Ali em frente à porta daquele quarto, eu me perguntava o que Renata ia decidir, enquanto meu coração acelerava, temendo que ela aceitasse as condições que João impôs. O silêncio tomou conta do lugar, por mais de um minuto, até que ele o quebrou. — E então? — Perguntou a ela, sem rodeios. — Dançar… nua. — Balbuciou ela, mostrando estar indecisa. — Não era você que ficaria nua em minha frente? Cadê aquela confiança e coragem? — A provocou, tentando quebrar sua resistência. — Era pra provocar o Carlos, não teria problema com ele vendo e sabendo de tudo. — Ouvi-la dizer essas palavras, acalentou meu coração, com a esperança de sua recusa. — Se é assim que vai ser, vou indo. — Jogou sua última cartada, tentando persuadir-la até o fim. — Espera. — Exclamou ela, para a minha tristeza. — Só ficar nua enquanto danço, certo? Isso não é um problema! — Afirmou ela não passando muita confiança no que dizia. Sua voz estava trêmula, o que me deixou aflito. — Então vai fazer? — Perguntou novamente, mas agora, com uma voz carregada de felicidade. — Apenas faço se você prometer não tentar nenhuma gracinha. Isso quer dizer sem me tocar, entendeu? — Disse finalmente dando a resposta que ele queria ouvir. — Entendi, eu prometo! — Afirmou ele sem um pingo de verdade em suas palavras. — Se você tentar algo, vai pagar caro! — Prometeu ela, tentando permanecer no controle da situação. Naquele momento uma grande raiva tomou conta de mim, que me fez tocar a maçaneta da porta, mas antes que eu pudesse abrir, a imagem de Renata me dizendo diversas coisas vinham à minha mente. Imaginei por um breve momento ela me dizendo o quão hipócrita eu era, pôr a trair e ainda sim, tomar tantas atitudes em relação a sua índole em nosso relacionamento. Isso me fez recuar, temendo frustrar o avanço que tivemos mais cedo, em um possível perdão da parte dela. “O que eu faço?” Me perguntei angustiado e sem idéias para pôr em prática. — Tudo bem, eu não vou fazer nada que você não permita. — Dito isso, o acordo entre eles estava fechado, decretando a vitória de João naquela batalha. Pensei novamente em invadir o quarto e desfazer todo aquele absurdo que acontecia diante de mim, mas novamente meus pensamentos me levaram a não fazer. “Ela está fazendo isso pela irmã.” Pensei, tentando me confortar, o que naquele momento, funcionou de certa forma. Decide que deveria ver o que ia acontecer lá dentro, então sai para a área externa da casa, dando a volta nela. Ao chegar na janela do quartinho em que estavam, notei as cortinas abertas, o que pra mim foi de grande ajuda. Me aproximei e pude ver João sentado na cama, mas não tinha visão de Renata, já que para vê-la, teria que me expor mais. Então me abaixei e passei para o outro lado, onde pude ter visão dela, que usava uma saia curta de tecido leve e solto, de cor preta, que realçava suas curvas. Complementando com uma blusinha azul de botões. Com um tecido leve, mas justo, acentuando o seu generoso busto. O contraste entre a saia curta e a blusa justa realçava ainda mais a sua sensualidade, tornando o conjunto sexy, no belo corpo de minha esposa. Uma música sensual passou a tocar logo em seguida, mas não muito alta, provavelmente porque achavam que eu ainda dormia na sala. — Pode começar. — João disse a ela. Renata, com a cabeça baixa e corada, claramente envergonhada, começou a se despir. Deslizando os dedos pelo tecido leve da blusinha, deixando-o deslizar suavemente sobre sua pele. Com um movimento lento, por causa da vergonha, o que tornava tudo muito sensual. Ela começou a desabotoar os pequenos botões, um a um, revelando gradualmente a pele, que ficava à mostra entre as frestas. Mesmo parecendo um pouco sem jeito, seus olhos, que antes estavam fixados no chão, agora procuravam o olhar de João, provavelmente para saber o que ele estava achando. Aquele olhar tímido, transmitia uma intensa provocação, que até mesmo eu, ali fora, fiquei encantado. Os contornos de seus seios começam a se delinear através do tecido fino, enquanto ela continuava a desabotoar os botões, revelando mais e mais de sua figura sedutora. Renata parecia não ter