Entendi. Ele amava a Sara. E pra tentar rouba-la do amigo a enganou.
O que um simples pensamento não causa? III
Não tenho ideia se aconteceu algo a mais entre Sara e Luís no decorrer dos dias em que estive fora. As mensagens entre eles, ao menos na conversa em que abri, terminaram no dia em que saí sem rumo. Não tinha mais nenhuma mensagem interessante para explorar e também não tinha outras conversas abertas ou arquivadas entre os dois. Se cumpriram com a promessa de ser apenas uma vez e esquecer, também não tenho ideia.
Os sons de prazer vindos da casa de Luís cessaram. Sara olhava fixamente para o teto, concentrada nas diversas sensações que sentia. Sentia o prazer quente de Luís escorrer na sua pele, sentia um leve ardor no seu íntimo ainda úmido vindo das investidas frenéticas dele, sentia um calor em seu peito, sentia o suor de seu corpo, e do corpo de Luís, molhando o seu vestido. Olhou para o lado. Luís também olhava para o teto. Ele olha na direção dela, mas só trocam um rápido olhar. Depois de um tempo, os dois se levantam e vão ao banheiro. Tomam um banho demorado, mas apenas isso — talvez estivessem lutando contra a promessa de ser apenas uma única vez —. Após o banho, Sara se veste e se dirige até a porta para ir embora. Luís a acompanha. “Te vejo depois, Sara” são as únicas palavras que ela escuta vindas dele.
Indo para casa, as sensações que Sara sentia foram atenuadas, e mesmo que houvesse algumas vezes que ela queria dar meia volta e voltar para os braços do amigo, ela não fez isso. Estacionou o carro e entrou em casa. Sara viu a mesma foto emoldurada de mais cedo, antes da tal decisão. Subiu até ao quarto e foi para o banheiro. Tomou outro banho e jogou o seu vestido — única testemunha — em um saco plástico.
“Mesmo que eu lave esse vestido até ficar desbotado, ainda vou ver as marcas que tem nele”, Sara pensava enquanto olhava fixamente para o vestido dentro do saco plástico, “Vou jogar no lixo.”
O marido de Sara ainda estava fora. Ela sentia saudades dele — saudades? mesmo depois de o trair? —. Na verdade, ela sentia um misto de emoções. Ficava distraída em sua floricultura pensando no marido e pensando em... Era óbvio que o que sentia por um era totalmente diferente do que sentia pelo outro. Seu coração apertava quando pensava em um, e seu íntimo ficava úmido quando lembrava do outro. Por um sentia tristeza e raiva, pelo outro sentia um desejo levemente ardente. Era óbvio que os sentimentos por quem magoou seu coração e por quem deixou sua xota dolorida eram totalmente diferentes.
Luís se sentia “vivo” enquanto fodia Sara com vontade. Olhar para o rosto de Sara e ver suas expressões de prazer, ouvir o gemido alto e cheio de luxúria dela, sentir as paredes quentes e úmidas do íntimo de Sara envolvendo seu membro… Tudo o fazia se sentir “vivo”. Após o gozo, seu desejo sobre Sara não havia mudado. Ele queria mais dela. Ainda queria ter penetrado o ânus de Sara e a foder como tinha feito há pouco, ainda queria fazê-la chupar o seu membro até chegar ao gozo novamente, mas se limitou a apenas deitar ao seu lado. Desviou o olhar do teto e encontrou o olhar de Sara. Ele queria pedir mais. Enfim, se levantaram e foram para o banheiro. Tomaram um banho demorado. Luís viu a nudez completa do corpo de Sara a banhar-se. Queria tocá-la, esperando que ela esquecesse do que combinaram. Após o banho, e ambos se vestirem, Luís viu Sara indo para a porta de sua casa. A acompanhou. Ele tinha muitos pedidos para ela, mas se limitou a “Te vejo depois, Sara.” O restante do dia foi difícil para Luís. Ainda sinta a umidade e o calor do íntimo de Sara em seu membro. Se masturbou algumas vezes quando lembrava dela, mesmo que fosse em vão.
O restante dos outros dias foram tão difíceis quanto o primeiro. Ficou a maior parte do tempo em sua chácara, e quando ia até a cidade, desviou do caminho que levava até Sara. Por que ele estava fugindo? Tinha fodido a mulher de seus sonhos, e se sentia “vivo” por isso. Ele tinha receio na verdade. Não sabia realmente qual sentimento causou em Sara. Ao olhar nos olhos dela, quando ainda estavam deitados e ofegantes, não encontrou nenhuma expressão de desejo. Talvez esperasse que ela o pedisse por mais, mas não houve o pedido. Luís não queria machucar Sara, talvez deixá-la dolorida ou assada, mas machucá-la não. Por que queria manter o contato com ela? Para tentar a convencer de transarem mais vezes? Ou… Luís, você ama ela?
Comentários
Muito bom 👍 gostei
...🤔...👁
Três estrelas como sempre,seu conto pode parecer com machado de Assis,coloca dúvidas , mistério se a traição irá acontecer novamente, parabéns
Obrigado novamente, Bianca.
Parece que sua escrita tá ficando mais emotiva. Ainda tô querendo entender o que está acontecendo nessa história.
Muito bom.
Faltou talvez neste capítulo um pouco mais da visão do marido, mas não desmerece em nada a trajetória do conto.
Parabéns 3 estrelas.
legal. tah ficando bom.