Poderia ter sido mais detalhista descrevendo o corpo do Vitório.
Vicente, o filho da puta - 2° capítulo
O quarto mais caro do bordel era chamado de suíte imperial, mas não havia nele banheiro algum. Ninete colocou esse nome porque, além de ser maior e mais ventilado que os outros, havia nele um grande espelho pregado na parede ao lado da cama. Esses luxos eram o motivo para ela ganhar mais dinheiro. A cafetina que me criou explorava os clientes de todas as formas; além de pagar para comer uma buceta, eles tinham que pagar para fazer isso num quarto.
Eu havia entrado na suíte imperial muitas vezes, para varrer o chão e trocar os lençóis, mas nunca me imaginei trancado ali para servir ao cliente mais cobiçado da casa. Em pé, de costas para o espelho, o doutor Vitório me olhava muito sério. Sem saber o que fazer para lhe agradar, baixei a cabeça e fiquei admirando seus sapatos. A julgar pelo tamanho dos pés, o caralho deveria ser mesmo uma tromba, como diziam as putas que já tinham sido arrombadas por ele.
— Olhe para mim, rapaz.
Eu estava ali para obedecer, por isso levantei a cabeça. Ao ver que ele estava tirando o cinto, imaginei que iria começar minha vida de rapaz puta levando uma surra. Meu primeiro impulso foi correr, mas fiquei hipnotizado pelo volume que cresceu dentro da calça dele. Para me defender das chicotadas que iria levar, coloquei uma mão sobre meu peito e a outra sobre a pica. Se o macho queria me batizar dessa forma, era melhor eu apanhar quieto e calado. Fazer escândalo chamaria a atenção dos homens que estavam no salão, e isso aumentaria minha vergonha.
Fazendo o couro estalar, ele girou o cinto no ar e o atirou para longe. Com um olhar agradecido, observei-o tirar a camisa e fiquei admirando a trilha de pelos pretos que começava no meio dos peitos, passava pelo umbigo e descia ao encontro da rola. Sempre olhando para mim, ele tirou a calça, meteu os dedos dentro da cueca e começou a alisar o caralho. O sério doutor era um macho safado. Ele estava me atiçando e me deixando mais aflito para conhecer a tora que seria enfiada no meu cu.
Eu havia esperado tanto tempo para sentir uma rola enterrada na bunda que estava a ponto de cair de quatro, pedindo para ele me currar. Eu não fazia ideia de como aquele tronco iria entrar no meu cu, mas queria saber como é que se sente um homem quando está engatado com outro. Para adiantar o serviço, comecei a desamarrar o lenço do pescoço.
— O senhor deixa eu tirar a roupa?
Em vez de responder, ele tirou a mão de dentro da cueca e passou na minha cara, para que eu sentisse o cheiro da sua vara e soubesse quem era o macho que mandava. Depois ele mesmo tirou o lenço do meu pescoço e começou a me despir, deixando-me vermelho de vergonha, não do meu corpo, mas das minhas vestes.
O doutor usava roupas caras compradas nas lojas da capital. Sua cueca era bem ajustada na cintura e nas coxas, destacando a bunda grande e o caralho inchado. Eu vestia as roupas baratas que Ninete comprava no mercado e estava com uma cueca folgada, que me deixava parecendo um moleque desleixado.
Sem dar importância ao meu constrangimento, ele terminou de tirar minha roupa, deixando-me só com a velha cueca. Grudando o peito nas minhas costas, ele me agarrou pela cintura e ficou passando o nariz nos meus cabelos. No espelho, eu vi a imagem de um homem grandão, maduro e bonito abraçando por trás um rapazinho franzino, inexperiente e prestes a ser descabaçado. Puxando o elástico frouxo da cueca, ele arrancou aquele trapo do meu corpo e deu uma pegada no meu talo, demonstrando que ficou satisfeito por eu estar de pau duro.
