Take Me - Capítulo 3

Um conto erótico de M.J. Grey
Categoria: Gay
Contém 2383 palavras
Data: 28/11/2022 22:50:27

CAPÍTULO 3

***MATTHEW***

Depois de alguns minutos Oliver entra e se apresenta, ele me leva até uma escada que eu não tinha visto e subimos para o terceiro andar. Percebo que só tem duas portas.

- Imagino que uma é a sua. - falo, e ele concorda. Oliver abriu a última porta e caramba. Isso parece mais um pequeno apartamento do que um quarto.

- Esse será seu aposento durante um ano Sr. Black. - ele diz e eu sorrio.

- Apenas Matt, não precisa ser formal comigo. - Oliver acena com a cabeça me deixando à vontade no meu novo lar. Vou até a cama e sento. Fecho meus olhos e respiro fundo, aonde eu fui me meter? Eu sinceramente espero não me apaixonar pelo homem frio que me ajudou. Levanto e arrumo tudo do meu jeito, já que é aqui que vou viver durante um ano, então isso vai ficar do jeito que gosto. Vou até o closet e abro, minha boca cai aberta.

- Minha nossa, isso aqui está cheio de roupas. - falo para mim mesmo, mexo em algumas e percebo que todas são do meu tamanho. Quando foi que ele pediu tudo isso? Penso.

Olho mais uma vez para o imenso quarto e a felicidade transborda dentro de mim que começo a chorar. Ontem eu estava na rua, com fome, sem ter onde dormir e hoje eu tenho um quarto e um trabalho. Choro de soluçar. Eu vou agarrar essa chance com toda a minha força e nada nem ninguém vai me atrapalhar. Enxugo o meu rosto e resolvo descer para ver qual será o almoço. Para a minha sorte eu sei cozinhar muito bem. Percebo que a casa está vazia nenhum sinal de Connor e nem do Oliver. Bom. Vou até a cozinha e preparo algo para comer no almoço, depois de tudo pronto, resolvo começar o meu trabalho hoje.

Ah merda que vou esperar até amanhã.

***CONNOR**

Saio do meu escritório não deixando tempo para ele questionar. Esse menino me irrita. Aviso ao Oliver que irei para a Empresa e depois vou jantar com Henry para terminar o assunto de ontem, já que fui incomodado. Saio de casa sem olhar para trás. Eu tenho uma Empresa de publicidade e Henry é meu sócio, somos amigos desde infância. Chego ao escritório e peço para não ser chamado a não ser se ligarem da minha casa falando que ela pegou fogo ou foi roubada. Não confio naquele menino de jeito nenhum, pedi para o Oliver ficar escondido para ver se ele faria alguma coisa.

- Bom dia bonitão. - Henry abre a porta com um enorme sorriso de deboche estampado nacara.

- Quantas vezes eu já falei para bater primeiro? - pergunto. - E pode tirando esse sorriso de merda, minha vontade é de te encher de socos.

- Nossa que bicho te mordeu hoje? - ele me zoa. - Já sei, eu acho que é um pequeno morador de rua. Acertei, não foi? - ele ri mais ainda.

- Saia daqui Henry. - falo. Isso já está me tirando do sério. Eu saio de casa para esquecer Matthew e chego aqui meu melhor amigo tem que tocar nesse assunto. - Vamos saia, vai trabalhar na próxima propaganda que temos que fazer.

- Tudo bem. - ele fala saindo da minha sala. Passo o dia inteiro trabalhando, na hora do almoço eu peço para entregarem algo em meu escritório, tenho muita coisa para fazer em pouco tempo, eu detesto levar trabalho para casa.

O dia passa e não recebo nenhuma ligação do Oliver, o que é um bom sinal, isso significa que eu não fui roubado. A noite chega e eu saio para encontrar com Henry. Fomos a um restaurante diferente. Sentamos e fazemos o nosso pedido. Henry olha para mim com o maior sorriso. Isso não é bom.

- Quando vou conhecer o seu bebê? - pergunta rindo. Reviro os olhos.

- Se depender de mim nunca. - digo sem nenhuma vontade de falar sobre esse assunto.

- Calma lá bonitão. Quer ficar com o garoto só para você? - ele ri. - Esperto não?

- Chega! - elevo a voz. - Eu não quero falar sobre ele, então é melhor você calar a boca ou vou embora. - Henry levanta as mãos.

- Tudo bem cara não foi a intenção. Não queria te deixar zangado baby. - ele ainda tem a coragem de zoar com a minha cara. Nosso jantar chega e começamos a comer. Henry e eu falamos sobre alguns assuntos relacionados ao ''novo'' anúncio, ele quer ajudar essa nova empresa com esse novo negócio e eu quero outra proposta, o assunto rendeu tanto que quando fui ver já eram onze da noite. Despedimo-nos e eu fui direto para casa. Levo vinte minutos do restaurante até minha casa, eu saio do carro e entro em casa, minha casa está toda escura. Quando estou prestes a subir as escadas para o meu quarto eu vejo Matthew sentado à mesa de jantar com somente uma vela para iluminá-lo e um copo de água. Vou até ele para saber o que ele faz a essa hora aqui no meio da escuridão.

