Era final de aula, todos saindo para os corredores, várias conversas, vozes altas... Tudo típico num corredor de uma universidade após fim de aula. Saio da sala estressado, após um dia de trabalho cansativo e ainda tem 3 horas de uma cadeira obrigatória muito chata, vou a caminha da saída, quando de repente vejo um professor lindo e bem vestido - algo incomum aos professores daquela instituição - vindo do final do corredor oposto, em minha direção. A cada passo que dava vários alunos lhe paravam para lhe cumprimentar, outros tiravam brincadeirinhas que me permitiu ver o seu sorriso, algo que o deixava mais lindo e me fazia ficar mais encantado por aquele homem.
Deste aquele dia, passei a permanecer mais tempo nos corredores antes do início das aulas e após o final delas, sempre em busca do professor gatinho - o nome temporário que o batizei - para colher o máximo de informações possíveis sobre aquele cara que tanto me chamou atenção. Deveria ter uns 1,70 de altura, que depois conclui ser 1,68, pele clara amarelada, um cavanhaque super charmoso, uma bunda volumosa sem exageros, magro, corpo comum, nada de muitos músculo ou barriga sarada, e para fechar um sorriso cativante.
Nos dias que se passaram descobri seu nome - Augusto - e deduzi outras informações como o curso que lecionava, o fato de ser novo na instituição e um jeito que lhe dizia ser hetero. A cada dia eu ficava mais interessado naquele cara, comecei a segui-lo e quando o via entrar no banheiro meu coração disparava, corria e entrava na tentativa de vê aquela rola mole - algo que amo vê - infelizmente nunca consegui de fato, apesar dele usar o mictório em vez do box, o quê evidência uma masculinidade não frágil e me deixava mais atraído, ele sempre se ajeitava para que não fosse possível vê sua pica - algo que fazia-me concluir sua heterossexualidade.
O tempo passou, o semestre terminou e logo outro iniciou-se, e aí vem a surpresa! Apesar de lecionar Ciências da Computação, e eu, cursar design de interiores, houve uma disciplina voltada para área de Augusto, no qual passou a ministra-la no meu curso. No primeiro dia de aula estremeci quando passei na porta e vi aquele homem sentado. Um contentamento percorreu todo meu corpo - Teria 3h por semana pra desfrutar da presença daquele homem - em poucos segundos me bateu uma grande preocupação: como irei disfarçar minha atração por aquele homem para com meus colegas, que não podem saber da minha orientação, e para o meu próprio professor?!
Apesar das preocupações, estava sendo maravilhoso ter ele ali todas as quartas-feiras. Ver seu sorriso, seu jeito descontraído e super simpático, sua bunda durinha enquanto está escrevendo no quadro... Tirava várias casquinhas com os olhos, assim como algumas de minhas colegas de sala, já haviam confessado após o primeiro dia de aula, inclusive o sorriso dele foi o qual elas mais se encantaram, motivo que prova que não foi somente eu.
Tudo mudou após a terceira semana, quando após a aula, como de costume, o segui até o banheiro e tentei vê-lo mijar, sem sucesso puxo assunto dizendo que suas aulas estão sendo bem legais e descontraídas - nisso abaixo minha visão para seu pau instintivamente - tento disfarçar lavando as mãos, mas quando vou jogar o papel no lixo, dou outra manjada e acho que ele percebe, fica na dele, já eu, com vergonha digo algo e saiu, mas o desejo é tão grande que não consigo me controlar e antes de fechar a porta ao sair dou outra olhada, e ele continua imóvel lá naquele mictório escondendo aquela bendita rola que estou louco para vê e me encarando deste a primeira vez que olho. Fico com vergonha e saio.
Na saída me recomponho e me sento em um banco próximo do jardim a frente, e fico mexendo no celular distraído, e por fim decido ir embora. Nesse intervalo o Prof. Augusto sai do banheiro e vai a caminho da saída e quase nos esbarramos no corredor. Seguimos os dois calados, quando Augusto coloca a mão na cabeça como se tivesse esquecido algo e murmura:
Esqueci de lavar as mãos! - Com isso da meia volta e segue para o banheiro novamente.
Eu continuo andando e paro alguns passos a frente quando passa algo pela minha cabeça: será que ele estava me encarando querendo algo? Será que isso foi uma desculpa?
Apesar de ser louco por rola, nunca tinha tido nada com nenhum cara antes, apesar de me considerar meio que bi, nunca tinha tirado a prova, sempre me achei feio demais e fora do padrão. Tinha visto algumas rolas no banheiro no ensino médio, após as aulas de ed. Física e na faculdade; quando me escondia no box para espiar as rolas dos cara que mijavam no mictório a frente; do meu cunhado quando tomava banho e eu o espiava - aliás assunto para outros contos - mas nada havia passado disso. Então em um estalo resolvo voltar para o banheiro, e entro com a desculpa de lavar meus óculos.
Quando entro o encontro lavando as mãos e nesse segundo que passo da porta ele me encara de uma força que nunca tinha visto antes. Um olhar penetrante, impiedoso e malvado, por um segundo me assustei e fiquei imóvel, mas acenei com a cabeça sorri de canto de boca e fui lavar meus óculos.
De cabeça abaixada e torneira ligada ele passa pelas minhas costas, o silêncio era ensurdecedor , o ar era pesado como no pico de uma montanha, meu coração batia tão rápido que pensei que iria infartar, já estava trêmulo quando dei a volta e fui até o box pegar papel para seca-los. Nesse momento Augusto secava suas mãos no meu lado direito, e foi aí que o meu olhar o encontra e seus olhos estão sérios como quando entrei, o sorriso cativante que sempre o perseguia não estava ali e sim uma cara fechada de um homem mal, que está preste a te devorar.
Antes de entrar no box, eu mais uma vez sorrio de canto de boca, mas percebo que está apalpando seu pau pelo movimento das mão, não consigo olhar, só abaixo a cabeça e entro. No box tento me recompor, eu sabia o que estava acontecendo, mas não acreditava que o cara lá fora, o professor gato que eu achava tava dando em cima de mim! Me arrependo por um segundo de não ter olhado logo para baixo, mas volto de encontro a pia para secar meus óculos e daí eu simplesmente congelo. Ele está parado olhando de canto de olho para trás, no lugar que eu estava a lavar meus óculos a poucos segundos.
Não acredito que àquilo está acontecendo, que aquele cara realmente gosta de caras, e que estava interessado por mim ainda por cima. Então me recomponho, e vou em direção a pia do lado e fico do seu lado esquerdo tentando secar meus óculos, mas fico muito trêmulo ao ponto de ser perceptível por ele. Nisso sinto seu braço encostando no meu, nesse toque eu simplesmente fico petrificado, meu coração acelera mais e sinto-me faltar o ar, o silêncio tinha um zumbido tão alto que não conseguia ouvir meus pensamentos, minha mente ficou branca e senti meu coração parar, foi quando fechei os olhos por um breve segundo e quando abri meu olhar foi de encontro com o dele através do reflexo do espelho, percebo seu braço se mexendo, e quando desço a visão vejo um volume enorme e ele o apalpando, o susto me acorda do transe e faz sentir meu coração a bater novamente feito uma máquina em colapso, minha mente volta o bastante para eu ter a atitude de toca-lo e balbuciar:
Professor! - nisso regalo os olhos e aperto seu pau com uma mão e com a outra seguro sua bunda
Aqui não, ali - ele fala e aponta para o último box a esquerda.
Vou rápido na frente e em seguida ele entra e fecha a porta.