— Aiiiii…
Sorrindo do meu gemido, ele tirou sua cueca e meus olhos se arregalaram diante do caralhão grosso, que estava muito duro e dava saltos pesados para um lado. Eu cresci sonhando em mamar rola, por isso caí logo de joelhos e meti a cabeça no meio das suas coxas grossas. Mesmo sem saber direito como fazer, chupei os ovos, lambi o talo e fiquei passando a ponta da língua no talho fundo que se abria no alto da cabeça roxa.
Alisando meus cabelos, ele demonstrou que estava gostando do que eu fazia. Eu não tinha consciência disso, mas o experiente doutor estava agindo como se fosse meu professor. Ele estava me ensinando como era que um macho dava prazer a outro. Acho que ninguém teria feito isso melhor que ele, nem mesmo Inácio, o homem com quem eu tanto havia sonhado.
Agarrando meus cabelos com mais força, ele começou a esfregar e bater o caralho na minha cara. Revirando os olhos para cima, eu apreciava seu sorriso depravado e botava a língua para fora, para sentir o gosto da carne que estava me castigando. Jogando a cabeça de um lado para o outro, eu o provocava a bater com mais força. Eu não sabia explicar, mas apanhar de rola era muito bom.
Quando meu rosto estava ardendo e minha pele grudando, o doutor pegou no meu queixo e acertou uma cuspida nos meus lábios. Assim que abri a boca, ele enfiou a ponta da vara e começou a empurrar o talo. Sem poder respirar, tentei botar aquela carne para fora, mas ele prendeu minha cabeça com as duas mãos e empurrou tudo.
Com lágrimas escorrendo, virei os olhos para cima, implorando para ele me libertar. Sentindo prazer em me fazer sofrer, ele deu uma socada funda e ficou rebolando na minha cara. Desesperado, segurei na bunda dele e tentei empurrá-lo para trás, mas não tinha forças para isso. O quarto começou a girar, tudo escureceu e eu pensei que iria desmaiar. Antes que eu perdesse os sentidos, o macho experiente puxou a vara coberta de baba e ficou passando nos meus cabelos.
Como se tivesse enlouquecido, escancarei a boca e, com um olhar safado, pedi para ele me fazer sofrer de novo. Sorrindo vitorioso por ter me domado, ele deu um tapa na minha cara, mergulhou a rola na minha boca e passou a dar socadas violentas, disposto a rasgar minha garganta. Eu pensei que ele já iria me amamentar, por isso passei a fazer movimentos rápidos com as bochechas, tentando espremer aquela carne dura como pedra.
Mas ainda era cedo para o doutor esporrar. Como se estivesse tirando um doce da boca de um menino, ele arrancou a vara da minha boca e me jogou na cama. Escancarando minhas pernas, ele meteu a cara no meio da minha bunda e passou a língua pelo meu rego, até a ponta tocar no meu cu.
— Uhhhh… Ahhhh…
Estimulado por meus gemidos, ele deu tapas e mordidas na minha bunda. Depois grudou os lábios na minha carne e começou a passar cuspe no meu cu. Eu nunca imaginei que um macho gostasse de fazer isso em outro. O bigode e o cavanhaque dele arranhavam minha pele lisa e me faziam cócegas, mas eu não conseguia rir, porque sentia muita aflição. Aquilo era tão bom que eu tinha vontade de chorar.
Quando terminou de amaciar minha carne, o doutor deu mais tapas na minha bunda, escancarou minhas pernas e se deitou nas minhas costas. Esfregando o rosto nos meus cabelos, ele ficou girando a cintura, fazendo o caralho deslizar no meu rego molhado de cuspe. Quando a ponta bateu nas pregas, ele levantou o corpo e deu uma socada, mas eu fiquei apavorado e meu cu travou.
Com brutalidade, Vitório saiu de cima de mim, meteu a língua no meio da minha bunda e despejou mais cuspe no meu cu. Depois me esmagou sob seu peso, mordeu meu pescoço e girou a cintura, até encaixar a cabeça da tora na entrada do meu corpo. Usando toda a potência dos seus músculos, ele deu uma socada rápida e a cabeça do caralho atravessou meu anel.
— Nããããããooo…
Para abafar meu grito, ele empurrou minha cabeça contra o travesseiro, mas meu desespero já tinha sido ouvido no salão. Em resposta, os homens que lá estavam se uniram num brado que poderia ser ouvido até na rua.
