Situação fora dos limites (9)

Um conto erótico de Guto (por Leon Medrado)
Categoria: Heterossexual
Contém 3252 palavras
Data: 29/06/2024 23:11:45
Última revisão: 30/06/2024 09:04:41

Parte 9.

Laíse, visivelmente emocionada, meio tensa, contraída, saiu de cima da cama. Tentava disfarçar, mas vi que ela se segurava, buscando não chorar, mas duas lágrimas escorriam dos olhos e desciam pelas faces. Eu não sabia o que fazer e nem dizer, pois não esperava aquela reação dela.

Laíse foi para a casa de banhos e eu, de imediato, me levantei da cama e fui atrás. Mas, ela abriu o chuveiro, para tomar banho, e me fez um gesto de esperar, com o braço esticado para frente e a mão levantada. Parei na entrada do banheiro e ela fez sinal para que eu saísse dali. Eu não saí, e fiquei de longe olhando para ela que se virou para a parede e começou a se lavar. Pelas convulsões do corpo, notei que ela chorava debaixo do chuveiro, escondendo o choro. Ela se ensaboava, com uma certa intensidade nos gestos, como se estivesse com raiva, querendo se livrar de algo que a sujasse. Mas era apenas nervoso. E eu esperei, parado, silencioso, observando.

Poucos minutos depois, ela foi se acalmando, terminou de se banhar, se enxaguou e fechou o chuveiro. Agarrei na toalha e estendi a ela, que pegou e se embrulhou. Depois pediu:

— Por favor, traz a minha roupa, e me deixe um pouco sozinha.

Eu não discuti. Saí dali e fui para o quarto, peguei sua roupa e levei, pendurando no cabide da parede onde estivera a toalha. A seguir, deixei a casa de banhos e fui me sentar no quarto. Peguei o celular e vi finalmente as mensagens que a Socorro havia enviado.

Começava com uma foto dela nua no chuveiro, e com a legenda:

“Saudade do seu corpo junto do meu”.

A moreninha estava linda, molhada, os cabelos escorridos e o rosto sem maquiagem. Ela era linda ao natural. Imaginei a sensação da Laíse ao ver aquilo.

Logo em seguida, tinha três textos:

“Aqui nesta região, tem praias lindas. Estou encantada”

“A única coisa ruim é que sinto saudade”.

“Em breve estou de volta, me espere”.

A seguir ela mandava fotos em close do rosto, maquiada, fazendo biquinho de beijo. Outra foto em close do seio, com as duas mãos fazendo o formato de um coração, com o mamilo bem espetado e a legenda: “Você mora aqui dentro”.

E finalmente, uma foto que os amigos haviam tirado, quando eu e ela nos beijávamos, numa rua do centro da cidade.

Entendi finalmente a reação da Laíse. Tinha sito uma porrada de surpresa, num momento muito delicado. Resolvi não falar nada, e esperar a reação dela.

Laíse não demorou e quando saiu da casa de banhos já vestida, me viu ainda sem roupa, e disse:

— Vou para casa, você não precisa me levar.

Eu tentei argumentar:

— Laíse, espere. Agora sou eu que quero conversar, não tire conclusões...

— Guto, não precisa. Imagens falam por si. Não fez sexo por dinheiro, e muito menos brincando entre amigos. Ali houve envolvimento afetivo e emocional. Então, tudo bem, não precisa me explicar nada.

Ela pegou sua pequena bolsinha e eu me levantei dizendo:

— Então espere, quero falar com você, explicar melhor tudo.

Laíse parou, vendo eu me vestir. Ela disse:

— Guto, quero ir embora sozinha. Não quero que me acompanhe. Fiquei chateada e estou com raiva. Não temos mesmo muito mais o que nos falarmos. Obrigada pelo jantar, e pela agradável noite de sexo. Mas a bofetada ainda está doendo.

Ela se virou, abriu a porta e saiu. E eu fiquei ali, preocupado. Como já estava vestido, desci rapidamente, e paguei o hotel, saindo em seguida para ver se ainda via a Laíse no trajeto, mas não a vi. Segui apressado, até no prédio do apartamento do Maciel, mas não encontrei com ela pelo caminho. Fiz hora alguns minutos, e depois desisti. Mandei mensagem para ela pedindo que me dissesse se estava bem e em segurança. Mas ela recebeu e não respondeu.

Pouco depois, vi que ela havia bloqueado meu perfil no zap dela.

Meio chateado com minha própria estupidez, fui para o hostel, onde acabei deitando, sem conseguir dormir.

Logo que amanheceu, eu estava com fome e desci para tomar o café. Pouco depois o Maciel me mandou mensagem que estava esperando meu sinal para sairmos. Tratei de tomar um banho, me vestir melhor, peguei meu telefone, e segui ao encontro deles.

Mandei mensagem avisando que já estava indo. Eu estava meio desanimado, irritado comigo mesmo, e chateado com a situação.

