carro de aplicativo — Guilherme gostou da ideia de não me dar uma carona pelo jeito.

— Eu coloco uma parada no meu para ele amigo relaxar.

— Dá para fazer isso? — Me sinto um bicho do mato por não ter muito costume de usar esse aplicativo.

— Parece que tenho muitas coisas para te ensinar meu príncipe — ela diz provocante.

— Então tudo certo, qualquer coisa me liga Rick — Raylan se convence e assim eles vão embora nos deixando a sós.

— Você já pediu o carro? — Pergunto.

— Acho que dá para esperar um pouquinho — caminhamos até um banco no estacionamento mais afastado da entrada e do movimento, para nos conhecermos melhor, mas não houve muita conversa, o que ela tem de baixinha tem da atrevida e o beijo então, a mina se garante mesmo.

— Nossa você é muito gostoso — ela diz completamente entregue nos meus braços.

— Você também é muito gata — nosso beijo é quente e gostoso, não tem como não ficar excitado, e quando ela viu o volume na minha calça ficou toda sem jeito, porém com um sorriso largo e tímido no rosto.

— Foi mal, você me deixou animado.

— Relaxa também estou — essa princesa é uma diaba também, ela morde os lábios me provocando, mas quando acho que vamos para um motel para terminarmos o que começamos escuto uma voz masculina gritar seu nome, ela fica pálida só de ouvir.

— QUE PORRA É ESSA BIANCA? — Um cara vermelho feito um pimentão vem até onde estamos, ele está acompanhado de uma mina gata também, que fica totalmente sem jeito.

— Ei maluco baixa o tom ai, ta maluco — levanto e tomo a frente para defender minha princesa.

— Quem é esse palhaço, Bianca? — Ele continua arisco, mas assim que me viu melhor e percebeu a diferença entre a gente ele passou a falar mais baixo.

— Vai embora, Caio — Ela pede suplicando.

— Ouviu a princesa, maluco se manda.

— Eu sou namorado dela seu comédia — olho para ela que nega com a cabeça.

— Não quero te bater na frente da tua ex e da tua atual — aponto para a mulher que o acompanha — então vaza moleque.

— Você me paga Bianca, sempre soube que você era uma vaga — antes que ele termine de falar seu corpo cai molinho no chão, ele nem viu meu punho acertando seu rosto vermelho.

— Eu avisei, vai continuar? — Ele arregala os olhos e leva a mão ao rosto que já começa a inchar do soco — foi o que pensei, passar bem, desculpa ai moça, mas se eu fosse não sairia com esse babaca não — pego a mão da minha princesa e saio de lá, detesto bater em cara fraco, nem tem graça.

Pegamos o carro depois disso, ainda demos uns amassos até a casa dela, depois o motorista foi me deixar em casa, fiquei com a impressão de que ele foi me secando da casa da princesa até a minha, já perto de casa ele estava com uns assuntos estranhos, comecei a pega no pau só para sacar qual era dele e foi tiro e queda, os olhos do puto ficaram presos na minha vara.

— Tu curte mamar macho né safado? — O cara arregalou os olhos para mim.

— De vez enquanto dá uma vontade — ele está todo sem jeito, acho que não estava esperando, já tem um tempo que não fico com caras e ele é bonitinho até, então levo a mão dele até meu pau que está está meia bomba e o puto até saliva.

— Vou parar aqui numa rua mais escura, beleza? — O maluco tá doidinho para cair de boca.

Não deu outra o cara mal esperou colocar o pau para fora e já abocanhou, minha rola sempre foi avantajada e isso já me rendeu boas transas no interior, o cara se fez com meu cacete, ele engolia até onde dava, babou bastante do jeito que gosto e pra finalizar tomou todo meu leitinho quente sem reclamar e sem desperdiçar, essa foi uma excelente noite, peguei uma mina muito gata e ainda recebi uma mamada, nem nos melhores rolês do interior tive essa sorte, o cara só aceitou o dinheiro por que foi no cartão, mas me passou o numero dele para o caso de eu precisar de carro de aplicativo qualquer dia desses.


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Comentários

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Oooopaaa!! Rick tá com cara que vai botar fogo no parquinho hahaha. Rafa, safado, fez duas séries felizes pra explodir tudo na terceira é?? Hahaha

Curti muito, talvez até demais, essa safadeza do Rick...

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Acho que é por aí mesmo. Vai colocar fogo em tudo e desestruturar a vida dos casais.

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Pra sua inquietação, né?? Hehehe

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Eitaaa! Esse Rick já mostrou a que veio. Tomara que não perturbe os casais. Guigo está com ciúmes e com razão. Mas acho que o Ciço é quem deve abrir os olhos. Essa recepção do Dan mostra que muita coisa mal resolvida ainda vai aflorar. heheheheheheheh

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Esse reencontro do Dan com o Rick foi mt frio… Acho que ainda vem bomba por aí. Esse final me pegou de surpresa legal hahahaha Que delícia!!!

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Gui com viu esperar não presta , tem que haver diálogo

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Eu já tava preocupado com o sumiço rsrs

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