— Putaaaaaaaaaaa…
Era assim que os clientes da casa celebravam sempre que um deles iniciava uma mulher para servir no puteiro. Com aquele grito ecoando no meu ouvido, tive consciência de que a nova puta da casa era eu. Deitado em cima de mim, meu descabaçador parecia ter adormecido. Ao tentar me mexer, senti a ponta inchada presa na minha carne e precisei morder o travesseiro, para não gritar novamente.
Indicando que meu sofrimento estava só começando, ele passou uma mão por baixo do meu peito, girou sua bundona, ganhou impulso e foi enterrando a rola. Quando a tora estava toda enfiada na minha bunda, o doutor deu uma cravada crua, como se quisesse me partir ao meio. Antes que eu gritasse novamente, ele enfiou um dedo na minha boca e, sem se incomodar com a mordida que dei, começou a dar socadas cada vez mais rápidas e profundas.
A dor era terrível, mas eu já estava mais confiante. Por mais que Vitório estivesse sendo bruto, eu sentia que ele estava fazendo o que era preciso. Pelo espelho, eu via suas ancas se jogando com violência contra a minha bunda e reconheci que meu primeiro macho sabia muito bem como rasgar as pregas de um cu. Num ritmo acelerado, ele enterrava a vara, dava uma cravada, puxava para fora e começava tudo novamente.
Sem que eu esperasse, ele deu um salto para trás e arrancou a tora de dentro de mim. Sentindo um vazio na bunda, virei os olhos para pedir que ele me desse mais varadas. Antes que eu dissesse alguma coisa, ele me virou de frente, dobrou minhas pernas para cima e fincou novamente o caralho.
Saltando sobre minha cintura, ele espancava minha bunda com barulho, fazendo meus ossos estalarem. Sentindo minha aflição, ele ergueu o corpo, ficou rebolando lentamente, para manter o caralho em atividade dentro de mim, e me aplicou uma punheta muito crua, como se fosse arrancar minha pica.
Quando sentiu que meu leite ia derramar, ele soltou meu caralho, dobrou a cabeça sobre meu ombro e ficou sussurrando no meu ouvido.
— Macho do cu gostoso… arrombado… morda meu caralho… safado… filho de uma puta…
Essas putarias e a língua molhada dele em meu ouvido me deixaram louco de tesão e minha pica entrou em desespero. No momento em que ela começou a botar os goles de porra para fora, a rolona dele começou a pulsar dentro da minha bunda e encheu meu cu de gala.
A gozada foi tão forte que nós ficamos imóveis, como se tivéssemos adormecido. Esmagado por seu peso, eu mal podia respirar, mas não queria que ele me libertasse. Ficar engatado com o doutor Vitório me dava um prazer inexplicável; era como se os dois fossem um só.
Apoiando uma mão no colchão, ele ergueu a cabeça e ficou me encarando, como se estivesse me vendo pela primeira vez. Olhando para o verde dos seus olhos, eu me sentia feliz e perdido. Meu descabaçamento foi melhor do que eu poderia desejar. Doutor Vitório era um homem sem igual e me ensinou o que fazer para dar e receber prazer. Mas eu sabia que, depois dessa noite, teria que servir a qualquer macho que tivesse dinheiro para pagar pelo meu cu. Era isso que Ninete ia fazer de mim.
— Vicente, você é um rapaz bonito.
Quando ele disse isso, eu deslizei as mãos por suas costas, até chegar à sua bunda, e sorri tímido.
— O senhor é muito mais bonito que eu.
Virando a cabeça, ele mirou o espelho e ficou admirando nossa imagem, como se estivesse comparando um com o outro. Sem resistir à tentação, comecei a alisar e apertar a bunda dele, para sentir a rigidez dos músculos por baixo da pele esticada.
— Você é muito corajoso, Vicente.