Ao chegar, vi que o Maciel, Meiry e a Laíse estavam me esperando. Cumprimentei a todos, um por um, e a Laíse agia como se eu fosse um estranho. Fria e distante. Claro que o casal reparou que algo não estava bem. Entramos no carro, ela no banco de trás, atrás da Meiry e eu atrás do Maciel. Partimos imediatamente. Seguíamos em silêncio, e deduzi que Maciel e Meiry, não deviam saber do ocorrido, ou, se soubessem, acharam melhor não tocar na ferida.

No meio do caminho, Maciel me informou que conhecia somente um dos presentes que o convidou para aquele almoço, na intenção de apresentar aos outros empresários e diretores de empresas. A ideia desse amigo era abrir novos relacionamentos e futuros clientes para o Maciel. Disse que iria me apresentar como um colaborador de confiança. E talvez, eu também pudesse ter uma chance, conhecer novos empresários, caso tivesse interesse de trabalhar em outra empresa.

Quando ele disse isso, reparei que a Laíse me olhou intrigada, sinal de que o Maciel não havia contado meu interesse de sair da empresa quando tive o acerto com ele. A Meiry também me olhou com expressão curiosa. Eu agradeci e não entrei em detalhes.

Para aquela ocasião, a Laíse estava trajada de modo elegante, mas discreto. Usava uma saia jeans até pouco acima do joelho, uma blusa de crochê cor de areia, meio folgada e calçava sapatilhas azul escuro, baixas. Mesmo assim, com uma maquiagem leve, estava muito atraente. Eu usava uma calça jeans cinzenta, uma camiseta preta lisa, e por cima, uma camisa de jeans para fora das calças, aberta, com as mangas arregaçadas. Calçava sapatênis cinza escuro com meias pretas. Estava esportivo, mas bem vestido.

Foi uma viagem de umas três horas e quando chegamos, era num restaurante bem à beira mar, quase pé na areia. O lugar chama-se Playa Restaurante & Bar, situado na Marina Ria Center, na cidade de Olhão, no Algarve, com uma vista espetacular para a Ria Formosa. Fiquei encantado. O local era mesmo de sonho, e fomos sendo recebidos pelo Sousa, amigo do Maciel, que nos foi apresentando os demais. Quando chegamos, já estavam o amigo do Maciel, e mais três casais. Ficamos numa área externa, de espera, com mesinhas cobertas por guarda-sol, aguardando os demais convidados chegarem. Fomos logo servidos de vinho branco e pequenos canapés de torradas com creme cheese, apenas como aperitivo.

Na hora o Maciel apresentou a Laíse como sobrinha, e foi nítido o olhar de admiração dos demais, por sua beleza. Ela ficou sentada perto da Meiry e eu fiquei num outro extremo, como se não tivéssemos nada entre nós. Eu a observava discretamente, e vi que se comportava de forma educada, tentava parecer natural, mas seu semblante passava uma sensação de tristeza.

Dei uma espiada no cardápio, muito variado, onde era patente a comida da culinária espanhola. Opções de deliciosos tacos, guacamole, ceviches, burritos e tábuas de carne dos melhores cortes.

Em menos de cinco minutos, pontualmente na hora marcada das doze horas, chegaram mais três casais e mais dois homens maduros, acima dos 60 anos, solteiros. Um deles, brasileiro, amigo do outro senhor solteiro, me foi apresentado, e por termos a mesma nacionalidade, logo estabelecemos camaradagem. Ele era brincalhão, jovial e não aparentava a idade que tinha. Sempre sorridente, queimado de sol, disse que gostava de praticar surfe e Kitesurfe. Segundo contou, estava passando uns tempos ali na praia, naquela região, enquanto escrevia mais um roteiro por encomenda. Vi que ele olhou bastante para a Laíse, mas não dei nenhum sinal de que eu tivesse algo com ela.

Logo a seguir, fomos encaminhados para a área coberta, onde uma mesa grande, reservada, nos esperava. Devido à formalidade entre os convidados, e as relações mais próximas, eu fiquei numa extremidade da mesa, e ao meu lado esquerdo, ficou esse brasileiro, que se chama Leon. Depois, próximo, ficou outro casal, que falava português com sotaque forte de inglês. Na nossa frente um casal português, muito simpático, que falava bastante de culinária e o marido contou que gosta muito de cozinhar. Na extremidade oposta, do outro, lado, no lugar mais distante de onde eu estava, sentou-se a Laíse, a seguir a Meiry e depois o Maciel, tendo ao lado dele o Souza. E os outros convidados entre nós. O almoço foi delicioso, muito farto, e as pessoas sempre se mostrando muito simpáticas.

Foi nesse almoço que eu conheci o Leon, um escritor de romances e roteirista, com quem conversei muito, e nos entendemos de forma muito fácil. Ele é bem-humorado, também tem um sotaque carioca, arrastando os erres e chiando os esses, mas demonstrou conhecer muito da cultura mineira. Conversamos bastante. No decorrer da conversa, Leon foi me perguntando de onde eu era, o que fazia e fui contando um pouco. Ele explicou que por ser escritor, presta muita atenção nos detalhes e nas histórias das pessoas. E falou uma frase que me marcou: “Tudo o que passamos na vida, que parece corriqueiro e sem grandes destaques, no fundo, está carregado de emoções e dá excelentes histórias”.

