Eu estava distraído, quando o amor me achou - CAPÍTULO 43

Um conto erótico de Lissan
Categoria: Homossexual
Contém 1750 palavras
Data: 25/06/2019 18:58:52
Última revisão: 25/06/2019 19:11:28

Olá atrasado como sempre, mas aqui estou!!!

Amigos, obrigado pelos comentários e leituras. Espero que curtam mais esse capítulo e até amanhã!

***RESPOSTAS AOS COMENTÁRIOS****

> tiopassivo - Olhe espero que você goste do desfecho dessa história, e muito, muito obrigado por ter acompanhado capítulo a capítulo. Um grande abraço, e agora falta pouco.

> MarCR7 - Sabe que nem eu sei como vai acabar ainda direito? KKKK Mas de qualquer forma obrigado por estar aqui sempre valeu mesmo, um abraço!

> Pichelim - Obrigado por estar acompanhando capítulo a capítulo, valeu mesmo!

> Miller - Own, seis meses? Eita! Me falta talento para tando, rsrsrsrs, e essa é a história mais longa que eu já tive o prazer de escrever para vocês, e espero que tenham gostado, assim como estou curtindo escrever. Um abraço!!! E muito obrigado!

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UMA ÓTIMA LEITURA A TODOS

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Atila está dormindo. As costas dele se contraem puxando o ar e expandem o expelindo. É lindo observa-lo dormir, penso comigo mesmo, apoiando minha cabeça com uma das mãos. Desde a chegada de Robson poucas horas atrás não consigo pensar em outra coisa se não no que vi na televisão. Se o desgraçado estiver à solta mesmo, eu posso não estar seguro, Robson menos ainda. Suspiro, e volto a curtir meu recente esporte favorito, acompanhar cada movimento de Atila enquanto dorme. De vez em quando com a ponta do dedo faço uma volta atrás da orelha dele, isso o deixa todo arrepiado.

Os poros da pele, todos, assanham-se e os fios transparentes de tão pequenos se erguem junto. Nas omoplatas dos braços e costas, disso ele se estremece todo e volta a dormir de tranquilamente. Outras vezes ele ronca, como agora, e o melhor a fazer é levantar e beber uma água, porque em seguida vêm os peidos, e eu não vou ficar cheirando os gazes intestinais de ninguém. “Desculpe amor” sussurro para ele ao levantar da cama. Amo minhas pantufas, macias e quentinhas, penso ao sair do quarto e passar pela porta de trás chegando à cozinha sem cruzar o caminho da sala.

Abro um pouco as persianas, enquanto encho o copo com água natural. Lá fora uma densa camada de nevoa cobre tudo. E parece que logo, logo vai serenar. O cheiro de mato verde molhado... Fecho os olhos e respiro esse cheiro. Estou quase sendo convencido por esse lugar, que eu na verdade nasci para morar entre as plantas. Mas sem me afastar de gente, essa é minha única reclamação o quanto essa estancia é longe da cidade. Dos prédios, carros, do movimento de pessoas o tempo todo.

Bebo alguns golinhos de água e sem querer deixo minha mão escorregar para uma mordidinha mais saliente feita por Atila bem abaixo do meu umbigo. Sorrio para a marquinha vermelha, e sou eu quem se arrepia agora ao lembrar a boca quente dele ali, naquele lugar.

Bebo alguns goles de água e volto a fechar as persianas. O som da tevê ligada chama minha atenção e caminho até a sala de espreita, sorrio ao pensar em Galeano ou Modova aproveitando a televisão. Mas encontro Robson deitado no tapete no chão, coberto por um edredom e com os olhos bem atentos ao que passa na televisão. Um episódio de ‘The big bang theory’.

- Não consigo mais pregar os olhos uma noite inteira, acredita? – ele diz assim que começo a sair de fininho. – Me acostumei a assistir esse seriado idiota com os meninos, porque eles achavam isso engraçado.

- Eu não conheço – digo me aproximando dele – vim à cozinha beber água e pensei que um dos rapazes tinha finalmente dado uma fora e vindo aqui escondido assistir tevê. Mas pelo visto são moralmente perfeitos... – falo cruzando os braços e me esticando no sofá.

Penso em mais alguma coisa para dizer, sobre algum remédio de insônia que nunca tomei por isso não sei se em algum lugar da casa tem. E penso em contar a Robson sobre minha suspeita, mas pelo jeito o melhor a fazer é esperar Artur. Se ele confirmar que há algum equívoco na noticiada morte de Emerson, vou poder contar a Robson que tudo não passou de mera suspeita, ilusão de ótica minha. Seguro no ombro dele ao invés de dizer algo e tento entender o que os rapazes na tela estão fazendo. Roupas infantis, cara daqueles moleques muito inteligentes que só sentam na frente na sala de aula, eu em algum momento da vida, provavelmente.

- Acho que fui assim igual esses caras em algum momento da minha infância – digo a ele e estico minhas pernas no sofá – só sentava na frente, e tirava notas excelentes.

- Ah eu também, - Robson sorri – até aparecer o fogo no... Você sabe onde não é? – sorri ainda mais – e daí em diante, não fui mais tão bem... Esses últimos tempos que senti falta.

- É eu também, das aulas do pessoal – digo. Mas Robson franze o cenho e retorce as sobrancelhas.

- Não tapado, - vira um pouco pra mim – dos moleques que se esfregavam em mim, principalmente os mais velhos cheios de hormônios...

