EU INSISTO, VOCÊ ADMITE.

Um conto erótico de REGEDIM
Categoria: Homossexual
Contém 1261 palavras
Data: 17/06/2019 15:15:09
Última revisão: 17/06/2019 15:17:43

Thomaz Costa Pov's On

Suspirei entediado enquanto observava o quadro negro a minha frente repleto de questões gramaticais. Sinceramente, eu não quero fazer tarefa nenhuma, e isso não vai afetar minha nota mais do que ela está afetada. É, eu sou péssimo na questão de escrita ou qualquer coisa envolvente, é sempre tão chato, tão... tedioso! Não sei como a maioria gosta...

Fiz careta ao olhar João Guilherme de longe. Sabe o típico aluno perfeito? Aquele que sempre faz tudo correto, acerta todas as questões da prova, queridinho do professor? Então, esse era João Guilherme. E não sei dizer se felizmente ele também é meu melhor amigo. Isso pode soar estranho; como ele era meu melhor amigo sendo que, praticamente eu o detestava? Não sei... combinamos, é isso! Se bem que era para sermos inimigos naturais, já que eu sou a representação perfeita daqueles garotos encrenqueiros, que não tiram boas notas, zoam muito e são um pouco idiotas. Okay, muito. Mas é meu jeito de ser.

Enfim, Gui e eu é uma combinação incerta, que muitas vezes da certo e outras não. Só que eu gosto disso, eu gosto do dizer: opostos se atraem. É diferente e me ilude um pouco ao pensar que eu possa ter uma simples chance com o Gui. Yeah, gosto dele... na verdade não, não gosto dele, eu o amo.

Amo o sorriso largo que ele sempre dá, amo a voz dele, e amo o observar enquanto ele fala sorrindo, daquela mesma maneira que me derrete. Eu amo esse garoto! E o detesto por me fazer amá-lo sendo que não me da chances...

– Senhor Costa, por acaso está prestando atenção na minha aula? Se você não está, a porta está aberta para que possa sair. – O professor me encarou atentamente, querendo me matar com apenas o olhar e eu apenas bufei.

– Eu bem que queria sair mas é mais uma advertência... – Resmunguei comigo mesmo. – Não, que isso professor. Estou prestando na sua aula sim, interessantíssima! – Falei, ouvindo as risadinhas.

O professor bufou e voltou a fazer sei-lá-o-quê que ele estava fazendo. Virei o rosto para as meninas sentadas perto de mim e sorri galante à elas que desviaram o olhar e riram tímidas.

Fofinhas.

E eu não posso ficar preso apenas ao Gui, posso? É, acho que não.

Quando enfim bateu o sinal para sairmos, me levantei rápido como quase todos os outros e juntei meu material, pegando minha mochila e me direcionando a saída, vendo Gui me esperar, abraçando seu livro contra o peito.

– Você não toma vergonha na cara, né?! – Indagou começando a andar ao meu lado.

– Nunca, babe. – Sorri a ele que revirou os olhos. – Não sei como você gosta disso! É tão chato! Porra, entediante. – Disse me encostando em uma pilastra que tinha no pátio.

– Você que é chato! Vai ser um sem futuro assim! – Rebateu irritado, e eu desviei o olhar para as garotas atrás de Gui. Sorri a elas e mandei beijo. – Da para você parar de prestar atenção nessas meninas?! – Vociferou bravo, e eu apenas sorri provocador.

– Oh, ciúmes, Love? – Mordi o lábio e vi as bochechas dele tomarem uma coloração avermelhada. – Awn, ficou envergonhado! – Exclamei o observando com atenção.

Gui me encarou com raiva, segurou seu livro com força – notei isso porque seus dedinhos rosados ficaram esbranquiçados. – e bateu no meu braço com ele.

– V-você é um babaca! – Gritou e saiu com passos duros e rápidos.

Acabei por rir e fui atrás dele. Gui era um pouco complicado e eu adorava irrita-lo ou envergonha-lo, ele ficava adoravelmente fofo vermelho! Vontade de apertar as bochechas! E sim, esse tipo de surto meu é normal.

Acelerei meus passos e o abracei de lado, passando meu braço por seu pescoço, ouvindo ele resmungar algo. Selei sua bochecha e em seguida gargalhei gostosamente.

– Relaxa, você é o único, babe. – Sorri a ele que ficou mais vermelho.

Só não sabia se era de raiva ou vergonha.

– Vá se foder.

Gargalhei novamente e o apertei contra mim. Ele voltou a resmungar e me empurrar de leve. Eu apenas neguei e passei a andar abraçado com ele.

– Me solta mané, já tão olhando estranho! – Ordenou e eu o encarei.