Ao saber que eu era da área de T.I. contou que foi pioneiro na atividade de programação, ainda nos anos 60. Isso nos deu mais elementos para conversar sobre muitas coisas, quando contei que estava recém-chegado do Brasil, para trabalhar na programação, na empresa do Maciel. Nós nos entendemos muito facilmente. Ele perguntou se eu era casado ou solteiro, e eu disse que era casado, mas estava separado. Ele comentou que a coisa mais difícil que existe é administrar um casamento, e fazer com que dure muito tempo. Concordei e trocamos mais ideias.

No final do almoço, foi servida uma bebida muito saborosa, consumida fresca, com gelo, chamada “Amarguinha”. Soube que é um dos licores mais apreciados em Portugal, muito aromático, usado como digestivo, feito a partir de uma receita muito antiga, que utiliza amêndoas amargas. Gostei muito e senti que tinha encontrado uma bebida especial para momentos especiais.

Na hora de nos despedirmos, eu pedi o endereço do Leon, e ele escreveu no guardanapo de papel o seu e-mail, e o link de um site onde ele publica contos. Mas disse em voz baixa: “São contos eróticos. O site é só disso. Publico nesse site, por puro prazer”.

A volta para Lisboa, foi mais silenciosa do que a ida. Apenas o Maciel, no início, conversou um pouco comigo, sobre quem eram as pessoas que lá estiveram, que o Souza havia explicado. Na maior parte do tempo, viemos ouvindo música de um pen-drive do Maciel. E a seleção parecia que estava feita de encomenda para nós. Foram muitas mensagens que me tocaram fundo. Quando tocou a música “Volta” na voz da Gal Costa, a emoção foi enorme.

“Quantas noites não durmo”

“A rolar-me na cama”

“A sentir tantas coisas”

“Que a gente não pode explicar”

“Quando ama?”

“O calor das cobertas”

“Não me aquece direito”

“Não há nada no mundo”

“Que possa afastar”

“Esse frio do meu peito”

“Volta! Vem viver outra vez ao meu lado!”

“Não consigo dormir sem teu braço”

“Pois, meu corpo está acostumado”...

Eu olhei para a Laíse, e ela estava chorando, com o rosto virado para a janela, tentando esconder as lágrimas. Aquilo me deu um aperto no coração, mas eu respeitei.

Ao chegarmos de volta em Lisboa, eu estava arrasado. Me despedi formalmente dos amigos e da Laíse e fui para o hostel. Não era tarde, ainda havia sol. Eu estava cansado, mas sem sono. Peguei meu notebook, fui para a salinha de estar e liguei, conectando no wi-Fi. Me lembrei do link que o Leon havia me dado, e comecei a ler alguns dos seus contos. Fiquei admirado, muitas histórias excitantes, e não queria mais parar de ler. Quando vi era tarde e eu precisava dormir.

No dia seguinte eu fui trabalhar, mas estava bastante deprimido. Tive que atender uma convocação do Maciel e fui até à sala dele. Maciel fechou o “aquário” e me perguntou:

— Porra, que merda foi que tu fez que a Laíse está arrasada?

Eu não tinha por que esconder. Contei a ele o que havia acontecido. No final, eu disse:

— Eu pensava que seria uma noite de reconciliação, e deu ruim total.

— Eu vi a Laíse chegar muito chateada, deprimida. Não falou com ninguém e está assim, fechada, até hoje. No almoço ficou bem calada. Tentamos saber dela o que havia, mas ela não quis falar. – Maciel contou.

Eu aproveitei o momento de conversa privada e perguntei:

— Mas, ela me contou que transou com você e a Meiry. E você meteu a rola nela.

Maciel concordou, sem pestanejar, e explicou:

— Fazia tempo que eu e a Meiry não fazíamos nada. Logo que você saiu da casa, a Laíse foi dormir com a gente. Na segunda noite eu e a Meiry vimos que ela estava precisando de atenção. Começamos a transar e a Laíse ficou excitada. Nós a chamamos e ela aceitou participar. Mas não foi a primeira vez. No Rio de Janeiro, antes de namorar você, ela transou com a gente algumas vezes. A Meiry adora transar com a Laíse.

Não aguentei e falei:

— Ainda bem que eu saí de lá. Nessa casa é uma fudelança total. Todo mundo fode todo mundo. Cada vez eu fico sabendo mais coisas.

Maciel deu uma risada, e respondeu:

— Quem perde é tu mesmo. Otário. Somos todos liberais lá. Estamos juntos na mesma casa por isso mesmo. Podia estar bem com a Laíse, e ainda aproveitando das outras que estavam loucas para trepar com o mineirinho pica-doce e come quieto.

Fiquei calado, olhando para ele, quase não acreditando no que eu estava ouvindo. Falei:

— Porra, Maciel, até o Lazuli comeu a minha mulher. Deixou ela toda inchada com aquela anaconda. Que cara eu tenho de ficar ali, todo mundo comeu a minha mulher, eu estando fora?

