Trident de Melancia [14] ~ Assim de Repente

Um conto erótico de CELO
Categoria: Gay
Contém 7203 palavras
Data: 23/05/2024 13:06:38

Luis dirigia rumo ao seu trabalho quando seu celular tocou, reconheceu na hora o numero do escritório de seu chefe Marcos Alexandre, fazia alguns dias que não via o amigo e patrão, desde o feriado que ele estava viajando, e Luis imaginou como seria penoso aquele dia com a sua volta.

Luis: Alo?

Marcos: Luis, já esta a caminho?

Luis: Bom dia Doutor, eu estou sim, chego ai em quinze minutos!

Marco: Ótimo, escuta lembra-se daqueles documentos que pedi para revisar pra mim, e me entregar na próxima semana, eu preciso deles hoje, ou melhor, agora!

Luis: Nossa, eu os deixei em casa, não sabia que seriam necessários tão cedo, vou fazer o contorno e buscá-los, logo mais estou ai.

Marcos: Seja rápido!

Luis percebeu como seria difícil aquela semana, a ausência do patrão na ultima semana havia acumulado um amontoado de processos para ser despachado o mais breve possível, era certeza que faria serão aquela noite, pensava nisso e mal notou que já estava diante de seu prédio.

Cumprimentou o vigia e caminhou até o elevador, alguém subia para o sétimo andar e isso demoraria uma eternidade, o caminho mais rápido era as escadas, e por ali Luis subiu correndo a toda velocidade, já diante de seu apartamento percebeu que a porta estava destrancada, mas lembrou-se que não havia ninguém em casa, os meninos estavam na escola, e a tia Emilia havia saído cedo antes mesmo de ele acordar, meio receoso caminhou a passos curtos e leves até o interior do apartamento, logo na entrada havia um guarda-chuva de Emilia e seria com aquela arma que enfrentaria o possível invasor.

Podia ouvir passos vindos da cozinha e lentamente dirigiu-se até lá, com o guarda-chuva empunhado como uma espada preparava para golpear o furtivo invasor antes que ele desse pela sua presença. Viu a sombra do homem que por ali caminhava vindo em direção a ele que se escondia atrás da geladeira, e em um golpe rápido acertou a cabeça do mercenário e ouviu um longo aiiiiiiiiii, mas aquela interjeição vinha de uma voz bastante conhecida e foi com surpresa que Luis identificou o invasor como sendo Marco.

Marco: Porra cara quase tu quebra minha cabeça o que esta fazendo em casa a essa hora?

Luis: Desculpa ai mano, vim buscar uns documentos que esqueci e vi a porta sem trava imaginei que fosse um ladrão... mas calma ai, eu que deveria te perguntar o que você faz em casa, não devia estar na escola?

Marco: Devia mais não estou, e nem vou estar... procurava uma forma de lhe dizer isso, mas já que você vai descobrir mais cedo ou mais tarde é melhor não esconder...

Luis: Fala logo Marco eu tenho que voltar pro trabalho!

Marco: Aff... é o seguinte eu não vou mais estudar naquela escola!

Luis: Mais por que, você estava todo contente com o nível da educação de lá, essa é uma das melhores escolas da região, não entendo o porquê disso agora?

Marco: Não precisa entender, só não quero mais estudar lá, e você só tem que pedir minha transferência, se não fosse meu tutor legal já tinha feito isso eu mesmo!

Luis: Tudo bem Marco quando chegar do trabalho a gente discuti sobre isso, agora tenho que ir!

Marco: Eu trabalho hoje à noite e outra eu já decidi quero sair daquela escola!

Luis apenas suspirou e seguiu para o trabalho estava atrasado e sabia bem que o patrão mesmo amigo odiava esperar quem quer que fosse, correu o quanto pode com seu carro, e quase atropelou uma senhora que atravessa distraída ao celular. Pálido como uma folha de papel Luis chegou ao escritório, seu patrão não estava na sala, o que lhe deu certo alivio, daria tempo para organizar toda aquela papelada.

Quinze minutos depois entrou na sala o advogado acompanhado de outro rapaz, devia ter a mesma idade que Luis e Marcos, mas diferente dos dois, ele não usava terno apenas uma camiseta branca e calça preta lisa.

Marcos: Já chegou Luis, cadê os papeis?

Luis: Aqui senhor!

Marco: Excelente, irei revisa-los e lhe dou meu parecer, a propósito este aqui é o seu outro chefe Dr. Alessandro Frederico (nome fictício), eu vou viajar pra resolver uns assuntos pendentes em Minas e ele vai ficar na direção do escritório nesse tempo.

Luis: Prazer doutor Alessandro!

Fred: Para né, doutor Alessandro? Pode me chamar de Fred rapaz, e o prazer e todo meu finalmente conheci o famoso Luis!

Luis: Famoso?

Fred: É sim, outro dia almocei com o Marcelo e ele me falou de você, tu tem um ótimo amigo ali, isso sem mencionar que teu trabalho outro dia me salvou a pele.

Luis: Estou aqui pra isso né?

Fred: Claro... mas eu tenho que confessar se não fosse o seu desempenho teria tido problemas sérios com uma cliente, eu não conheci o caso dela, e o louco do meu sócio aqui (apontando pra Marcos Alexandre que lia um amontoado de papeis) me ligou pedindo que o substituísse em uma cessão de conciliamento, meu eu não conhecia o caso e ele nem quis me explicar mandou eu puxar o processo no sistema da empresa e me atualizar, por sorte você havia anexado um resumo breve e conciso sobre todo o caso, fiquei surpreso com a riqueza de detalhes que havia ali, nem mesmo o sistema eletrônico do sistema processual nacional é tão bem organizado.

