"Oi pessoal, tenho trabalhado bastante, e, devido a isso, ainda não consegui concluir a história anterior do William, Rebeca e Rafael. No entanto, ela terá um final. Minha mente funciona a mil por hora, e sempre acabo tendo ideias para outras histórias. No momento, quero contar essa aqui."
"Existem leitores que acreditam que os autores devem postar sem parar. Eu entendo a ansiedade; muitos acabam se envolvendo demais com a história e ficam na expectativa do que ocorrerá a seguir."
"O capítulo 12 da história anterior foi postado no dia 02/12, ou seja, já faz 10 dias. Compreendo que muitos estejam ansiosos para saber o desfecho da trama. Uma leitora específica expressou que a história perdeu a graça devido à minha demora em postar, e que até se esqueceu de tudo o que aconteceu. Eu só lamento, não estou aqui para atender às suas necessidades, na verdade, às necessidades de ninguém. Descobri que escrever me relaxa. Por muitos anos, neste site, eu era apenas um leitor."
"Se analisarem os 12 capítulos já postados da história anterior, perceberão que postei relativamente rápido. No entanto, não postei rapidamente apenas por pressa; postei porque consegui desenvolver a história de forma consistente. Agora, ao chegar no final, achei melhor esperar e analisar cuidadosamente como vou concluir. Ao mesmo tempo, surgiu uma vontade de escrever essa nova história."
"Costumo dizer que não apago os comentários, mas essa pessoa que mencionei, e outras, acabaram sendo ofensivas em algumas mensagens, então acabei excluindo. Portanto, se isso acontecer novamente, vou bloquear."
"Quero agradecer ao MisterAnderson, um cara com quem pude conversar brevemente por e-mail e que está sempre por aqui. Ele é demais, isso eu percebi logo. Pediu meu e-mail porque queria fazer uma crítica, e a crítica dele foi super construtiva. Críticas como as dele são sempre bem-vindas. Valeu, cara!"
Perspectiva do Hugo.
Oi, pessoal, beleza? Meu nome é Hugo, tenho quarenta anos de idade e no momento estou em cima de uma cama em um hospital. Sofri um grave acidente de carro. Olha só como são as coisas: eu sempre fui prudente no trânsito. Na verdade, todos os motoristas deveriam ser, mas, infelizmente, a realidade é outra. Alguém não respeitou o sinal vermelho, e a consequência disso foi que esse carro bateu de forma violenta no meu. Nesse momento em que falo com vocês, parece que sofri uma parada cardíaca. Os médicos estão tentando me reanimar, mas pelo visto, não está dando muito certo, caralho. Será que eu vou morrer? Nossa, eu ainda tinha tanto para viver, vocês entendem isso? Eu sempre pensei muito na morte. Pensar nisso sempre foi algo frequente na minha vida. Beleza, beleza, eu sei que a morte faz parte da vida. A vida é um ciclo, não é mesmo? Nós nascemos, vivemos e morremos. Todos nós sabemos disso, mas sempre tive uma angústia muito grande ao pensar na finitude do ser humano. Saber que um dia não estarei mais aqui é frustrante.
Desde muito cedo, a morte sempre foi uma sombra constante na minha mente. A finitude humana, como uma narrativa subjacente, sempre esteve presente nos meus pensamentos, como um eco sutil lembrando-me da transitoriedade da existência.
Ao longo dos anos, essa consciência da morte tornou-se uma companheira silenciosa, moldando meu olhar para a vida. A sensação de que a linha entre a vida e a morte é tênue e frágil permeou meus dias, influenciando minhas escolhas e perspectivas.
Sempre me perguntei sobre o significado de tudo isso. Afinal, o que é viver quando sabemos que, em algum ponto, nossa jornada terá um fim? Essa indagação tornou-se um fio condutor, guiando minha busca por propósito e significado em meio à inevitabilidade da morte.
A morte não era apenas um evento distante a ser temido, mas sim um componente integral da minha reflexão diária. Cada experiência ganhava contornos mais nítidos quando vista à luz da transitoriedade. Os momentos de alegria eram intensificados, enquanto os desafios eram encarados como oportunidades de crescimento antes que o último capítulo se desenrolasse.
Ao contemplar a morte, a fragilidade da vida se destacava. A cada nascer do sol, eu me via mais consciente da efemeridade do tempo. A ideia de que cada amanhecer era um presente efêmero, uma chance única de vivenciar, aprender e crescer, tornou-se um mantra pessoal.
Mas, ao mesmo tempo, a morte me confrontava com a urgência de viver plenamente. Cada dia era uma página a ser escrita com significado, uma oportunidade de criar um legado que ecoasse além da minha própria existência. Essa consciência constante da morte não era um peso, mas sim uma luz que iluminava as escolhas diárias.
