O filho do meu pai ㅡ Cap 03

Um conto erótico de LuCley.
Categoria: Homossexual
Contém 4571 palavras
Data: 06/03/2019 09:26:23
Assuntos: Gay, Homossexual

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Recebi um cartão postal da Itália uma semana antes do meu aniversário de dezenove anos.

Fiquei tão feliz quando vi que meu irmão havia se lembrado de mim.

Corri para meu quarto e coloquei meu celular no carregador.

Vi que meu irmão não estava on-line no Whatsapp, mas deixei uma mensagem super carinhosa em agradecimento.

Tomei banho, preparei um lanche e recebi uma ligação da Alessandra.

Tinhamos um trabalho pra entregar e sugeri que ela fosse fazer lá em casa.

Assim que chegou, tirou sarro da minha cara em dizer que era primeira vez que eu a convidava de livre e espontânea vontade.

Óbvio, que o motivo pra que eu não a convidasse, estava lá na Europa.

Pedi que ela me acompanhasse até meu quarto e quando entramos, ela questionou o fato de haver objetos pessoais do meu irmão por todos os lados.

Disse que era onde ele também dormia e senti seu olhar de confusa pra cima de mim.

ㅡ bom, vi que aqui só tem uma cama e é de casal...ele dormia onde?

ㅡ dormimos na mesma cama, garota!

ㅡ juntos?

ㅡ hahaha! Ele dorme no canto e eu na beira. A cama é enorme e a gente nem se esbarra.

ㅡ caramba! Tive uma imagem muito pervertida de vocês dois nessa cama. Melhor eu nem comentar.

ㅡ kkkkk, que horror!

ㅡ nem sabe o quê eu pensei. Kkkk

ㅡ nem quero saber! Kkkkk

ㅡ me vi bem alí no meio, com cada um de vocês ao meu lado...minha nossa senhora! Kkkkkk

ㅡ kkkkkk! Vai embora daqui, sua ninfomaníaca.

ㅡ ah, mas vocês são dois gatos demais! Difícil não pensar bobeira.

ㅡ você tem namorado, agora. Larga mão de ser tarada.

ㅡ vai dizer que nunca imaginou você e seu irmão na cama com uma mulher?!

ㅡ claro que não! De onde você tira essas ideias? Kkkk

ㅡ homens pensam nessas coisas, ué!

ㅡ sim, mas...sei lá, acho que sou diferente.

ㅡ diferente, como? Você é gay?

ㅡ gay? Não, mas...

ㅡ mas o quê? ㅡ ela se sentou na cama e ficou me olhando, como se quisesse me ajudar, mas fiquei inseguro.

ㅡ você é minha amiga?

ㅡ oras, claro que sou! Vai, mas o quê?

ㅡ sei lá, acho que sou bissexual! Andei lendo umas coisas e acredito que sou Bi.

Quase me arrependi por ter falado algo tão íntimo, mas ela me puxou pelo braço e me fez sentar ao seu lado.

Eu nunca imaginei que conseguiria contar algo tão meu a alguém, mas como ela se mostrou tão solidária em me ouvir, acabei desabafando.

ㅡ poxa Léo, não tem nada de errado nisso. Não precisa ficar com essa cara.

ㅡ eu sei que não é errado, mas meus pais talvez não pensam o mesmo. Ainda mais o Roberto. Você sabe que ele não é meu pai biológico e perder o amor dele seria horrível.

ㅡ desde quando você se sente assim?

ㅡ desde uns dias aí. Não faz muito tempo.

ㅡ você já ficou com algum cara?

ㅡ ainda não. Ei, eu conheço essa cara...ta pensando em quê?

ㅡ vou te levar pra sair esse fim de semana. E não adianta dizer que não. Você e eu vamos numa balada LGBT que fica no centro.

ㅡ kkkkkk, ta maluca? E se me virem lá?

ㅡ bobagem, vai muito hétero também e você vai comigo. Qualquer coisa é só dizer que estávamos ficando.

ㅡ mas e seu namorado?

ㅡ ele trabalha esse fim de semana. Fica tranquilo que com ele, eu me entendo.

ㅡ tudo bem, mas preciso te pedir segredo sobre minha possível bissexualidade?

ㅡ nossa! Claro que não, ne! Teu segredo ta bem guardado comigo. Combinado?

ㅡ combinado!

Eu não fazia ideia de onde estava me metendo, mas seria bacana sair de casa e dançar um pouco. Afinal, eu estava mantendo boas notas e um final de semana na balada não iria matar ninguém.

Além do mais, eu não pensaria tanto no Rick e abrandava um pouco a falta que ele me fazia.

