Capítulo 03: A Pianista

Um conto erótico de O Bem Amado
Categoria: Heterossexual
Contém 4385 palavras
Data: 28/05/2024 18:26:31

Enquanto Verônica se retirava para o quarto de hóspedes eu me recolhi ao meu onde me sentei em uma poltrona e acendi um cigarro, com a mente tomada por lembranças que eu preferira manter sepultadas bem fundo na memória; na verdade, Verônica não foi apenas minha madrasta, pois representava a única imagem que eu tinha de uma mãe, já que minha verdadeira mãe falecera pouco depois de me trazer ao mundo; eu nunca soube como Verônica se aproximara de meu pai que se encontrava fragilizado e carente, mas sei que ela soube explorar bem toda essa fragilidade em seu favor; durante minha adolescência ela foi a principal responsável por despertar em mim paixão pela erudição e pelas artes, mesmo que eu soubesse que meu destino estava previamente traçado por meu pai que se preparava para assim que possível, deixar os negócios da família por minha conta; e eu tinha que me desdobrar tanto para agradá-lo como também para saborear as guloseimas que o mundo me ofertava através das mãos de minha madrasta.

Na juventude, Verônica fora uma pianista excepcional, com dotes artísticos únicos e tão especiais que surpreendiam seus preceptores; embora não pertencesse a uma família de posses, seus pais tinham alguns recursos suficientes para bancar sua carreira que logo se tornou meteórica chamando a atenção não apenas do público erudito, mas da crítica mais abalizada; infelizmente eu nunca descobri como ela e meu pai se aproximaram já que pertenciam a mundos diferentes, porém fato é que o velho se rendeu à sedução da pianista; há de se ressaltar que ela é e sempre foi uma morena linda, exuberante que exalava sensualidade por todos os poros. De minha parte ela sempre foi vista com carinho e desvelo atuando como minha mãe postiça sempre solícita, doce e meiga.

Entretanto, com o passar do tempo na mesma medida em que eu avançava na adolescência para me tornar um homem-feito, notei que Verônica me observava com um olhar diferente despertando minha curiosidade em saber o que estava acontecendo entre nós; nas primeiras tentativas de abordá-la a respeito do assunto acabei recuando com certo temor reverencial por meu pai e também por ela enquanto sua esposa. Certa tarde, eu retornara da Universidade e depois de almoçar me sentei em frente ao piano executando uma partitura de uma obra de Chopin como parte do aprendizado exigido por minha madrasta; meu desempenho frente ao instrumento sempre fora pífio, porém eu insistia em respeito à Verônica não cansava de insistir na necessidade de erudição para completar minha formação.

Eu estava tão concentrado na execução da obra que demorei a perceber que havia alguém sentado ao meu lado; e quando olhei tomei um susto enorme, pois era Verônica que estava ali ostentando uma nudez avassaladora. "Não, querido! Continue tocando ..., faça de conta que não estou aqui!", sussurrou ela em meu ouvido após cingir meu pescoço com seu braço. Aquele corpo nu e quente somado ao hálito morno e adocicado em meu ouvido impediam que eu pudesse me concentrar em alguma coisa exigindo um esforço além do possível; e tudo ficou ainda mais confuso quando ela se voltou para mim e mordiscou o lóbulo de minha orelha provocando um arrepio eletrizante ao mesmo tempo em que sua mão pousava sobre minha virilha proeminente.

-Creio que esse brinquedinho ainda não tenha sido usado, não é mesmo? - perguntou ela em um sussurro já apertando o volume que se formara naquela região - acho que é chegada a hora da sua iniciação!

Com essas palavras, Verônica cuidou de abrir a braguilha pondo para fora meu membro rijo e pulsante passando a manipulá-lo iniciando uma vigorosa masturbação que me deixou enlouquecido de excitação; alheia às minhas reações, minha madrasta seguiu me masturbando com eloquência.

A excitação encontrava-se no auge quando ela simplesmente interrompeu a manipulação se levantando e caminhando em direção as escadas que davam para o piso superior; antes de subir ela se voltou para mim exibindo sua nudez exuberante com um sorrisinho maroto nos lábios; durante o pequeno intervalo em que nada foi dito observei aquela visão deslumbrante; Verônica era um belíssimo exemplar de fêmea capaz de aflorar os instintos mais animalescos em qualquer macho; perfilada diante da escada com uma das mãos pousada sobre o corrimão e o pé sobre o primeiro degrau, Verônica exibia um perfil alucinante com pernas bem torneadas, cintura fina, traseiro com um volume proporcional beirando a perfeição e um par de seios empinados coroados por mamilos de formato cônico já intumescidos que pareciam implorar para serem saboreados como mereciam.

