Olá, amigos! San de volta.
Continuando…
Maio de 2009.
Naquele dia, eu tivera uma jornada muito cansativa. As novas funções exigiam um treinamento bem detalhado. Seria minha a obrigação de cuidar para que toda a produção da empresa que saia nos caminhões, fosse bem registrada. Minha nova responsabilidade era enorme, mas o aumento de salário compensava. Resolvi que não iria para a faculdade, pois as aulas daquele dia eram as duas que eu me saia melhor. E também, Jen já havia me mandado mensagem falando sobre a volta da Lívia.
Cheguei em casa por volta das dezoito horas e trinta minutos e não havia ninguém ali. Nenhum sinal da Jen nem da Lívia. Aproveitei para tomar um banho e depois coloquei um dos meus shorts de futebol, sem cueca. Não havia mais esse tipo de preocupação entre a gente. Minha intenção não era a de provocar, pois as duas já estavam habituadas a me ver assim em casa. Jen adorava e vivia se esfregando em mim.
Eu estava com muita fome e preparei um sanduíche de queijo e presunto e um copo de Nescau para forrar o estômago até a hora da janta. Enquanto eu comia, ouvi alguém abrindo a porta e já ia me levantando para saudar a minha Jen. Mas Lívia entrou primeiro, veio em minha direção e me deu um abraço forte. Foi um abraço bem diferente dos outros. Lívia se apertou contra mim e aproveitou para se esfregar em meu corpo. Não consegui evitar a ereção. Sem que eu esperasse, ela me deu um selinho carinhoso rápido e achei que até um pouco inocente. Como eu disse, Lívia já gozava dessa intimidade.
Mesmo assim, eu olhei para a Jen buscando a sua aprovação e vi que ela sorria para mim. Disfarcei a ereção me posicionando atrás da cadeira. Quem também sorria para mim, ao lado da Jen, era uma moça muito parecida com a Lívia. Até me assustei. Jen logo quebrou o silêncio:
- Amor! Essa é a Laura, prima da Lívia, que veio morar com ela.
Olhei para aquela jovem, que deveria ter a idade próxima a minha e da Jen e dei um sorriso cortês. Ela caminhou em minha direção, me abraçou e da mesma forma que a Lívia, se esfregou em mim, sentindo a minha ereção e me deu um beijo na bochecha. Ela disse:
- Você é mesmo como a Lívia disse. - Nesse momento ela me olhou maliciosa, de cima a baixo, parando com olhos no volume do meu short e com um sorriso sacana no rosto.
Eu pensei: "Puta que pariu! Lívia trouxe mais uma safada. Tô fodido com essas três." Jen veio ao meu lado e me tirou daquela situação com um beijo gostoso na boca, dizendo:
- Como foi o primeiro dia na nova função. Está gostando?
Era a deixa que eu precisava para relaxar e me concentrar em acalmar aquela ereção, mas sem tirar a cadeira da minha frente. A partir daquele momento, a conversa começou a fluir mais tranquilamente.
Eu contei das novas funções, Lívia sobre a viagem, Laura contou um pouco da vida, Jen do treinamento de liderança com a minha mãe… mas a Laura em momento nenhum tirou aquele sorriso sacana do rosto quando me olhava. Eu preferi não conversar diretamente com ela. Quando a Jen cola no meu braço, eu sei que ela está marcando território. Lívia disse alguma coisa para a Jen e foi até o seu apartamento deixando Laura conosco. Vendo que a Jen começava os preparativos da Janta, me posicionei ao seu lado e comecei a ajudá-la. Não queria dar chance para o azar. Aquela garota tinha um jeito de nos olhar que parecia que ia nos devorar, tanto eu quanto a Jen. Ficamos ali conversando por vários minutos. No fundo, Laura era muito simpática, brincalhona e extrovertida. Jen e ela não paravam de rir, um minuto sequer.
Lívia voltou cerca de quarenta minutos depois e sem nenhuma cerimônia disse:
- Nossa! Consegui me acertar com os meus clientes fixos. Mas perdi o local que eu atendia.
Eu olhei assustado para as três. Lívia completou:
- Relaxa! Minha prima sabe de tudo. E se dependesse dela, ela disse que faria a mesma coisa.
Eu não estava acreditando naquela conversa louca. Jen estava calma ao meu lado. Com certeza, já sabia de tudo. Lívia, olhando nos olhos de Laura, disse:
- Eu faço isso para você não precisar fazer. Prometi a madrinha que cuidaria de você e vou manter minha promessa a todo custo.
Laura protestou:
- E o que você quer que eu faça? Vire faxineira ou vá ser garçonete?