— Não seja bobo Guto. Porra, que cabecinha de merda. Você não entendeu nada do que eu já lhe disse. A Laíse, busca sexo, compulsivamente, como compensação para a sua carência afetiva. Ela estava ótima com você, estava ajudando a fazer de você um liberal, que ia se dar bem com todos. E você entrou numa de ciumento, inseguro, e caiu fora. Deixou a coitada no vazio. Ela sofreu um baque, e nós demos atenção a ela, o que acaba sempre em sexo. Ela gosta muito, e é uma delícia de safada. Mas você foi fazer a cagada de arranjar outra putinha cheia das paixões, na primeira chance. Puta pica doce do caralho, e ainda deixou a Laíse ver a conversa. Agora eu entendi tudo. Ela ficou bem magoada. Deve ter doído demais. Sabe que não pode questionar, mas no fundo ela desmoronou. Sentiu na pele o que você pode ter sentido, antes.

Eu concordava com a cabeça, ouvindo ele falar. Realmente, a cagada foi grande, e eu estava sem saber como reagir. Perguntei:

— Maciel, o que você acha que eu posso fazer? Estou meio perdido nessa.

Maciel olhou para o relógio, viu que a conversa havia demorado mais do que esperava. Ele disse:

— Não sei. Vou pensar. Depois eu falo. Mas ela adora você. Dá um tempo, deixa ela assentar a mágoa, espera, e quando eu perceber uma melhora, eu lhe dou um toque. Mas segura a onda, e não vai ficar conquistando tudo que é gatinha que aparece.

— Porra Maciel, foi cagada. A Socorro apareceu por acaso, e se encantou, e eu estava precisando de elevar minha moral. Agora ela fica mandando mensagem e fotos. Como vou fazer? – Questionei, tentando justificar o ocorrido.

— Vai trabalhar Guto, e deixa a poeira baixar um pouco. Aguenta firme, não procure a Laíse. Acho que ela vai procurar você.

Agradeci, e saí da sala. Voltei para o cantinho onde eu estava trabalhando dentro do co-work, mas fora da empresa. E tive que me concentrar pois o projeto exigia muita atenção e planejamento. Não vi as horas passarem. No final do dia, voltei para o hostel, e na falta do que fazer, voltei a ler alguns contos eróticos. Foi quando me veio a ideia de escrever um e-mail para o Leon, e contar o que eu estava passando. Ele me respondeu na mesma noite, e trocamos algumas mensagens.

Aos poucos ele foi me ajudando a ter uma visão mais distanciada daquelas questões. Para mim, foi muito bom, porque ele com sua experiência, me ajudava a analisar melhor cada ponto. E graças a isso, eu fui me sentindo melhor, tinha com quem conversar sobre o meu problema, e recebia dicas valiosas.

Assim, passaram três dias. No quarto dia, quando eu cheguei no hostel, a Socorro está lá, de volta de seu périplo turístico. Achei que deveria ser o mais honesto e verdadeiro com ela, e a chamei para sair, dar uma volta, e conversar. Ela aceitou.

No trajeto, passeando pelas ruas, fui contando que era casado, estava separado mas adorava minha esposa, e tinha sido inconsequente em entrar no jogo de sedução com ela. Eu pensava que a Socorro ia ficar brava, me xingar de cafajeste e enganador. Mas, para minha surpresa, ela sorriu e falou:

— Azar da sua esposa, se deixou o bombom mineiro solto. Eu peguei. Não estou achando que temos que ficar juntos não. Eu gostei de você, e adorei nossos momentos de prazer. Toda vez que você quiser mais, eu quero, mas também não quero compromisso. Sou muito nova e adoro a vida. Tenho muito que viver. Você foi um que eu gostei de conhecer.

Fiquei bem mais aliviado, e confessei:

— Você é uma garota encantadora, que eu adoraria ter como namorada, se eu não fosse apaixonado pela minha esposa. Mas também adorei conhecer você, estar consigo.

Socorro perguntou:

— Você já reatou com ela? Está numa boa, ou ainda está sozinho?

— Estou sozinho, mas quero reatar. – Eu respondi.

Ela me abraçou no pescoço, e me falou no ouvido:

— Me chama para dormir com você? Amanhã eu vou embora. Volto para o Brasil. Nem sei quando poderei voltar. Não quer se despedir de um jeito que nos deixe saudade?

Juro que eu não esperava aquilo. Era a última coisa que eu poderia imaginar. Fiquei com cara de besta, olhando para ela, sem saber o que dizer. Socorro falou em tom baixo, e meio sussurrado:

— Olha só, eu não vou repetir. Aí fica forçado. Se você quer, eu quero. Vamos logo?

Na hora, me lembrei da Laíse falando: “...desde o dia seguinte, taquei o “foda-se”. Relaxei. Eu quero ser feliz, não quero mais viver em crise”.

Eu achei que estava na hora de eu também “tacar o foda-se”, e decidi. Peguei na mão da Socorro e partimos novamente para o hotelzinho.

Eu já estava ficando meio apertado de grana, mas na hora, achei que era a oportunidade de despedir daquela moreninha deliciosa, como ela desejava. A questão com a Laíse não ia melhorar nem piorar mais.

