Eu queria nunca ter me apaixonado por você. Mais cá estou eu, escrevendo mais essa carta de amor para você.
Ps: Ícaro Martins
Receber uma proposta de trabalho, na capital por causa do meu currículo era uma coisa muito, mais muito boa. Já ia me esquecendo.
Prazer, eu me chamo Vinicius. E vou te contar uma história de amor.
Clicher não?
Ria o quanto puder, estou avisando para ter seus lencinhos do seu lado. A história é longa.
- Eu fui chamado. Eu passei.
Gritar que tinha passado para trabalhar em uma das melhores empresas do estado era para poucos, ainda mais para um garoto que estava vindo de Parintins para Manaus. Meus pais viviam dos trabalhos aleatorios que eles pegavam, já que minha mãe era costureira e meu pai era um faz tudo. Sempre fomos bem humildes, mas eu sempre quis estudar e dar o melhor para eles. E eu tinha minha oportunidade nisso.
Trabalhar na Honda era para poucos, e ainda mais que tinha conseguindo uma vaga para também a faculdade que tanto queria de Mecatrônica. Deus, estava sendo um dia perfeito.
Mesmo eu tendo olhos escuros, pele morena, cabelos lisos e ondulados, um sorriso metálico e nariz arrebitado, eu era feliz comigo mesmo. Era magro, de corpo preguiçoso, mesmo eu sendo inteligente para um rapaz de 24 anos, estava mais do que atrasados para dar início a minha vida.
Usava sempre roupas que tentavam me favorecer, ou que tentava bem grande. Minha casa era um cubículo. Não era ali que queria que meus pais vivessem. Trabalhava em todo tipo de evento que pegava, e virava noites estudando paras as provas. Era praticamente todos os anos desde de que fechei o ensino médio a 4 anos atrás.
- Você vai mesmo? – Perguntava minha mãe preocupada. – Seus olhos num tom negro estavam melancólicos, minha mãe era baixinha, de cabelos longos e negros, pele morena e mãos grosas.
Mesmo eu sendo um vara pau, gostava da velha. Meu pai era um cara de cabeça raspada, de óculos fundo de garrafa, de mãos fortes e corpo de quem bebia muito cerveja.
- Sim, mãe e eu tenho que ir. Eu preciso. Sabe que…
Ela é ele sabiam do porque eu queria fugir de Parintins, não tinha um futuro para mim, não ali. Eu precisava crescer, tinha que evoluir.
- Eu apenas, precisaria de uma ajuda. Eu precisaria de dinheiro para viagem. Até achei uma pousada, que vão me cobrar coisa besta.
Eu tinha economizado tudo o que podia, precisava. Não. Necessitava ir.
Minha mãe e meu pai juntaram tudo o que tinham e me deram. E foi ali, que eu prometi mudar a vida deles.
……………………..
- Oh Paulo. Cadê minha cueca? Paulo.... Paulo….
Bem, eu não queria dizer que não gostei de ver aquele cara bonito na minha frente. Mais que foi bom em vê-lo. Foi!
Eu tinha acabado de chegar na cidade. Eu tinha apenas duas malas e chegava no Porto da cidade ao meio dia, isso num dia todo de barco. E eu enjoava a cada balanço. Mais Paulo estava ali me esperando, com uma plaquinha com meu nome. O que quase infartei de ri.
Paulo era um rapaz de 35 anos, de cabelos bem arrumados, de olhos azuis e rosto triangular, suas mãos eram longas e dedos afinados, seu nariz era arrebitado e sua barba era rala. Magro e elegante, parecendo um paulista esperando alguém na rodoviária.
Ele pegou minhas malas e me levou para a pousada onde passaria meus dias. E te encontraria.
Assim que os prédios foram deixando para as casas bonitas que rodeavam, Paulo me explicava sobre como seria o convívio.
- Bem Vinicius, sei que é novo na cidade. Mais vou te explicar como funciona a pousada. Ou melho a casa. – Ele sorriu de uma forma nazalada e voltou a olhar para estrada. – Solos apenas, eu e meu irmão. Você ficará com o quarto de cima, ele já tem tudo. Caso queira compra outros móveis, aí e com você. Todo quinto día ultiu vou te cobrar a parte do seu aluguel. Comida pode compra para todo mundo, ou apenas para você. Porém, gás é dividido em três e tarefas de casa também.
- Muitas regras não acha? – Olhei para ele que dirigía seu cross fox amarelo sem pressa alguma.
Antes de viajar tinha achado no Olx uma pousada que alugava um quarto para solteiro, com ele mobiliado e Wi-Fi junto, sem pagar água ou luz porEra mais do que meus pais poderiam me ajudar, porém, era isso ou ficar na rua.
Conversei com Paulo pelo famoso WhatsApp, e fechamos negócio por seis meses, um contrato bem expecifico ditasse de passagem.
- Nada de namorados, ou namoradas. Já não ser domingo, fora isso, organização e comunicação. – Ele sorri e coloca o easy para rodar. – Nada de barulho depois das dez é muito menos brigas. Somos dois irmãos que precisam de paz e estamos fazendo isso para ajudar mais o negócio.
- Desculpas perguntar. Eu entendi tudo, mais que negócio?