Depois que a Alessandra se foi, fui até a cozinha e quando passei pela sala, vi minha mãe deitada no sofá, descansando.

Perguntei se estava tudo bem e fui tomado por uma força que vinha de seus olhos. Ela se sentou e sem hesitar, perguntou se eu estava me protegendo. Fiquei confuso.

Foi então que me lembrei da Alessandra. Na certa, quando ela saiu do meu quarto, minha mãe já estava em casa.

Sorri dizendo que não precisava se preocupar com minha amiga. Pois além dela ter namorado, não havia nada entre nós.

Vi que ela suspirou aliviada e se levantou me pedindo desculpas por se meter na minha vida.

ㅡ a senhora é māe, então, é seu dever se meter na vida dos filhos. Kkkk

ㅡ sim, mas fui invasiva demais. Me desculpa?

ㅡ quê isso, mãe...ta tudo bem. E meu pai?

ㅡ foi no banco depositar um dinheiro pro seu irmão. Logo ele chega.

ㅡ recebi um postal do Rick. Vou pegar pra senhora ver.

ㅡ está feliz?

ㅡ muito! Sinto a falta dele. Pensei que ele tinha se esquecido de mim...

ㅡ ele nunca esquece seu aniversário, Leo.

ㅡ isso é verdade! Vou lá pegar pra senhora ver.

Assim que entrei no quarto, meu celular vibrou no meu bolso. Era o Rick.

Me joguei na cama todo feliz e quando atendi, ouvi pessoas cantando " parabéns pra você" em Italiano.

Eu ria e chorava ao mesmo tempo. Não acreditei que ele tinha chamado o pessoal da galeria pra celebrar meu aniversário.

Me desejaram felicidades e ouvi uma voz masculina ao fundo dizer algo em italiano, mas não entendi.

Quando a música acabou, pude ouvir meu irmão e como era bom.

ㅡ caramba mano, que surpresa boa.ㅡ disse e ele se ria feito bobo.

ㅡ hahaha, sabia que você ia gostar. To morrendo de saudades suas. Não vejo a hora de voltar só pra te dar um abraço apertado. Nem acredita, mas ta sendo foda dormir sozinho. Te procuro na cama e não te encontro, brother.

ㅡ kkkkk! Poxa, eu é que to sentindo tua falta. Teu lugar na cama ta bem guardado pra quando você voltar. Teu cantinho..

ㅡ e eu volto! Ta namorando, Leo?

ㅡ eu? Que nada! Só ficando...e você?

ㅡ to na mesma. Trabalho o dia todo e chego no Ap mega cansado. Esses dias fomos em um barzinho aqui perto e meio que rolou uns amassos com um italiano bonitão...

ㅡ safado! Me conta como foi...

ㅡ contar? Ah, foi normal! Mas os italianos são bem fogosos e adora brasileiros. Deu um trabalhão pra me livrar dele. Kkkkk

ㅡ kkkkk! Fico feliz que esteja se divertindo. Obrigado pela surpresa. Ah, ouvi um Italiano falandro alguma coisa aí, mas não entendi. O quê ele disse?

ㅡ hum, foi o Lorenzo...

ㅡ o quê ele disse? Fala!

ㅡ rsrs, ele disse que estou matando as saudade do meu irmão amado.

ㅡ você fala de mim pra ele? ㅡ me ajeitei melhor na cama e parecia que meu irmão estava se distanciando do pessoal, pois eu não ouvia mais ninguém conversando.

ㅡ sempre acabo falando da gente quando estamos conversando. Os meninos estranharam um pouco quando eu disse que a gente dormia juntos. Sabe? Posso ser sincero contigo, Leo?

ㅡ claro que pode! Nunca tivemos segredos...

ㅡ então, sinto falta disso...sinto falta de nossas conversas a noite e de eu quase precisar te derrubar da cama pra você acordar. Sinto falta do teu abraço de manhã e de como você fica lindo com a cara toda amassada quando acorda... ㅡ senti um aperto no peito quando ele terminou de falar e, ele sabia que eu estava chorando.

ㅡ desse jeito você acaba comigo, Rick!

ㅡ eu não queria te fazer chorar, me desculpa?

ㅡ te amo, cara! É a única coisa que consigo te dizer agora. Te amo demais! Volta logo pra mim? Caramba! Você me faz dizer coisas estranhas às vezes, viu?!

ㅡ bem gay, né?! Kkkk

ㅡ kkkkk, isso! Mas não ligo. Vai ver sou meio gay também.

