Como ganhar do amante de sua namorada?!?! - PARTE 1

Um conto erótico de Manfi82
Categoria: Heterossexual
Contém 3565 palavras
Data: 27/09/2024 10:45:59

Como ganhar do amante de sua namorada!?!?

Parte 1

*Para os que gostaram da minha serie principal, podem ficar tranquilos que ela seguirá.

Fiz essa outra para me divertir no dia de hoje, que estou de folga. Espero que gostem. Não será longa como a outra, mas acho que com uma temática diferente do que normalmente se encontra no site.

Abraços e bjos a todos*

……

O que você faz quando percebe que sua namoradinha novinha e atrevida começa a colocar as asinhas de fora depois de entrar na faculdade?

A maioria dos caras que conheço tomaria um de três caminhos: ou confrontaria logo de cara (porém, sem controle emocional), ou aceitaria calado, se tornando gado dela, ou fingiria que nada está acontecendo.

Mas minha namoradinha se esqueceu com quem está lidando. Eu sou o lobo que pegou uma cordeirinha inocente faz uns quatro anos. Tenho a malícia e a experiência certas para jogar esse jogo. Ela achou que podia jogar este tipo de jogo comigo, mas o que ela não sabe é que quem dita as regras aqui sou eu. E o jogo está só começando — ela ainda não tá pronta pro que vem a seguir.

Essa história começa dois anos atrás, quando ela entrou na faculdade. Eu já tinha terminado a minha um ano antes, então conhecia bem o ambiente e todos os truques que os veteranos usavam com as calouras.

Era um domingo de sol, o calor estava insuportável. Karol, minha nissei atrevida, com aquele corpinho magro, peito pequeno, bunda proporcional, mas com um sorriso que desarmava qualquer um, chegou no meu apartamento achando que a gente ia sair, como combinado durante a semana.

Logo de cara, recebi ela de um jeito frio, com um olhar severo, sem querer muita conversa. Ela, claro, não demorou a mostrar a irritação de sempre e já foi perguntando:

— Mauro, que jeito de me receber é esse? Vim pra cá com o maior bom humor pra gente passar o domingo junto. O que aconteceu?

Enquanto perguntava, ela se aproximou e me encarou, daquele jeito que só ela sabia fazer.

Apesar de novinha, Karol era intensa. Se impunha em qualquer lugar — entre amigas, família, não importava o ambiente. Ela tinha uma energia dominante e fazia questão de deixar isso claro. Seu temperamento era agitado, às vezes até agressivo, o que contrastava com meu jeito calmo, mas igualmente seguro.

— Você não tem nada para me contar? Talvez sobre a sexta à noite?

Perguntei sem tirar os olhos dos dela, firme, sem demonstrar um pingo de hesitação.

Depois disso, fiquei em silêncio, observando cada movimento, esperando qualquer sinal no corpo dela.

Karol não demorou a reagir com o jeito combativo de sempre, levantando a voz e ficando um pouco agressiva.

— Pelo amor de Deus, Mauro! Agora deu pra me espionar? Eu não sou obrigada a dar satisfação pra ninguém, entendeu? Para de ser ciumento e idiota, vai!

São nesses momentos que se distinguem os homens dos meninos. Ou, melhor ainda, pessoas maduras e garotinhos emocionados sem controle emocional.

— Já conversamos sobre isso. Nenhum homem é meu dono. Se você vier com machismo, a gente termina aqui e agora!

Fiquei em silêncio por uns segundos, abaixando os olhos por um momento, como se estivesse refletindo.

A safada logo iniciou um sorriso tímido, orgulhosa de sua aparente vitória momentânea.

O silêncio na sala do meu apartamento se estendia, cada segundo parecia uma eternidade. A atmosfera era densa, quase sufocante, como se o ar estivesse pesado. Era como aqueles joguinhos infantis em que o primeiro que falasse era o perdedor. Eu percebi que ela realmente era uma boa jogadora, mantendo uma postura ofensiva, olhos cerrados, o que a deixava com um ar de bravura, convencida de que estava certa.

