Cordialmente Cruel : O cachorro do Coronel.

Um conto erótico de Duque chaves
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 2244 palavras
Data: 06/02/2024 22:44:16
Assuntos: Sadomasoquismo

Cordialmente Cruel.

Fred não sabia o que estava acontecendo, uma hora atrás ele estava saindo do trabalho e indo em direção ao terminal de ônibus e no outro momento ele estava amordaçado, com vendas em seus olhos e todo amarrado, preso no porta malas de um carro que mais balançava do que as lotações que ele pegava.

Seu coração disparava e mentalmente ele colocava tudo de errado que ele fez em pauta.

Pegar o namorado do ex amigo dele.

Espalhar uma fofoca que acabou demitindo uma pessoa inocente.

Beber loucamente e acabar mandando mensagem pro Ex.

Dar em cima de um bandido, apenas por uma aposta louca.

Não ter dito eu te amo, quando sua mãe morreu

Transar num cemitério.

E ser amigo de um traficante conhecido de Manaus.

A lista estava sendo longa, ele não conseguia se mexer direito no porta mala do carro, não conseguia se soltar e mesmo que se soltasse, como ele escaparia? O ar estava ficando mais rarefeito e as correntes estavam roçando demais seus pulsos e tornozelos, que agora o sangue se mesclava com o suor, fazendo um ardor.

Ele tentava gritar, mas não saia nada, a não ser barulhos grutais. Ele rezava para todos os santos que podia e mesmo aqueles que não acreditava muito.

Fred estava desesperado, ele não sabia como aquilo aconteceu, apenas que três caras o pegaram na rua, logo no dia em que ele estava saindo plena nove horas da loja.

Os barulhos do carrões estavam ficando cada vez mais distante, o odor de gasolina entrava pelas suas narinas, fazendo seu canal respiratório queimar como brasa.

“Deus, me perdoe, eu vou melhorar, eu vou…”

O carro tinha parado, ele tinha contado mais ou menos 40 minutos.

Ele ouviu passos indo para onde estava, ele tentou pegar alguma coisa, mas os caras tinham sido espertos de não deixar nada, sua mochila e celular deveriam está no banco do passageiro ou deixados na hora em que foi pego.

O porta malas se abriu e a luz na sua cara o fez piscar várias vezes, ele tentou gritar, mas recebeu uma coronhada na cabeça, que o fez ver estrelas, seu corpo todo começou a formigar e ficar mole devido a pancada.

Sangue começou a sair por sua cabeça e manchar seu rostos, ele tentou balbuciar alguma coisa para os caras, porém sem sucesso.

“É realmente esse cara?” - perguntou um dos 3 caras que estava com ele.

“Claro, ele é o cara, o chefe vai ficar pelo menos feliz em saber que pegamos o x9” - Respondeu o segundo cara.

X9? Que? Desde de quando ele era um?

Ele tentou ver os rosto dos caras, porém uma mascaram de V de vingança estava em seus rostos, o que era bem irônico, já que o V era um cara que odiava o sistema e a corrupção, não um bandido.

Dois dos caras pegaram em cada braço e foram arrastando Fred, ele olhou para os lados, não se via nada, apenas postes de luzes um bem distante do outro, a estrada era de Barros batida e um pouco do mato crescida rebeldemente nos dois lados.

O carro estava trancado e o terceiro homem estava atrás dele, Fred tentou pensar em alguma coisa, mas seu corpo estava dolorido devido a viagem e o fuzil que o terceiro cara estava nas mãos, era um recado dele não se dar como esperto.

Ele choraminga baixinho e era arrastado para dentro do matagal, onde apenas os gafanhotos cantavam e as moscas dançavam.

Fred era um rapaz bonito, bem, seus cabelos pintados de loiros que mais estavam para um ruivo queimado, seus bravos finos e largos, com pernas finas, ele era magro, seus olhos castanhos agora estavam inchados por causa do choro, seu nariz arrebitado estava vermelho, o suor tomava conta de seu corpo e ele acreditava que até tinha se mijado, devido a odor forte que saia de sua calça.

Fred tinha seis 28 anos e estava passando por uma fase difícil agora que tinha saído recentemente de uma clínica de reabilitação depois que tentou se matar, por causa da morte de sua mãe. Ele mantinha um relacionamento conturbado com sua progenitora. Mas mãe é mãe.

O mato se abriu para uma casa pequena de alvenaria, onde ele ouvia um rio passando por de tras da mesma, a casa era grande e ali ele começou a se tocar onde mais ou menos estava.