ㅡ vou parar de dormir contigo, pra você ficar menos gay. kkkk

ㅡ ah, nem pense! Deixo de dormir contigo, não. É bom pra caralho! Kkkkk

ㅡ kkkkk, bobo! Bom ouvir isso! Meu querido, preciso ir. Queria ficar aqui mais tempo, mas tenho que dormir. O pessoal está indo embora e vou me despedir deles. Feliz aniversário, Leo!

ㅡ muito obrigado por ter se lembrado de mim. Rick, quer falar com mais alguém?

ㅡ hoje o dia é só seu! Outro dia eu ligo e falo com todos. Te amo, Leo!

ㅡ também te amo! Até breve!

Me deitei na cama e segurei o celular próximo ao meu peito.

A certeza que ele sentia minha falta, tanto quanto eu sentia a dele, me deixava mais que feliz.

Por alguns minutos fechei meus olhos e meus pensamentos estavam todos voltados a ele.

Queria que o tempo voasse, pra ele voltar e tomar seu lugar de direito, bem ao meu lado.

Não consegui mensurar o tamanho de tudo que eu estava sentindo naquele momento, mas era sincero demais pra ficar guardado dentro do meu peito por muito tempo.

Ouvi minha mãe vindo em direção ao quarto e quando ela me viu, começou a rir, pois disse que havia cochilado no sofá.

Meu pai ainda não havia chegado e quando eu disse que tinha acabado de falar com o Rick, ela se sentou ao meu lado e disse que estava morrendo de saudades dele.

E quem não estava?

Conversamos um pouco e decidimos que saíriamos os três pra jantar no dia seguinte, em comemoração ao meu aniversário, pois no sábado, Alessanda me levaria pra sair.

No fim de semana saí pra jantar com meu meus pais.

Enquanto jantávamos, era evidente que estávamos sentindo a falta no Rick, mas eu tinha certeza que ele estava pensando em mim e, claro, meu pensamentos estavam com ele o tempo todo.

O jantar foi muito agradável e eu estava feliz em compartilhar aquele momento ao lado deles.

Depois do jantar, caminhamos um pouco pela praia e Roberto perguntou se eu estava precisando de dinheiro pra sair no sábado.

Disse que tinha e, me olhando disse:

ㅡ eu sei que você quase não me pede, por saber que mando dinheiro pro seu irmão. Se bem que é só até mês que vem. Ele me deu uma bronca esses dias, disse que não precisava e com o quê está ganhando, consegue se manter sem aperto, mas quando você precisar, me avisa.

ㅡ valeu, pai. Mas ta de boa! Quero ver se consigo um emprego meio período.

ㅡ vai ser bom pra você, mas prefiro que se dedique aos estudos. Se suas notas começarem a cair, você deixa pra lá. Também não somos tão pobres assim. Sua mãe e eu tempos umas economias e ninguém nunca passou por dificuldades.

ㅡ tudo bem, pai.

Minha mãe me abraçou e disse que estava ficando tarde.

Ela estava cansada e pediu que fóssemos pra casa.

Vi que mais à frente tinha um pessoal na areia; tocando violão e bebendo.

Disse que ficaria na praia mais um pouco e que pegaria um táxi pra voltar pra casa.

Caminhei até onde o pessoal estava, mas não vi nenhum conhecido.

Um dos rapazes que tocava violão, me chamou pra se juntar a eles. Cumprimentei o pessoal e ficamos de papo até às duas da manhã.

As garotas foram embora primeiro e, um por um foram se despedindo.

Acabou que ficou apenas eu e Kleber, um dos que estavam tocando.

Até que o carinha era simpático e pra ser sincero, bem bonitinho.

Percebi certo momento que ele estava me cantando de forma sutil. Contei que meu irmão havia me convidado pra ser modelo de um de seus quadros e o carinha teve a coragem de dizer que não conseguiria ficar somente me olhando, ainda mais se eu estivesse nú.

ㅡ hahaha, então é bom não correr o risco de ficar muito tempo perto de você. ㅡ disse e ele começou a rir.

ㅡ kkkk, também não é bem assim. Não sou nenhum tarado. Quer dar uma volta?

ㅡ não posso demorar, mas bora lá!

Caminhamos em direção as rochas e eu sabia que iria acabar rolando alguma coisa entre a gente.

Não vou mentir, eu queria. Seria a primeira vez que eu beijaria um homem e confesso que estava curioso.

Kleber, era bem divertido e sempre dava um jeito de me cantar.

Aquilo estava me divertindo e ao mesmo tempo, me dando muito tesão.

Ficamos sentados atrás das rochas e mar começara a ficar agitado.

A brisa fria cortava a pele e ele se sentou mais perto, como se quisesse se esquentar em mim.

