Casos de Polícia

Um conto erótico de Kamila Teles
Categoria: Heterossexual
Contém 1756 palavras
Data: 08/08/2019 19:27:31
Última revisão: 08/08/2019 22:50:06

São Caetano do Sul – Era uma tarde de sexta-feira em meados de um janeiro mais quente do que o normal, voltava da padaria em companhia de uma garota que se mudou para a minha rua um mês antes; conversávamos sobre sua festa de debutante que aconteceria no dia seguinte (sábado). Falei que infelizmente não iria, pois tinha um encontro com um gato com quem eu conversava minutos antes dela entrar na padaria.

— Muito show ele, né? — apontei discretamente para um homem na parte interna do balcão.

— Tá louca? Ele é mais velho que o meu pai, deve ter mais de 40 — comentou a amiga certinha.

— Não exagera, Betânia, ele só tem 36.

— Ah tá! Grande diferença.

— Adoro caras maduros, tipo valentão, mexem profundamente comigo. E a voz máscula então… Ah! Dá um calorzinho gostoso que faz eriçar meus pelinhos — falei com a intenção de chocar, pois ela parecia tão casta e socialmente aceita que causava incômodo.

— Você pode ir e arrumar alguém melhor em minha festa, ou leva ele mesmo se quiser, mas pensarão que é seu pai.

— Não dá, miga, ele é casado e ia dar treta.

— Você é louca mesmo! — Vai ficar com um cara casado?

— Ele disse que está se separando da mulher. — A propósito, ela viajou hoje para passar uns dias na casa dos pais, daí rolou uma oportunidade para uma festinha particular com o gato durante a ausência da sonsa, e será justamente amanhã. A gente já vinha há dias trocando umas ideias e esperando ele ficar sozinho em casa para nós darmos umas com força um fim de semana inteiro na cama do casal.

— Como assim… você está dizendo que vai transar com ele? — com um quarentão casado?

— Eu gosto de homens experientes, e fala sério, ele é muito delicinha.

— Você tem problema e deveria fazer análise. — Se envolver com um cara casado, tipo coroa e na casa dele… vai se meter numa roubada com certeza.

— Eu tô ligada e tenho controle da situação, além do mais eu curto de montão esses lances proibidos. Quanto a "me meter", é o que eu espero que ele faça, hahaha!

— Credo, isso é vulgar, Kamila.

— Vem cá, Betânia, diz pra mim, eu juro que não conto pra ninguém. Até onde você já foi com um cara?

A menina pensou e disse gaguejando:

— Cada pergunta que você faz…

Naquele mesmo instante o pai dela apareceu de repente parando o carro e oferecendo uma carona para nós. Percebi pela cara da colega que ela não faria questão que eu fosse com eles, provavelmente porque eu lhe revelei o meu lado devassa que contrastava com o seu modo inocente e pudico de ser.

Eram apenas dois quarteirões, mas fiz questão em aceitar a carona para jogar um charminho discreto e rápido em cima do coroa. Foi só de raiva mesmo, para incomodar a garota certinha. Só então fiquei sabendo que o homem era delegado em um departamento de polícia especializada na proteção à criança e ao adolescente. Peguei leve e fiquei na minha, pois imaginei que o policial fosse tão ligado às convenções sociais quanto sua filha.

***

Ao anoitecer do dia seguinte, após mentir para minha mãe dizendo que iria à festa de formatura da minha mais nova colega, e que também dormiria na casa dela, saí de casa toda produzida com um vestido de festa provocante demais para uma festa de debutante — minha mãe também fez esta observação —, um salto alto e pronta para arrasar.

Na rua eu liguei para o gato trintão da padaria vir me pegar… Droga! Ele disse que se atrasou, ainda estava fazendo a barba e ia tomar banho, pediu para que eu esperasse uns quinze ou vinte minutos. Até parece que eu ficaria plantada na rua, ainda mais vestida como se estivesse indo na premiação do Oscar. Fui caminhando até a casa dele, uma distância de três quadras, em quinze minutos estaria lá, deduzi. Porém caminhar com aquele salto alto e no calor do verão não foi fácil. Ainda assim foi divertido; ouvi inúmeros gracejos pelo caminho enquanto desfilava com o vestido longo, de alcinha e decote provocante, além de um corte na lateral direita que exibia a minha perna inteira quando a levava à frente no meu caminhar. Valeu o sacrifício.