Já o rosto também era outra obra de arte divinal com maçãs do rosto delineadas, lábios finos e inquietantes, olhos negros profundos tudo coroado por uma vasta e bem cuidada cabeleira negra ondulada, compondo uma beleza invejada por muitas mulheres, mesmo por aquelas mais jovens que não deveriam temer a concorrência. “Vou para meu quarto …, te espero …, e venha despido para não perdermos tempo!”, disse ela com tom autoritário não esperando por uma resposta enquanto subia a escada; aturdido com tudo que estava acontecendo eu hesitava em cumprir a ordem dada por Verônica, em especial porque até aquele momento ela era a única figura materna que eu tivera na vida e que agora abandonava essa imagem adotando a de uma mulher lasciva procurando por sexo com seu enteado; fui abruptamente trazido de volta para a realidade com os gritos insistentes de minha madrasta.

Pouco antes de entrar no quarto tirei minhas roupas e segui adiante; de imediato notei que aquele era o quarto do casal o que deixou ainda mais desconfortável; com gestos e movimentos rápidos, Verônica algemou minhas mãos para trás e em seguida pôs uma espécie de cabresto no meu membro e nas bolas apertando com força até causar um incômodo dolorido; percebendo minha submissão pelo tratamento, Verônica muniu-se de uma chibata de montaria passando a açoitar minhas nádegas provocando em mim um resultado surpreendente, pois embora os golpes não possuíssem intensidade meu corpo os recebia de uma maneira estranha despertando um desejo desconhecido e ampliando a minha excitação.

Depois de se divertir me açoitando, Verônica enlaçou seu corpo ao meu retomando a masturbação ao mesmo tempo em que os dedos da outra mãos vasculhavam o rego entre as minhas nádegas não demorando em encontrar meu selo anal que foi imediatamente invadido com o dedo médio adotando uma certa brutalidade que a excitava. Toda aquela manipulação abusiva de Verônica em meu corpo provocava uma inexplicável excitação que me fazia estremecer experimentando sensações de um prazer insólito e que se tornou ainda mais intenso quando ela me atirou sobre a cama vindo a me cobrir mantendo-se de cócoras e segurando o membro com uma das mãos enquanto descia sobre ele.

No momento em que sua vulva engoliu o membro desfrutei de um prazer até então desconhecido resultado não apenas da penetração como dos efeitos dela em meu corpo com arrepios, espasmos e contrações musculares involuntárias que assolavam meu corpo e minha mente de uma maneira tão intensa que beirava uma deliciosa insanidade; e quando Verônica iniciou os movimentos rápidos e profundos de sobe e desce fazendo sua gruta engolir e cuspir meu membro a alucinação que me invadia se tornou um delírio inefável que com o tempo se tornaria viciante! Minha madrasta me olhava com uma expressão que oscilava entre o libidinoso e o profano parecendo se divertir em meu usar daquela maneira.

Verônica não se cansava, quicando sobre mim chegando a se inclinar apoiando suas mãos sobre meus ombros e esfregando suas mamas em meu rosto tornando os movimentos mais veementes como um bate-estacas. “Chupa as tetas da mamãe, chupa, meu filhinho safado! Ahnnn! Isso! Assim mesmo! Como você aprende depressa!”, murmurava ela enquanto eu sugava e mordiscava seus mamilos sendo que em algumas vezes eu os mantinha preso entre os dentes fazendo minha madrasta soltar gritos rouco e contragolpeando com sentadas mais vigorosas provocando um aumento pouco sutil na dor que afligia minha genitália. Verônica chegava a pular sobre mim e seus gritos e gemidos insanos enchendo ao ambiente eram apenas meras comprovações que se somavam aos seus gozos que fluíam como um rio caudaloso escorrendo pele meu membro e lambuzando meu ventre.

Eu estava no limiar entre a dor e o prazer que assolava meu corpo e incitava minha mente servindo de objeto de prazer para minha madrasta cuja voracidade sexual era algo insólito; muito tempo depois comecei a gemer murmurando que meu gozo estava muito próximo; Verônica alheia ao sofrimento que aquela ansiedade pela libertação orgásmica provocava em mim seguiu com seu assédio e quando finalmente meu ápice eclodiu ela se manteve sentada sobre mim contraindo o esfíncter como se mordesse o membro ao mesmo tempo em que procurava reter dentro de si minha carga de sêmen abundante, quente e espesso; o prazer que eu experimentava mesmo intenso dividia seus efeitos sobre meu corpo com a dor que também me afligia causando um inexplicável equilíbrio.

