Das muitas tristezas trazidas pela pandemia, uma foi especialmente dolorosa para mim.
Ficar sem o point mais garantido para um sexo gay casual e delicioso.
É lógico que eu continuei na ativa (mesmo sendo preferencialmente passivo (nesses dois anos de idas e vindas, curtindo as minhas aventuras sexuais nos demais locais de cruising e vi surgir outros tantos, porque ninguém que gosta de dar a bunda consegue ficar muito tempo sem.
Mas, muito melhor e mais seguro que os lugares ermos, os banheiros públicos e o cinema da pegação, que também andou fechando ou quase vazio, a sauna sempre foi a certeza de encontrar caras querendo meter a rola em você.
Ficar sem as minhas rodinhas de mão amiga, as fodas a dois, mas com plateia, as penetrações anais e orais simultâneas e as mamadas em vários machos quase ao mesmo tempo, práticas tão comuns naquele playground adulto, providencialmente escurinho, foi torturante.
Mas finalmente ela voltou, e pelos comentários nos canais especializados, voltou com tudo.
Confesso que até apareci por lá nos tempos em que ela funcionou de forma quase clandestina. Mas não curti. A entrada não chega a ser cara, mas também está longe de ser baratinha. Para pagar e não encontrar quase ninguém, o play vazio ou apenas com outro cara que também pode estar querendo só o mesmo que eu, não valia a pena.
Se bem que dei a sorte de encontrar numa das vezes um moleque que leitou gostoso na minha boca, depois de arrancar a máscara. Que cena estranha, essa. Era preferível sair à caça nas ruínas do parque ou nos banheiros por aí, sem nenhuma certeza de êxito, mas com muita rapidinha gostosa pra contar.
Enfim apareci de novo. O coração aos pulos, como sempre, antes das grandes aventuras. Faz mais de vinte e cinco anos que me assumi homossexual e um outro tempo em que fiquei dando mesmo sem ter certeza absoluta. Mas continuo ansioso e excitado como se ainda tivesse um cuzinho virgem.
A primeira impressão não foi das melhores. Por chegar sempre cedo, quando a casa ainda está abrindo, mesmo no auge do movimento, muitas vezes fui o primeiro a entrar. Não foi diferente dessa vez. Não tinha problema. Fiz como nos velhos tempos.
Peguei na recepção as minhas toalhas e o par de chinelos tamanho 39, deixei minhas roupas e coisas no armário e fui tomar uma ducha.
Adoro aquela água quentinha escorrendo pelo corpo. Quantas vezes me peguei viajando já ali, espalhando o sabonete líquido pelo corpo, esfregando, como se esperma fosse, pelas costas e nádegas. Acariciando meu ânus, deixando-o limpinho e perfumado para os beijos gregos que amo receber. Uma língua quente, áspera e molhada é a melhor das preliminares. Quem sabe fazer entra automaticamente na minha lista dos melhores amantes.
O banho, mesmo solo, foi demorado e bem gostoso. O sexo é proibido naquele lugar em específico. Para isso, existe a sauna a vapor propriamente dita, as darkrooms, os reservados para os mais tímidos, o que definitivamente não é o meu caso, e o imperdível camão das surubas. Mas claro que regras existem para serem quebradas. Já chupei muita pica com a água caindo no rosto e se misturando com a porra quentinha. E arrisquei até uma completinha, com direito a esporrada lá dentro, mesmo com risco de advertência. Não era o único que fazia isso.
Quando o outro cara entrou, eu já estava me secando. Alto, magro, dono de uma bela ferramenta. Todo peludo, dando a entender que não era concorrente. Cumprimentei com a cabeça, olhando nos olhos, mas sem desviar do alvo. E disse que estava indo para a sala de vídeo.