Jen não se aguentou:
- Opa, opa! Eu sou faxineira, sabia? E ganho muito bem. Você não deveria falar sobre o que não conhece.
Laura, muito constrangida, tentou se desculpar:
- Não disse isso com a intenção de ofendê-la. Me desculpe!
Jen só estava mostrando um ponto à garota. Ela a abraçou e deu um beijo carinhoso em sua testa. Achei aquilo intimidade demais, mas não interferi. Jen disse:
- Eu acho que seria ótimo para você. Inclusive, minha sogra está contratando. Você poderia trabalhar diretamente comigo. Se você quiser, posso até falar com ela. O que acha?
A atitude da Jen não me surpreendeu, ela tem uma alma caridosa e doce, e não consegue deixar de tentar ajudar.
De repente, o rosto da garota se iluminou. Até Lívia deu um sorriso de gratidão e admiração para a Jen. Laura confirmou:
- Eu quero sim. - Novamente o olhar de malícia e o sorriso sacana aparecia no rosto dela. E completou: - Ainda mais se for para trabalhar com você.
Jantamos todos juntos e depois, enquanto eu escovava os dentes, Jen entrou no banheiro e fechou a porta. Ela disse:
- Você ainda está a fim de seguir em frente com o que a gente combinou?
Eu sabia do que ela estava falando, mas me fiz de desentendido:
- O que foi que a gente combinou?
Jen sorriu para mim. Ela não caia fácil mais nas minhas provocações. Ela respondeu:
- Bobo! Quer ouvir eu falar, né? Gosta de me ver fazendo papel de safada, não é?
Eu terminei de escovar os dentes, sequei o rosto e dei mais um beijo na minha Jen. Eu respondi:
- Eu gosto de você em qualquer papel, mas o de safada, confesso que mexe bastante comigo. Diz o que você quer.
Jen agarrou no meu pau carinhosamente e falou baixinho no meu ouvido:
- Quero chupar aquela gostosa da Lívia inteira e depois ver esse pau delicioso arrombando aquela buceta.
MEU DEUS! O tesão foi a mil. Agarrei a Jen com vontade e se ela não tivesse conseguido se livrar de mim, eu a teria fodido ali mesmo. Ela saiu rindo do banheiro e me deixando de pau duro.
Enquanto eu tentava pensar em coisas broxantes para aliviar aquela ereção novamente, foi a vez da Lívia, que entrou e trancou a porta. Ela me olhava com malícia e desejo. E disse:
- Jen pediu para eu vir te ajudar.
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1⁰ de janeiro de 2022.
Enquanto no passado, as coisas iam bem, a conversa entre a Jen e Helena, que chegavam comigo ao sítio da família do Henrique e mal esperaram que eu estacionasse direito e já estavam querendo sair do carro, trouxe minha atenção de volta ao presente. Pude perceber que o sítio era um local muito simples. Uma casa estilo fazenda com varandão na frente, mas uma casa pequena, apesar de parecer imponente. Cerca de cinquenta metros na lateral esquerda, um enorme galpão construído com toras de eucalipto e coberto com telhas de zinco. Um galpão de bom tamanho com um bar também construído com toras de eucalipto e uma bancada grande de granito. No fundo do bar, um enorme fogão à lenha com forno e churrasqueira. Deveria ser o local das festas em família. Apesar de simples, tudo era muito limpo e bem cuidado.
Logo um casal mais velho veio cumprimentar a todos nós. Eram os tios do Henrique. O que mais me chamou a atenção, foi o fato de, em nenhum momento, Helena, Mariana e Henrique deixarem de agir como um trisal na frente deles. Henrique demonstrava o mesmo carinho e atenção pelas duas na frente da família. Jen e eu nos olhamos admirados. Luciana disse:
- Tranquilo! Eles já contaram para a família toda. Não existem segredos aqui, a não ser a parte liberal. Tenham cuidado com isso.
Jen e eu agradecemos o aviso e logo as meninas foram se sentar um pouco mais afastadas, deixando eu, Henrique e Sandro conversando mais próximo ao bar. Sandro foi o primeiro a puxar conversa:
- Diz aí, como foi que vocês entraram nessa vida?
Eu estranhei a pergunta tão direta, mas Sandro sorria de forma cortês e Henrique parecia interessado na resposta. Eu contei aos dois, sem muitos detalhes, a minha história resumida com a Jen. Os dois ouviam atentos. Por fim, eu disse:
- Mas nossas experiências são bem específicas e só nos relacionamos com alguém após a amizade ser fortalecida.
Nesse momento, Henrique pareceu encorajado a falar. Ele disse:
- É bom que vocês pensem dessa forma, pois aqui ocorre o mesmo.