Com o suor prorrompendo por todos os poros de seu corpo e a respiração ofegante, Verônica se ergueu e antes de libertar me membro de seu aprisionamento fez questão de esfregar um de seus pés sobre ele ampliando a sensação dolorida. Finalmente, eu estava liberto tanto do cabresto como das algemas, mas ainda não tinha forças para me levantar da cama. Verônica saltou sobre mim lambendo meu rosto e metendo sua língua dentro da minha boca numa demonstração de domínio que a deixava em regozijo.

-Você se saiu muito bem na sua iniciação, meu filhinho! - sussurrou ela em meu ouvido entre lambidas e chupadas - mas ainda tem muito que aprender e eu serei sua preceptora …, sua dona e também sua amada senhora! Fique sempre pronto para mim!

Com essas palavras, Verônica saiu de cima de mim se dirigindo ao banheiro para aliviar toda a tensão do momento com um banho em sua jacuzzi; quanto a mim, me levantei, peguei minhas roupas e fui capengando até meu quarto onde tomei uma ducha morna que deve ter durado quase uma hora. E Verônica cumpriu sua afirmação me usando quase que diariamente para saciar seu desmedido apetite sexual que parecia não ter fim; em todas as ocasiões ela usava e abusava de meu corpo de todas as formas imagináveis, chegando ao ponto de uma certa violência que se revelava em alguns hematomas que eu me esforçava em esconder de todos e principalmente de meu pai que não merecia uma humilhação daquela magnitude.

Uma noite Verônica ultrapassou todos os limites obrigando que eu permanecesse escondido dentro do quarto do casal espionando enquanto ela e meu pai trepavam; na verdade antes de tudo ela cuidou de aplicar um castigo em meu pai que parecia desfrutar de um prazer indescritível em ser humilhado ao extremo com direito a permitir que ela urinasse sobre ele gemendo de excitação; e durante a cópula ela não perdia a oportunidade de olhar na direção de meu esconderijo exibindo um risinho maledicente; confesso que após aquela noite eu via meu pai com outros olhos abandonando a imagem do exemplo a ser seguido e nutrindo uma certa vergonha dele.

Por meses eu continuei sendo o brinquedinho de minha madrasta que não poupava esforços para também me causar a mesma humilhação que impingia ao meu pai; por outro lado eu não conseguia resistir ao seu domínio físico e mental, sendo que por várias vezes tentei rechaçá-la sem êxito restando derrotado diante dela; uma manhã durante o período de férias da Universidade, desci para o desejum matinal e dei com ela nua sentada em uma pose imponente e um olhar ferino; com as pernas cruzadas elegantemente Verônica tomava café em goles sem tirar os olhos de mim. “Antes de mais nada, venha até aqui e beije meus pés!”, ordenou ela com o habitual tom enérgico dotado de certa impessoalidade sem dirigir o olhar para mim.

-Não! Não é assim que eu quero! - gritou ela quando tencionei me pôr de joelhos diante dela para cumprir a sua determinação - primeiro você tira a sua roupa e depois faz o que eu mandei!

Tomado por uma dominação que mais parecia um grilhão atendi à sua ordem e nu me ajoelhei diante dela passando a beijar seus pés; a certa altura Verônica se mostrou insatisfeita com meu gesto e ordenou que eu lambesse e chupasse os dedos; realizei a tarefa ouvindo ofensas de todo o tipo e subitamente fui arrebatado por um movimento de reação que me fez levantar pegando minha madrasta pelos cabelos e fazendo com que ela ficasse de joelhos diante de mim.

-Agora chega, sua vadia! – vociferei com um tom rouco e ameaçador puxando seus cabelos e aproximando sua boca do meu membro – agora é a sua vez! Chupa minha vara! AGORA!

O olhar de Verônica transmutou-se da costumeira aura dominadora para um tom submisso e ela não hesitou em tomar meu membro em sua boca sugando-o com uma avidez impressionante; eu estava em tal estado e revolta que não a poupei de um castigo mais humilhante mantendo sua cabeça imóvel enquanto desferia socadas vigorosas contra sua boca que eu transformara em uma gruta quente e úmida destinada apenas a me servir impiedosamente; com o ímpeto viril de macho alfa eu soquei muito e somente me dei por satisfeito quando o gozo sobreveio inundando a boca de minha madrasta que não foi capaz de reter toda a carga que escorreu pelo seu corpo.