Luis: Fico feliz em ter ajudado!

Fred: Vejo que é um homem de poucas palavras, mas faça-me um favor peça à secretaria que ajeite a sala de reuniões tenho uma audiência com o pessoal da instituição do Marcelo daqui a quinze minutos e o teu chefe ali não vai querer me ceder à sala dele mais cedo!

Luis: Pode deixar!

Luis não queria parecer um bobo diante do novo chefe mais o que ocorria era que estava se corroendo por dentro diante daquele homem, Celo não havia brincado quando disse que o outro sócio do escritório era mesmo um gato,

Fred era o senhor perfeição, em toda aquela conversa onde Luis nada disse de interessante, Fred se destacou aos seus olhos, o rapaz era um homem de porte elegante, mesmo não trajando o típico vestuário de um advogado ele transmitia seriedade e imparcialidade, mesmo durante a conversa sem expressões arrogadas aos jargões advocatícios Fred conseguiu parecer inteligente e merecido da fama de grande advogado, mas não era isso que havia atraído Luis, e sim seu porte físico, Fred era um rapaz alto, 1,73 de altura mais ou menos, cabelos castanhos curtos e um pouco arrepiados, mas nada agressivos, olhos azuis de uma cor profunda quase beirando ao castanho claro, um sorriso branquíssimo que certamente faria sucesso nas propagandas de creme dental e um corpo que mesmo por baixo da roupa mostrava-se bem trabalhado na academia.

Arrumou ele mesmo a sala de reuniões, pensava em quanto o patrão era lindo e educado, havia se afeiçoado ao rapaz imediatamente e achava aquilo tudo estranho demais, até aquele momento nunca havia sentido atração por outro homem alem de Mateus e agora estava ali encantado por Fred que mais parecia um galã das novelas globais.

Fred: Por aqui pessoal! Já está tudo pronto Luis?

Luis: Sim doutor, vocês já podem começar!

Fred: Ok. O Marcelo eu já sei que conhece o nosso assessor, mas gostaria de lhe apresenta-lo Lidia, esse aqui e Luis Carlos ele é o porta-voz do escritório e acesso direto de vocês aos processos ligados a instituição.

Luis: Prazer Senhora!

Luis esticou a mão para a senhora ali a sua frente e recebeu dela apenas um olhar indiferente, aquela senhora de uns cinquenta anos lhe pareceu arrogante e cheia de si, Luis não se sentiu ofendido apenas recolheu a mão e se sentou em seu lugar, Fred e Celo o olharam como que pedindo perdão pela ignorância da colega de trabalho.

Lidia: Vamos ao que interessa Alessandro, não tenho todo o tempo do mundo, e tanto faz quem será o responsável pelas correspondências entre nós dois, o que quero é acertar de uma vez esse infeliz acontecimento envolvendo nossa instituição e o processo movido por uma pessoa desequilibrada.

Fred: Certo. Antes preciso da assinatura do Julio Marcelo nestes papeis, são meramente obrigações da empresa...

Lidia: Só um minuto, rapaz (olhando para Luis), por favor, refaça estes documentos e coloque o meu nome no local do dele, desde ontem o Julio não é mais o presidente da associação, e agora eu que respondo por tudo.

Fred: Desculpas, nós não sabíamos, vamos providenciar isso agora mesmo, mas então daremos seguimento ao assunto que nos trouxe aqui!

A reunião ocorreu normal, exceto pelo silencio de Celo e Luis, o primeiro apenas acompanhava com os olhos o que acontecia naquela sala, seu olhar triste denunciava sua insatisfação com toda a situação, e Luis apenas digitava os termos da conversa, não foi participativo como nas outras reuniões que participara com os membros da instituição, ali ele sentiu-se rejeitado pela velha senhora autoritária.

Lidia: Bom dia Doutor Alessandro, espero sua ligação me notificando sobre nossa vitoria sobre essa barreira ao desempenho da instituição. Você me acompanha Julio, ou irá almoçar daqui mesmo?

Celo: Pode ir, eu vou ficar mais um pouco!

Assim que Lidia fechou a porta, Celo respirou fundo e sentou-se novamente, Fred e Luis o olhavam preocupados.

Celo: Eu odeio essa mulher, como é falsa e sem escrúpulos!

Fred: Me conta meu amigo o que aconteceu para você ser destituído do seu cargo?

Celo: Cara essa vaca necrosada armou uma cilada pra mim, me convenceu que o melhor a fazer em relação a esse processo era uma reunião amigável sem a presença de advogados e que finalizasse com todos os processos. Pois bem eu convoquei os queixosos ao meu escritório e ela estava presente, acontece que em toda a reunião ela permaneceu muda, e por fim a reunião não resultou em nada, e a mulher que ta processando a gente disse que havia perdido o tempo dela indo ate ali e que aquela reunião serviu apenas para ela ter certeza que deveria arrancar até o ultimo centavo da instituição, depois disso a Lidia fez uma reunião de emergência com os outros membros do conselho diretor e contou o que presenciou na reunião, nas palavras dela, ela havia visto uma pessoa incapacitada de discorrer sobre um assunto e insegura em suas palavras, uma pessoa sem conhecimento e frágil para lidar com pessoas do calibre das atendidas ali. Por fim disse que sabia que isso mais cedo ou mais tarde iria acontecer, que não se podia confiar um cargo tão importante a uma criança.