pressa, o que para mim, talvez pelo ciúmes que sentia, parecia que ela estava aproveitando o momento. Finalmente ela deslizou a blusinha pelos ombros, deixando-a cair ao chão, dando um suspiro, tentando relaxar. Em seguida, Renata deslizou as mãos por sua cintura, onde o tecido leve da saia repousava. Com um toque delicado, ela desfaz o nó que mantinha a peça em seu lugar, permitindo que o tecido solto corresse sensualmente por suas curvas, caindo em volta de seus pés, expondo suas pernas longas e torneadas, enquanto ela se movia com uma graça irresistível. A visão de sua nudez parcial era um deleite para João, que sorria alegremente enquanto alisava seu falo por cima da calça. Renata, ao ver isso, sorriu de forma travessa, sabendo o efeito que estava causando nele. Ao ver minha esposa sorrir, apenas de calcinha para aquele homem, me fez muito mal, me sentindo frustrado e ferido, mas confiante que logo toda aquela tortura acabaria. Uma surpresa que tive, foi a peça íntima que ela usava. Uma calcinha extremamente sexy e vulgar, um fio dental que mal cobria seu sexo, com um design mínimo, revelando mais do que escondia. — Fica de costas e tira a calcinha. — Ordenou ele a minha esposa, que não contestou aquele atrevimento, mas sim, o fez sem demora, com um movimento sedutor, virando de costas para ele. Lá estava ela, exibindo sua magnífica bunda para aquele maldito homem. Renata deslizou as mãos pelas curvas de seu corpo, enquanto se abaixava lentamente, curvando-se para frente e revelando o fio dental minúsculo, que provavelmente, mal cobria seu ânus. A renda delicada contrastando com a pele macia de suas nádegas, criava uma visão irresistível para qualquer espectador, deixando claro o poder de sua sensualidade sobre aquele que a observava. Renata inclinou-se ainda mais, oferecendo uma visão completa de sua provocante lingerie, um espetáculo de pura tentação, uma demonstração de poder e desejo que deixou João louco, sem sequer pensar em piscar ou desviar o olhar. Cada vez mais ela parecia demonstrar que estava gostando do que estava fazendo. “Seu lado exibicionista?” Me questionei por um instante. Enquanto ela, com um sorriso travesso nos lábios, deslizou os dedos pela borda da calcinha, puxando-a lentamente para baixo. Cada centímetro revelado, adicionava mais força ao meu desespero, enquanto sua pele macia era exposta à luz suave do quarto. Ela ergueu um pé, deslizando a peça de roupa pela perna, revelando seu sexo, que para o deleite de João e para meu desespero, se encontrava molhado. Naquele momento, tive a clara certeza que ela estava curtindo tudo aquilo, afinal, minha esposa tinha se tornando uma mulher extremamente exibicionista, o que a excitava muito. Renata se virou ligeiramente, ficando de frente para ele, exibindo todo seu corpo nú, com uma confiança exuberante, enquanto seus olhos fixos nos de João, o desafiaram a resistir à tentação. Cada movimento que ela fazia, era deliberado, calculado para provocar uma resposta ardente, enquanto ela regia aquele jogo sensual que se desenrolava diante de meus olhos. A visão de Renata nua e vulnerável, como um convite para ele, me deixava cada vez mais furioso e machucado, onde já me faltava forças para aguentar aquela situação.
Com seu corpo agora nu diante de João, Renata começa a se mover lentamente ao ritmo da música, deixando seus quadris balançarem de forma sinuosa. Seus movimentos graciosos e sedutores, exalavam sensualidade. Ela passou as mãos pelos cabelos, deixando-os cair sobre seus ombros enquanto seus olhos se mantinham fixos nos dele, transmitindo uma mistura de desejo e desafio. Agora, ela deslizava as mãos por seu corpo, acariciando suavemente sua pele enquanto se movia com uma sensualidade irresistível. Seus seios se erguiam com cada movimento, convidando o olhar de João a percorrer cada centímetro de sua figura escultural. Ela se inclinou para trás, arqueando as costas, colocando um de seus pés apoiado na parede, exibindo suas curvas, uma provocação tentadora, deixando João ansiando por mais. Renata dançava com uma expressão confiante, sabendo que possuía o poder de