Continua na parte 10.

Conto de Leon Medrado, inspirado no relato original do Guto.

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Comentários

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Hehe, já passei por situação mais ou menos parecida, essa de terminar com alguém e logo em seguida sair com outra. A primeira, que havia tomado a iniciativa de terminar, ficou indignada. Coisas da vida.

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Bom, baseado na pequena interação que tive com o Leon no capítulo passado, estou tentando ter uma visão diferente da história.

Talvez essa situação toda sirva para ambos evoluírem como casal e pensar que seus próprios julgamentos e pré-conceitos estão atrapalhando de curtirem essa relação: Laíse está tentando ser muito dominante, impositiva e teve ajuda dos demais para esclarecer que ela não pode ser assim, que precisa compreender os limites do marido e trabalhar para ele se libertar dos medos e preconceitos, mas ainda assim nunca passou pela cabeça dela que o marido também poderia curtir a liberalidade em sua plenitude e experimentar outras coisas ao invés de só assistir.

Já o Guto, fala por si só, mente fechada e recém descobrindo esse mundo, então óbvio que a insegurança dele e seus preconceitos ditam muito de seus passos. A experimentação dele pode levar a mágoa da esposa, ainda que não intencional.

Aguardando os próximos capítulos e ver como se desenrola essa reconstrução do casal em torno do liberalismo e em como vão encarar seus "eus" atuais.

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Acho interessante seu ponto de vista.

No ponto onde fala que a insegurança do Guto e seus preconceitos ditam os passos dele, se os demais são tão entendidos assim, deveriam saber como ele se sentiria.

Ele não escondeu de ninguém sua formação e valores.

A reação dele foi totalmente coerente com seu conjunto de valores.

É muito cômodo pra quem está "se dando bem" nas relações abertas achar que o outro tem que entender e não se sentir inseguro... Mas todo mundo age, reage e sente de acordo com seus valores. É desumano pedir que alguém tenha uma postura diferente dessa.

Os "entendidos" da casa deveriam ter esse cuidado com os sentimentos do Guto se tivessem consideração por ele. Mas todo mundo só pensa em comer a Laíse. Depois ficam dando uma de arrependidos.

Mas pensar antes de dar mancada ninguém pensou.

Pode não ser verdade, mas nesse ponto da narrativa, sinto que ninguém na casa tem qualquer consideração pelo Guto.

Se instigados, vão falar coisas boas dele.

Mas se deixados "ao natural" nem vão lembrar da existência dele.

Fácil chamar ele de mente fechada, inseguro ou preconceituoso nessas condições...

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A análise não está de todo errada, pelo contrário. Acontece que o interessante nesta história, por ser muito recente, ainda tem lances acontecendo, e novos desdobramentos. O que eu consegui apurar, nesta fase, é que houve surpresas e lições a aprender para todos. Mas, recompor o que havia antes, talvez não seja possível a curto prazo. Ninguém sai imune de um processo desses. Estou gostando das análises. Eu também me senti em dúvida de muitas coisas, pois só tenho o Guto como relator. O resto, é suposição ou interpretação do que foi dito. Obrigado.

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Opa caro vinix!

Primeiro gostaria de deixar claro que não sou nenhum entendido, sou um monogâmico com curiosidade sobre a vida liberal.

E quando me refiro aos preconceitos não quer dizer que ele é uma pessoa ruim, retrógrada, mal amada ou com valores sem sentido. E sim que esse novo guto ainda tem muitas concepções a se construir, mudar ou até mesmo manter do seu antigo "eu".

Quanto a falta de respeito, eu não estou lendo e interpretando dessa forma. Laíse foi aconselhada que ela própria não respeitou o tempo do marido, e a mesma manteve uma certa "presunção" de que estava ditando todas as cartas e teve sua humildade em dizer isso na conversa com Guto.

Quanto a "comer", Guto também iria "comer" as demais, a relação liberal entre os amigos é justamente isso.

O que está tirando o sossego é o próprio casal que está em desarmonia, seja pela Laíse e sua dominância e achimos do que entende o mais correto, seja pelo guto que recém está se descobrindo liberal e tem muito a amadurecer até chegar no ponto que deseja para si.

Mas tudo isso sou eu tentando ter uma visão diferente, pois antes também estava com a opinião igual a tua. Ainda tem muita coisa para acontecer e também escolhas serão feitas que podem pender nossos comentários para um lado ou para o outro.

Abração!

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Para um monogâmico curioso da vida liberal, até que você já tem muitas percepções acertadas, e um bom entendimento do que se passa e está em jogo. O que atrapalha a maioria dos monogâmicos conservadores, é tentar ver o mundo liberal por uma ótica equivocada. Mesmo não existindo um padrão único e uniforme de modelo de pessoa liberal, a maioria dos liberais, já se desprenderam de muitos valores conservadores, e por isso, suas atitudes, pensamentos e ações, pareçam muito "erradas" ou equivocadas, aos olhos de quem não entende o mundo liberal. Aqui mesmo, nos autores e leitores da CDC, tem muito casal que se diz liberal, escreve contos, como se fosse sua realidade, mas para os mais experientes, fica patente que é pura ficção, só a fantasia de quem tem vontade, mas não tem coragem de se lançar no ambiente liberal de verdade, onde as situações e as reações, não seguem um manual rígido, e fogem constantemente até à lógica. Pois as pessoas são muito mais complexas do que aparentam. Sempre, já dizia Freud.