Quando estava a uns cem metros da casa dele, cruzei com uma garota que vinha em direção contrária, também produzida para festa. Era uma piranha de nome Bárbara, minha rival e que estudava no mesmo colégio que eu. Tínhamos algumas diferenças pessoais, pois sempre coincidia de nos interessarmos pelos mesmos caras.

— Não está indo na direção errada, miga? A festa é para o outro lado. — Falou transbordando veneno a ruiva aguada.

— Estou na direção certa, minha festa é particular — respondi devolvendo o veneno. — A propósito, você não deveria estar em um cruzeiro com os seus pais? — questionei.

— Mudei de ideia, pois também tenho uma festa particular depois da festinha de debutante.

Cheia de falsidade lhe desejei boas festas, já que ela tinha duas na mesma noite. Dei tchau e sai desfilando, não sem antes notar a garota olhando para o final da rua em direção à casa do gato da padaria e depois para mim com expressão de quem presumia o que estava acontecendo.

Dois minutos depois parei nas proximidades da casa do trintão e liguei para ele. Ficou surpreso quando disse que já estava quase defronte à residência. Pediu para que eu entrasse direto e não chamasse a atenção tocando a campainha, a porta não estava trancada. Concluiu dizendo para aguardá-lo na sala, ele estava terminando de banhar-se na suíte do casal.

Assim que entrei, e estando com a minha cabeça cheia de ideias, como sempre, já tramei algo. Ousadamente tirei os sapatos, vestido e acessórios deixando uma trilha no chão que ia desde a porta da sala até o quarto do casal. Minha última peça, a calcinha, a tirei e joguei sobre a cama. Despida e atrevida surpreendi o homem entrando no box e parti pra cima dele o acariciando. Ele ficou um pouco surpreso e nervoso. Falei para não se preocupar que ninguém havia me visto entrando. Acho que não era este o motivo do seu nervosismo e, sim, é que o homem não esperava por tanta ousadia e desembaraço de uma novinha. Nem liguei, não queria parecer bobinha; demonstrando desejos e toda insinuante esfreguei-me nele procurando seus lábios.

Ele me beijou com raiva, parecia não ter gostado da minha tomada de iniciativa. Após o beijo ele agarrou meus braços virando meu corpo e prensou-me na parede de azulejos. Colou seu corpo ao meu e pude sentir seu membro em fase de ereção se alojando em minha bunda.

— Vamos deixar claro, aqui sou eu quem manda — falou tentando impressionar bancando o machão.

Adoro esta parte do jogo, então banquei a cadelinha obediente e submissa.

— Eu sei amor, mas não me machuca, por favor!

Saímos do box do chuveiro, ele conduziu-me de forma autoritária e deitou o meu tronco no gabinete do lavatório. Foram segundos de espera ansiosa até sentir seu pau lubrificado penetrando a minha vagina umedecida de desejos. O tarado me chamou de putinha, piranha, vadia, e tampou minha boca para abafar meus gritos escandalosos proporcionados pelo tesão que sentia naquela pegada bruta.

Vários minutos depois ainda estava na mesma posição, havia gozado tudo que tinha direito, e com a infinidade de estocadas que levei em minha boceta, minhas perninhas ficaram bambas.

Porém aquilo foi só o início, nossa noite foi de muita pegada e só fizemos pequenas pausas na transa para alguns comes e bebes e higiene básica após ele melecar meu rosto e peitos com seu esperma.

Não recordo do momento em que adormeci, já estava de pileque e devo ter desmaiado em seus braços no meio da madrugada.

Acordei com a luz do sol e ouvindo a voz do homem, ele estava ao telefone e deu para entender que ele discutia a relação com sua mulher. Abri o closet do casal para pegar algo para vestir, gostei de um blazer leve e claro do homem. Entrei na sala vestida com ele desabotoado e mais nada por debaixo. Ele estava bem entretido na ligação e cheio de desculpas com a fulana, não aparentava estar em processo de separação.