Luis: Cachorra essa ai!

Celo: O pior é que ela pediu minha exoneração e conseguiu até se eleger como nova presidente, cara não tem mais clima pra continuar ali, então hoje cedo pedi transferência para uma das extensões do interior, acho que vão me mandar pra Anápolis!

Aquela conversa mostrava o quanto o rapaz estava decepcionado com o rumo que sua vida havia tomado, Luis tentava achar algo a dizer e consolar o amigo, mas nada lhe parecia certo ou verdadeiro para lhe ajudar, mas Fred tinha o remédio certo para curar as dores de Marcelo.

Fred: Bom então se você vai embora nós temos que fazer uma festa, ou melhor, temos que comemorar a sua mudança de vida, que dia você vai?

Celo: Cara acho que no domingo!

Fred: Beleza, então sexta-feira a noite nós três iremos aquela boate que tu tanto gosta, vamos curtir a noite, por que noite como as de gyn você não vai ter no interior meu querido!

Celo foi embora e Luis preferiu ficar ainda no escritório e aproveitar o horário de almoço para adiantar o trabalho, queria encerrar todas as pendências antes da grande noite.

O dia também passou rápido para Fred e Luis ali naquele escritório, já era oito da noite quando os dois exaustos trancaram a porta do escritório e deixaram o prédio cada um em seu carro, no caminho de casa Luis pensava no seu dia, acabará de fazer um novo amigo e presenciava o afastamento de outro, e ainda havia os problemas que deveria enfrentar em casa com Marco.

Quando finalmente chegou em casa Luis passou pela sala e viu Kaio no celular, apenas acenou com a cabeça e seguiu direto pro banho, estava exausto queria apenas deitar e descansar, mas teria que esperar Marco chegar da faculdade, e isso ainda demoraria.

No banho Luis pensava na vida, e em como tudo havia mudado desde que decidiu mudar-se para a capital, o emprego novo, os amigos conquistados, mas o que lhe realmente surgia a mente eram todos os problemas e segredos revelados, pensou em Mateus e como lhe fazia falta olhar em seus olhos esmeralda e sentir a plenitude de serem dois em um, pensava e chegava a sentir o seu hálito trident de melancia que lhe arrepiava todos os poros.

De olhos fechados Luis deslizava as mãos pelo corpo, percorrendo os caminhos que a língua de Mateus adorava, a ponta de seu dedo e a água fria lhe dava uma sensação torpe de prazer, podia ver o namorado ali mesmo diante dele, o beijando com aquele sorriso que sempre o derretia. Sentia os dedos de Mateus tocar-lhe o membro, sentia todo o calor de suas mãos entorno dele, como se o apertasse com força por medo de perdê-lo. As mãos de Luis deslizavam em uma lenta e forte punheta, de olhos fechados Luis via Mateus ali lhe pagando um boquete, sua boca macia e quente se abrindo, a língua dando passagem ao falo grande e pulsante de Luis, era como estar no céu sentir tudo aquilo, Luis estava preste do orgasmo e acelerou a masturbação queria ver seu sêmen descer pelo rosto angelical de Mateus e deixá-lo com sua marca.

Luis de olhos fechados sentia o orgasmo subindo de seu testículo e quase chegar à glande, seus pés se retorciam no chão, a coluna provocava choques por toda a sua extremidade, e os mamilos estavam intumescidos, duros como rocha, quando finalmente gozou Luis escorregou lentamente ate sentar-se no chão. De olhos abertos olhava para a mão repleta de sêmen e depois para o pênis já meia-bomba, pensava em como havia chegado aquele ponto, como pode ceder ao desejo e se masturbar pensando naquele traidor, no namorado do irmão.

Luis: Chega cara, cansei de sofrer por você Mateus, se o que quer é ficar longe de mim, se não me ama e quer ser feliz com o Leo, eu juro que farei o mesmo, eu vou amar e vou ser feliz...

As lágrimas se misturaram com a água que caia do chuveiro, Luis tentava admitir a si próprio que tudo o que rolou com Mateus era passado e que ele nunca o havia amado, apenas queria sexo garantido.

Já vestido Luis foi até a cozinha preparou um prato de comida e foi para a sala comer e ver TV com Kaio que agora já não falava mais no celular, mas observava o irmão que estava calmo demais depois de todos os últimos acontecimentos.

Kaio observou o irmão se sentar na poltrona ao seu lado e comer em silencio, já não se aguentava de curiosidade e medo, queria que Luis falasse logo e parasse de fingir que nada estava acontecendo.

Kaio: Porra, fala alguma coisa meu!

Luis virou-se para o irmão e não entendeu o motivo daquele grito, sempre agiu assim, sempre preferiu se manifestar somente após descansar e comer alguma coisa e Kaio sempre o viu assim.

Luis: Não entendi isso, quase que tu me fez engasgar filho, o que queres que eu diga?

Kaio: A para né Luh, eu já sei que você conversou com o Marco hoje cedo e que ele contou um monte de mentiras pra você, só acho sacanagem sua acreditar em tudo e não vir até mim e ouvir a minha versão da historia!

Pronto agora sim Luis estava perdido no meio daquela conversa sem pé nem cabeça de Kaio, mas como era safo em relação às pilantragens do irmão resolveu entrar no jogo dele.