- O que você está fazendo acordado até essa hora aqui sozinho? - pergunto chegando mais perto.

- Você demorou. Estava até essa hora fazendo o que? - pergunta com a voz fria. Ele leva ataça de água até a boca e bebe. E é isso. Isso foi o suficiente para eu perceber que estou sendo bonzinho demais. Está mais do que na hora de voltar a ser o que eu realmente sou. Chego bem perto dele e abaixo ficando cara a cara, olho bem nos seus olhos, meu rosto está frio e firme. Matthew não se intimida o que me deixa curioso.

- Eu acho, só acho que já deixei bem claro que minha vida não é da sua conta. E se não deixei, vou deixar agora. O que eu faço ou o que deixo de fazer, a hora em que saio ou a hora em que chego e com quem eu saio e com quem volto, não é e nunca foi do seu interesse. - digo olhando bem em seus olhos. - Eu lhe pago para cuidar da minha casa, atender ligações e fazer minha comida, eu não lhe pago para cuidar da minha vida, pode deixar que dela cuido eu. - falo, Matthew me olha sem nenhuma reação. Olho para ele e espero.

- Você trouxe o meu contrato? - pergunta e eu fico desnorteado com o rumo da conversa. Levanto uma sobrancelha a questionando.

- Eu estou cansado e louco para ir dormir, se você está com o contrato pode me entregar, por favor? Irei lê-lo e assiná-lo, amanhã antes do senhor sair para trabalhar eu lhe entrego. - ele diz. Pois bem se ele quer se comportar desse jeito assim será.

- Sim eu trouxe. - digo tirando ele da minha pasta. - Mas antes de lhe entregar tenho alguns assuntos que quero falar. - sento em frente a ele. E coloco o contrato na mesa.

- Esqueci-me de lhe informar que você está proibido de se envolver com qualquer pessoa da minha família. Eles virão aqui para jantar ou comemorar algo, então o seu trabalho é nada além de servir. Não quero nenhuma intimidade com ninguém. Você aparecerá quando for chamado, falará quando eu lhe pedir, nem mais nem menos. Estamos entendidos? – ele olha para mim e concorda.

- Ótimo. Mais alguma coisa?

- Sim tem. - ele diz, que cara de pau ele ainda quer falar. - Quero saber qual será meu dia livre. - eu não aguento e caio na gargalhada.

- Dia livre? - pergunto rindo e ele acena. - Isso é alguma brincadeira?

- Eu por acaso estou com cara de que está brincando senhor? – ele pergunta e eu rio. Ela está mesmo falando sério. Lamentável.

- Você não tem direito à folga Sr. Black. - digo sério, estou cansado de ser o cara bom. Ele tem que me agradecer por estar ajudando. Pensando bemAliás o único dia que o senhor estará livre é aos domingos depois de preparar meu café da manhã. Todo o domingo eu almoço com a minha família na casa dos meus pais, então você terá o dia inteiro de folga e não se preocupe com o meu jantar, minha mãe faz uma marmita e trago para jantar. Se você quiser sair no dia da semana para resolver alguma coisa me avise antes por favor, se eu não precisar dos seus serviços te liberarei. De acordo ou quer falar mais alguma coisa? - pergunto e ele acena, deslizo o contrato pela mesa e ele pega. Ele se levanta e olha para mim.

- Se é só isso que o senhor tem para falar eu irei dormir. Amanhã isso estará assinado. Tenha uma boa noite senhor. - e com isso ele se retira e sai.

***********************

*** MATTHEW***

Começo arrumando o quarto do Connor, arrumo sua cama, e dobro as roupas que estão em cima da cama, vou para o banheiro e tiro as roupas sujas para lavar. Deixo tudo muito bem limpo e arrumado. Quando eu desço as escadas batem na porta, como não tem ninguém em casa eu vou abrir. Quando abro levo um susto, do outro lado tem um lindo homem, muito bem vestido. Sinto-me incomodado quando o vejo. Ele me olha de cima à baixo e sorri, um sorrio mal.

- Você deve ser a próxima vítima do Connor. – ele fala entrando.

- Eu não estou te entendendo. - falo sem saber quem é esse homem.

- Desculpe a minha falta de educação. - fala se virando para mim. - Sou Octavio. - diz ele estendendo a mão. Octavio é alto, de cabelo castanho e pele bronzeada.

- Sou Matthew. - digo. - Desculpa, posso ajudar em algo?

- Mais é claro, sabe me dizer se Connor está? - ele pergunta.

- Não, ele saiu para o trabalho.

- Mas que pena. - diz olhando em volta. - Então Matthew, você é o novo ato de caridade de Connor?

- Desculpa. Ato de caridade? - Pergunto sem entender.