-Então! Era isso que você queria, sua cadela rameira! – perguntei com tom ameaçador ainda segurando Verônica pelos longos cabelos.

-Era exatamente isso que eu queria de você! – ela respondeu com ironia – queria despertar o macho dominante adormecido dentro de ti …, o mesmo macho que não fui capaz de despertar em seu pai!

Ouvindo aquelas palavras não contive o ímpeto e desferi duas sonoras bofetadas contra o rosto de Verônica que se avermelhou de imediato ao mesmo tempo em que ela exibia um sorriso de escárnio, me fazendo perceber que era exatamente isso que ela queria …, seu sonho de consumo era ter um macho que a dominasse e a submetesse a todos os desmandos sexuais imagináveis. A revolta me corroía por dentro e eu a soltei deixando que caísse de joelhos sobre o piso frio observando seu deplorável estado de vertiginosa derrota ao descobrir que eu havia não apenas virado o jogo como também me libertara de seu jugo libidinoso.

Enquanto as memórias se esvaneciam eu via o sol nascer anunciando um novo dia; não estava mais em meu quarto, mas sim na sala principal arriado sobre uma poltrona depois de ter fumado quase um maço de cigarros e consumido a mesma quantidade em uísque, vodca e conhaque; me senti imundo carecendo de um banho e minutos depois com a água morna despencando sobre meu corpo a doce imagem de Catarina ocupou minha mente como um divinal alento diante das memórias vertiginosamente indesejáveis que tivera ao longo da noite anterior.

Quando retornei para a sala ansioso por um desejum matinal farto me deparei com minha madrasta sentada à mesa esperando para ser servida; como de hábito ela estava nua com o mesmo olhar imponente que se tornara sua marca registrada. “Bom dia, meu filhinho querido! Dormiu bem? Espero que sim, pois eu tive uma noite reconfortante!”, comentou ela com o mesmo tom sarcástico que costumava usar durante o período em que convivemos sob o mesmo teto. De início optei por ignorá-la me sentando e saciando minha fome. Verônica ainda fez alguns comentários desnecessários que eu preferi não dar atenção.

-Não sei porque veio, mas sei que não a quero aqui! – anunciei eu interrompendo o rosário de falas inoportunas de minha madrasta – quero que você vá embora e não volte nunca mais!

Por alguns minutos, Verônica mostrou-se surpresa com minhas palavras, mas logo retomou sua postura arrogante exibindo um risinho irônico. “Se é isso que você quer, assim será …, mas tem uma condição!”, ela retomou a palavra mantendo seu ar de superioridade. Eu respirei fundo diante da impertinência quase obtusa de minha madrasta contendo a vontade de esbofeteá-la até sangrar e perguntei qual era a condição proposta. Verônica, depois de mais um sorrisinho descarado revelou a tal condição.

-Conheci uma jovem pianista muito talentosa que eu gostaria que você conhecesse – explicou ela com tom pausado – como eu a conheci não interessa, mas a verdade é que ela tem um talento inato …, assim como eu nos bons tempos …, infelizmente ela se apresenta em lugares de péssima categoria e reputação duvidosa por um cachê miserável …, então peço a você que vá ouvi-la conferindo o que estou a dizer …

-E é só isso que você quer? – interrompi bem curioso com a condição – você quer apenas que eu vá ver essa jovem talentosa? Nada mais? …, e porquê razão eu iria?

-Porque? Porque você está carente e sem rumo! – ela respondeu com um tom surpreendentemente afetuoso – sei que não temos mais uma história em comum …, também sei que não fui a melhor madrasta do mundo …, então, ao ouvir essa moça sua imagem veio à minha mente.

Aquelas palavras soaram com uma sinceridade crua e incomum em se tratando de Verônica e que além de me impressionar causou certa estupefação; permanecemos em silêncio apenas trocando olhares; minha madrasta sorveu os últimos goles de café em sua xícara se levantando logo em seguida e se dirigindo para o quarto. “Eu vou embora esperando que você cumpra com a sua parte e também sabendo que jamais nos veremos novamente!”, arrematou ela com tom enfático sem olhar para trás. Naquela tarde me pus a pensar no que Verônica havia dito sobre essa pianista talentosa e percebi que não sabia como encontrá-la e me senti cometendo uma traição contra mim mesmo; todavia, enquanto verificava mensagens em meu celular encontrei um SMS de Verônica onde se via um endereço e uma recomendação: “Não perca essa oportunidade!”, dizia o texto.