– Primeiro de tudo: nem estamos parecendo algo amais, mas vou fazer questão de fazer parecer. Segundo: Não vou te soltar, vou te levar até em casa. – Rebati calmamente, ganhando um olhar incrédulo.

Passei a mão pela cintura de Gui e o trouxe para mais perto de mim, depois entrelaçei nossos dedos.

– Você não presta!

– Eu sei.

– Por que não consigo te odiar?

– Porque você me ama.

– ...Queria que isso não fosse verdade... – Sussurrou em tom tão baixo que se eu não tivesse colado nele não escutaria.

Pisquei algumas vezes e o encarei assustado, com os olhos arregalados.

– Que foi? Meu cabelo ta desarrumado? – Ele perguntou e eu neguei. – Então o que foi?

Não consegui responder nada, apenas o encarar. Aos poucos a expressão assustada foi saindo e dando lugar a expressão feliz. Eu sorria bobamente enquanto Gui ainda me encarava mais que confuso.

Okay, okay! Respira Thomaz Costa! RESPIRA!

Eu ouvi isso mesmo? Ele disse que me ama! Tá, não foi um 'eu te amo', mas da pra aceitar!AAAAAAAAAAAAAh!

– Thomaz Costa, dá para me responder?! Você ta encarando o ar a horas com essa cara de retardado!

– Você me ama. – Sorri a ele.

Gui apenas corou violentamente e me encarou.

– E-eu... hm...

– Vai, admite com esse seu jeitinho! Diz que me ama! – Soltei a mão dele e aproximei meu rosto do dele.

– Para de idiotice doido, vou admitir é nada! – Virou o rosto envergonhado.

– Vamos lá, Gui, admite logo! E admite também que estava com ciúmes por eu estar dando mais atenção para as meninas do que para você! – Peço, o empurrando contra uma parede de um prédio qualquer.

Agradeço por essas ruas estarem vazias.

– Não, não sou obrigado! – Bateu o pé irritado e tentou me empurrar, espalmando as mãos em meu tórax.

– Se admitir, eu vou te dar algo. – Sorri a ele segurando seus pulsos sem brutalidade,

– O quê? – Questionou curioso, olhando em meus olhos.

– Admite logo que você vai saber.

– Hunf, chato.

– Que você ama.

Gui revirou os olhos e em seguida me olhou nos olhos.

– Admite logo, Love... – Peço prensando mais seu corpo contra a parede.

– E-eu... e-eu te a-a-amo, e e-estava com ciúmes sim! Você só fica nessa, só nota e-essas putas. – Disse todo corado, envergonhado e um pouco nervoso. – P-pronto!

Sorri a ele e aproximei meu rosto do dele, sentindo o hálito quente de Gui. Aproximei nossas bocas e finalmente selei nossos lábios, sentindo a textura macia e levemente úmida contra meus lábios. Gui provavelmente estaria assustado pois não se mexeu. Mas enfim, fora apenas um selar.

– Só... e-era só isso? – Indagou descontente.

Soltei uma risadinha baixa e selei meus lábios nos dele novamente, agora em um beijo verdadeiro. Gui levou suas mãos até minha nuca e a arranhou levemente com suas unhas curtas, me causando um pequeno arrepio. Levei minhas mãos até sua cintura, e a apertei, em seguida puxei seu corpo para mais perto do meu, quase que nos fundindo, diga-se de passagem. Sentia a língua de Gui brincar com a minha, em um ritmo gostoso e proveitoso. Contudo, isso foi interrompido pelo ar, que já ficava escasso e necessário. Me separei dele e colei nossas testas, fechei os olhos sorrindo bobamente.

– Eu te amo. – Ele disse ofegante.

– Acredite, eu te amo bem mais...

E quem diria que o que precisava era só que João Guilherme admitisse o que sentia, e eu que brincasse e insistisse, hein?


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Comentários

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CREIO QUE O TÍTULO ESTÁ ESCRITO ERRADO COMO VÁRIAS PALAVRAS NO TEXTO. ADIMITI OU ADMITE? RSSSSSSSSSSSSSS LAMENTO MAS COMO PROFESSOR PREZO QUE PELO MENOS A LÍNGUA MATERNA DEVE SER OBRIGAÇÃO DE TODOS SABER. DE FATO GUILHERME ESTÁ CORRETO AO AFIRMAR QUE SEU FUTURO NÃO SERÁ MUITO BOM SE PELO MENOS NÃO SOUBER LER E ESCREVER. RSSSSSSSSSSSSS MAS ISSO É COM VC. AGORA TUDO PODE SER CHATO, MAS O QUE É CHATO AGORA TE FARÁ FALTA LÁ NA FRENTE. PENSE NISSO. GOSTEI DA FORMA COMO TRATOU GUILHERME. PELO MENOS PARECE QUE GOSTA UM POUCO DELE E O RESPEITA. CONTINUE...

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