Fui eu o primeiro a romper o silêncio, e o fiz de um jeito que deixava claro que não estava disposto a continuar com aquele joguinho.

Peguei a bolsa dela, colocando-a em meu ombro, e falei, abrindo a porta da sala:

— Saia da minha casa! — disse, incisivo, mas sem elevar a voz, deixando a frase pesar no ar.

— Mauro, o que você está fazendo? Está me mandando embora? — respondeu, incrédula, mas ainda mantendo um pouco da mesma postura desafiadora.

Respirei profundamente, o peito subindo e descendo em um esforço para me acalmar. Fechei a porta, colocando a bolsa novamente em cima da mesa de jantar. O som do fecho ecoou na sala vazia, e puxei uma cadeira, sentando-me devagar, fazendo questão de mostrar como estava contrariado.

Após nos sentarmos, olhei em seus olhos e, com a voz baixa, mas carregada de irritação, disse:

— Você vai me contar, sem responder de forma agressiva e desrespeitosa, onde você foi na sexta à noite.

Ela permaneceu sentada, fixando o olhar em mim, mas seus dedos começaram a se entrelaçar, um leve tremor denunciando sua inquietação. O cheiro do café recém-passado pairava no ar, misturando-se ao perfume dela, uma combinação que, em outras circunstâncias, teria sido agradável, mas que agora parecia sufocante.

— Eu fui no barzinho que fica perto da faculdade. Não foi nada planejado. As meninas quiseram ir e eu as acompanhei.

As palavras saíram apressadas, quase como um sussurro, enquanto suas mãos se apertavam, revelando um sinal claro de nervosismo. O som de uma gota de café pingando na xícara vazia parecia ecoar na sala, marcando cada segundo que passava.

— Por que você não me avisou? Não mandou mensagem?

A hesitação em sua voz era evidente, e, mesmo assim, ela tentou manter a firmeza.

— Eu... eu não queria brigar com você — respondeu, a dúvida flutuando em suas palavras como uma brisa incerta.

Mas, logo em seguida, seus olhos brilharam com uma intensidade desafiadora, como chamas em uma fogueira.

— Você ultimamente está muito machista, muito possessivo. Fiquei com medo.

A frustração ardeu em meu peito. Eu sabia que, como alguém com experiência, tinha que reconhecer as provocações sutis que ela lançava. O ar estava pesado, quase eletrificado, e a tensão se tornava palpável.

Nesse instante, a sala parecia encolher ao nosso redor. O som do relógio na parede marcava o tempo, um lembrete constante da urgência da conversa. Eu permaneci em silêncio, cada respiração se transformando em um peso a mais na atmosfera.

Levantei da cadeira, o rangido do móvel contra o piso de madeira ressoou como um sinal de alerta. Abri a porta, e a luz do sol invadiu o ambiente, trazendo um calor quase sufocante. O cheiro de folhas frescas e flores do lado de fora contrastava com o ar pesado da sala.

— Venha. Pegue sua bolsa. Eu vou te deixar em casa, para depois não virem falar que te deixei abandonada na rua — falei, minha voz calma, mas com um tom incisivo que não deixava espaço para mais discussões. As palavras saíram com um peso, como se cada sílaba estivesse carregando a frustração acumulada.

Neste momento, a expressão corporal dela mudou completamente. Ela se retraiu, como uma flor murcha que perde a luz do sol, e pequenas lágrimas começaram a escorregar por seu rosto, brilhando sob a luz suave do hall de entrada.

Ela tentou me abraçar, mas eu neguei, um gesto frio que cortou o ar entre nós como uma faca.

— Por favor… me desculpa… por favor — ela implorou, suas palavras soando como um eco de desespero, mesmo sem saber ao certo o que estava pedindo desculpas.

Novamente, simplesmente a ignorei, chamando o elevador. O som do botão sendo pressionado parecia ecoar, enquanto os segundos se arrastavam. Os minutos que esperamos o elevador chegar ao meu andar devem ter sido agonizantes para ela. Eu a observei, firme, enquanto ela balançava ligeiramente a cabeça, e seus olhos, agora incontroláveis, deixavam que as lágrimas escorressem livremente.