Na mesma noite me dirigi ao local indicado por minha madrasta e constatei que, de fato, não passava de um inferninho metido a besta; entrei e me sentei no balcão pedindo uma cerveja; por um bom tempo nada acontecia a não ser um burburinho salpicado de conversas amorfas e cantadas falidas que começaram a me incomodar; paguei pela cerveja e me dirigi para a saída quando os primeiros toques de um piano chamaram minha atenção; alguém interpretava um clássico popular com toques sutis que preenchiam o ambiente e mitigavam o burburinho. Ao me voltar olhando em direção ao minúsculo palco mal iluminado vi uma bela jovem dedilhando um piano arcaico e dele extraindo algo de impressionante maviosidade; fiquei tão encantado que me aproximei mais para ouvir melhor e descobri a autora de tal façanha.

À frente do instrumento musical estava uma belíssima morena de longos cabelos lisos e brilhantes cuja concentração e refinamento destoavam por completo do ambiente; ao término da apresentação inicial ela se levantou e agradeceu os parcos aplausos que se podia ouvir; ao observá-la com mais atenção fiquei encantado não apenas com sua beleza icônica, mas também com a doce ingenuidade de seu olhar que parecia procurar por algo que não estava ali. Não perdi tempo em buscar mais informações sobre ela e logo descobri que seu nome era Gisele e que vivia das apresentações que fazia. Mesmo cativado por sua beleza e talento não permaneci naquele local e na manhã do dia seguinte chamei meu agente de confiança dando instruções precisas do que devia ser feito.

Sem revelar suas fontes ele foi ao encontro de Gisele e em questão de semanas ela estava aprimorando sua técnica em minha fundação; meu amigo advogado insistiu para que eu logo me revelasse a ela, mas eu resisti e insisti em permanecer incógnito pelo menos por mais algum tempo; da mesma forma que Catarina, Gisele foi revelada ao mundo da arte despontando em uma carreira meteórica que há muito tempo não se via. “Em certos aspectos tenho a sensação presenciar um déjà-vu!”, comentou comigo o agente com os olhos marejados e voz embargada, durante a primeira apresentação solo de Gisele; mesmo sabendo a quem ele se referia preferi permanecer em silêncio.

Fiquei sabendo de seus olhos brilhantes ao entrar no seu camarim e encontrar uma centena de tulipas vermelhas, a flor que ela mais apreciava na vida; em pouco tempo eu sabia tudo sobre Gisele ainda mantendo meu anonimato, que não durou muito tempo, pois ela também fez seu dever de casa descobrindo minha identidade. Tomei coragem e convidei-a para um jantar informal que foi prontamente aceito. Gisele estava deslumbrante usando um vestido de comprimento médio que deixava seus ombros e colo à mostra com os longos cabelos soltos compondo uma moldura digna de sua beleza; durante o jantar fomos nos conhecendo e cada sorriso dela aquecia meu coração.

“Não sei porquê, mas tenho a sensação de que nos conhecemos há muito tempo!”, comentou ela a certa altura exibindo um sorriso cativante que me deixou sem palavras; com impulsiva naturalidade contei a ela um pouco de minha vida e principalmente sobre meu envolvimento com Catarina e sua perda prematura o que deixou Gisele enternecida por mim. “Você pode me levar para onde quiser …, mas de preferência para um lugar onde possamos desfrutar desse momento mágico!”, respondeu ela quando lhe perguntei para onde poderia levá-la; me vi obrigado a perguntar se o que ela sentia não era apenas uma fascinação momentânea por um filantropo iludido com sua beleza. “Não sei explicar, mas você me arrebatou de primeira …, e olha que minhas experiências com homens foram poucas e frustrantes …, prometa que me vai me oferecer algo mais que isso!”, foi a resposta enfática de Gisele.

Entramos em minha casa e fiquei observando o olhar extasiado de Gisele examinando cada detalhe da sala e do hall de entrada. E quando lhe perguntei se queria beber alguma coisa a resposta veio em um gesto rápido e inesperado, com Gisele segurando meu rosto enquanto seus lábios procuravam avidamente pelos meus; beijos ardentes se sucediam um após o outro sem que tivéssemos controle sobre nosso gesto; ao mesmo tempo nossas mãos percorriam nossos corpos ainda vestidos e no momento em que tencionei despi-la, Gisele colocou as mãos em meu peito nos afastando e mirando meu rosto. "Me deixe fazer isso, por favor!", pediu ela com tom hesitante e olhar suplicante; acenei com a cabeça me afastando deixando Gisele livre para se movimentar. Com movimentos lentos e receosos ela se despiu tencionando proteger suas partes íntimas com suas mãos me olhando com uma expressão de sincero recato.