Eu pensei que Vitório iria me mandar parar de fazer aquilo, mas ele deu um suspiro de prazer e esfregou o nariz no meu. Depois passou a ponta da língua nos meus lábios e a empurrou para dentro da minha boca. Nervoso como se ainda fosse um menino, eu compreendi que estava recebendo o meu primeiro beijo.
Eu estava confuso, mas o doutor me mostrou como chupar seus lábios e sua língua. Como um bom aprendiz eu repetia tudo o que ele fazia e logo me senti à vontade para travar uma briga de línguas com ele. Não sei quanto tempo um ficou bebendo o cuspe do outro; eu queria que aquilo nunca acabasse.
Quando ele fez o primeiro movimento para sair de dentro de mim, eu quis impedir e cravei as unhas na sua bunda. Prendendo-me entre seus braços, ele grudou o peito no meu e deixou seu caralho ficar mais um pouco dentro do meu cu.
A casa estava em silêncio, todos os clientes já haviam ido embora e ele também precisava partir. Com cuidado, meu macho tirou o caralho do meu cu e eu me senti vazio. Enquanto ele pegava suas roupas, continuei deitado, olhando para seu corpo nu. A bunda de Vitório era linda e o caralho, mesmo mole, olhava para a frente e dava saltos vigorosos. Olhando para meu corpo estendido na cama, ele se vestiu e, sem dizer nada, tirou algumas notas da carteira e colocou embaixo do travesseiro.
Sentindo-me humilhado, eu virei o rosto. Eu ainda era um rapaz tolo, por isso fiquei magoado com essa atitude. Depois de tudo o que fizemos, ele se despedia me dando dinheiro, deixando claro que eu não era mais do que uma puta. Isso me deixou triste e eu quis que ele fosse embora, mas ele se sentou ao meu lado e pegou minha mão.
— Olhe para mim, rapaz.
— Eu não quero seu dinheiro.
— Vicente, eu não estou pagando pelo que fizemos juntos. Isso eu acertarei com Ninete.
— Leve o seu dinheiro. Esse negócio é entre você e ela.
Apertando meus dedos, ele me obrigou a olhar nos seus olhos.
— Vicente, não me queira mal pelo que eu lhe fiz. Se não fosse eu, seria qualquer um. Nós fizemos juntos. Foi muito bom para nós dois.
— Então, por que você está me dando dinheiro?
— Porque eu quero que você fique bem. Por favor, aceite. É um presente. Você deve precisar de tantas coisas… esse dinheiro vai ajudar.
Em toda a minha vida, eu nunca tive dinheiro nas mãos. Eu trabalhava só para ter onde morar e o que comer. Engolindo o orgulho, fiz um gesto com a cabeça, demonstrando que aceitava. Como se fôssemos amigos, ele me deu um conselho.
— Não deixe que esse dinheiro vá parar nas mãos de Ninete. Compre umas roupas novas para você.
Mesmo triste porque ele estava indo embora, eu comecei a sorrir com esse comentário e ele sorriu comigo. Antes de partir, ele passou a mão em meu rosto e me beijou novamente. Eu estava feliz por ter sido com o doutor Vitório que me tornei homem e estava triste por ele estar me abandonando.
Pensando em como seria minha vida a partir daquele momento, continuei deitado, sem saber para onde ir. Poucos instantes depois, a porta se abriu e a dona do bordel avançou na minha direção.
— Pensei que o doutor não ia mais embora. Que demora foi essa para deflorar um maricas? Nem se fosse para rasgar a buceta de uma donzela demoraria tanto.
Sem me dar tempo para cobrir meu corpo, ela levantou minhas pernas, escancarou minha bunda e quase grudou os olhos no meu cu, para ver o estado em que ele havia ficado.
— Tire essas mãos de mim! Não toque aí!
— O doutor fez um estrago sem tamanho! Seu cu ficou estourado! Ele fez de propósito, para você ficar sem poder servir a nenhum outro macho. Aquele infeliz adora me contrariar.
— Pare com isso! Você está me deixando envergonhado!
Rindo alto, ela deu um forte tapa na minha bunda.