Luis: E o que você acha que o Marco me disse que não é verdade?

Kaio: É pracabá mermo, tu ta me tirando né mermão, porra saca essas viagens do Marco poh tua acha mesmo que eu iria bancar o teco-teco e soltar os segredos do cara, vei ele é loco de desconfiar de mim!

Luis: Calma ai Kaio, primeiro que porra de segredo é esse, e segundo respira fundo essa sua conversa ta muito confusa tu fica mesclando gírias, estou ficando tonto só de tentar acompanhar teu raciocínio.

Kaio: Mas como você acha que eu deveria estar, porra to nervoso, já até chorei hoje com toda essa historia, o Marco acha que foi eu, mas mano eu juro eu não fiz nada, eu amo ele, porra ele é meu irmão como eu iria feri-lo?

Luis: Primeiro deixa te explicar uma coisa eu não sei de que treta você ta falando mano, até por que o Marco não me disse nada do que tava acontecendo só que queria trocar de escola, mas não contou o motivo...

Kaio: Aff, sou um fudido mesmo!

Luis: Cara conta logo o que aconteceu!

Kaio: Ta beleza foi assim semana passada nois tava lá no pátio junto né, ai tipo chegou uma mina que eu catei tem um tempo saca, ai a louca falou pra mim “Kaio serio ainda não sei como tu consegue viver perto desse viado, não foi você mesmo que disse que tinha raiva dele?”, poh foi o suficiente pro Marco começar a chorar e olhar pra mim dizendo que eu era um traidor falso, que não podia ter feito aquilo com ele, que não podia te contado aquilo, poh ai toda a escola junto né e viu tudo mano, ele próprio espalhou que era gay, eu não tenho culpa...

Luis: Ta Kaio, fica sussa vou trocar o Marco de escola agora isso ai vocês tem que resolver entre vocês... acredito em você, mas e ele como vai ser?

A conversa se encerrou ai Luis foi dormir antes de Marco chegar já havia descoberto o motivo de toda a confusão e sabia o que fazer, e assim a manhã do dia seguinte veio rápido, Luis antes de sair pra trabalhar ligou na escola e pediu a transferência de Marco, deixou um recado na geladeira pedindo que ele fosse ate lá buscar e saiu pro escritório.

A semana seguiu sua mesma rotina, a única exceção era a troca de chefes, antes havia Marcos Alexandre um advogado jovem mais desprovido de beleza e agora havia Fred jovem, belo e fogoso, mas Luis se quer tinha tempo para contemplá-lo queria terminar o mais breve possível aqueles assuntos que lhe ocupariam a semana toda.

Na quinta-feira à noite Luis acordou com o celular tocando, era tarde, por volta das 03:30 da manhã, no visor não havia identificação, mesmo assim Luis atendeu.

Luis: Alo!

Luis: Oi tem alguém ai?

Luis: Porra eu vou desligar desocupado!

Por um pequeno instante Luis ouviu um suspiro, e algo cresceu em seu peito mesmo um som tão comum não poderia passar despercebido pelo coração, seus olhos vertiam lagrimas quando disse.

Luis: Mateus eu te amo!

E o som que seu ouviu em seguida foi apenas o de ligação encerrada, Luis tinha certeza que era Mateus no telefone, mas não conseguia entender o porquê daquela ligação, já que ele havia escolhido viver com Leo, ele próprio havia colocado barreiras entre o relacionamento, e foi por escolha própria que se afastou de Luis definitivamente. A cabeça de Luis girava a mil, pensando em todas as possibilidades que poderiam ter provocado àquela ligação, pensou que poderia ser apenas gozação do ex entre outras mil possibilidades, desanimado e triste Luis tentou refazer o sono, mas ele já havia partido de vez, após alguns minutos na cama tentando dormir, se levantou e foi pra sala ver TV, mas alguém já havia tido a mesma ideia e assistia o tele seriados do SBT,

era Kaio que olhava de forma atônita pra televisão, o rapaz tinha os olhos vermelhos e parecia ter chorado, vestia apenas uma cueca vermelha e os cabelos estavam bagunçados.

Luis: Kaio aconteceu alguma coisa?

Kaio olhou assustado para o irmão e até pensou em dizer alguma coisa, mas foi vencido pelo choro, levantou-se apressado e abraçou o irmão, entre lágrimas e gemidos, dizia uma simples frase “por que?”

Luis: O que aconteceu mano me conta?

Kaio: A Vic mano, ela pediu um tempo pra gente!

Luis: Mas por que mano, vocês estavam super bem, pelo menos parecia...

Kaio: Cara ela ta louca só pode, mano ela me disse que me ama, mas o melhor pra mim e pra ela e nos afastarmos até tudo se resolver, disse que nós dois estávamos apenas servindo de ponte para você e o Mateus, e que metade do que a gente se falava ao celular ou quando se via era sobre vocês dois, e que isso fez o namoro perder o encanto!

Luis: Kaio eu nem sei o que te dizer mano, se soubesse que isso ia acontecer, jamais havia metido vocês nessa historia louca...

Kaio: Não mano você não tem culpa, nós permitimos, foi escolha nossa, e a Vic estava animada com isso, cara ela tinha bolado todo um plano pra juntar vocês de novo, ontem mesmo ela falou isso pra mim ai hoje ela vem com essa história de terminar, cara isso é só desculpa!

Luis: Eu te juro maninho eu vou descobrir o que causou isso, e se eu for mesmo responsável irei resolver isso com a Vic pode apostar!

