Inicialmente afirmo que não vou adentrar nessa celeuma filosófico-científica, já que tenho a convicção de que existem gostos e preferências dos mais variados e a importância reside na aptidão do parceiro de proporcionar todo o prazer que sua parceira ou parceiro realmente merecem. Afinal, somos dotados de outros dois órgãos sexuais além daquele que fica entre as pernas: as mãos e a boca! O que vou contar a seguir é a comprovação do que eu disse acima e deixo que vocês julguem isso da melhor forma que quiserem.
Transbordando curiosidade, criei um outro perfil em um site de relacionamentos casuais para sexo, só de desta vez era homem procurando por um parceiro do mesmo sexo; recheei meu perfil com preferências e imagens do que mais me excitava, fazendo o mesmo com um outro perfil onde a procura era por parceiras que gostassem de muita sacanagem e que se propusessem a ser criativas e muito libidinosas. Como sempre o início foi insosso com alguns comentários nos perfis, umas mensagens que não valiam a pena serem respondidas e até mesmo uma saraivada de grosserias e comentários intolerantes. Ignorei tudo que não era relevante e no final não sobrava quase nada!
No perfil gay, meu primeiro contato válido foi com um sujeito chamado Inácio; as conversas eram esparsas e descontinuadas, denotando que meu parceiro era, não apenas iniciante, como também indeciso; deixei que ele determinasse o ritmo e o curso de nossas conversas que davam-se exclusivamente por e-mails, pois ele afirmava que era muito cedo para que passássemos para o whatsapp; concordei com ele e ficamos nesse lero-lero frívolo e ainda descontinuado. Por fim acabamos nos relacionando pelo aplicativo de mensagens instantâneas com mais troca de textos até ele aceitar um primeiro encontro para nos conhecermos.
Inácio era trabalhador braçal com alguma especialização na construção civil com pouca formação escolar e modos humildes; destacava-se pela musculatura bem definida (fruto de seu trabalho e também de seu vício por frequentar academias de crossfit), com uma conversa suave e sempre cuidadosa quanto ao uso das palavras. Estávamos em um boteco próximo de casa, tomando café já que éramos abstêmios e eu prossegui na minha estratégia de deixá-lo o mais à vontade possível.
-Quando vi seu perfil lá no site, tive vontade de realizar um gosto antigo – revelou ele a certa altura com o olhar cabisbaixo e ar encabulado – E queria saber quanto custaria …
-Custaria? Como assim? – interrompi ele querendo entender qual era sua intenção – Não vou cobrar por prazer …, mas também depende do que você quer.
-Uma mão amiga, como dizem por aí – respondeu ele mostrando-se mais desconfortável – Uma punheta, sabe? Então …
-Ah, claro que sim! – respondi sem esconder meu alívio pela revelação – podemos marcar isso sim quando você quiser …
-Pode ser amanhã? – cortou ele já com tom ansioso e expressão impaciente – Conheço um hotelzinho perto do Metrô onde não fazem perguntas …, pode ser?
-Sem problemas, mas precisa ser pela manhã – respondi aquiescendo ao convite.
Imediatamente o rosto de Inácio tornou-se mais calmo com um sorrisinho de indisfarçável alegria. Terminamos nosso café e fizemos os acertos finais para o dia seguinte; E naquela manhã fui ao encontro deixando meu carro em um estacionamento próximo à estação do Metrô seguindo direto para o tal hotel cuja fachada além de desgastada era um tanto vulgar. Aguardei pela chegada de Inácio, sentado em um sofá velho na minúscula recepção mal iluminada e com cheiro um tanto desagradável; pensei que se Inácio demorasse a chegar eu acabaria por desistir, mas logo ele apareceu. Juntos, pedimos um quarto e fiz questão de pagar.
Seguimos por um corredor cujo piso era coberto por uma velha forração que cheirava a mofo dotado de pouca iluminação e ladeado pelas portas dos quartos; abrimos a porta e entramos no que mais se assemelhava a uma cela emparedada e sem janelas, com um duto de ar-condicionado saindo do teto e um simulacro de banheiro com privada e um chuveiro. Olhei para Inácio e notei o quanto ele se sentia desconfortável, cabendo a mim, portanto, deixar o clima mais propício para o que viria.