Ao longo da minha jornada, a reflexão sobre a morte não me paralisou, mas sim impulsionou-me a abraçar a vida de forma mais profunda. Aceitar a finitude trouxe uma clareza singular, destacando a beleza efêmera do presente e incentivando-me a explorar, amar e criar com intensidade enquanto o tempo ainda me pertence. A morte, então, tornou-se não apenas o fim inevitável, mas também uma musa inspiradora, motivando-me a viver uma existência plena e significativa.
Eu não consigo visualizar com clareza o que está acontecendo no quarto do hospital onde estou. Eu acredito que devo ter ficado bastante machucado. Sinto a vida se esvaindo do meu corpo.
Perspectiva da Bianca.
O safado do Bernardo sempre consegue me convencer a realizar suas fantasias sexuais. Nesse exato momento, estou de quatro em cima da cama onde durmo com o meu marido, enquanto ele está me comendo muito gostoso. Faltam algumas horas para que meu marido chegue em casa. E a fantasia do Bernardo era me comer na cama onde durmo com o Hugo (meu marido).
O Bernardo é irmão do Hugo. Nós já temos um caso há um bom tempo. Sempre mantivemos a discrição, mas faz um pouco mais de um mês que o Bernardo veio com essa ideia de me comer aqui na minha casa. Eu não queria; achava isso muito perigoso. No entanto, ele é muito persuasivo e conseguiu me convencer.
Meu celular toca, mas opto por não atender. O Bernardo está me comendo na posição papai e mamãe. O celular continua tocando incessantemente. Estico a minha mão para pegá-lo no criado-mudo ao lado da cama, mas não consigo. O Bernardo está me fodendo com bastante intensidade, e eu peço para que ele pare. Ele não me ouve, e só quando eu grito é que ele finalmente cessa.
O Bernardo estava bem suado e ofegante, assim como eu. Ao atender, uma bela voz feminina pergunta: "Senhora Bianca?"
"Sim", respondo com uma voz trêmula. A linha silencia por um breve instante antes de a voz feminina proferir as palavras que ecoarão em minha mente como um trovão sombrio.
"Estamos ligando do hospital. Sou a Dra. Regina Oliveira. Sinto informar que o seu marido sofreu um acidente de carro. Ele está em estado grave."
O impacto dessas palavras é como um golpe fulminante, desencadeando uma onda de desespero que toma conta de mim. O quarto parece escurecer enquanto a notícia se espalha como um veneno gelado. As palavras da médica reverberam, e por um momento, o tempo parece congelar.
Bernardo, ainda ofegante e com uma expressão confusa, pergunta ansiosamente o que aconteceu. Eu, lutando contra as lágrimas, relato a notícia devastadora que acabei de receber.
"Sinto muito, Bernardo", murmuro com a voz trêmula. "Era o hospital. A Dra. Oliveira ligou. Meu marido sofreu um acidente de carro... está em estado grave."
O impacto dessas palavras parece ecoar no silêncio tenso entre nós. Bernardo, visivelmente atordoado, busca entender a gravidade da situação. Seus olhos encontram os meus, buscando respostas que nem eu mesma posso fornecer completamente.
"Sabe como é, a vida é frágil e imprevisível", comento, tentando encontrar alguma forma de aliviar o peso do que acabo de compartilhar. "A Dra. Oliveira disse que preciso ir ao hospital imediatamente."
Bernardo, ainda processando a notícia, concorda em me acompanhar. No caminho, o suspense se intensifica, como se estivéssemos prestes a adentrar um território desconhecido e assustador. Cada rua percorrida é permeada pela incerteza e pela expectativa angustiante do que encontraremos.
Ao chegarmos ao hospital, o suspense atinge seu ápice. Os corredores silenciosos ecoam com nossos passos apressados, enquanto uma ansiedade sufocante paira no ar. Eu sinto o coração bater descompassado, ecoando o ritmo acelerado de minhas preocupações.
A sala de espera torna-se palco de um drama silencioso. A Dra. Oliveira se aproxima, seu semblante sério revelando mais detalhes sobre o estado crítico do meu marido. Eu escuto atentamente, mas as palavras dela são como um nevoeiro, obscurecendo minha compreensão.
Desespero e impotência se entrelaçam enquanto Bernardo e eu aguardamos por qualquer notícia positiva. O suspense, agora uma sombra impenetrável, molda o ambiente ao nosso redor. Cada minuto parece uma eternidade, e o desconhecido se estende diante de nós, mantendo-nos em suspense sobre o que o futuro reserva para meu marido e para todos nós.
Perspectiva do Hugo.