Kaio: Não mano, faz nada não, só fica aqui comigo...

Luis sentou-se no sofá e Kaio se deitou em seu colo, de olhos fechados o garoto ainda chorava enquanto Luis afagava seus cabelos, com o tempo Kaio adormeceu e Luis pode pensar naquela situação toda, se a historia de Vic fosse real, a ponte que os dois haviam formado precisava de outra parte, Mateus ainda devia pedir informações sobre Luis a irmã. Aquilo encheu o coração de Luis de esperança, primeiro a ligação e agora descobrir que Mateus ainda se preocupava com ele, era como se a chance da chama do amor que existia em seu coração ainda pudesse se manter acesa.

Luis acabou adormecendo ali sentado no sofá com a cabeça do irmão no colo, já era manhã quando Marco acordou Luis e este por sua vez acordou o irmão.

Kaio: Mano eu não vou pra escola hoje não, to sem animo velho, vou pro meu quarto dormir, valeu por me aturar maninho...

Luis olhava o irmão e toda aquela tristeza que o abatia, não poderia deixar aquilo seguir, Kaio não merecia sofrer assim, lembrou-se do dia em que descobriu a traição de Leo e encontrou em Celo a solução para toda a sua tristeza e resolveu solucionar tudo aquilo.

Marco: Luh o que aconteceu com o pivete?

Luis: Agora não Marco por favor, o Kaio ta todo triste por que a Vic terminou com ele!

Marco: Não sabia cara... desculpa...

Luis: Você devia conversar com ele, o Kaio precisa de toda a atenção do mundo agora mano, esquece os problemas de vocês dois e tenta ajuda-lo, lembre-se de quando foi afastado do Pepeu e o Kaio tava lá sempre junto a você, te consolando, te ouvindo!

Marco: Vou pensar mano, agora deixa eu ir que to atrasado, essa escola nova é longe pacas, dois ônibus ate lá...

Já era fim de tarde quando Luis preparava-se para sair do trabalho e encontrar o fim de semana maravilhoso em casa, quando Fred o chamou já na porta do elevador.

Fred: Luis... ué já tava indo, nem combinamos onde vamos hoje a noite, vai dizer que esqueceu da festa pro Celo?

Luis: Putz esqueci geral cara, mas iai como a gente faz?

Fred: Dá seu endereço que eu passo lá pra te pegar, vamos em um carro só, por que ai pelos menos dois de nós podem beber né!

Luis: Beleza anota ai!

Luis estava em seu quarto terminando de se aprontar quando ouviu um barulho vindo da sala, não soube identificar o que era, e não deu atenção. Passados alguns segundos escutou o barulho novamente seguidos por gritos de Marco e Kaio, tudo indicava que estavam brigando, o mais rápido possível o rapaz correu ate a sala e encontrou o irmão e o protegido se engalfinhando pelo chão da sala, ao lado viu o abajur quebrado no chão e imaginou ser ele o autor do primeiro barulho, havia manchas de sangue no carpete branco o que incomodou o rapaz, que se intrometeu no meio dos dois rapazes tentando separar.

Kaio: Porra mano, sai daqui ou vai apanhar também, vou quebrar a cara desse viado escroto...

Marco: Tenta então garoto, mostra o quanto tu é macho rapah, to tremendo de medo otário...

Luis: Para porra, fica quieto Kaio e você Marco não provoca!

Na tentativa de separar os dois Luis acabou golpeado no estomago, não soube precisar quem o acertou, mas sentiu como tinha força o dono daquele punho, soltou os garotos e curvado sobre o ventre gemia de dor. Instantaneamente os Marco e Kaio pararam a briga e correram em socorro de Luis.

Kaio: Porra viu o que tu fez sua bixa!

Marco: Foi você pit boy do caralho, assuma teus erros meu...

Luis: Cala boca! Porra vocês são loucos ou o que? Poh brigando que nem animais dentro da nossa casa... meu quantas vezes disse que exigia respeito dentro dessa merda... os dois sentados agora e sem chiar...

Kaio e Marco se olharam e mais que depressa se sentaram calados e esperavam o sermão que viria a seguir, quando Luis gritava os dois tremiam de medo, sabiam que o rapaz não perdia a calma facilmente, mas como perdia era capaz de machucar os dois facilmente.

Luis: Agora um de cada vez me conte o que aconteceu aqui... olha essa cara Marco, você sangrando fera!

Marco: Foi esse tosco do seu irmão...

Kaio: Tosco é o caralho filha da mãe!

Luis: Cala a boca Kaio, ele fala primeiro depois você vai ter sua chance... e você Marco tenta não ofender ninguém...

Marco: Beleza... aconteceu assim, fiz o que tu disse e tentei falar com esse cara ai, poxa tava tentando ser amigo do cara mesmo depois de tudo que ele me fez, mas esse trouxa entendeu minha atitude de forma errada e partiu pra cima me agredindo, disse que eu tava tentando me aproveitar dele...

Kaio: Ta é tu não fala que me beijou né?

Luis: Como? Isso é verdade Marco?

Marco: Pode ate ser, mas não teria beijado se ele não tivesse correspondido!

Luis: Porra vocês são uns loucos sabia, aff... sua vez Kaio!

Kaio: Praticamente a mesma coisa que ele disse, só que eu me irritei por que ele me beijou, poh cara to todo triste e carente, ai esse merda vem e me tasca um beijo, me senti desejado porra e acabei correspondendo, mas poh vei eu não sou gay e acabei batendo nele, admito que exagerei mas admita ele aproveitou de mim.