Uma velha coleção de revistas, que não havia crescido nada durante a pandemia, que eu já tinha folheado algumas vezes, antes da chegada dos pintos de três dimensões. E uma TV antiga, rodando DVDs também bem manjados, que eu já havia assistido algumas vezes, bebericando um destilado qualquer. Peguei uma caipirinha e fiquei tentando me excitar com a orgia dos meninos loirinhos que gostavam de se pegar. Preferia as picas mais morenas, tipicamente brasileiras, como a do galalau que estava se lavando.
Ele entrou, ainda de toalha e eu ofereci um gole da bebida, como fazia antes de termos temor de compartilhar copos. Ele recusou, mas aceitou de pronto o convite seguinte. Eu não estava prestando atenção no filme mesmo. Não tinha problema algum em ele entrar na minha frente.
Sentir uma piroca crescendo debaixo de uma camada de tecido é sempre muito prazeroso. Seja uma cueca (branca, de preferência), calça, bermuda ou mesmo a toalha meio surrada que a sauna oferece como único traje aceito em suas dependências. A textura macia do pano ganhando volume e movimento é de dar água na boca.
E é sempre pela boca que a coisa começa a esquentar de verdade. Quando o pau já está duro o suficiente, porque detesto moleza, é que deixo a toalha cair e inicio o ritual.
Chupar é uma arte. Que desenvolvi ao longo dos anos e aprimorei muito, desde que era só a bichinha da escola primária que mamava, um pouco com nojo, mas com muita curiosidade e desejo também, as rolas mirins dos colegas. Mas agora eu sou expert. Não tenho mais nojinho nenhum e sei tudo o que os homens gostam. E faço do jeito que os deixa mais loucos de prazer.
Ainda em dúvida se a sauna teria ou não frequência, fiquei naquela. Em outros tempos, a primeira brincadeira era quase sempre um oral completo, porque eu sabia bem que teria muita oferta de vara e não ficaria, de jeito nenhum, só naquilo. Apostei para ver. Fui apertando mais os lábios, intensificando os movimentos com a cabeça e a mão. E ganhei de presente, como se fosse antes de 2020, uma bela gozada na boca, que engoli todinha, sem deixar uma única gota. Estava sedento por porra. Fazia um tempo que não bebia misturada com gelo, limão e açúcar.
O magrelo então saiu, depois de educadamente agradecer pela mamada. Fui lavar a boca e o rosto e dar uma volta para ver como estava o ambiente. Alguns poucos gatos pingados rodavam pelos corredores escuros, mas nenhum do meu tipo, aparentemente. Dois ou três gordinhos com pinta de passivos. Fiquei na minha sala favorita, olhando pela janela, de costas para a entrada e de toalha propositadamente arriada. Como é gostoso exibir a minha bela bunda, ainda redondinha, macia e durinha. Os exercícios específicos que faço na academia me deixam mal falado, mas bem comido, em compensação.
Nos tempos áureos, não era preciso esperar quase nada. Logo vinha um interessado por detrás, passando a língua no meu pescoço e nuca, roçando a barba por fazer. Enfiando a língua na orelha, que é um incômodo que adoro. Encostando a barriga em minhas costas e um pau já começando a endurecer no meu bumbum.
Que aí, é só empinar e se ajeitar para receber.
Dessa vez, demorou um pouco mais, mas ele apareceu. Olhei para trás, só pra me certificar que não era o mesmo. Na sauna, a gente vai pela variedade. Não era. Mas a surpresa foi das mais agradáveis.
O grisalho, era como eu o chamava, era um velho conhecido. Que já tinha me enrabado algumas vezes ali e era um dos meus habituês favoritos. Acho que já tinha dado o rabo para ele uma dezena de vezes, quase sempre assim, de pé contra a parede. Acho que apenas uma na cama, de franguinho. Ele não era mais jovem, mas seguia sarado e viril. Pareceu contente em me rever, depois de tanto tempo. Não era quinta-feira, mas valia a muito o tebetê.