Tratei de tirar a roupa e me deitar na cama que rangia como uma velha lambreta e olhei para ele. “Não precisa ficar acanhado …, tire a roupa também e deite-se aqui ao meu lado!”, disse eu em tom convidativo; ele deu um sorriso amarelo e começou a despir-se; ao vê-lo nu senti um nó na garganta enquanto meus olhos não acreditavam no que viam …, Inácio era dono de uma ferramenta cujas dimensões eram assustadoras! Algo insólito e que eu jamais vira antes; engoli em seco pensando no destino de quem se aventurasse com ele num embate sexual pra valer.
Com o monstro a meia bomba, Inácio sentou-se na cama e lamuriou-se de sua sorte; as poucas mulheres que aceitaram transar com ele não valiam uma relação duradoura e as outras simplesmente se esquivavam ao descobrir seu atributo. Em sua cidade natal durante a juventude, os poucos namoricos duravam tempo suficiente para as garotas apalparem o bruto e recusarem-se a ter algo mais íntimo com ele. A voz de Inácio tinha um tom entristecido de quem não sabia de mulheres que adorariam ter aquele espetáculo viril preenchendo todos os seus buracos.
Adorei a posição de psicólogo e lhe expliquei algumas coisas sobre suas possibilidades sexuais e percebi um certo entusiasmo em sua expressão. “Agora chega de conversa! Deite-se aqui que quero brincar com esse bruto!”, disse eu em tom sapeca mirando o rosto do sujeito que ganhara uma expressão de satisfação.
-Era assim que eu me divertia quando era moleque – respondeu ele enquanto eu manipulava sua ferramenta que não demorou a corresponder com uma ereção impressionante – Tinha uns garotos, meus amigos, sabe que topavam me punhetar em troca de brinquedos de madeira que eu fazia …, sempre fui bom nisso …, Ahhh! Que mão gostosa!
Passado algum tempo, me vi obrigado a usar as duas mãos para prosseguir brincando com o membro descomunal de Inácio que gemia e se esticava demonstrando que estava a apreciar meu gesto. “Eu posso te apalpar um pouco?”, ele perguntou ainda com seu ar desajeitado e um sorriso hesitante. Respondi que ele podia fazer o que quisesse e lhe fizesse bem.
-Você tem umas tetinhas bem gostosas – ele comentou enquanto apertava meus peitos e beliscava meus mamilos, enlaçando-me com seu longo braços e apalpando e apertando minhas nádegas – E também tem um bundão grande, hein? Bem gostoso de apertar!
Já sentindo mãos e braços arderem, decidi por algo mais incisivo; dei umas lambidas na glande em forma de cogumelo e logo depois agasalhei-a em minha boca que ficou totalmente preenchida por ela; intensifiquei a manipulação do membro sem permitir que aquele cogumelo enorme escapasse de minha boca, ouvindo Inácio gemer e grunhir como um animal selvagem até que suas contrações musculares indicassem que o fim estava próximo; o sujeito rosnou alto e eu sentia glande pulsar dentro de minha boca anunciando o que estava por vir.
As duas primeiras golfadas de sêmen quase me fizeram engasgar obrigando que eu libertasse o membro da boca enquanto os jatos se sucediam projetando-se no ar e caindo sobre nós dois que ficamos lambuzados com o esperma quente e muito denso. Por fim, Inácio sossegou cadenciando a respiração até retomar seu controle. Tomamos uma ducha rápida já que ele tinha seu horário de trabalho; perguntei se ele queria uma carona ao que Inácio aceitou. “Se precisar de mim, basta me enviar uma mensagem. Ficarei feliz em ajudá-lo!”, eu disse assim que estacionei o carro alguns quarteirões antes do local indicado por ele. Ele sorriu e sua última frase me deu vontade de rir, mas que me obrigado e não fazê-lo.
-Cê tem certeza mesmo que não vai cobrar nada? – ele disse em tom inconformado.