Luis: Concorda com isso Marco?

Marco: Concordo! Acreditava que Kaio tinha feito o que fez na escola por que estava afim de mim e queria testar essa teoria, mas admito que estava errado e peço perdão.

Luis: Vocês são dois merdas, caramba e precisam tentar se matar, porra agora to atrasado pro meu compromisso quero ver um abraço e um beijo dos dois...

Marco: Só se for na boca!

Kaio: Vai a merda meu... ta me tirando?

Marco: é brincadeira mano, tu sabe que eu te adoro e tu é um irmão pra mim...

Os dois se abraçaram e pareceu selar a paz entre eles, ainda sem entender tudo aquilo Luis voltou para o quarto e resolveu trocar de roupa, a camisa branca estava manchada de sangue e a calça amarrotada, não demorou muito e o interfone tocou, era Fred que o esperava na sala.

Fred: Poxa parece que um furacão passou por aqui velho!

Luis: Nem te conto o que aconteceu aqui, mas resumindo meus filhos brigaram e fizeram tudo isso!

Fred: Filhos?

Luis: Sim tenho dois adolescentes que moram comigo, Kaio e Marco ambos de dezesseis anos, Kaio é um dos meus irmãos e Marco eu o adotei a pouco tempo.

Fred: Por um momento tu me assustou, achei que fossem teus filhos mesmo...

Luis: E são como se fossem entende?

Fred: Beleza. Mas tu ta pronto?

Luis: To sim vambora!

Os dois amigos desceram e ao chegar na portaria, Luis se deparou com alguém que não esperava, parado ali na sua frente estava Leonardo, o rapaz trazia um sorriso no rosto e abriu os braços para cumprimentar o irmão quando recebeu um soco no rosto e cai sentado no chão, Fred partiu em direção ao rapaz e o ajudou a levantar, em sua cara a indignação estava estampada, não conseguiu entender o que aconteceu com o amigo para agredir o outro daquela forma.

Luis: O que você faz aqui Leo... anda fala merda!

Fred: Calma ai vocês se conhecem?

Leo: Somos irmão!

Luis: Eu não sou seu irmão desgraçado, eu te odeio...

Fred encarava os dois rapazes sem entender o que realmente se passava ali, sempre viu Luis como um cara da paz, passivo ate demais em todas as relações em que se envolvia no escritório, e aquele ali na sua frente, espumando a boca de raiva não se parecia nada com ele, e onde ele imaginaria que Leonardo um amigo da época de escola fosse irmão de Luis.

Estava incomodado com tudo aquilo, mas os dois jovens somente se encaravam e até se esqueceram do outro amigo ali ao lado.

Fred: Porra, da pra me explicar que historia é essa de vocês serem irmãos Leo, tu nunca me falou de irmão nenhum, sempre acreditei que você tinha era uma irmã!

Luis: E, é só ela mesmo eu não sou nada desse monstro!

Leo: Não é bem assim Fred, irmão de sangue só minha irmã mesmo, o Luis é meu irmão de criação e quando nós nos conhecemos no sul nós havíamos brigado e por isso não o chamava mais de irmão, mas desde que voltei nos reatamos os laços fraternais.

Fred: To vendo, como são fraternos esses laços, acho que assim não há como sairmos juntos não é senhor Luis?

Leo: Por mim tanto faz, é só ele ficar na dele que não dá nada!

Luis: Seu nome agora é Luis seu mala? Mas te respondendo Fred nós vamos sim, não vou dar mais esse gostinho pra esse canalha, ele não vai me estragar a noite.

Fred: Tá certo, mas aviso agora se brigarem eu não vou separar!

Os três entraram no carro de Fred, Luis entrou na frente e Leo lhe deu uma encarada que se ele fosse de gelo teria derretido no mesmo instante. O caminho até a boate não era tão longo, mas mesmo assim pareceu uma eternidade, por que o silencio reinava e os três apenas olhavam para frente.

Na cabeça de Luis muitas perguntas passavam e chegou a pensar que Fred era mais um dos aliados de Leo e sua gangue, mas esse pensamento se desfez rapidamente, não acreditava que um homem tão perfeito como aquele poderia ter alguma participação nas armações do irmão, decidiu então a acreditar que tudo aquilo não passava de uma armação do destino. Mas uma coisa não lhe saia da cabeça e então resolveu perguntar.

Luis: Tenho uma pergunta pra te fazer Leonardo, você sabia que o amigo que o Fred ia buscar era eu não é?

Leo: Resolveu falar comigo agora... mas sim eu sabia quando ele me disse que íamos sair com um amigo do escritório chamado Luis Carlos deduzi que era você, pois sabia que trabalhava no escritório dele, mas só confirmei isso quando chegamos até o seu prédio, mas não se preocupe não vim aqui para brigar com você, como disse antes somos irmãos e mesmo que você não acredite em mim, tudo será explicado um dia e você vai se arrepender de um dia ter me acusado de traição.

Luis: Cara eu só te fiz uma pergunta, não quero saber mais dessa historia, caso não tenha percebido minha vida vai muito bem obrigado e você já não faz mais parte dela!

Fred: Gente, vamos parar com isso, por favor, se eu não estava afim de vê-los brigando, estou muito menos afim de vê-los discutindo polidamente, chega né, eu vim aqui foi pra me divertir, e o resto da minha turma esta esperando lá na boate.