O percurso até sua casa foi envolto em um silêncio quase tirânico, um peso esmagador que parecia sufocar o ambiente, especialmente para ela.

O único som além do motor do carro era a trilha sonora que eu escolhi, e não poderia ser mais simbólica: Sepultura. Cada batida pesada de "Inner Self" parecia refletir o clima tenso, ecoando no espaço como uma presença opressora. A música pulsava com uma agressividade silenciosa, servindo como o único testemunho daquela tensão crescente, cada riff intensificando o desconforto que pairava entre nós dois.

Chegando na rua do condomínio, decidi colocar minhas cartas na mesa, ou, na verdade, minhas peças em jogo.

— Escuta, Karol — comecei com a voz firme, mas mantendo a calma habitual —. Primeiramente, eu nunca te tratei mal, levantei a voz ou te desrespeitei. Você, além de mentir para mim, ainda gritou e me chamou de machista e idiota.

Ela sentiu o baque das minhas palavras, o corpo se retraindo ainda mais, como se tentasse se proteger de um ataque. Mas, mesmo assim, tentou argumentar, a voz trêmula.

— Me desculpa, por favor. Eu não quis te desrespeitar. Mas eu não menti para você — disse, seus olhos buscando os meus olhos mais uma vez, uma mistura de vulnerabilidade e determinação iluminando seu olhar.

Parei por um momento para observar e até admirar aquela garota. Mesmo contra as cordas, ela sempre encontrava uma forma de contra-atacar, uma luta que fazia parecer que a vitória ainda estava ao seu alcance. Pena, para ela, que o adversário era mais experiente e estava mais preparado para aquele confronto.

Peguei seu celular e falei, com um tom energético e impositivo, mas mantendo a calma: — Entre no Instagram na página da sua amiga Camila.

Ela arregalou os olhos, um misto de surpresa e preocupação cruzando seu rosto, como se estivesse começando a entender que talvez eu não fosse um idiota, apesar do meu jeito tranquilo e paciente.

— Mauro, por favor. Podemos esquecer isso. Vamos deixar isso para lá, refletimos um pouco e voltamos a conversar na próxima semana.

Essa última tentativa de adiar a conversa só intensificou a raiva que fervia dentro de mim, uma vontade quase visceral de expor as verdades que ela precisava ouvir. Mas, mais uma vez, mantive a calma, a voz controlada, como um maestro diante de uma orquestra desafinada.

— Eu estou te dando a oportunidade de me contar o que aconteceu. Se você sair desse carro sem conversarmos a respeito, nós nunca mais iremos conversar de novo.

Após esse ultimato, a tensão no ar se tornou palpável. O silêncio foi cortante, como um fio de seda prestes a se romper. Ela finalmente cedeu, pegando o celular com as mãos trêmulas. Abriu o Instagram e navegou até a página de sua amiga de faculdade, o movimento refletindo a luta interna que ela enfrentava.

— Bom, primeiro de tudo, me explica por que todo mundo, pelo menos vocês meninas, estavam vestidas como se estivessem em uma balada e não com a roupa que deveriam usar para aula?

Perguntei, pegando seu celular de sua mão e mostrando a primeira foto postada de sua amiga, onde três meninas estavam vestidas com vestidinhos curtos de festa, os tecidos brilhando sob as luzes, como se estivessem prontas para dançar até o amanhecer.

— Realmente esse evento foi em um bar perto da faculdade. Era um evento da atlética para recepcionar os calouros. Você sabe como é, não sabe?

Ela era habilidosa no jogo, e eu estava começando a adorar cada momento dessa interação. O ar estava carregado de tensão, e a luz suave do ambiente realçava cada expressão que passava pelo seu rosto.

— Tudo bem, você poderia ter me convidado ou me avisado. Eu nunca fui a um evento da minha faculdade sem te convidar antes. Na verdade, não só convidar, mas pedir que você fosse comigo.

Aquela resposta fez sua pose de confiança desmoronar, como um castelo de cartas prestes a desabar.