O cara ainda metia muito. E que tora gostosa, a dele. Grande sem ser enorme, grossa sem arrombar e me obrigar a parar naquela. Perfeita para a primeira foda da tarde. Bombadas vigorosas, como no pré-pandêmico. Gemidos roucos de quem está adorando comer um belo rabo. Que vai se remexendo cada vez mais depressa até receber longos jatos de esperma dentro. Que logo estão escorrendo para fora até o chão. Que delícia dar de novo para o velho parceiro de cabeça branca.
Mais um banho para me limpar e preparar para a próxima. Voltar e me alegrar, agora sim, com o agito dos velhos tempos. Na entrada de uma das salas, uma roda vai se formando e eu logo entro nela. Até deixo um pegar no meu pau, mas logo deixo claro que vou para o centro. Tenho uma pica em cada mão, mas deixo explícito de quero fazer da punheta coletiva um chupetão.
Agacho no centro da roda, que tem seis caras e peço para que se juntem mais. A floresta de picas é uma das brincadeiras de que mais gosto. Aquele monte de gente esfregando os paus em volta de mim, o calor humano, os xingamentos de que putinho. Claro que não consigo chupar todos de uma só vez, mas dois ou até três, dá sim. E se um pinto na boca já é bom, imagine vários.
Na cena perfeita, todos gozariam ao mesmo tempo, me cobrindo de leite quente por todos os lados. Na real, um ou dois vão embora, porque tinham outros planos. Mas os que ficaram, todos acabaram esporrando, ainda que um de cada vez. Não foi aquele bukakke dos sonhos, que merecesse ser filmado e colocado na rede para todo mundo ver o viadinho guloso que sou. Mas não é todo dia que se recebe quatro leitadas diferentes numa mesma sessão.
Todo sujo de porra e sem vontade de me banhar outra vez, fui assistir a um filme, só que agora ao vivo. Dois caras na cama gigante faziam um apetitoso 69. Cheguei bem pertinho, mesmo sem ser convidado. Como não fui repelido também, tomei coragem de pedir para participar.
E não é que os caras toparam?
Havia espaço, embora não de sobra, para três. E, na janela ou porta, sempre fica mais gente vendo e se masturbando com a cena. Coloquei-me de quatro, enquanto um se sentou atrás de mim e o outro, na frente. Meu cu já tinha levado vara do grisalho, mas ainda recindia a sabonete líquido. E o cara de trás era um daqueles praticantes de cunete. No da frente, embora já tivesse chupado bastante, peguei e mamei com gosto.
Saiu a língua e entrou o cacete no lugar. E eu estava de novo, como há bastante tempo, sendo comido ao mesmo tempo em que chupava outro pau. A vontade era pedir pra que o outro também tentasse me penetrar o cu, coisa que só aconteceu uma vez, e não ali. Mas ficaria contente do mesmo jeito com uma gozada em cada orifício.
A primeira veio pela frente, como era de se esperar. Como já tinha engolido, dessa vez preferi levar na cara. Algumas pessoas disseram que o facial surgiu como humilhação, como uma punição da antiguidade. Como eu adoro ser castigado desse jeito. Iria querer ser punido todos os dias.
Mas o melhor de tudo mesmo é cavalgar sem sela.
Quando o outro gozou, mudei de posição e sentei na piroca do seu companheiro. E se eu sou ótimo dando em pé ou agachado, quicando sou ainda melhor. Faço qualquer um gozar em instantes, até mesmo o mais resistente dos machos.
Não seria diferente com esse. Para a alegria dele e de toda a plateia, que assistia admirada com a performance, o orgasmo veio forte, com gritos bem altos de ambas as partes. O "vou gozar" respondido com um goza gostoso no meu cu, seu puto. Mais gente gozou junto só de ver.
Um retorno glorioso, enfim, ao meu lugar preferido para safadezas na cidade. Que agora que abriu, não feche nunca mais. Como a minha boquinha e o meu cuzinho, safados, sempre prontos pra levar rola, inclusive a sua.