Depois de concordar comigo, Henrique ficou mais sério e disse:
- Eu preciso que você saiba que é por causa das garotas que estamos aqui. Vou ser honesto e falar a real: se alguma coisa for acontecer, será entre elas. Eu não tenho a intenção de ver a Helena com outro homem no momento. Mariana é um caso à parte. Sua mulher é linda, mas eu mal dou conta das duas que tenho.
Eu não senti nenhuma arrogância na forma que ele falou. Na verdade, aquilo me deixou muito aliviado. Eu sabia que a hora da Jen se entregar a outro homem chegaria. Mas eu ainda não estava preparado para aquilo. A verdade é que mesmo sabendo que esse dia chegaria, eu agradeci muito por não ser naquela hora. Olhei para os dois e senti segurança para ser honesto:
- Isso funciona muito bem para mim. Jen nunca esteve com outro homem. O desejo dela é estar com outras mulheres.
Henrique e Sandro me olharam curiosos, assim como Helena no carro havia feito, a pergunta se repetiu, mesmo que com palavras diferentes. Henrique disse:
- Que porra! Como assim?
Sandro também não conseguiu segurar:
- Nossa! Você é um cara de sorte. Fico imaginando quantas mulheres essa deusa de ébano da sua esposa já não levou para a cama de vocês.
Nós três caímos na risada e Henrique tentou se desculpar por Sandro, mas eu percebi que ele falou sem maldade. Não havia nada ali que indicasse desrespeito.
As garotas também não paravam de rir e de nos encarar. Eu percebia os olhares da Jen para o Henrique, assim como os de Helena para mim e pouco tempo depois, os tios do Henrique trouxeram a comida. Comida de roça é outro nível. A galinhada estava maravilhosa. Eu tentei me comportar e comer pouco, mas não resisti a me servir uma segunda vez. Jen, sentada ao meu lado, dava uma garfada atrás da outra.
A conversa era muito agradável, a música que tocava no carro do Sandro em volume ambiente também estava perfeita. Ficamos até por volta das quatro da tarde ali, quando Helena falou para todos e principalmente para o Henrique:
- Deveríamos continuar esse dia tão agradável lá em casa. O que você acha, amor? A geladeira ainda tem bastante cerveja e se passarmos da conta, todos têm onde dormir.
Jen me olhou visivelmente tentada a ir. Eu não tinha o porquê de não aceitar também. Com a concordância do Henrique, todos sorriram. Em uma atitude que deixou os novos amigos muito admirados, Jen, sempre ela, começou a limpar a bagunça que todos nós havíamos feito. Eu logo comecei a ajudá-la. Todos nos olhavam admirados e trataram de nos ajudar. Em pouco mais de dez minutos, o galpão estava completamente limpo outra vez. A tia do Henrique veio e deu um abraço carinhoso na minha Jen. Acho que agradecida pelo trabalho que ela não precisaria fazer depois.
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Maio de 2009.
Observando a Jen depois de tanto tempo de convívio com ela, eu já conhecia o seu jeito de ser, ela simplesmente agia, era autêntica e isso era o melhor nela. Aquela atitude voluntária e generosa me levou de volta aos acontecimentos daquele dia em Maio de 2009.
No nosso apartamento daquela época, eu não sabia se Lívia estava mesmo falando a verdade ou se aquilo era uma cilada. Mas eu também havia prometido não duvidar mais da Jen. Se Lívia estava ali, era porque ela sabia. Relaxei e deixei rolar. Lívia não perdeu tempo e me deu um beijo na boca de tirar o fôlego. Eu retribuí com a mesma intensidade. Nossas línguas se enroscavam naquele beijo quase obsceno. Lívia mordeu o meu lábio inferior e puxou um pouco. Antes que eu pudesse protestar, ela acariciou o meu pau por cima do short e depois soltou o meu lábio. A filha da puta falou baixinho em meu ouvido:
- Deixa eu te chupar um pouco. Desde aquele dia que eu te vi nu aqui no banheiro eu não paro de pensar nessa piroca cabeçuda.
A verdade é que eu já estava rendido na mão dela. Mas tentei não facilitar muito:
- Só se você prometer que a Jen está ciente de tudo.
Lívia mordeu o lóbulo da minha orelha e disse:
- Como eu te disse, foi ela que mandou eu vir te ajudar. - Lívia enfiou a mão por dentro do meu short e sentiu minha ereção plena.