— Eu… eu… as meninas me convenceram que era melhor eu ir sozinha. Eu acabei cedendo. Me desculpa!

Após esse pedido de desculpas, ela me olhou intensamente, seus olhos como dois faróis em uma noite escura. Lentamente, colocou a mão em minha coxa, e a sensação do toque quente e suave fez um arrepio percorrer minha espinha. Manteve o olhar fixo enquanto subia a mão até a altura da virilha, cada movimento carregando um peso inesperado.

Estava impressionado com ela. Aquela confiança quase audaciosa me fez questionar sua inocência. Naquele momento, tive a certeza de que essa garota não tinha nada de ingênua. Era como se ela tivesse se aproveitado da minha ausência, um truque habilidoso que revelou o quanto estava disposta a jogar. Ou talvez eu estivesse apenas impressionado com o modo dissimulado e, ao mesmo tempo, seguro com que se portava, mesmo quando estava claramente colocada contra a parede.

Resolvi segurar sua mão, firme, mas sem violência, mantendo minha postura e dando uma nova ordem.

— Esse perfil da Camila tem 7 fotos desse evento. Me mostre todas as fotos em que você aparece.

Ela começou a passar as fotos, e logo percebi que ela também notou o que eu tinha percebido. Seu rosto ficou pálido, e um olhar de pânico surgiu em seus olhos, como se estivesse vendo um fantasma.

— Bom, vamos fazer dois jogos agora — reiniciei, mantendo a serenidade e a calma, mesmo que a tensão estivesse carregando o ar ao nosso redor.

— Jogo um: vamos contar quantas mentiras você irá contar até o final de nossa conversa. Jogo dois… vamos ver se pensamos a mesma coisa.

Ela me olhou novamente, mas desta vez havia medo em seu olhar, quase uma súplica silenciosa.

Não dei muita bola, apenas continuei.

— Das 7 fotos que a Camila postou, vamos ver quantas fotos você aparece?

Ela permaneceu em silêncio, imóvel, apenas com lágrimas nos olhos, que brilhavam sob a luz suave do ambiente.

Peguei o celular de sua mão e fui passando as fotos, contando em voz alta.

— Uma… duas… três fotos… de sete! Nossa, vocês são muito amigas, certo? — perguntei, deixando a ironia transparecer em minha voz.

— Por favor, Mauro. Para. Por favor.

— Mas por que, Karol? Já que você não me avisou que ia a essa festinha, quanto mais convidar, esquece — falei com um sorriso de deboche, deixando que a provocação flutuasse no ar. — Por que pelo menos não posso ver as fotos dessa festinha com você?

Ela permaneceu em silêncio, os lábios tremendo, incapaz de formar palavras. Então, continuei.

— Sabe o que eu achei estranho? Das três fotos em que você aparece, sua amiga marcou todo mundo menos você. Estranho, né?

— É… é porque pedi pra ela… — Karol respondeu, surpreendendo-me com sua honestidade repentina.

— Hummmm… então foi premeditado… — não questionei, mas afirmei, meio que para mim mesmo, percebendo que a situação se tornava cada vez mais densa.

Ela novamente não respondeu, apenas manteve o corpo retraído e os olhos fixos no chão, como se quisesse se esconder. Já não queria mais me olhar nos olhos como antes, a confiança parecia ter evaporado.

Após alguns minutos de silêncio carregado, recomecei.

— Sabe o que me chamou atenção nessas fotos? Olhe para mim enquanto falo com você — disse, com uma voz de comando, mas mantendo um tom controlado, aceitável.

— Sabe? — perguntei novamente, forçando-a a se engajar.

— Não.

— Das três fotos em que você aparece, duas você está abraçada com um carinha. O mesmo carinha, bombadinho, sem camisa…

Nesse momento, ela me interrompeu com uma risada forçada, quase nervosa.

— Tudo isso por causa dele? Ele é gay, amor. O nome dele é Claudinho. Ele…

Antes que ela começasse a elaborar a historinha, já a cortei.