Bom, parece que os médicos conseguiram conter a minha parada cardíaca. Que alívio! Embora eu esteja inconsciente, percebo vagamente os sons familiares do hospital ao meu redor, os murmúrios abafados, as luzes fracas, tudo isso agora se torna mais nítido em meio à minha inconsciência.
Estou deitado aqui, sem total compreensão do que aconteceu. A sensação de quase partir, de encarar a própria mortalidade, paira sobre mim mesmo na inconsciência. É estranho, como se eu tivesse tido um vislumbre do outro lado e agora estou de volta, mesmo que meu estado atual seja de ausência total.
Os médicos e enfermeiros continuam seus afazeres ao meu redor, e, apesar da inconsciência, tento assimilar as palavras que trocam entre si. Parece que, por enquanto, estou salvo. Um suspiro de alívio escapa dos meus lábios, e mesmo sem plena consciência, a gratidão pela equipe médica que trabalhou para me manter aqui é imensa.
Enquanto permaneço inconsciente, as lembranças do acidente vêm à tona vagamente. A colisão violenta, o impacto, e então a escuridão. Agora, estou de volta à luz, mas a sombra do que aconteceu permanece, ainda que eu não possa compreendê-la totalmente.
A fragilidade da vida se revela de maneira assustadora, mesmo na inconsciência. Ainda não sei o que o futuro reserva, mas, por enquanto, estou grato por ter uma segunda chance. Mesmo sem consciência plena, há uma calmaria interior, como se minha alma percebesse que há algo de significativo nesta jornada, algo que ainda está por vir.
Inconsciente, minha mente vagueia por um limbo estranho, onde questionamentos sobre a vida após a morte surgem, desprovidos de crenças religiosas. Em meio à inconsciência, reflito sobre o desconhecido que aguarda do outro lado.
Será que há um destino além desta vida terrena? Uma jornada que transcende as fronteiras do que conhecemos? Sem amarras religiosas, pondero sobre a possibilidade de uma existência após a morte, algo além do silêncio da inconsciência.
Será que a consciência persiste, ou somos apenas pó e memórias desvanecendo-se? A ideia de um além, livre das estruturas terrenas, instiga pensamentos antes inexplorados. Na ausência de crenças religiosas, questiono o que me aguarda, ou se simplesmente me tornarei uma parte do vasto universo, sem consciência ou percepção.
A inconsciência parece uma fronteira, uma linha tênue entre o conhecido e o desconhecido. Sem a bússola da religião para guiar meus pensamentos, pondero sobre a natureza da existência após a morte. Será que há um propósito além desta vida ou somos meramente produtos do acaso, destinados a nos dissolver no abismo do desconhecido?
Enquanto meu corpo repousa, minha mente flutua por essas indagações, explorando os mistérios do além sem as amarras da fé religiosa. Mesmo na inconsciência, sinto a necessidade de compreender, de desvendar o que aguarda além do véu da vida. Será que a morte é apenas o fim, ou há um novo começo aguardando na penumbra do desconhecido?
Deixe-me contar para vocês, sobre a minha história, aos 30 anos, tive uma virada incrível na minha vida. A sorte bateu à minha porta de uma forma que eu jamais poderia imaginar: ganhei a extraordinária quantia de 100 milhões de reais na Mega da Virada. Essa vitória monumental não apenas encheu minha conta bancária, mas transformou completamente minha existência.
Antes desse acontecimento, minha vida já seguia um ritmo mais livre e não tão regrado. Desfrutava da liberdade de explorar diferentes experiências, e admito que por um período, essa liberdade se traduziu em um estilo de vida mais desregrado, focado em festas e relacionamentos passageiros.
A verdade é que, durante esse período de euforia, minha atenção estava mais voltada para a farra do que para fazer a diferença na vida das pessoas ao meu redor. A fortuna que conquistei na loteria, ao invés de ser direcionada para causas sociais ou impactos positivos, foi usada em uma busca por prazeres imediatos.
Foi somente quando conheci Bianca, a mulher que viria a se tornar minha esposa, que minha perspectiva mudou. Sua entrada na minha vida trouxe uma mudança significativa, ajudando-me a enxergar além da busca por diversão e a encontrar um propósito mais profundo. Juntos, enfrentamos desafios, crescemos e construímos um futuro que vai além das expectativas que eu poderia ter imaginado antes da minha incrível reviravolta na Mega da Virada. Bianca não apenas compartilha minha felicidade, mas também foi fundamental para redirecionar meu foco para fazer a diferença na vida daqueles ao nosso redor. A sorte, de fato, uniu nossos destinos de maneira extraordinária, transformando não apenas minha fortuna, mas também minha visão de vida.
Continua...