LUCAS
Beijar é bom, mas beijar Carlinhos não tem explicação é muito gostoso. Eu nunca tinha sentido aquilo, meu corpo parecia sensível ao toque dele, parecia que onde ele tinha mordido no meu pescoço formigava, meu pau nunca esteve tão duro em toda a minha vida. Quando eu fui até o banheiro só queria ter a certeza de que ele estava bem, não esperava aqueles beijos e não esperava eu gostar tanto. Eu comecei a rebolar sutilmente no colo dele, eu estava morrendo de vergonha, mas eu precisava sentir ele mais perto de mim. Senti um gosto metálico na minha boca, afastei doi beijo e olhei pra ele.
— Você é vampiro e não me disse? - Disse Carlinhos colocando a mão nos lábios , ele olhou pra mão e olhou pra mim. Ergueu a sobrancelha. Me fazendo quase morrer de vergonha, escondi meu rosto no pescoço dele. EU TINHA MORDIDO ELE. Saiu sangue e era esse o gosto que sentir. Mds, que vergonha.
—Desculpa, eu me empolguei. Falei envergonhado. Ele riu e me puxou pra mais perto dele. Sinto ele levantando minha camisa e acariciando minhas costas, passando a mão para cima e para baixo, como se me acalmando. Ele passou as unhas apertando levemente e tenho certeza, para minha vergonha, que me contorci igual um gato. Senti seu peito vibrar, ele estava rindo de mim. — Olha quem é manhosinho, safado.- Disse ele descendo as mãos pra minha bunda e apertando. Eu estava no céu, eu nunca senti essa coisa leve, esse calor gostoso com ninguém.Esse tesão que parecia fazer minha pele esquentar. Eu me sentia quentinho por dentro, eu queria sentir mais os lábios dele no meu pescoço, e estava imaginando essa mesma boca em outros lugares, me chupando, me lambendo. Com esse pensamento em soltei um gemidinho. — Luuuuucas, não provoca macho. — Euu quero você - Disse baixinho
— Oiaaaa, mas não era pecado? - Ele disse rindo de mim. Foi como um balde de água fria em mim, não ele ri, pois já percebi que é o jeito dele.Foi o pecado. Voinha ficaria arrasada, isso era errado,muito errado. Meus olhos encheram de água, eu não queria decepcionar ela. Levantei do colo de Carlinhos tão rápido que quase cai.
— Desculpa, Isso não pode acontecer. É errado, muito errado .Eu não quero ficar com você.
Eu saí rápido, não quis deixar ele falar. Se ele falasse eu cederia e eu estava tomando a decisão certa, iria causar sofrimento e mal estar demais pra ser uma decisão boa.Voltei pra mesa, e virei a cerveja que estava no copo de Bruna. — Ele tá bem Lucas? - Elisa perguntou com a voz preocupada.
Tinha até esquecido porque eu tinha ido ao banheiro. Aparentemente, não era para me esfregar em Carlinhos. — Oi? - eu disse procurando me lembrar o que eu tinha ido fazer. Mas não precisei me esforçar, Vejo Carlinhos vindo em direção a mesa. Quando ele senta, Elisa passa a mão no braço dele. — Tudo bem Carlinhos?? - pergunta com uma voz insuportavelmente doce. Ela nem conversava assim, não conhecia ela , mas achei ela forçada, um pouco falsa, Não gostei dela.
— Tô bem sim. - ele disse se inclinando e beijando ela. Filho da puta, não tinha cinco minutos que ele tinha me beijado. Dei um beliscão na coxa dele, foi mais forte do que eu. Ele parou de beijar ela e me olhou com a sobrancelha arqueada, com uma cara tão presunçosa ,que me deu vontade de bater nele. Ignorei ele e fui conversar com Bruna, fingi né, porque de canto de olho via ele conversando com meu irmão e os meninos. Eu precisava tirar uma prova, puxei Bruna e dei um selinho nela. Nada. ABSOLUTAMENTE NADA. Não senti meu coração acelerar, não senti minha pele formigar e principalmente, não senti vontade de aprofundar o beijo. Meu coração começou a doer, Carlinhos agora iria se afastar, eu tinha sido claro que não teríamos nada, eu senti meus olhos enchendo de água, eu não queria me afastar dele. O desejo que senti quando ele me tocou, eu nunca nem sonhei em sentir antes. Mas, só de pensar em contar pra Voinha que eu ia namorar um homem, me bateu um desespero. Eu fico imaginando a zoação, o bullying que eu iria sofrer, já me zuavam me chamando de bunda de tanajura,pois eu já imagino a direção que esses comentários iriam. Eu não tô preparado para isso, eu era feliz antes de conhecer ele, Eu nem conhecia ele tão bem assim, só conversei uma vez, é idiotice chorar por causa disso. Mas como, aparentemente, eu sou idiota, levantei e fui para o banheiro chorar. Já cheguei no banheiro soluçando.