— Nossa, você me acha um idiota mesmo. Acha que estaria conversando com você sobre isso se não tivesse algo por trás? Você quer ir na página dele? Ele é bem hétero. Do tipo que pega muito vagabundinha na faculdade. Estilo bombado, folgado, um pouco arrogante…

Ela ficou em silêncio novamente, os olhos cheios de um misto de nervosismo e resistência.

— Preciso entrar na conta dele? — perguntei, voltando a ficar sério, o ar tenso entre nós.

— Não! Amor, não aconteceu nada demais. É apenas um colega. Nada mais. Ele bebeu um pouco e tirou a camisa, apenas isso.

Após essa resposta, respirei fundo, sentindo o peso da situação. Olhei em seus olhos, buscando alguma sinceridade.

— Tem certeza disso?

Ela, sem muita convicção, respondeu prontamente.

— Sim, eu te amo, meu amor. Só quero você.

Após isso, um sorriso surgiu em meu rosto. Ela pareceu relaxar um pouco, como se tivesse interpretado aquilo como uma aceitação do que acabara de dizer.

Ainda sorrindo, voltei a mexer no celular dela, entrei na página de outra amiga, a Simone.

— Meu amor, você tem ótimas amigas, sabia? Já viu as fotos da Simone?

Instantaneamente, a expressão dela mudou, e ela se retraiu, tentando pegar o celular de minhas mãos.

— Calma, amor. Como eu disse, fiquei curioso para saber da festinha que você não me avisou nem me chamou. Vamos continuar nossa brincadeira.

Ela recuou ainda mais, um leve choramingo escapando de seus lábios.

— Por favor, Mauro…

Ignorei seu apelo e segui em frente.

— Bom, a Simone parece gostar mais de fotos. Inclusive, ela posta mais e ainda faz legendas.

Notei que, em algum lugar no fundo de sua mente, ela percebeu o que estava prestes a acontecer. A tensão no ar se tornou palpável, e as lágrimas começaram a escorregar por seu rosto.

— A Simone postou 18 fotos, e você aparece em 10! Ela realmente parece ser uma ótima amiga. E dessas, veja só, apenas duas você não está abraçada com esse carinha. Algumas, inclusive, são do começo da festa, como esta aqui em que estão só vocês dois, parecendo dois namoradinhos.

O choro dela se intensificou, tornando-se quase incontrolável.

— Amor, por favor. Nós somos amigos, apenas isso. Eu juro!

— Fica em paz, amor. Só me ajuda a entender essa legenda da foto em que estão apenas vocês dois. Lê para mim.

Ela hesitou, recusando-se a ler, dizendo que não era nada do que eu estava pensando, que era apenas uma brincadeira.

Decidi então pegar o celular novamente e li a legenda em voz alta.

— “O primeiro casalzinho do curso. Parabéns, amiga. Gatinho demais!”

Ela começou a chorar de forma intensa, sua voz embargada ecoando pelo carro. Prometeu que pediria à amiga para apagar a foto, insistindo que não havia acontecido nada, que eram apenas amigos.

Confesso que nesse momento uma irritação cresceu dentro de mim. Peguei seu queixo com firmeza, forçando-a a olhar em meus olhos.

— Você vai manter a história de que não aconteceu nada? Aconteceu alguma coisa entre vocês dois?

Ela chorou ainda mais, a voz tremula.

— Eu juro, meu amor! Eu juro! Não aconteceu nada!

A calma que eu tentava manter começou a se esvair. Abri uma conversa no meu celular com uma amiga do mesmo curso que estava no último ano e mostrei as fotos.

Na primeira, eles estavam se beijando, provavelmente no início da festa, quando ele ainda não tinha tirado a camisa. A segunda mostrava um beijo mais intenso, ele a apertando contra a parede, suas mãos deslizando sob o vestido. Parecia que a festa já estava no fim, com bem menos gente ao redor. A última foto a mostrava entrando no carro do cara, ele segurando a porta para ela, enquanto a outra mão a apertava por debaixo daquele vestidinho minúsculo.

Ao ver as imagens, ela começou a chorar ainda mais. Tentou subir em meu colo, implorando desculpas, dizendo que a outra pessoa não significava nada, todo o blá blá blá esperado.