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Opa... Obrigado pela resposta. Não estava me referindo a você como entendido. Apenas aos personagens 😁

Sou monogâmico e não tenho curiosidade de experimentar o estilo de vida. Tenho certeza de que seria preterido e não me sentiria bem. Felizmente, ao menos no que me apresenta, a minha esposa também não tem pretensões nesse aspecto.

Acho sempre interessante os contos desse tema. Mas como uma coisa externa a mim.

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Um ponto que já estou pensando há vários capítulos e você tocou agora: Quanto a "comer", Guto também iria "comer" as demais, a relação liberal entre os amigos é justamente isso"

Claro que posso estar interpretando errado já que o conto está sendo"reconstruído" baseado apenas na visão do Guto e isso pode distorcer um pouco a realidade.

Mas, apesar do Guto ter ficado com a esposa do cara que comeu a Laíse na primeira vez, me pareceu mais como uma forma de distrair ele para que não ficasse negativamente impressionado. Não há passagem alguma nos episódios passados que mostre qualquer desejo das esposas por ele. Apenas dos maridos por ela.

Ele iria comer? Com certeza.

Mas uma coisa é vc comer só para não ficar sobrando na parada. Outra coisa é comer porque alguém tem real desejo de estar com você. Posso estar sendo chucro, mas na minha forma de sentir, comer alguém que não está realmente com desejo de dar pra você pode ser até menos satisfatório que uma punheta. Para mim, o mais gostoso não é comer, mas sim criar o desejo e o prazer na mulher. Comer por comer é mecânico e bem sem graça.

Acho, inclusive, que foi o que mais abalou a Laíse. Porque dentro do ambiente da casa ela sentiu que ninguém estava muito interessada no marido dela. Mas a Socorro demonstrou interesse real. Aí o bicho pegou.

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Cara. Matou a pau todos top que tocou

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Uma coisa boa nesse capítulo foi que a Laíse recebeu um pouco do que fez ( ainda que sem intenção) ao Guto. Agora ela sabe como ele se sentiu e ao mesmo tempo acredito que isso a fez ficar com medo de perde lo.

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Meu caro Kratos116, desculpe discordar da sua interpretação. Veja a seguinte parte do diálogo entre o Guto e a Laise:

— Guto, não precisa. Imagens falam por si. Não fez sexo por dinheiro, e muito menos brincando entre amigos. Ali houve envolvimento afetivo e emocional. Então, tudo bem, não precisa me explicar nada.

Na minha opinião, o que a Laise não ficou chateada por ter recebido o mesmo que fez ao Guto. O que ela sentiu sentiu foi que o caso do Guto envolveu sentimento, enquanto no caso dela foi por dinheiro e diversão com amigos.

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Complementando: por ter envolvido sentimento é que ela ficou com medo de perdê-lo.

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Minha querida , não tem problema algum discordar da minha opinião afinal cada de um nós tem sua visão/interpretação da história,mas o próprio Maciel quando conversou com o guto disse : "Ela ficou bem magoada. Deve ter doído demais. Sabe que não pode questionar, mas no fundo ela desmoronou. Sentiu na pele o que você pode ter sentido, antes."

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Entendo, mas está deve ter sido a interpretação do Maciel.

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Nesse caso ele sente diferente dela quando ela transa com todos na casa. Agora que pra ele não teve envolvimento, foi apenas uma transa igual é pra ela dentro da casa ela sentiu como se estivesse no lugar dele. É hora dela se colocar um pouco no lugar dele e deixar de ser egoísta.

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Realmente,para a Laíse o sexo com os participantes da casa é só sexo ,mas como disse a ela sentiu o medo de perde lo ao mesmo tempo talvez tenha caído a ficha ao perceber como o Marido se sentiu .

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Ela acha que teve envolvimento emocional.

Não teve confirmação dele.

Só porque é uma pessoa de fora do grupo de moradores não é muito diferente do que ela fez. A diferença foi que ela falou antes que iria se enroscar com um deles. Os demais foi exatamente a mesma coisa, já que ela não havia comentado nada antes.

Sim, teve um componente diferente no caso do Guto: ele estava se sentindo muito mal com o que ela tinha feito. Estava vulnerável. Ela deixou ele vulnerável.

Ela deve estar sentindo que esticou demais a corda e ela não rompeu exatamente onde ela previu...

Ou não 😁

Tenho o infeliz hábito de interpretar errado os contos do Leon... 🤣🤣🤣

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Pode ser que sua linha de raciocínio esteja correta até na parte que diz que ela achou que foi envolvimento emocional do Guto com a garota ,agora quando você diz que a corda arrebentou aonde ela não prévia , não faz sentido,pois ela não prévia isso ao contrário ficou surpresa coma reação imediata dele quando soube que ela transou com os demais rapazes da casa. Agora o Maciel sim não esperava que a " corda fosse arrebentar tão cedo

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Do episódio anterior:

"— Isso foi só na primeira noite que você saiu ofendido. Eu fiquei bem abalada mesmo. Depois, entendi que não tinha por que ficar me culpando. Achei que sua atitude foi bem fora da casinha, nem quis conversar comigo, então, desde o dia seguinte, taquei o “foda-se”. Relaxei. Eu quero ser feliz, não quero mais viver em crise."

