Devia ter uns cinco anos menos que eu.
Costumava vê-la pelas manhãs, enquanto tomávamos café na padaria, mas nunca havíamos nos falado - coisa de cidade grande.
Deitei os olhos em Débora num sábado extraordinariamente quente, quando apareceu na padaria usando só minissaia e uma blusinha leve sem sutiã, deixando aparecer pelo decote um par de seios muito brancos e cheios e deixando adivinhar os biquinhos pontudos dos mamilos por baixo do tecido - coisa que capturou minha atenção.
Foi estranho, porque ela geralmente usava terninho e não costumava ir lá aos fins de semana. Além do mais, Débora não fazia meu tipo, era baixinha e um pouco cheinha, mas aquele decote ligou o botão na minha cabeça - e fez soar o alerta de que eu a queria provar e que daquele dia não ia passar.
Trazendo pão com mortadela e tomando pingado, sentei-me ao seu lado no balcão e puxei assunto. Por trás dos cabelos volumosos, negros e enrolados, mal dava para ver seu rosto quando respondeu - e não importava muito, porque eu estava de olho era no decote.
Fiz a rotina de praxe, perguntei do seu trabalho, fiz comentários sobre a vizinhança, falamos sobre a rotina e o café da padaria. Descobri que era administradora mas que trabalhava de secretária executiva, que morava num quarto e sala a duas ruas dali e que preferia presunto à mortadela.
Tudo bem, ninguém é perfeito - e me refiro ao presunto, não às outras coisas de Débora, muito menos aos seios, que realmente pareciam perfeitos com aqueles biquinhos saltando alertas.
Feita a aproximação, comecei a entrar nos assuntos mais pessoais, perguntando se tinha namorado. Ôpa, sinal vermelho. Suas bochechas cheinhas e brancas coraram como se estivesse cometendo um pecado ao conversar comigo. Débora e o namorado iriam neste mesmo fim de semana morar juntos um apê no centro, segundo ela um arranjo prático para racharem as contas.
Interessante, Débora não falou de amor nem de coisas românticas, não vi nenhuma ilusão em seus olhos nem escutei nenhum suspiro de seu peito. Ela só disse que os dois ganhavam pouco, que juntos podiam viver melhor e até economizar uma graninha.
Eu não resisti comentar que ela não parecia muito entusiasmada em se juntar com ele, então, se não era paixonite, devia ser porque o cara era bom de cama.
Eu sei, isso foi meio brusco de minha parte, ir falando sobre sexo assim de sopetão - mas arrisquei, até porque já havíamos terminado o café e em breve ela iria embora cuidar de sua mudança.
Para minha surpresa, em vez de se ofender e ir embora, Débora riu e me respondeu que ia morar com ele justamente porque o cara era meio devagar, não incomodava exigindo muito sexo e nunca tinha pedido nada “diferentão”.
A essa altura, a conclusão óbvia é que não iria rolar nada e aqueles peitos continuariam só na minha imaginação, afinal, ela estava indo morar com outro cara e nem parecia tão ligada em sexo a ponto de transar com o estranho da padoca.
Fazer o quê, não é? Um dia a gente bate e no outro a gente apanha e até ali, com Débora, eu estava tomando uma bela surra.
Já pensando em me despedir, dei uma de sincerão dizendo que, se havia alguma chance dela querer uma despedida de solteira de última hora, essa era a última chamada para o bonde chamado desejo.
Foi meio inusitado, acho que peguei Débora desprevenida pois ficou só me olhando com certo espanto, meio sem reação, como se não tivesse certeza se havia escutado bem.
“Você realmente acha que uma mulher faria uma despedida de solteira com um cara que acabou de conhecer na padaria? Sério mesmo?” - Foi tudo o que ela conseguiu dizer.
Bem, quem está na chuva é pra se molhar e no meu caso eu já estava encharcado. Já tinha tentado, já tinha apelado até desistido e não tinha nada mais a perder - nem a minha dignidade, porque essa eu nem me lembrava de quando se foi.