Eu, calmamente, a impedi de se aproximar, fazendo de conta que contava algo nas minhas mãos.

— Eu não consigo chegar a uma conclusão sobre nosso primeiro joguinho. Foram tantas mentiras em menos de 30 minutos que confesso que perdi as contas.

Ela tentou novamente argumentar, mas desta vez, resolvi ser firme e incisivo, decidindo pôr um fim àquela brincadeira.

- Karol, fique quieta e me ouça, por favor. Primeiro, eu tentei conversar com você de maneira calma, e você me atacou, me xingou e me desrespeitou, fazendo parecer que eu era o errado por cobrar explicações.

- Segundo, você mente de uma forma tão dissimulada que não sei como posso voltar a confiar em você. Sinceramente, tenho medo de já ter sido feito de otário por você antes.

- Terceiro, não preciso de mulher nenhuma para ser feliz. Se você acha que eu aceitaria que você se comporte como se fosse a ‘putinha’ de outros por aí, está muito enganada. Você escolheu o cara errado.

- Agora, saia do carro. Sem desculpas, sem choramingos. Sou eu quem vai decidir se quero tentar salvar nosso relacionamento, e até lá, você pode se considerar livre. E eu também serei livre para fazer o que quiser.

- Ah, e se você chegar em casa chorando e falar mal de mim para seu pai, sua família ou nossos amigos em comum, não hesitarei em abrir o jogo. Não tenho vergonha de mostrar a todos a mulher que você se tornou.

- E, por último, espero que tenha valido a pena. Eu conheço esse tipo. Fui parecido na faculdade, mas nunca tive a idiotice e a falta de maturidade de ficar tirando a camisa a todo momento. Espero que você não se apaixone por ele, porque só vai sofrer.

- Quanto ao nosso relacionamento, para mim, traição é uma escolha, e você fez a sua. Agora, assuma as consequências.

Karol tentou novamente falar algo, mas eu a interrompi. Ordenei que saísse do carro e, logo em seguida, dei partida, sem esperar que ela entrasse em seu condomínio.

Depois, busquei consolo em uma amiga, uma amizade colorida que sempre tive, mas que havia deixado de lado por conta do meu relacionamento com Karol.

Sobre nosso encontro e tudo o que aconteceu a seguir, contarei em breve.


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Comentários

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O conto já começou acelerado. Bem original o enredo do conto. Normalmente nos contos de traição o traído se vitimiza no início, mas esse já começou colocando ordem no galinheiro😂👊

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Decidi parar de ficar comentando por aí...

Mas aguardem a continuação...só preciso que será provavelmente inédito neste site. Com muito realismo e "ensinamentos" para quem um dia se deparar com esse tipo de situação em seu relacionamento.

O título é sugestivo... abraço e obrigado pelos comentários e elogios..

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Pelo título achei que seria mais um frouxo humilhado, mas comecei a ler e gostei demais, parece que não tem frouxo aí não.

Obrigado caro autor!

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muito bem, mandou bem, espero continuação

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Já começou pegando fogo, show de bola, parabéns pelo início

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As passagens que configuram expressões corporais e de sentimentos são formidáveis. Conto muito bem estruturado

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Parabéns pela atitude, finalmente um Homem que honra as calças que veste.

3 estrelas

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Rapaz... o maluco é brabo

Esse enredo todo num dia de folga kkkkkk queria ter essa criatividade. Três estrelas

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Tô escrevendo agora a continuação no plantão no upa...kkk

Sorte que sexta noite é tranquilo.. talvez consiga enviar hj...

O da série principal, que sinto não fazer muito sucesso, precisa de tempo e pesquisa...temas complexos e sensíveis

...mas esse é só curtição escrever...vou deixar de ler e escrever...da agonia ler a maioria dos contos desse site...

Obrigado, essa resposta vai para todos que escreveram... agradeço muito...

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👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

Aí sim, um conto de um cara que não aceita ser feito de otária!

Está raro aqui no site de contos assim!

Parabéns!

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