Quando ela diz que tacou o foda-se, sabemos, pelos relatos desse episódio, que ela decidiu curtir todos da casa. Ela não esperava que ele fosse aproveitar com alguém.

Isso que quis dizer com a corda não arrebentou onde ela previu: na visão dela até então, só ela estava transando com geral. Esse era o ponto de ruptura que ela tinha aceitado pois achou a reação dele "fora da casinha". Com a revelação da existência da Socorro, percebeu que o foda-se que ela tacou ele também poderia tacar.

Não tinha a intenção de falar sobre separação do casal. Apenas que o que ela dava como certo não era a totalidade da realidade.

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Caraca... Nem sei o que pensar.

Prefiro aguardar ansioso o próximo capítulo e torcer para a Laíse não ficar ainda mais arredia

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Pois é...

É fácil ser liberal quando quem tem que suportar a carga emocional é o outro.

Mas quando o jogo vira aí é outra conversa. Já saí achando que teve envolvimento emocional e tudo mais.

Só não entendo porque o Guto acha que foi mancada deixar a Laíse ver a conversa. Era a única coisa certa a fazer. Afinal, quem quer sinceridade precisa ser sincero.

Veremos como tudo vai evoluir.

Parabéns!

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Acredito que foi mancada sim, involuntária mas foi , justamente por causa do momento,uma vez que eles estavam tentando uma reaproximação, reconciliação pois ela sentiu que as suas ações o magoaram. Só que ao vê as fotos ,ela sentiu o que Guto estava passando mas ao mesmo tempo se decepcionou pois vê que ela não é mais a única na vida dele..

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Pode ser sim...

Mas não deixa de ser um pouco "egoísta".

Quando ele vê que não é maís o único na vida dela e tem uma reação, é taxado de otário, cabecinha de merda, ciumento e inseguro.

Mas quando ela vê que não é mais a única na vida dele, aí é justificável a reação de se afastar...

Esse é o ponto que eu acho muito complicado em relacionamento liberal: como equilibrar o que o outro sente com suas ações quando envolve terceiros.

A Laíse "diz" que é só brincadeira entre amigos a suruba feita. Mas não é assim que o Guto sente.

Da mesma forma, o Guto "diz" que não tem nada com a Socorro, mas não é assim que a Laíse sente.

O momento poderia ser mais estudado? Talvez. Uma conversa preparatória antes de mostrar as fotos poderia ter ajudado? Talvez. Mas que ele não podia deixar de mostrar para a Laíse, não poderia.

Senão seria como ela esconder algo importante dele... Sei lá... Algo grave... Como... Fazer programa depois deles estarem juntos...

Ou não. Como disse em outro comentário, tenho o dom de interpretar errado os contos do Leon 🤣🤣

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Foto de perfil de Almafer

Nossa Leon parabéns nota mil vamos ver no vai dar kkkkk

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Foto de perfil de Ménage Literário

"COMO O PROPRIO TEXTO DIZ", Laíse sentiu na pele o mesmo que provocou no Guto. Quando a realidade é jogada de forma tão brutal na cara, é normal essa retração, essa tristeza que ela está sentindo.

Ainda tem água pra passar debaixo dessa ponte. Vamos aguardar.

Como sempre, o que é normal na casa, os pré conceitos permeiam as opiniões dos metidos a adivinhas. A misoginia corre solta. Tem sempre alguém tentando acusar a suja e defender o mal lavado. 😂😂😂

Excelente, amigo. ⭐⭐⭐

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As pessoas não percebem que em seus comentários, revelam todos os seus pré-conceitos, preconceitos, valores arraigados, e procurando olhar com julgamento crítico, com muito mais rigor ou tendência, a parte feminina. Mas essa á a realidade.

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Laíse fudendo com todos os da vc casa o o marido fudeu uma ela se acha traída é ela pode ele não o