Na entrada da boate, Luis e Leo ficaram de um lado de Fred, e o rapaz se sentiu meio frustrado, toda aquela situação estava lhe deixando nervoso. Entrar não foi nada difícil, Fred tinha passe livre para a área vip, era um cliente especial da casa, e podia cortar fila, já dentro, subiram a escada que dava acesso a área vip, e sentados no lounge estavam três pessoas que acenavam para Fred.

Luis se encantou de cara com um dos rapazes, um rapaz loiro, com aparência bem jovem, e com um sorriso lindo, ao se aproximar viu os olhos esmeralda do rapaz, era incrível, como olhos daquela cor lhe traziam tanta paz, e por mais que isso lhe trouxesse recordações, aqueles olhos não fizeram pensar em Mateus, pelo contrario o fez ver que ainda poderia ser feliz.

Fred: Luis deixa eu te apresentar, essa daqui é a Sanmia minha noiva, esse aqui é o Sawntiner meu cunhado, mas pode chamá-lo de Saul, e esse é o meu irmão caçula Talles.

Luis cumprimentou primeiramente Sanmia, e viu como Fred tinha sorte em ter uma namorada com tamanha beleza, ela era uma mulher não muito alta, mas com um corpo perfeito, sarado, seios enormes, um cabelo preto intenso com uma franja que lhe cobria toda a testa, uma pele branquinha e olhos negros como a noite, juntos Sanmia e Fred formavam o casal perfeito.

Ao cumprimentar Sawntiner pensou que era um alivio ele ter um apelido como Saul, aquele nome não deveria existir em nenhum outro lugar, Saul era idêntico a irmã, e mais tarde Luis descobriu que eram gêmeos, a diferença dos dois eram os músculos saltados de Saul e seu cabelo moicano.

Então chegou a vez do rapaz loirinho de olhos esmeralda, era Talles irmão de Fred, a diferença entre os dois era imensa, mas ambos eram lindos. Talhes era mais baixo que Fred, não era musculoso, mas também não era um magrelo. Leo havia desaparecido logo que chegou ali, Fred disse que ele havia ido ao banheiro, mas demorava demais, mas Luis não se preocupou com isso, se morresse seria um presente para ele.

O engraçado era que Fred só sabia beijar a noiva e esquecia-se dos outros três rapazes ali próximo a eles, Luis estava incomodado, não tinha amizade com nenhum dos dois, então permaneceu calado esperando algo que o salvasse daquele lugar constrangedor.

Saul: Vocês dois vão ficar mesmo aqui, vendo esse agarramento todo, ou nós vamos sair e caçar umas gatinhas?

Luis: To dentro parceiro, e você Talles vem também!

Talles: Ta vamos sim!

Andando pela boate, Saul pediu a Talles que buscasse bebidas para todos, assim que o rapaz sumiu no meio da multidão em direção ao bar, Saul chamou

Luis para mais perto e disse.

Saul: Poh vei, tinha que ter deixado o loirinho lá, ele só vai atrapalhar!

Luis: Por que mano?

Saul: É sempre assim quando saímos, aqueles dois ficam se pegando e eu tenho que bancar a babá dessa criatura, essa coisinha toda delicada ai é gay saca?

Luis: Serio? Nem parece!

Saul: Disfarça que ele ta vindo!

Luis olhou Talles com outros olhos, sabia agora que poderia ter uma chance com o garoto, mas o que lhe incomodava era o machista preconceituoso que andava com eles. Saul seria um problema com certeza.

A noite passava e Luis tentava de toda forma uma conversa mais intima com Talles, mas nada conseguiu, Saul empurrava mulher em cima de mulher para Luis e ele pegava quase todas, já era tarde quando Luis se viu bêbado grudado na boca de uma guria loira toda siliconada, a menina beijava gostoso e suas mãos caminhavam em rumo ao sexo de Luis o que o excitava extremamente, a garota tirou o penis de Luis pra fora e começou a masturbá-lo ali mesmo na boate, estavam encostados em uma parede na parte mais escura da casa, e a garota usava seu corpo para esconder a atividade que fazia, Luis quase gozou mas um abraço lhe surpreendeu.

Leo: Ai maninho, ta massa em, olha a loirona que ele ta pegando Mateus!

Aquele nome o fez parar instantaneamente, nem o fato de Leo o abraçar o havia feito parar, mas, o nome de Mateus o fez brochar na hora, e rapidamente guardar o membro de novo na calça. Ele olhou para o lado e viu Mateus o olhando, seus olhos verdes brilhavam com a luz estroboscopica, Luis apenas olhou sacudiu a cabeça em sinal de cumprimento, soltou-se da loira e saiu sem olhar para trás, procurou pelos dois garotos e não os encontrou em lugar nenhum, voltou para a área vip e também não os encontrou, foi Fred quem disse a Luis onde encontrá-los, haviam ido buscar algo no carro de Fred, e foi para o estacionamento que Luis se dirigiu, lembrava-se do numero da vaga onde o carro estava, mas de longe não viu movimentação dos dois garotos, aproximou-se do carro e como suspeitava não os viu lá dentro.

Caminhando pelo estacionamento na tentativa de encontrar o loirinho que tanto desejava, avistou próximo ali do carro dois rapazes se beijando encostados em uma arvore, a situação daqueles dois excitou Luis, ele estava tremendo de tesão em ver aquele beijo, furtivamente se aproximou de um carro que estava próximo do casal, escondido ali viu um dos rapazes colocar-se de joelhos e começar a boquetear o outro.

