Maria queria uma conversa bem séria com o Rapaz. Ela se sentou traída. Depois de quase dois meses sem sexo algum, ela preferiu Cássio! Estavam juntas há alguns meses e aquilo era totalmente fora do aceitável.
- Gabi, por quê ele? Você sabe que não vou com a cara dele.
Ela estava sentido-se traída. Gabi não sabia, mas Maria já havia saído com Cássio, antes de qualquer envolvimento com Gabi. Ele a fez se sentir apaixonada, para no fim, larga-la. Foi muito dolorido, ainda mais quando soube que fazia isso frequentemente com as outra garotas da agência de Raquel. E por esse motivo, estava proibido de se relacionar com qualquer uma. Gabi não sabia desse envolvimento,
- Fiquei com tesão. Eu tinha um pouco de medo dele, mas com o tempo vi que não era tão ruim assim. Tem algo na masculidade exagerada. Não sei o que me deu. Perdão.
Maria não sentia vontade em perdoar.
- Poderia ser com outro.Eu não me importaria tanto.Nós duas fazemos programa. Quando transo com um homem é só por dinheiro. Eles não me conhecem, não sabem que sou eu de verdade. Só querem sexo. Com você não é bem assim. É real.
Ele pensou em dizer que a amava. Mas talvez fosse demais para a situação. Se sentiria um canalha.
- Perdão. Não vou mais fazer isso.
- Quero um tempo.
Foi embora, triste. Sabia que era culpa dele. Havia feito por tesão. Sentia que seu corpo o traiu, o desejo foi maior do que qualquer pensamento racional. Não imaginava que Maria iria reagir dessa forma. Ainda queria saber quem havia contado do encontro. Iria respeita a decisão de Maria e esperar.
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Já fazia um mês que não falava com Maria. Já havia voltado ao trabalho e a rotina estava a de sempre. Ela fazia falta. Não respondia mensagens e nas poucas as vezes que cruzou com ela no escritório de Raquel e Gusmão, Foi ignorado. Cássio havia tentado contato e ele havia ignorado. Quem ele queria, não poderia ter. E quem o queria, não o conseguiria. Estava tomando hormônios femininos, por conselho de Madame P e não sabia se era por um ansiedade, mas sentia que havia mudado um pouco os seus traços. Percebia que seu peito estava ficando com um volume e agora a depilação durava mais tempo. Talvez precisasse de soutiens. Pensou em como estava tomando aquele caminho e o que sua mãe acharia. Estava ficando cada vez mais feminino. Seu corpo o denunciava e as roupas soltas não eram o suficiente.
O carnaval estava chegando. e não sentia vontade de comemorar. Porém, após a insistência de duas amigas, Joana e Carla, resolveu ir. Desde que o relacionamento com Maria talvez tivesse acabado, não havia saído com ninguém. O único sexo era trabalho, que nem sempre era divertido ou prazeroso. Pensou que no carnaval passado era um rapaz e ele não havia ficado com ninguém. Se masturbou quando voltou para casa. Agora ele não precisava disso, o sexo era fácil de conseguir. Homens e algumas mulheres o queria. Já que Maria não o queria, talvez outra pessoa o quisesse, mesmo que fosse por uma noite.
Resolveu usar um short bem curto e apertado, que moldava sua bunda cada vez mais redonda. A cintura era baixa e ele havia puxado os lacinhos nas laterais da pequena calcinha preta para cima. Vestiu um cropped, que exibia sua barriga e marcava seus mamilos. Com maquiagem pronta, pensou que ele parecia com as garotas que ele desejava antes disso tudo. Estava excitado com o que poderia acontecer naquele carnaval.
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A rua estava cheia. A música estava alta e sentia-se alegre. Dançava com suas amigas, com seu corpo colado no delas. Gostava desses momentos, ainda sentia atração por elas. Joana era uma bela ruiva, muito requisitada. Imaginava se seus pelos pubianos eram ruivos. Carla era uma lindíssima morena com uma bunda de tirar o fôlego. Ela esfregava a bunda no Rapaz.
- Vai Gabi, fica de pau duro.
- Para com isso Carla! Não consigo mais como antes!
- Eu sou muito boa no que faço. Ainda vai ficar durinho com antes.
Ela ficou assim um tempo. Joana apenas ria.
- Carla, você é muito tarada!
- E sou mesmo!
E deu um beijo em Joana. Joana foi para trás riu. Alguns homens olhavam a cena e se aproximaram. Carla foi direta.
- A brincadeira aqui é só de menina!
Ela falou baixinho para o rapaz:
- Meninas e um meio-homem! Mal eles sabem que essa menina fofa tem um segredinho entre as pernas.
Aproveitou que o local estava cheio e colocou a mão entre as perna do Rapaz. Ele gostou da sensação e começou a sentir uma ereção, algo que não sentia há um tempo. Sentiu desconforto de fazer algo assim em público.
- Me dá tesão em saber o que você fez aí embaixo. Ainda bem que a Maria te deixou em paz. Fica comigo?
Se beijaram. Joana apenas observava.
- Deixa se ser voyeur e vêm aqui Jô.
Deram um beijo triplo.
- Adoro essa ruivinha, pena que é tímida.
- Também, quer comer todo mundo. Você é tarada demais.
Ficou um temo com elas e uma certa hora, dado a bebida, queria ir ao banheiro. Para isso, deveria atravessar um mar de gente. Saiu em direção ao banheiro e pediu para as garotas ficarem onde estavam. Vários homens o olhavam e apesar de Carla ser tão sexy, queria um macho. Resolveu escolher alguém que o deixava com tesão e aceitou os avanços de um barbudo com tatuagens. Ele tinha cheiro e homem e braços fortes e quando o envolveu, sentiu-se uma menina. O beijo era delicioso e sentiu um volume crescer na bermuda. Não havia dito que não era bem uma menina e ficou pensando o que ele acharia. Então ele falou no seu ouvido:
- Você é crossdresser ou trans né?
- C-c-como você sabia?
- Seu pau tá duro.
E era verdade. Sentia seu pau duro, bem mais duro do que Carla conseguiu.
- Me desculpa, deveria ter falado.
- Relaxa. Gostei da surpresa. Sempre quis provar. não me acha um esquisito, por favor!
Sentiu uma sensação de poder que nunca havia sentido antes. Geralmente ele diria algo assim para um menina, agora ele era a menina que escutava essas coisas. Havia um sinceridade atrás daquela cara de mau.
- Vamos pra outro lugar.
- Estou com umas amigas, preciso voltar.
- Que pena. Fica mais um pouco comigo.
Se beijaram um pouco e ele foi embora, se despendido. Pegou o número. Quem sabe o futuro? Finalmente chegou ao banheiro e a fila das meninas estava enorme. Enquanto esperava outro homem chegou. Tinha belos olhos azuis e se sentiu atraído. Ficou com o rapaz, que também estava com pressa. Ganhou outro número. A volta foi terrível como a ida, mas ficou com mais um homem. Ainda pensava no barbudo, que não havia visto na volta.
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Continua...