— Oh! A putinha está envergonhada! Passou a noite dando o cu ao doutor caralhudo e agora está com vergonha de mim. Você percebeu a quantidade de sangue que ele tirou? Por pouco você não morreu! Seu cu sangrou mais do que buceta de donzela. Amanhã eu quero esses lençóis limpos, sua arrombada!
— Eu não sou uma mulher! Não me trate assim! Eu não aceito isso!
— Vitório transformou você numa puta igual à sua mãe. Ele esporrou dentro do seu cu? Me diga, sua vadia!
— Esporrou sim! Foi bom demais! Estou com o cu cheio de leite do macho que todas as putas querem ter. Ele já comeu sua buceta alguma vez?
— Cale essa boca, sua puta maldita! A sorte é que você não pode ficar prenha dele. Se isso acontecesse, seria o fim do mundo. Vitório não presta! Ele só sabe estragar a vida das pessoas.
— Você não sabe de nada! Ele não é assim.
— Quem não sabe nada é você! Você não queira saber quem é Vitório. Você está achando que ele vai querer comer seu cu outras vezes?
— E por que não?
— Porque ele só quis me irritar e se afirmar diante dos outros machos. Homem é bicho estranho. Eles dizem que adoram comer buceta, mas vivem loucos para meter num cu! E quando o cu é de um macho que gosta de levar rola, eles ficam iguais a cães em torno de uma cadela no cio. Até o Vitório! Eu nunca imaginei que o miserável tivesse esses gostos!
— Eu pensava que vocês eram amigos!
— Vitório não é amigo de ninguém. Ele sempre foi arrogante, cheio de vontades. Desde novo, ele gosta de desafiar as pessoas. Até o pai, ele quis desafiar, mas o coronel Bernardo soube colocá-lo na linha e não deixou que ele estragasse a própria vida.
— Ele gostou de mim. Ele foi bom para mim.
— Homem não gosta de puta! Ainda mais de uma puta como você, que nem buceta tem. Aposto que ele bateu em você! Ele deu na sua cara, não foi? Ele lhe bateu de cinto?
Passando os olhos por meu corpo, ela procurava marcas de um espancamento. Para me proteger, eu escondi o caralho entre as coxas e, sem saber de onde tirei tanta coragem, continuei a enfrentá-la.
— Você não conhece o doutor Vitório de verdade, Ninete! Ele não é como os outros homens. Ele me machucou sim, mas foi da forma que eu queria.
— Você se revelou muito rápido, Vicente! Agora eu sei que criei uma puta da pior espécie. Você é uma vagabunda!
Sentindo-me cada vez mais ofendido e injustiçado, eu me esforçava para não fraquejar. Eu estava cansado de aguentar calado tudo o que Ninete fazia comigo, por isso precisava colocar toda minha revolta para fora.
— Eu já disse que não me trate como se eu fosse uma mulher! Eu sou homem! Eu sou homem, Ninete!
— Com esse cu esfolado de tanto levar caralhadas, você é uma puta lascada. Já tem uma fila de machos querendo pegar você, mas eu sou boazinha; eu vou deixar você ficar três dias sem atender a nenhum cliente. Se você tivesse que levar vara com o cu neste estado, ia ver o que é sofrimento de verdade, sua vadia mal agradecida.
Meu cu havia ficado muito inflamado e estava queimando. Eu precisava mesmo me recuperar, mas não iria agradecer por ela me dar esses dias de descanso. A raiva dela não tinha explicação. Ninete sempre disse que qualquer macho podia comer a puta que quisesse, desde que tivesse dinheiro para pagar. Foi isso o que Vitório fez.
As rugas do rosto da cafetina estavam tremendo e eu tive a impressão de que ela estava se roendo de inveja. Talvez ela tivesse oferecido a buceta a Vitório e ele rejeitou. Não foi culpa minha se ele preferiu uma puta sem buceta, como ela mesma disse. Eu sempre evitei desafiá-la, mas agora me sentia livre e cheio de coragem, mesmo estando nas mãos dela.
— Você não sabe o quanto é bom abrir as pernas para ele meter aquele caralhão torto! Ele botou sem pena! Vitório pode ter todas as mulheres que quiser, mas dessa vez ele quis meter em mim! Eu não tenho culpa se ele não quer comer sua buceta!