O tesão que dominava Luis era gigantesco, a sua vontade era ir até lá e pedir pra participar, mas o seu desejo desapareceu quando a cabeça do rapaz de joelhos foi iluminada por um farol de carro que saia do estacionamento, Luis nunca imaginou ver aquilo, o rapaz que se deliciava com o pênis de outro homem, era Saul, o rapaz caprichava no sexo oral, e Luis não pensou duas vezes em se levantar e ir em direção aos dois.

Não sabia se era coragem ou era a bebida que o fazia ir ate à dupla, sua surpresa foi maior ainda quando ao se aproximar do casal, viu o rosto do outro rapaz que de olhos fechados apreciava o carinho de Saul, a expressão no rosto de Talles era de extremo prazer.

Luis deu um pigarro e fez os dois jovens olharem imediatamente para onde ele estava, o primeiro a dizer algo foi Saul ainda com o pênis de Talles nas mãos.

Saul: Cara não é nada disso que você esta pensando...

Talles: Cara o que você ta fazendo aqui, porra vei... lascou tudo... pelamordedeus não fala nada pro Fred!

Saul: Ele não vai falar nada, por que se fizer isso vai ter que se ver comigo!

Luis: Acredito que até agora eu não disse nada não é? Não vou contar nada sobre o que vi, nem iria deixar que me vissem, mas não poderia deixar isso passar assim, não depois da forma que você Saul se referiu ao Talles...

Talles: Como assim, o que você disse Saul?

Saul: Não disse nada fera, ele ta mentindo!

Luis: Então você não chamou o Talles de criatura, coisinha delicada e gay? Não foi você que disse que odiava bancar a babá dele?

Saul: Não me lembro disso!

Talles: Não mente garoto, eu sei que isso é bem coisa sua, você não se assume, mas você sim que é uma coisinha, uma bixinha, sai do armário Saul, e vê se me deixa em paz seu merda!

Saul: Talles, não faz isso cara, não vai jogar fora tudo que a gente ta vivendo, você sabe que eu te curto pra caramba, e eu não entendo o porquê desse cara ta fazendo isso com a gente, por favor, não deixa essa babaca estragar tudo entre a gente!

Talles: Não foi ele que estragou primeiro por que não existe nada entre a gente e segundo foi você que provocou isso, não havia necessidade de contar ao Luis que eu era gay e esconder o que acontecia com a gente.

Luis: Olha me desculpem se eu atrapalhei o caso de vocês, mas sei como é ser enganado por alguém como Saul, e não queria ver você Talles que é um homem maravilhoso, lindo e simpático sofrer como eu já sofri.

Saul: Ta explicado você é gay também, você esta é afim dele não desgraçado, mas não vou deixar você destruir tudo e ficar com ele, eu te mato seu viado!

Saul se lançou contra Luis, e teria lhe acertado em cheio um soco de direita, não fosse a muralha que se colocou entre eles e impediu o golpe, Luis se quer viu de onde veio o seu herói, e quando se preparava para agradecer pela ajuda, o sujeito virou-se revelando sua identidade.

Luis: Aff... cara o que você esta fazendo aqui, porra mais hoje é mesmo meu dia de sorte, todos os insetos da minha vida reunidos no mesmo lugar.

Nando: Deixa de frescura garoto, deveria era me agradecer por te ajudar, você mesmo sabe o quanto é fraco, (risos) ou caso se esqueceu do nosso ultimo encontro?

Saul: Ei quem é você merda? Saia da frente eu quero matar esse viado escroto!

Nando: Cala boca viadinho, por que eu vi o que você fazia no braquinho ali, então antes de ofender o Luis pense bem no que eu posso fazer com você contando a todos como você gosta de mamar um cacete!

Luis: Cara eu não preciso de você pra me defender, eu mesmo dou conta disso!

Nando: Cala boca merda, eu vim te ajudar e te levar pra casa, só estou aqui por que minha irmã me pediu isso, não me importo com você, mas deveria saber que teu irmão esta com problemas e precisa de você!

Luis: Do que você esta falando cara, o que aconteceu com o Kaio?

Nando: Vamos pro hospital que você vai descobrir!

Luis entrou em desespero, temia estar sendo enganado por Nando, mas temia também que aquilo era verdade e Kaio estaria em perigo também.

Luis: Ta certo vou com você... Talles você pode me acompanhar, eu não confio nesse cara!

Talles: Claro, não tenho mais nada pra fazer aqui, e não quero ter que voltar com esse merda.

Saul permaneceu calado, não entendia o que acontecia ali, foi assim tudo tão de repente, uma rapidinha virou briga entre ele e Luis, surgiu um herói bandido, e viu seu rolo indo embora com outro rapaz. Nada fez sentido, mas de certa forma Saul se sentia aliviado, sem Talles em sua vida, não havia mais ninguém em quem escorar seus desejos homossexuais e agora estava livre para ser o hetero que sempre desejou ser, pelo menos era isso que tentava acreditar.


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Comentários

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Cara, que conto confuso, literalmente uma novela mexicana, não da para confiar em ninguém. E o Luis é um pamonha, o cara é atacado e ofendido pelas pessoas e ainda se permiti viver próximo a essas pessoas.

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PQP! Que reviravolta!!!! Me sentindo acompanhando uma novela mexicana!!!

E vamos lá pq essa história tá muito boa!!!

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