seduzir e encantar, conduzindo João a um estado de desejo, ao ponto dele sacar seu falo para fora e começar a se masturbar em sua frente. Ela se espantou, abrindo os olhos com surpresa, mas não parou de dançar, olhando o que ele fazia. Ela apenas sorriu, deixando claro não se importava com aquela atitude, o que pra mim, dava a entender que ela estava gostando de ver aquela cena. Eu estava atônito com as reações dela, já que não esperava por aquilo, toda aquela demonstração de prazer que ela estava demonstrando. Renata se vira de costas para João, exibindo suas nádegas voluptuosas enquanto continuava sua dança sensual. Ela inclinou o corpo para frente, arqueando as costas para destacar suas curvas impressionantes, balançando os quadris de um lado para o outro, provocando João com a visão de sua bunda tentadora. Ela deslizou as mãos pelas coxas e subiu até a cintura, olhando provocativa mente por cima do ombro, encontrando o olhar de João. — Me mostra tudo. — Ordenou novamente a ela, que sorrindo, fez o que ele mandou. Enquanto eu incrédulo, me aproximei ainda mais da janela. Obedecendo ao comando dele, ela se apoiou na parede, ainda com aquele sorriso nos lábios, deslizou ambas as mãos por suas nádegas voluptuosas, afastando-as suavemente para expor sua intimidade ainda mais. Seus dedos deslizaram habilmente sobre sua pele macia, separando suas nádegas para revelar seu ânus e a entrada de sua vagina, expondo-se completamente à visão de João. No momento em que vi aquilo, perdi totalmente o que me restava de forças, me aproximando de mais da janela, sem ao menos perceber. Ver minha esposa se exibindo totalmente, com sua respiração ficando mais pesada conforme ela se entregava ao momento, cada vez mais envolvida naquele jogo de exibição que me consumia, era demais para mim! Seu corpo nu e vulnerável estava novamente ofertado, de maneira indireta, tentando João, que já mostrava não conseguir mais seguir a promessa de prazer absoluto que aquele corpo oferecia. Neste exato momento, quando seus olhos fugiram dos dele, percorrendo a visão da janela, foi quando ela me viu. Seu rosto que continha um sorriso provocante, foi substituído por uma expressão de surpresa e preocupação, enquanto me olhava, Vendôme parado do lado de fora, com uma expressão triste e apagada. Enquanto Renata estava paralisada diante da visão que tinha de mim pela janela, João acreditou que aquela pausa, em meio aquela posição oferecida e exposta, era um convite a seu deleite. Aproveitando a oportunidade e se aproximando silenciosamente dela, que permanecia alheia à sua presença, perdida em seus próprios pensamentos. Eu vi quando ele se aproximou e em desespero tentei avisá-la sobre o que ele pretendia fazer, mas era tarde demais. Ela só se deu conta do que aconteceu, quando ele já havia a penetrado, fazendo-a lançar um gemido involuntário, que escapou de seus lábios enquanto ele a preenchia com seu grande e grosso mastro. Sua surpresa, misturada ao prazer inesperado da invasão, fez ela se inclinar um pouco mais, lançando suas nádegas contra ele, apoiando-se na parede para sustentar o impacto de sua entrada. Ele a segurou firmemente pela cintura, onde seu corpo pareceu responder instantaneamente aquele toque, fazendo-a gemer novamente. Ele então começou a se movimentar, controlando o ritmo e a profundidade de suas investidas, enquanto Renata, ainda com os olhos em mim, parecia perdida, sem saber o que fazer. Em um momento de lucidez, ela tentou o afastar, se debatendo enquanto tentava falar, mas sua voz não saía. João a segurou firme contra a parede, detendo suas tentativas de se desvencilhar dele, deixando-a completamente dominada, enquanto ele se entregava ao prazer que ela, de maneira involuntária, lhe proporcionava. Ele passou a bombar com vontade, de maneira rápida e agressiva, fazendo-a não aguentar mais, e gemer com o prazer que seu corpo sentia, traindo-a completamente. Seus gemidos se misturaram ao som da música ambiente, preenchendo o quarto com uma sinfonia de luxúria e prazer. Fazendo com que ela fechasse seus olhos, se perdendo na sensação avassaladora do momento.