- Oh querido, ele não te contou né? - Ele fala. - Connor é conhecido por seus atos de caridade. Ele pega um homem que não tem nada, traz ele para sua casa, coloca um monte de regras e depois faz eles se apaixonarem por ele e os expulsam de casa. - ele diz e meus olhos se arregalam. Oh Deus, ele fez isso com você não foi?

- Co...como você sabe? - Pergunto.

- Por que eu sou um de muitos. Eu era um pobre coitado que trabalhava em um bar para me sustentar. Connor me encontrou me trouxe para sua casa, me ofereceu um emprego na sua Empresa. Deu-me um monte de regras. E uma delas era não me apaixonar. Mas ele me encantou e eu bobo cai nos seus encantos. Então ele me expulsou de sua casa somente com o dinheiro que ganhei. - Ele diz e eu me sinto doente com suas palavras. - Sorte a minha é que fiz alguns contatos e soube muito bem cuidar do dinheiro que recebia. - diz ele e sinto que vou desmaiar. - Sinto muito querido, mas você não é especial, aliás você não tem nada do que ele gosta, é magro demais, pálido demais. Coitado. - Ele diz se voltando para a porta.

Eu sei que não estou a sua altura, aos poucos ganharei peso, minha cor está voltando ao normal, mas suas palavras machucam.

- Bem espero que você não se apaixone por ele. Se não ele vai pisar em você. - com isso ele se vira e sai. Eu fico desconectado, sem saber o que vou fazer.

Lágrimas escorrem pelo meu rosto. Raiva escorre em meu ser. Se ele pensa que vai me fazer de idiota ele está muito enganado. Se ele quer ser frio, vamos ser frios. Não vou me deixar intimidar pela sua frieza e falta de amor. Respiro fundo e volto a fazer minhas obrigações. Arrumo o escritório do Connor sem tirar nada do lugar. Quando está tudo certo Oliver aparece.

- Está tudo bem Matt? - pergunta. Eu aceno com a cabeça.

- Oliver, acho que você gostaria de saber que um homem chamado Octavio esteve aqui mais cedo. - digo e ele para na hora.

- Ele falou alguma coisa para você? - Pergunta e eu paro na mesma hora. Penso, não sei se falo a verdade ou deixo para lá, mas resolvo deixar por encerrado o assunto.

- Não, ele só perguntou pelo Connor, como ele não estava ele saiu. - digo para ele. – Estava pensando em preparar o jantar para nós dois o que acha? - Sorrio para ele.

- Acho ótimo. - Com isso ele sai. Termino de fazer algumas coisas e preparo o jantar, sei que Connor não vai estar aqui para nos acompanhar, quando ele estiver eu só poderei comer depois que ele terminar. Eu e Oliver tivemos um ótimo jantar, ele disse que trabalha para o Connor tem dez anos, e que Connor é uma ótima pessoa. Sim estou vendo quão ótimo ele é. Depois do jantar arrumo tudo e vou tomar um banho, coloco um pijama e um robe. Desço para esperar pelo Connor, quero ler logo o contrato e o assinar o mais rápido possível. Se ele pensa que vou ser igual aos outros está muito enganado.

Eu também sei ser frio quando quero. E é exatamente isso que vou ser. Fico esperando por horas o que me deixa com raiva, ele teve a cara de pau de falar que ia trazer o contrato hoje e não respeita os horários, custava dizer que iria deixar para amanhã só assim eu não teria ficado esperando igual idiota. Mas se ele pensa que eu vou desistir de esperar está muito enganado. Apago todas as luzes da casa, só deixando uma vela decorada na mesa onde estou e coloco uma taça de água e espero meu patrão chegar.

Connor chega por volta das onze e alguma coisa, ele de princípio não me nota, então quando eu ia falar ele se pronuncia primeiro.

- O que você está fazendo acordado até essa hora aqui sozinho? - Depois dessa, tudo é um borrão. Ele me dá mais regras pensando que ficar chateado ou me encolher com a sua frieza. Coitado. Vou tratá-lo do jeito que ele me trata. E foi isso que fiz. Acho que ele ficou meio perdido com o meu tratamento.

Depois de uma conversa fria e cheia de regras eu resolvo encerrar a noite. Levanto-me da cadeira e me viro para Connor.

- Se é só isso que o senhor tem para falar, eu irei dormir. Amanhã isso estará assinado. Tenha uma boa noite senhor. - E com isso apago a luz da vez e saio o deixando no escuro.


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Comentários

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E aí, sempre tem o anjo mau para atormentar... Qual será a história de Octávio???? Como ele soube que Matthew estava na casa de Connor??? Ele ainda é apaixonado por Connor??? Oi só quer vingança????

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Show. Seus contos são maravilhosos e me deixam apreensivo vivendo essas tres realidades distintas ao mesmo tempo. Obrigado.

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Estou Amando todos os contos.

Mas creio que vai ser difícil manter todos em dia, então por favor, mata a nossa ansiedade e liberara mais cap do que vc já estiver pronto kkkk

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