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A série continua muito interessante, pq retrata a realidade comum de casais em crise, com suas idas e vindas para se acertar. Pioram as coisas as oportunidades q o casal aproveita, para transar separadamente. O q parece sempre nos contos deste site, é as mulheres q se classificam como liberais, esperarem transar com quem e qdo quiserem, q seus parceiros aceitem quietinhos, sem dar um pio sequer. E ai deles, qdo fazem o mesmo, aproveitando as oportunidades, transando tb. O Maciel continua parecendo o mais lúcido de todos nas suas avaliações dos fatos, mas a sua posição é cômoda, pq come todas as mulheres da casa. O Guto foi colocado numa armadilha muito difícil de sair, pq contraiu dívidas com o Maciel, e sua esposa Laíse, q todos tb comeram, é parente dele. Por isso, mesmo sendo um sujeito justo e honesto, o Maciel tende a favorecer a Laíse até mesmo de modo inconsciente, nas suas avaliações e pretensões. Os problemas só aumentam, à medida q cada um toma as suas atitudes, tentando salvar o q resta do seu espólio afetivo. E mesmo sem querer, vai deixando marcas do q faz, e tb aumentando as dificuldades para as coisas se resolverem. O Guto com as mensagens da Socorro abertas no celular, e a Laíse com a vagina vermelha e inchada de tanto transar com os colegas da casa. Como o Maciel, tb acredito q a Laíse procurará o Guto. Até pq, ele tem grande influência sobre ela. E tb, agora q ela sabe estar o seu marido aproveitando as oportunidades q aparecem de transar, aumenta para ela consideravelmente a sensação de q pode perder o homem q ama. E conversar com o Guto, por mais difícil q seja, é a única chance de retomar o casamento nas condições q possuía, antes de mudar para Portugal.

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Não tenho como certo que ela gostaria de ter o casamento nas condições de antes da mudança. Parece que ela quer curtir a galera. Se ela vai aceitar que, nesse caso, o Guto também vai poder curtir, é outro papo. Porque ela estava toda segura de que é a última Coca cola gelada do deserto... Agora já não mais...

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Entendo ter a Laíse a pretensão de voltar à condição anterior de fidelidade do relacionamento, antes de chegarem a Portugal, pq aparentemente viviam bem, dentro dos limites morais e da etiqueta social dos casamentos convencionais. Os conflitos graves entre eles casal, começaram, qdo passaram a dividir o quarto com outros dois pombinhos, e ele, Guto, sem q soubesse do passado de garota de programa no RJ, da Laíse, concordasse q ela transasse com o casal parceiro de quarto, retomando a promiscuidade deixada para casar. Se ele soubesse desse fato, acho q evitaria o retorno dela a esse mundo mais liberal. Pq ele mesmo até agora, não aceitou as regras do jogo do mundo liberal. A mais forte pra mim, e com a qual não concordo, é aceitar a mulher transar com quem quiser, e o marido, não. E a Laíse sabe dessa discordância dele embora a no momento do tesão a tenha autorizado a transar com os companheiros de quarto, sendo esta a divergência crucial entre os dois. Ela pode transar com quem quiser, e ele, deve ficar recluso às permissões dela, se houverem. Algo evidentemente inaceitável para ele, até agora.

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Não tenho como certo que o estilo liberal tem essa regra (ainda que informal) que você citou.

Para mim o mais importante é igualdade.

Se um pode o outro também pode.

Acho isso válido para qualquer relacionamento, liberal, monogâmico, trisal, escambau... Sempre que você define um desequilíbrio de permissões, coloca uma hierarquia na relação.

Seja em qual sentido for essa hierarquia, ela destrói o que considero mais importante que é o respeito mútuo... Um respeito de baixo para cima não é mútuo.

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Foto de perfil de Leon

Apenas para acrescentar. Conheço muitos casais liberais, onde o marido não faz a menor questão de ter outras parceiras, mas permite e fica feliz de ver que a esposa gosta de ter aventuras, sem esconder, assumindo para o parceiro, e vivendo esse prazer. Não são todos os liberais que querem fazer a mesma coisa. Mesmo que possa, alguns não querem. Conheci um casal cujo marido é pouco dotado, e não se sente "com capacidade" para bancar o macho alfa, nos swingues, mas adora que a esposa se divirta, com outros. Numa noite, ela transou com três numa casa de swing, e o marido adorou assistir e gozar com a esposa mamando no mau dele. Cada casal é um caso.

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Se a esposa quer e o marido não quer, é decisão dele. Ninguém é obrigado a fazer nada que não tenha vontade. Mas se ele quer e a parceira não aceita, aí não é justo não é?

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Vinix, não existe "o justo" nesse tipo de coisa. Acredite. Nunca existe o que é justo. Cada caso é um caso, e tem suas próprias justificativas. Procurar algo "justo" é bobagem. Seria esperar que houvesse sempre um mediador de consciência e de conduta, numa relação a dois. É pura teoria.

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Gostoso de ler e refletir.

Vamos nos envolvendo nas possibilidades de termos uma noite e dia de muito sexo.

Vamos adorar, sabemos bem néeee...

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Só quem vive essas emoções, sabe realmente o que são e como são.

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Foto de perfil de Majases ♠️♥️♠️

O que e como são só vivência garante na real relação néeee

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Exatamente. Eu disse, numa resposta a um comentário: Aqui nos autores e leitores da CDC, tem muito casal que se diz liberal, escreve contos, inventam casos, como se fosse sua realidade, mas para os mais experientes, fica patente que é pura ficção, é só a fantasia de quem tem vontade, mas não tem coragem de se lançar no ambiente liberal de verdade, onde as situações e as reações, não seguem um manual rígido, e fogem constantemente até à lógica. Pois as pessoas e suas relações, são muito mais complexas do que aparentam. Sempre, já dizia nosso velho Freud.

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Direitos iguais ou só ela pode, ele é só uma ela vários até tio

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