Demorei a voltar a mim, depois daquela sequência de cenas. Já mais lúcido, sai em disparada, completamente desesperado, correndo para entrar na casa, na esperança de invadir o quarto e tirá-la de lá. “Eu vou matar aquele filho da puta!” Dizia a mim mesmo enquanto corria o mais rápido que podia. Quando cheguei à entrada da casa, dei de cara com Luciano e Ana, que pareciam ter acabado de chegar. Ana já havia desembarcado do carro, era quem estava mais próxima da entrada. Ao me ver, Luciano gritou meu nome de longe, enquanto tirava as malas do carro. — Fala irmão, Cadê a Renata? Eu trouxe a irmã que ela pediu. — Falava aos berros, enquanto Ana me olhava calada, claramente desconfortável com a situação. Eu estava em pânico, não sabia o que fazer, se corria para o quarto, expondo tudo que estava acontecendo lá, ou se ficava ali para garantir que nenhum deles pudesse testemunhar ou saber daquilo. Ana fez menção de entrar na casa, provavelmente para procurar sua irmã. Aflito, fui até ela, que demonstrou nervosismo com minha atitude. — Ana… oi… não… não entra agora. — Ela parou diante de mim, me olhando com uma expressão confusa, enquanto parecia decifrar meu desespero. — Você está bem Paulo? — Me perguntou chegando pertinho de mim e tocando a minha testa, demonstrando preocupação comigo. — Bem? Sim… eu… eu estou… — Diante de tudo aquilo, minha confusão mental chegou ao seu clímax, me causando uma forte crise nervosa. Não consegui aguentar, não estava passando bem, meu estômago ficou embrulhado, meus olhos ficaram pesados, minha cabeça começou a girar, enquanto minha respiração pesada, denunciava algo de errado. — Ana… ele conseguiu. — Disse a ela antes de cair ao chão, vendo tudo girar, enquanto ela gritava pedindo ajuda. Luciano correu em minha direção, tentando me socorrer, enquanto eu tentava olhar em volta. Minha última visão, foi de Renata saindo correndo de dentro da casa, com uma toalha envolta do corpo, vindo até mim. Naquele momento, sucumbindo totalmente, eu apaguei.
Acordei somente na manhã de sábado, na cama de um hospital, com os olhos meio turvos devido a claridade do lugar. Quando consegui me acostumar a iluminação, pude ver Luciano sentado em uma poltrona no canto do quarto, com a cabeça inclinada, cochilando. — Luciano — O chamei para que pudesse entender o que estava acontecendo. Ele despertou assustado, olhando em minha direção. — Caralho, você acordou. Vou chamar a enfermeira e a Renata. — Disse já seguindo para a porta. — Espera… eu… o que aconteceu? — O perguntei ainda confuso.
– Você teve um colapso nervoso, foi o que o médico disse.
– Colapso?... Eu…
– Você caiu assim que chegou perto da Ana, ela ficou aflita, saiu daqui faz pouco tempo.
– Você falou da Renata, cade ela?
– Foi ao banheiro ou tomar uma água, não lembro bem. Mas então, o que diabos aconteceu ontem a noite? O que te deixou desse jeito?
Aquelas palavras me levaram instantemente aos eventos que vivenciei, me trazendo toda aquela angústia e desespero que senti naquele momento. Comecei a ficar agitado demais, o que assustou Luciano, que correu para chamar a enfermeira. Ela veio com mais um outro, onde me deram um calmante. Alguns minutos depois, Renata entrou no quarto, vendo todos à minha volta. — O que aconteceu? — Perguntou preocupada, enquanto se aproximava de mim. Ela me olhou nos olhos, enquanto a enfermeira a informava sobre o que aconteceu. Eu não queria, mas foi inevitável, o olhar de raiva que lancei sobre ela. Ao me ver daquele jeito, ela vacilou, deixando as lágrimas correrem por sua face, saindo do quarto às pressas. A enfermeira foi atrás dela levando seu colega junto, enquanto Luciano ficou comigo, me olhando meio confuso. — O que ta acontecendo Paulo? Porque olhou desse jeito para sua esposa? — Ele me conhecia bem, sabia o que aquele olhar significava. Eu já estava sobrecarregado demais, então me abri, contei tudo, desde o início, até as informações que o canalha do João nos contou. Luciano ficou antônio, com todas as informações, eventos e tramas que ficou sabendo, sem conseguir momentaneamente expressar qualquer opinião ou palavra. Ele só abriu a boca depois de alguns minutos, ainda sem acreditar em tudo aquilo.
– Mas que droga de situação é essa? Como diabos isso tudo aconteceu nesses últimos dias?
– Eu também não entendi, isso tudo acontece desde a festa e até agora eu estou perdido!
– Caralho Paulo, já foi uma merda total você ficar com a Ana, agora tudo isso é uma merda surreal. E ainda tem aquele merdinha do João, que ficou na minha casa pra fez tudo isso. E a Ana roubando? Caralho, até mexer com a filhinha do chefe, puta que pariu Paulo, o João tem que morrer, essa é a saída.
Ouvir aquilo sair da boca de Luciano, um cara tão pacífico e gentil, me deixou surpreso e assutado, mas não discordei dele.
– É o que mais quero fazer!
– Não caralho, não a gente.
– Eu não conheço nenhum assassino para contratar.
– Larga de besteira Paulo, eu to falando do Sr. Francisco.
Naquele instante, uma luz se acendeu no fim do túnel, onde a esperança de ver João pagar por tudo que me fez, se tornava cada vez mais real.