Eu caminhei até ela e a abracei beijando seu rosto com desmedida ternura; em seguida tomei-a em meu colo e fomos para o quarto onde a depositei gentilmente sobre a cama; cuidei de me despir diante do olhar ansioso de Gisele e assim que fiquei nu me deitei ao seu lado puxando-a para que pudéssemos sentir o calor de nossos corpos enquanto retomávamos os beijos ardentes. Sem aviso pude sentir sua mão quente e macia acariciar meu membro com ela sussurrando em meu ouvido para que o gesto fosse retribuído; nos tocamos por algum tempo e me surpreendi ao descobrir uma gruta tórrida e muito úmida.

-Venha me fazer tua! Mas te peço que seja gentil e cuidadoso, por favor - pediu ela se pondo de barriga para cima com as pernas entreabertas em um franco convite à devassidão.

Eu a cobri com meu corpo e guiei o membro rijo na direção da gruta sem usar as mãos e gingando o corpo esfregando a glande no entorno até obter êxito em arremetê-la vencendo a resistência inicial; prossegui com uma penetração lenta e cadenciada ouvindo Gisele que gemia baixinho com suas mãos em meus ombros chegando a implorar que eu a beijasse enquanto se sentia preenchida por mim; dei início a uma sucessão lenta de profunda de movimentos pélvicos aproveitando para saborear seus lindos mamilos intumescidos.

Aos poucos Gisele foi se libertando de uma hesitação que a dominava e logo éramos um casal de amantes insanos copulando com toda a força de nossos corpos; por mais de uma vez ela gemeu mais alto anunciando a chegada de um novo gozo que eclodia de sua gruta escorrendo entre nós lambuzando nossos ventres e provocando uma intensificação de movimentos que se tornavam harmonicamente cadenciados. E experimentando a inebriante sensação de nosso suor lubrificando nossa pele fui arrebatado por um gozo inesperado e abundante que irrigou a gruta de Gisele que por sua vez também usufruiu de um derradeiro e inaudito gozo.

"Não precisa se desculpar, meu querido! Foi a melhor sensação de minha vida há muito tempo!", respondeu ela com tom esfuziante quando lhe pedi desculpas por não ter avisado sobre a chegada e meu orgasmo; olhei aquele rostinho delicado com ar mesclado entre a inocência e o desejo sorrindo para mim e mais uma vez em minha vida me senti recompensado. Pensei que pela primeira vez em sua vida Verônica fizera algo que compensou todas as suas escolhas tortas. Naquela noite usufruímos de todo o prazer que a vida havia nos privado como se ansiássemos compensar o tempo perdido. Houve um momento em que toquei as costas de Gisele descobrindo algumas cicatrizes; não ousei questioná-la a respeito porque algo dentro de mim dizia saber a origem.

Sem procurarmos por respostas a perguntas que não careciam de uma explicação já que os sentimentos a tudo respondiam, eu e Gisele passamos a viver juntos e eu ainda cuidei de sua carreira que ganhou um impulso meteórico com apresentações pelo mundo em recitais solo ou acompanhada de outros musicistas prestigiados e maestros renomados; e sempre ela se encantava ao retornar ao camarim e vê-lo repleto de tulipas de todas as cores. Uma noite durante uma apresentação notei a presença discreta e silenciosa de minha madrasta e suspeitei que haviam lágrimas em seus olhos; não nos falamos porque não era preciso. Jamais questionei Gisele sobre suas cicatrizes, mas sempre que estávamos envolvidos no prazer carnal eu procurava dar a ela um prazer com sentimento para que ela se sentisse acolhida ao meu lado com a certeza de que eu jamais a magoaria. Uma tarde friorenta eu me dirigia a pé para o prédio da fundação quando mais uma vez fui abordado por aquela mesma senhora idosa e curvada que trazia nas mãos uma rosa vermelha. "Tome, meu rapaz ..., não preciso dizer que mandou te entregar essa rosa ..., apenas saiba que ela está muito feliz por você!", disse ela se afastando sem esperar por uma resposta.


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