Paulo era um rapaz bacana, eu percebia isso e sentia isso dentro de mim. Poderia ser um golpe? Poderia, mas já tinha depositado meu dinheiro e teria que seguir a risca.
- Sou dono de um bar e ele está caindo. Por isso que precisei alugar mais um quarto. Não quero sair dessa cidade ainda. – Seus olhos azuis brilhavam. Mais eu sentia a preocupação em sua voz.
- Então seu irmão trabalha com você? Por isso das regras? – Peguei meu celular e observei mais uma mensagem preocupada de minha mãe.
- Nao, nao. – Ele disse logo após um suspiro. – Ele trabalha num hospital e está focando nos estudos para ser médico. Dou maior apoio ele. Já que nosso país queriam que um de nós fôssemos médicos.
- Eles morreram?
Tá gente. Vai me desculpando aí. Mais sabe, eu sou as vezes meio indiscreto é minha língua fala mais rápido que meu cérebro.
- Não, não. – Ele respondeu rindo de minha reação abobalhad, o o que deveria ser bem engraçada. – Eles estão vivos, estão viajando e logo logo vão voltar. Porém, eles queriam isso. Mais não sou bom para cuidar de pessoas, é muito menos com sangue. Não.
- Há então não gosta de sangue. Tenho que anotar isso para quando eu me feri, não pedi sua ajuda.
- Você é bem engraçadinho não acha? – Ele bateu em meu ombro sorrindo.
- Sou feio, ser engraçado tem que ser uma qualidade emprenhada em meu DNA.
Depois daquilo, fomos o trajeto todo calado. Paulo me dizia coisas sobre sua família e seu irmão, que ele era esquentado e não leva desaforo para casa, porém era um amor quando queria. E ainda por cima tinha votado no mito. Nossa. Essa eu tinha que escrever e sempre me lembrar.
A casa não era feia, era muito da sua bonita. A garagem da casa começava no térreo. Cabendo dois carros e uma moto, a pequena rua de seixo era bonita e a casa era melhor. Toda em amarelo e partes salmão, de telhados de Barros vermelhos, com dois andares, os muros que rodeavam a casa cresciam plantas. Dois coqueiros subiam aos céus perto da casa.
- Seja bem vindo a sua casa nova. Vinicius. Vou te levar para ver o seu quarto.
A casa era bonita, com o chão em ripas de madeira polidas, uma grande escada de madeira subia ao segundo andar, e ao seu lado um corredor que levava para o jardim da casa e uma pequena piscina. Uma sala de estar em branco e bem arrumada e dizendo Paulo uma biblioteca, uma sala de jogos e um escritório para trabalhar. A cozinha era atrás dando espaço para uma cozinha externa e uma churrasqueira.
Ele pega minhas malas e sobe a escada.
O quarto era engraçado. Tudo em branco e um ar condicionado de caixa ligado, uma cama de solteiro box com edredones em roxos, tapete rosas no chão decoravam quase todo o quarto, uma janela fechada com cortinas da mesma cor que a cama, um guarda roupa de solteiro, uma mesa e uma escrivaninha ao lado da cama.
- Esse e seu quarto, a senha do Wi-Fi eu já coloco e liguei o ar para o caso de que queira dormi.
- Oh paulo, paulo… Cade minha cueca? Paulo…
E foi ali que percebi o quanto eu estav fudido. Porque eu e Paulo saindo do meu quarto para ver o que tinha acontecido.
O irmão de Paulo era um playboy por completo. O tipo de cara que faz bullying com você na escola. E que te faz ter pesadelos e até mesmo cogitar a morte dele.
Ele estava nu e seu corpo era malhado, ele era grande, deveria ter pelo menos 1,89 igual ao irmão, de cabelos cortados rete e olhos verdes, seu rosto era quadrados, seu músculos eram definidos e ele era por completo moreno, seus olhos viraram do irmão para mim e depois cobrindo o seu membro, que diga-de de passagem era bonito. Mesmo mole era grande, da cabeça roxa, e veias pelos lados. Suas mãos eram forte e seu cheiro veio até mim.
Naquela bagunça toda eu coloquei a mochila bem na minha frente, tapando a ereção involuntária é meu chapéu que estava na cara.
- Porra Paulinho, porque não disse que tinha macho aquí em casa?
- Eu tinha te falado, seu imbecil
- Eu pensava que ia demora.
Sua voz era rouca e bonita, como um locutor.
- Ícaro, vai te trocar. Rápido. – Gritou Paulo rindo da situação.
- Eu já posso olhar?
- Claro, claro. O atentado ao pudor já acabou.- Ele se recompôs e voltou a me encar. – Desculpas meu irmão idiota. Ele não tem ideia do que faz. Espero que isso..
- - Não não, eu… eu que peço desculpas, eu não deveria ter saído do quarto.
- Você deveria parar de pedi desculpas. Sério mesmo. – Ele sorriu e bateu as mãos. – Enfim, eu vou descer fazer o jantar e o lanche para você. Porque ainda são 5 da tarde e já estou atrasado para o trabalho. Mais se acomode e a terceira porta a esquerda e o banheiro que vai usar. E seja bem vindo novamente
Disse um singelo obrigado e me tranquei no quarto. Aquilo seria uma loucura.