Passei por detrás dele com meu figurino despojado... O cara nem notou a minha presença. Escancarei a porta dupla e dei três passos saindo da sala para a varanda, espreguicei-me recebendo os raios de sol em meu corpo seminu e gritei:

— QUE DIA LINDOOO!

Ouvi o sussurro apavorado do homem:

— Sai daí sua doida! — os vizinhos vão te ver.

A varanda ficava sobre a garagem e defronte a outra casa do outro lado da rua. Dei um tchauzinho para um homem de boné e óculos escuros que acabara de virar para o meu lado após fechar a porta de uma garagem, ele pareceu assustado, e eu também fiquei, já que reconheci o homem, era o pai da Betânia (o delegado). "Caraca, fodeu!" Pensei enquanto fechava o blazer para cobrir minhas partes expostas. Quando ia me virar e sair fora, Bárbara, a ruiva do dia anterior, saiu para a varanda sobre a garagem da mesma casa que saiu o pai da Betânia. A piriguete não se preocupou em enrolar completamente a toalha de banho em seu corpo antes de sair, deu tempo de ver nitidamente seus pelos pubianos avermelhados e que a vadia estava nua por debaixo da toalha. A piranha acenou para mim com um sorriso sarcástico em sua cara de puta como quem diz: "peguei uma prenda maior que a sua." Virou as costas e toda rebolativa voltou para o interior da casa.

Puta de raiva tentei reorganizar as ideias, além do meu parceiro daquela noite, também o delegado se tornara mais um membro em nosso grupinho de imorais unidos pela cumplicidade, doravante teríamos um segredo em comum, sendo o dele mais grave que o meu, posto que ele era um homem da lei. Ao mesmo tempo em que raciocinava rapidão, tentava impedir que o trintão me arrastasse para dentro da casa. Quando voltei o olhar para a rua, só vi o carro do policial indo longe e a milhão.

Voltei minha atenção para a voz da mulher que estava aos berros ao telefone querendo saber o que estava acontecendo. O marido inventou uma desculpa de que crianças tocaram a campainha e saíram correndo gritando.

Pois é gente, este mundo está perdido na promiscuidade, e isso é bom demais, né? Então cada um por si e não perca os momentos de diversão.

Fim


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Foto de perfil de KamilaTelesKamilaTelesContos: 174Seguidores: 105Seguindo: 0Mensagem É prazeroso ter você aqui, a sua presença é o mais importante e será sempre muito bem-vinda. Meu nome é Kamila, e para os mais próximos apenas Mila, 26 anos. Sobrevivi a uma relação complicada e vivo cada dia como se fosse o último e sem ficar pensando no futuro, apesar de ter alguns sonhos. Mais de duas décadas de emoções com recordações boas e ruins vividas em períodos de ebulição em quase sua totalidade, visto que pessoas passaram por minha vida causando estragos e tiveram papéis marcantes como antagonistas: meu pai e meu padrasto, por exemplo. Travei com eles batalhas de paixão e de ódio onde não houve vencedores e nem vencidos. Fiz coisas que hoje eu não faria e arrependo-me de algumas delas. Trago em minhas lembranças, primeiramente os momentos de curtição, já os dissabores serviram como aprendizado e de maneira alguma considero-me uma vítima, pois desde cedo tinha a consciência de que não era um anjo e entrei no jogo porque quis e já conhecendo as regras. Algumas outras pessoas estiveram envolvidas em minha vida nos últimos anos, e tiveram um maior ou menor grau de relevância ensinando-me as artimanhas de uma relação a dois e a portar-me como uma dama, contudo, sem exigirem que perdesse o meu lado moleca e a minha irreverência. Então gente, é isso aí, vivi anos agitados da puberdade até agora, não lembro de nenhum período de calmaria que possa ser considerado como significativo. Bola pra frente que ainda há muito que viver.

Comentários

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Que conto gostoso de ler! Está de parabéns!

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Obrigada, VIC e Anjo Discreto. Lindo fim de semana pra vocês, beijos!

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