Respondi que não. Não acreditava que nenhuma mulher no mundo faria isso, só ela. Porquê? Porque ela não tinha nada a perder também, era sua última chance antes de ir morar com o carinha sonso e era tudo muito prático, já que estávamos ali naquele momento e, principalmente, porque a gente nunca mais se veria depois disso.
Este é o único ensinamento que trago neste conto: quanto nenhum dos dois tem mais nada a perder, dispare, dispare e dispare. Sem perdão nem piedade. Prega fogo. É como dizem por aí: o “não” eu já tenho, vamos ver o que consigo!
No bequinho atrás da padaria, ao lado de um container de lixo, a sensação de que a gente ia ser descoberto a qualquer momento era excitante e tesuda. Foi tudo meio rápido, começamos nos beijando, eu dei uns chupões cheios de vontade no seu pescoço enquanto minhas mão subiam por suas cocas grossas e apalpavam entre suas pernas.
Fui descendo o rosto por seu colo e subindo as mãos trazendo sua blusinha junto, até deixar desnudo e à minha disposição aquele tão desejado par de peitos.
Céus, aquilo era um pedacinho pecaminoso de paraíso: Umas tetas cheias, grandes, de mamilos com auréolas gigantes rosadas, coroadas por bicos pontudos que deviam ter mais de um centímetro de altura.
Foi o fim dos tempos, eu me acabei abocanhando, lambendo, mamando e mordiscando os seios da Débora, como se fosse um adolescente. Ela ria e apertava meu rosto contra seu peito, se divertindo com a vontade com que eu aproveitava aquela pequena permissividade de sua parte.
Daí me encarou arfando, com um olhar maroto, e disse que ia realizar comigo o sonho de todo cara: foi abaixando na minha frente, puxou a rola pra fora da calça, posicionou entre seus belos peitos e começou a se esfregar ali.
Sinceramente, não tenho nem palavras para descrever o que foi aquilo. Não eram nem dez da manhã e eu tinha conseguido de uma maneira muito improvável que aquela branquinha dos peitos lindos batesse uma espanhola pra mim no bequinho atrás da padaria, bem no dia em que ela ia morar junto com seu namorado.
A cabeça da rola surgia e desaparecia seguidamente entre aquele par de peitos como uma cobra insidiosa saindo da toca para dar “buenos dias” e logo depois voltava lá para dentro do aconchego.
O contato de sua pele na minha era suave e sentir a maciez de suas mamas era uma sensação incrível - melhor até que o monte de mortadela do sanduíche da padoca.
Bem quando eu estava prestes a gozar nos peitos de Débora, sem muito aviso, ouvimos um barulho de coisas caindo bem perto de nós, como umas latas ou coisa assim.
Podia ser um cachorro, um gato ou um rato, sei lá, mas a garota se assustou e parece haver caído em si da loucura que estava fazendo comigo. Levantou-se rapidamente, limpando os peitos cobertos de esperma escorrendo e tentando ajeitar as roupas. Como não tinha onde limpar as mãos, lambeu os dedos lambuzados de esperma - e eu quase gozei de novo vendo-a fazer isso.
Parecendo voltar à realidade depois de um desses delírios noturnos que a gente não sabe se é sonho ou pesadelo, Débora olhou para mim como se não me conhecesse - e a verdade era que ela não conhecia mesmo.
Meio exasperada, disse que ela devia estar ficando doida e saiu assim, sem mais nem menos, nem sequer se despediu.
Uns meses depois, cruzei com Débora na entrada do cinema. Ela vinha de mãos dadas com um cara e ficou meio assustada quando me viu. Para não queimar o filme dela, passei direto e fiz que não a conhecia.
Na saída do filme, passei por Débora de novo e não pude evitar de olhar para aquele par de seios onde fui feliz uma única vez. Quando subi a vista, notei que ela sorria discretamente enquanto ajeitava melhor o decote para mostrar mais os seios e dava uma piscadinha para mim.
E tudo bem, tudo muito bem.
ARQUIVO MENTAL:
Angélica: falsa tímida, boquinha de ouro, gosta de fazer garganta profunda em banheiro de bar.
Débora: prática e objetiva, peitos fantásticos, gosta de pegação atrás da padaria depois do café.