Ela foi se abaixando e dando beijos e lambidas pelo meu tórax enquanto me punhetava. Eu apenas me encostei no box do chuveiro e deixei ela fazer o que quisesse. Lívia tirou a rola para fora do short e ficou admirando com cara de safada. Ela disse:
- É até um crime isso tudo ser de uma mulher só. Deveria ter uma lei contra isso. - E deu um beijo carinhoso na cabeça do meu pau.
Eu levei as mãos ao seu cabelo e acariciei levemente. Lívia olhava para mim com cara de safada enquanto passava a língua com calma na cabeça do meu pau. Ela não aguentou mais e começou a me mamar com gosto, enfiando a pica até a metade na boca. Tirava e voltava a me olhar com cara de safada.
Acho que ela foi tomada por um desejo alucinante, pois de repente, ela começou a me chupar com muita vontade, me punhetando forte e sugando a cabeça da rola com empenho. Daquele jeito, eu não ia aguentar muito tempo. Eu disse:
- Se continuar assim, eu não vou conseguir me segurar.
Lívia aumentou ainda mais a velocidade e a força das sugadas. Eu perdi o controle e gozei com força naquela boca espetacular. O desejo era tanto que ela não conseguiu engolir tudo e uma boa quantidade escorreu por entre os cantos da boca. Eu respirava forte encostado no box. Lívia limpou o excesso de porra com as mãos, lavou o rosto e me deu outro beijo lascivo. Olhou nos meus olhos e disse:
- Tensão eliminada. Mais tarde você vai estar do jeito que eu gosto. - Abriu a porta do banheiro e saiu.
Eu pensei: "Ah! Filha da puta." E comecei a rir sozinho.
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1⁰ de janeiro de 2022.
De repente, o movimento das pessoas em volta me trouxe de volta à realidade.
Como eu já conhecia o caminho, a pequena viagem de volta à cidade pareceu ser mais rápida. No primeiro bairro, Henrique tomou a frente do pequeno comboio e fez sinal para que eu o acompanhasse. Olhei para a Jen ao meu lado, agora estávamos só os dois, e vi uma certa excitação em seu olhar. Eu não resisti e perguntei, a provocando:
- Percebi que você gostou do nosso novo amigo. Devo começar a me preparar?
Jen pareceu irritada com a brincadeira. Ela nunca reagiu dessa forma. Um pouco grossa, ela disse:
- De novo isso? Toda vez vai ser a mesma coisa? Conhecemos um homem e você me faz essa pergunta?
Confesso que eu fiquei bem chateado com a forma que a Jen reagiu. Estava ali um sinal que eu deveria prestar atenção. Pela primeira vez, Jen não era parceira e nem cúmplice. Aquilo me deixou chateado e quase me fez desistir de continuar. Mas também, não seria justo com ela. Se havia chegado o momento que eu mais temia, eu deveria encará-lo como homem e me lembrar que mesmo um pouco rude, a mulher ao meu lado nunca me deu motivos para deixar de confiar nela. Decidi dar espaço e me manter vigilante. Mas também, comecei a dar um gelo nela. Eu não merecia aquele tipo de resposta.
Eu seguia Henrique em direção a área nobre da cidade. Pelo carro dele, não seria diferente. Ele passou pela portaria de um condomínio famoso e Helena saiu do carro deles e veio para o nosso, assim facilitava a entrada. Me cadastrei e logo fomos liberados por Helena e a portaria nos deu acesso ao condomínio. Era cada casa maior do que a outra. Viramos em mais duas ruas e logo Henrique estacionou. O que era aquilo? Só a garagem era maior do que a minha casa inteira. Murchei legal outra vez, voltando a me sentir intimidado. Aquele não era o meu mundo e nem o da Jen. Eu já começava a questionar se estava fazendo o certo. Pensava: “Essas diferenças sociais, não costumam acabar muito bem. A corda sempre arrebenta do lado mais fraco."
Não consegui deixar de notar o deslumbre e a admiração da Jen por tudo que ela via. Ela estava de boca aberta. Após estacionarmos, foi Helena que a tirou do transe:
- Venham! Fiquem à vontade, tá? Sintam-se em casa.
Não tinha mesmo como eu me sentir em casa. Ainda mais vendo a Jen tão maravilhada por tudo e sabendo que eu não tinha a mínima condição de concorrer com tudo aquilo. Não que eu tivesse algum problema de baixa auto-estima. Não era nada disso. O que me deixava preocupado, era estar em um ambiente completamente diferente do que eu estou acostumado. Sabemos o poder que o dinheiro tem sobre as pessoas e era isso que me deixava com o pé atrás.