Ele estava bem longe de casa, estava na estrada, logo após a ponte da cidade, para quem vai para o interior.

Na porta da casa estava uma garota de cabelos cacheados, ela usava uma calça camuflada, com sapatos fechados, uma camisa grande, seus olhos castanhos observaram os 4 ao chegar.

Ela estava com uma arma em sua mão, ela deu um sorriso torto, que fez todos os pelos de Fred se arrepiar, a menina era mais bonita agora que ele estava a olhando a frente da casa.

Seu rosto parecia de um formato de coração, os cabelos era grande e volumosos, mas seus olhos era duros e seus lábios carnudos pareciam de uma onça pronta pra dar o bote.

“O chefe está lá dentro, esperando o convidado de honra dele.”

A voz grave da menina fez o corpo de Fred tremer mais uma vez, ele olhou para trás.

Estava bem distante agora da onde o carro estava estacionado, ele sabia que não poderia contra 3, ainda mais depois de ver as armas, ele não sabia porque estava ali, mas se ele correr ou tentar alguma coisa, ele poderia receber uma bala de presente, e esse presente ele não queria.

A porta se abriu e ele viu que realmente não iria como sair dali.

A casa estava fedendo a maconha, a casa não passava de um vão grande, onde algumas pessoas contavam as armas que estava em uma mesa grande perto da parede, no lado oposto estava kilos e mais kilos das diversas drogas sendo contadas e embaladas, a casa não tinha muitos móveis, já que mais parecia um galpão pequeno.

Fred foi arrastado mais alguns passos e foi jogado no chão bem na frente de uma mesa, onde estava encostando o líder daquele local.

“Chefe, esse é a pessoa que você estava atrás, que estava lhe dedurando para o Rogerinho”. Disse o cara com fuzil que retirou sua máscara.

Fred arregalou os olhos e percebeu da onde estava reconhecendo aquela voz rouca, era papaleguas, como o pessoal da boca chamavam o rapaz.

Ele não aparentava mais de 25 anos, mas sabia que ele era o típico cara que ninguém pensava que poderia estripar uma pessoa, mas ele era essa pessoa, de cabelos descoloridos e a pele bronzeada, Guto, mas conhecido como Papaleguas, era um cara jovem, de quase um metro e oitenta de altura, de barba no rosto e rosto triangular, seus ombros largos, porém ele era um magro malhado, estava usando uma camisa de punho longo e calça jeans rasgada no joelho, a arma estava nas suas mãos apontando para Fred que arregalava os olhos e começou a choramingar para Guto, implorando pra ele tentando dizer que tudo aquilo era um engano.

“Façam essa cadeia para de choraminga.” - Disse a voz rouca que estava a sua costa.

Rapidamente Fred recebeu um chute bem seu rosto que fez todo seu crânio ranger, seus dentes quase acertaram sua língua e sangue escória de seu nariz.

A voz a sua costa deu uma gargalhada e pegou seus cabelos com a mão cheia, erguendo seu rosto para bem perto do de Fred.

O garoto estava na frente do maior e mais respeitado coronéis da cidade de Manaus, Coronel Fonseca, seus cabelos grisalhos e olhos azuis gélidos, sua pele era branca, ele estava usando uma camisa social vinho, a calça era da mesma cor, seu maxilar era de um touro bravo, ele sorriu cruelmente para o garoto, mostrando seus dente brancos e covinhas em cada lado do rosto.

“Fiquei sabendo que você gritou para os 4 cantos que não tinha medo de bandido e que sabia quem era o chefe por trás das 3 zonas de Manaus do tráfico e iria ajudar meu inimigo a me matar?”

A voz era tão rouca e doce aos ouvidos, como a serpente falando no ouvido da Eva para pegar o fruto no paraíso.

As mãos grossa encheram mais nos cabelos de Fred, ele tentou se soltar e debater, mas levou um tapa forte no rosto do coronel.

“Sabe? Eu tenho um cachorro em casa e sabe como adestro ele? Jogando água ou batendo.”

Ele apontou para papaleguas e o mesmo pegou um balde de água gelada e jogou no corpo de Fred.

“Tirem as correntes dele.”

As correntes foram tiradas, a cabeça de Fred começou a trabalhar, mas o medo estava o paralisando ali, o fazendo ficar naquele chão, com vários olhares ao seu redor.

Tiraram por fim a mordaça que estava na sua boca, seu maxilar estava dolorido de tanto que aquilo ficou na sua boca, que ele tentou fechar e tudo começou a doer.