- Que horror Robson! – digo e caímos na risada. É bom ter um amigo para falar besteiras assim. Não que Atila não seja um poço de absurdos quando quer, mas é diferente. Desde quando comecei a transar com Atila, ficar diante dele, é algo natural demais, sem vergonha demais, sem pudores. E com Robson, bem apesar de também ser despudorado, não transo, nem tenho pretensão disso com ele. – Estava com muitas saudades de você sabia?

- Eu sei, é impossível não sentir – ele pula para o sofá. E se empurra contra mim e fica um quieto do nada. Como estamos sentados só consigo ver o alto da sua cabeça. – Eu ainda estou meio em choque com tudo entende? Por isso estou assim, me sentindo aliviado, e a pior pessoa do mundo por não ter podido proteger minha família – ele desabafa.

E eu fico com o coração na mão, para não dizer outra coisa de tão apertado, por ouvir isso dele e não ter nada reconfortante para falar. Além de passar a mão por sua cabeça, me sinto até um pouco culpado... Afinal eu disse para ele continuar como testemunha e talvez isso...

- Você tá ai é? Me traindo? Com seu melhor amigo? – voz baixinha de Atila, me faz perceber o corpo pesado de Robson colado ao meu, - dormiu aí? Seus traidores... – Atila brinca mordendo minha orelha.

- Para Atila – murmuro sorrindo – o coitado só conseguiu dormir agora, e você estava roncando, ninguém merece né?

- Isso é uma DR senhor Inácio? – ele beija minha bochecha e meus lábios. – Você me acostuma a dormir do seu lado e some? Assim? Tomei até um susto quando não te encontrei do meu lado sabia?

- Ei seus nojentos eu estou aqui tá – Robson desperta abrindo os olhos encolhidos de sono – eu dormi? Nossa nem acredito.

- Outro empata foda – Atila sussurra no meu ouvido, e não tem como não rir depois de uma dessas.

Ficamos ali mesmo na sala, entre cochilos, conversas e risadas. Robson foi o que mais se aproveitou do posto de vela para dormir, e como ele tinha dito que não conseguia pregar os olhos fazia dias, permaneci ali com Atila até vê-lo adormecer mesmo. Como se ele fosse o nosso filho e velássemos pelo seu sono. Eu e Atila o cobrimos com o edredom, e puxamos suas pernas um pouco mais, sua cabeça pendeu para o lado e ele ressonou mais forte. Caído em um sono de bela adormecida mesmo nós puxamos as portas da sala quase telas que impediam a claridade de entrar ali, e eu segui para o quarto ele me parou.

- Pensei que quisesse minha companhia sonífera para dormir – digo abrindo o sorriso para ele. Com Robson funcionou encostou-se a mim e conseguiu pegar no sono.

- Vamos lá dentro nos vestir que eu quero que você veja uma coisa lá fora – ele puxa minha mão e vamos para dentro. Vestimos calças de moletom e cassacos. Atila vai até a cozinha e pega a garrafa de champanhe que trouxe e que ficou intocado esse tempo todo, porque todos ficaram no vinho tinto mesmo. – Acho melhor você vestir outro cassaco, porque lá fora tá frio ainda...

Nego com a cabeça e abro a porta, realmente o frio de fora entra com tudo, mas sem uma agressão tão grande assim. As nevoas ainda cobrem boa parte do terreno à frente da casa e em derredor. Atila segura minha mão e nos subimos um pequeno morro do lado de trás da casa, é uma trilha íngreme e é preciso ter cuidado a cada passo que damos. Nem noto ai firmar meus pés no alto, mas dali os primeiro raios do sol, os primeiros raios do dia, aquele alaranjado bonito como se ainda fosse o finalzinho da tarde cresce, se agiganta.

Atila passa o braço por minhas costas, e nos dois nos sentamos ali. A ponta do sol aparece linda, e conforme vai crescendo dá brilho nos pequenos galhos floridos, amarelos rosas e lilases como os da frente, na entrada da casa. Olho para aquilo tudo e duvido um pouco do que estou vendo, “SLOP” ouço a rolha da garrafa sendo destampada. Ela voa e quica ali perto, alguns passarinhos voam cantando também e eu fico bobo com aquela cena toda a minha frente, com cheiro os sons.

- Você planejou isso aqui não foi? – eu digo sorrindo para ele, as taças estão bem ao nosso lado. Ele segura a garrafa com uma das mãos e com a outra pega a minha mão. – É tudo tão lindo Atila...

- Se eu tivesse planejado não sairia tão bem assim – ele sorri para mim de volta – meus pais chegam de viajem hoje... E eles vão dar um jantarzinho lá em casa, eu já estava esperando que esse caso do Robson se resolvesse por agora.

Ele deixa a garrafa de lado, e passa uma das mãos por dentro do bolso da jaqueta que estou vestindo. Eu fecho os olhos, é uma reação instintiva, sei o que são aqueles dois círculos na mão dele e tremo por isso, Atila aproxima o rosto a ponto de seu nariz tocar minha bochecha. Abro os olhos, e os sinto úmidos. Ele ergue a mão e mostra as alianças prateadas.

- Você não tá fazendo isso – eu digo sem acreditar movendo a cabeça de um lado para o outro.

- Quando meu pai perguntar quem é você eu preciso dizer, que é o homem com quem desejo passar o resto da minha vida. – Atila abre um sorriso lindo para mim e eu para ele. – Então aceita?


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Comentários

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Essa história está viciante amooooooooooo

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Demais.......só espero que existam muitos capítulos pois amo seu conto.

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Uau! A cada capítulo a história fica melhor+

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Tão lindo! Incrível como já se passou tanta coisa, tanta tensão, algum horror, mas aí estamos nós, como nosso casal perfeito, perto do "felizes para sempre". Está valendo à pena cada dia!

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