Transtornada, ela levantou a mão para me bater. Dando um salto, eu fiquei em pé na sua frente, pronto para me defender. Ninete precisava saber que eu não era mais o menino em quem ela batia por qualquer coisa. Eu nunca seria covarde a ponto de bater numa mulher, mas, se ela viesse para cima, eu iria reagir. Eu já havia apanhado muito daquela cafetina miserável. Como se tivesse ficado intimidada com minhas novas atitudes, ela baixou a mão e mordeu os lábios.
— Você está se voltando contra mim, mas eu vou lhe mostrar o que é a vida! Um puteiro que se preze precisa ter uma puta como você. Os homens enlouquecem para meter a rola no cu de um infeliz da sua espécie. Você é a peça que faltava na minha casa. Você vai trabalhar muito para pagar tudo o que eu fiz por você até hoje, sua miserável.
— Você está louca, Ninete! Por que essa raiva toda? Foi você quem me ofereceu aos homens. Vitório pagou para me descabaçar. Você deveria estar feliz com o dinheiro que ganhou às minhas custas.
— O dinheiro que ele pagou é nada perto do que eu vou ganhar a partir de agora. Você gosta de caralho, não é? Pois vai ter que abrir as pernas para todos os machos que quiserem pagar para meter no seu cu.
Essas palavras me despertaram para minha nova realidade. A partir desse momento, minha vida seria muito difícil. Com medo de chorar, eu comecei a recolher minhas roupas que estavam espalhadas pelo chão. Mesmo ofegante de raiva, Ninete ainda me lançou mais ofensas.
— Trate de ir para o seu quarto, que nesta suíte só fica quem pode pagar. Amanhã cedo eu quero tudo aqui limpo, sem nenhum vestígio de sangue do seu defloramento. Puta!
Assim que ela saiu, peguei o dinheiro que Vitório havia colocado embaixo do travesseiro e fui para o banheiro. Quando a água desceu pelas minhas costas e escorreu pelo meu rego, meu cu ardeu tanto, que um gemido escapou da minha boca. Passando um dedo, percebi que o estrago havia sido muito grande mesmo. Para não magoar a pele lanhada, lavei com muito cuidado, até deixar bem limpo.
Deitado no meu quartinho no fundo da casa, enquanto alisava minha pica, eu tinha a sensação de que a gala do meu macho estava correndo dentro do meu corpo. Com medo de que ela escorresse para fora, deitei com a barriga para baixo e contraí a bunda, porque queria que a gozada do doutor ficasse para sempre dentro de mim. Eu sabia que esse era um sonho impossível, mas gostaria que ele fizesse de mim sua puta particular.
Era melhor não criar ilusões. Provavelmente ele era casado com alguma mulher da capital, talvez até tivesse um filho. Na vida de um homem como Vitório, não havia lugar para mim.
Eu não podia prever o futuro, mas sabia que seria tudo muito difícil a partir de agora. Daí a três dias, como a boazinha Ninete determinou, eu seria colocado à disposição de todos os machos que frequentavam o mais famoso puteiro da cidade.
...
Obrigado a todos os leitores que estão acompanhando a história de Vitório e Vicente.
Comentários
Chocado. Ansioso. Por favor não demora. Com as cenas desse conto acho que você superou tudo que você já escreveu. A foda louca e principalmente o diálogo com a cafetina que foi triunfal. Não sei que rumo você vai dar pra esse garoto. Provavelmente vai ser a putinha sensação do cabaré. Como bobo, sonhador e romantico faria dele o amante único do Vitório, com casa e comida tirando ele do bordel. Mas sei que a vida não é assim e provavelmente ele vai ter que servir a muitos homens, que pena. O conto é lindo. Você está de parabéns. Obrigado.
![Foto de perfil de Jota_](/camillaclarkgallery/imagens/perfil/285540/64-11aca158887d4c5b1b8358a592763b0afecdfde4.jpg)
Faço das palavras do Roberto as minhas, você manda muito bem Tiago. Além do tesão todo, claro. Continua logo!!