Segui Helena e a Jen para dentro da casa. Cada ambiente que meus olhos viam era mais bonito e maior do que o outro. A sala era gigantesca e com um pé direito que ocupava toda a parede frontal. A parte de cima, onde ficavam os quartos, tinha uma sacada para a sala e o ambiente térreo era uma área aberta com visão total de todo o ambiente. A parede do fundo era uma grande porta articulada com quatro grandes vidraças que se abriam para o quintal dos fundos. Jen estava deslumbrada e eu, embasbacado.
De novo, os grupos se dividiram: as mulheres se acomodaram na sala e Henrique puxou Sandro e eu para o quintal. Mesmo distantes, um grupo conseguia ver o outro. Jen estava completamente entretida na conversa com suas novas amigas. Eu prestava atenção no que Henrique e Sandro conversavam, mas me mantinha um pouco mais reservado, só respondendo ao que me era perguntado. Acho que Henrique percebeu o meu desconforto e disse:
- Vi que você está um pouco intimidado pelo ambiente. Não deveria. Isso aqui é só por causa das duas. A oportunidade foi ótima e o financiamento é dividido a perder de vista. E eu não comprei sozinho. Não se deixe levar pelo que não é importante. Importante é ver sua esposa sorrindo e se divertindo. Olhe para elas, estão felizes.
Começamos a beber e a falar sobre trabalho. Minhas observações já me faziam entender um pouco melhor o mundo deles:
Henrique era o alfa, o dominante daquele grupo. Muito parecido comigo na forma de ver o mundo, acho que pela mesma base cultural de origem árabe, mas nossas criações eram diferentes. Ele era mais "ocidental" do que eu, apesar de eu já ter melhorado muito nessa parte. Mas os valores que aprendemos com a família, nos acompanham durante a vida. Ele é muito carinhoso com as suas duas mulheres.
Helena é o centro daquele trisal. Muito direta na forma de falar e de bem com a vida. Também é a mais atirada e safada dos três. Muito extrovertida e ótima contadora de histórias. Chegou até a escrever contos eróticos por um tempo. Ela é o sol em que orbitam Henrique e Mariana.
Se Helena é a emoção, Mariana é a razão. Ponderada, observadora, inteligente e assertiva. Não abre a boca se não estiver certa no que fala. Olha para Helena com um pouco de submissão e muita admiração. As duas estão sempre se acariciando, se abraçando e se beijando. Parece que elas são o casal e o Henrique é o complemento. O respeito e o carinho entre os três é exemplo de companheirismo e cumplicidade.
Sandro é o beta do Henrique. Gente boa e divertido. Tem um relacionamento totalmente aberto com Luciana. Cada um faz o que quer, mas sem mentiras. Henrique o ajuda muito e até chegou a alugar a sua antiga casa para ele sem cobrar o aluguel para ajudar o amigo durante a pandemia. Assim como eu, Sandro também depende de visitas domiciliares para se sustentar. É dono de uma empresa de manutenção e assistência técnica de computadores.
Luciana é tão extrovertida quanto a Helena, só que mais desbocada. A cada dez palavras, cinco são palavrões. No caso dela, não é vulgar. Chega a ser um traço da personalidade.
Os cinco formam uma equipe bem unida e coesa. Entrar nesse meio deveria ser uma honra, mas o momento e a situação, me aconselhavam a ter cuidado e não esperar demais. O tempo diria se eu estava certo ou apenas paranóico e com ciúme.
Após algumas latas de cerveja e muita observação, precisei ir ao banheiro. Henrique me mostrou o caminho e voltou para junto dos outros. Enquanto eu saía, percebi que ele e Sandro foram em direção às meninas. Observei um pouco antes de entrar no lavabo e vi que Sandro se sentou ao lado da esposa e Henrique entre Helena e Mariana e todos começaram a conversar. Entrei no lavabo, fiz o meu xixi e me demorei um pouco perdido em meus pensamentos.
Ao sair, Jen me esperava de cara emburrada, encostada na parede. Ela disse:
- O que aconteceu? Por que você está tão calado?
Eu não tinha motivo para mentir, mas também não estava afim de brigar. Eu respondi:
- Não aconteceu nada. Estou quieto porque ainda estou conhecendo as pessoas. Não sei o que dizer e não quero falar bobagens.
Jen me conhecia muito bem e sabia que eu não estava feliz. Mas antes que ela falasse qualquer coisa, eu disse:
- Pode ficar com as suas novas amigas. Divirta-se. Eu estou bem, não precisa se preocupar comigo. Na hora que eu quiser ir embora, eu te chamo.
Nem dei tempo para ela responder e já saí daquele corredor e voltei ao lugar que estava antes. Jen também voltou para junto das garotas, não sem antes me dar aquele olhar de reprovação.
Continua…
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