“Então cachorro, comece a falar.”

Ele se sentou na mesa e pegou um cigarro da mesa e ascendeu.

“Ou você fala tudo ou vai morrer aqui mesmo e vou mandar seu cadáver pro rogerinho.”

Fred não sabia o que falar, seu corpo tremia de medo, o que ele tinha falado? Ele realmente falou aquilo? Ele estava com alguns amigos bebendo num bar e comentando sobre isso.

“Eu…eu… não falei isso, eu… eu… disse que… eu disse que… que apenas suspeitava, que poderia ser alguém importante e que me sentia mais seguro com Rogerinho, devido ao que ele fazia pela comunidade, eu nunca quis… nunca quis desrespeitar, eu nem ao menos…”

Fred tremia e tentava não gaguejar o que ele falava miseravelmente, seus dente tremia e suas mãos poderia mexer uma bebida melhor que um bartender.

Fonseca semicerrou seus olhos e tragou mais um pouco do cigarro.

Ele soltou a fumaça e sorriu.

“Sabe, não foi bem isso que eu ouvi, e o mais engraçado de tudo é que eu tenho o vídeo de você falando tudo. - Ele pegou o celular de um de seus lacraios e mostrou o vídeo para o rapaz.”

A cor estava saindo de seu cor e ele começou a tremer mais ainda.

“ Eu não queria dizer isso… eu nem bandido sou… eu sou apenas um idiota que não sabe a hora de calar a boca… eu… por favor… eu nao vou mais falar nada… eu…”

Ele fechou o celular e deixou na mesa. Ele apontou para que Fred chegasse mais a sua frente, o garoto forçou seu corpo a ir mais a frente, porém ele não tinha forças para ficar de pé, então é engatilhado até Fonseca.

Chegando bem perto dele, Fonseca pisa na cabeça do garoto com a sola do sapato, Fred tentou sair, se debatendo, mas Fonseca era mais forte.

“Você não sabia o que falava, eu já ouvi isso várias vezes e sabe o que faço com essas pessoas? Eu mato, pra servi de exemplo, porque de gente imbecil assim que o mundo está como esta. - Ele pisava mais e mais e Fred se batia e batia na perna de Fonseca para sair. - Você não foi o primeiro e nem será o último a falar besteira. Mas vai servir de exemplo.”

Fonseca pegou o braço do rapaz que estava se debatendo e logo quebrou.

Fred soltou um grito de dor, um grito tão agudo que fez Fonseca ri de tudo aquilo, da dor que causou o garoto e dos olhares de ódio que se misturavam às lágrimas.

“Isso cachorro, rosna pra mim, rosna agora pro seu dono, vou mostra pra todos esse imbecis que não se deve falar de mim, nem mesmo invocar mentiras assim.”

Papaleguas nunca tinha visto seu chefe daquele jeito, mas alguma coisa estava saindo de errado naquilo tudo, não tinha do porquê seu chefe se incomodar com uma pessoa assim, ainda mais depois do que o rapaz disse bêbado.

“Grave isso, bata nele e mande para todos os grupos que você tem. Está na hora de acabar logo com esse garoto que está tentando brincar de gangster.”

Papaleguas chegou perto de Fred que estava se contorcendo de dor e chorando pelo braço quebrado.

“O que o senhor quer façamos com ele?”

Fonseca se divertiu mais um pouco em ver o seu novo cachorro rolando de dor.

“Tranque ele. Rogerinho vai amar esse vídeo que vai chegar pra ele. - Fonseca pegou o rosto de Fred no chão e cuspiu bem em sua cara. - Vou voltar aqui a dois dias e quero saber de todos os segredos que esse amigo dele sabe.”

Papaleguas assentiu e deixou a arma na mesa onde seu chefe estava pegando seu casaco para sair.

Fonseca se virou antes de fechar a porta da casa e olhou bem para todos que estavam ali e logo em seguida olhou para o garoto.

“Tragam ração de cachorro para alimentar ele, deixem que ele faça suas necessidades lá fora e deixem ele acorrentado como um animal, se ele tentar alguma coisa, quebrem mais uma perna ou enfim alguma coisa nele, não ligo, quero tudo que ele sabe, vou voltar em dois dias.”

Fonseca sustentou o olhar de ódio do garoto e sorriu agora para Fred.

“Sua vida está na minha mão. Espero que se comporte.”

Ele fechou a porta e saiu com o carro, deixando o garoto ali, naquela casa, onde foi arrastado pra um canto e foi colocado na coleira.


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