Conversamos sobre assuntos aleatórios, até que ele me perguntou se eu já havia ficado com algum homem antes.

Fui sincero e disse que seria primeira vez, caso ele tivesse afim.

De repente, ele se levantou e se sentou no meu colo de frente pra mim.

Em um gesto automático, o segurei firme pela cintura e o forcei contra meu cacete que já estava duro.

ㅡ tu tem uma pegada gostosa do caralho, quero ver se teu beijo é tão bom quanto. ㅡ ele disse e se inclinou me beijando.

Deixei me levar pelo momento. Curti o beijo, a rebolada safada na minha pica e os amassos que dávamos entre um beijo e outro.

Admito que foi uma experiência incrível, mesmo sendo com um total desconhecido e por ser meu primeiro beijo em uma pessoa do mesmo sexo.

Pra ser bem sincero? Eu curti pra caralho ter um corpo masculino em minhas mãos.

Estávamos nos curtindo bastante quando ele disse que não era de Pontal do Sol.

ㅡ provavelmente não nos veremos nunca mais.ㅡ disse e ele me olhou sorrindo.

ㅡ o quê é uma pena. Mas acho que é melhor assim. To de casamento marcado. Se eu fosse daqui, certamente a deixaria no altar. Kkkk

ㅡ kkkk, nem brinca com isso. E está fazendo o quê por esses lados?

ㅡ vim por causa do mar. Queria um tempo só pra mim. Combinamos que eu viria pra cá e ela fizesse uma despedida de solteira com as amigas.

ㅡ e sua despedia de solteiro?

ㅡ ta acontecendo agora! Kkkk

ㅡ mas que honra! Kkkk

ㅡ eu é que to honrado de ser seu primeiro beijo...

ㅡ sempre existe uma primeira vez...pra tudo. ㅡ segurei firme sua bunda e ele disse no meu ouvido:

ㅡ ah rapaz, isso não pode ficar assim! A gente vai trepar! ㅡ juro que fiquei com medo na hora, mas ele deixava tudo mais leve.

ㅡ eu não vim previnido e nunca fiz...você sabe!

ㅡ eu tenho camisinha. Relaxa e curte o momento, Leo! E não tem nada do outro mundo. Deixa que eu te guio.

Ele tirou a camisinha da carteira e fez uma dança sensual atrapalhada. Me fez rir horrores e tirei meu jeans me sentando sobre o mesmo.

Minha pica estava dando pulinhos de alegria e quase tive um treco quando ele ficou completamente nú.

Primeira vez que via um corpo masculino sem ser o do mano. Também nunca havia visto um cacete duro balançando em minha frente. Apesar de já ter visto inumeras vezes a ereção matinal de meu irmão, ele sempre estava se cueca.

Kleber me tirou de um transe profundo quando me disse que iria sentar em mim.

ㅡ você é gato demais, Leo! Relaxa que vou te engolir inteiro.

Fiz como ele havia me pedido e senti meu cacete sendo devorado por aquele rabo que fiz questão de apertar com força.

Perguntei se estava machucando e ele disse que só um pouco, mas que estava bom.

Segurei seu quadriu e subi minhas mãos lentamente pelas suas costas. Acariciei seu corpo e quando senti meu cacete todo dentro dele, o beijei com carinho.

ㅡ isso é bom demais. ㅡ disse e ele me abraçou.

ㅡ é sim! Quando você pegar a prática, vai querer todo dia. Kkkk

ㅡ hahaha! Se eu soubesse que era tão bom, teria feito antes!

ㅡ você é um cara muito gente boa, Leo. Sorte do cara que namorar contigo. Eu queria ser esse sortudo, mas ja que não sou, vou aproveitar esse momento único contigo.

ㅡ então mexe bem gostoso pra mim!

Estávamos eufóricos e aproveitando cada minuto daquele momento que ficaria pra sempre guardado na minha memória.

Era bom sentir ele subir e descer em mim, como se eu fosse seu parque de diversões.

Me levantei com ele preso em meu corpo e o encostei nas rochas. Firmei suas costas e segurando suas nádegas, as abri pra quê eu pudesse meter nele e, assim o fiz.

Ele gemia alto e rimos quando ele disse que acordaria meio mundo se estivéssemos dentro de casa.

Meti nele mais um pouco em pé e percebi seu corpo amolecendo. Perguntei se estava tudo bem e quando olhei pra baixo, seu cacete banhava minha barriga com sua porra.

Me vi cheio de tesão quando o vi gozar e aumentei a velocidade das estocadas. Gozei horrores, me senti fraco com ele em meus braços e o beijei, como em agradecimento àquela nossa única noite, pois depois me contou que iria embora logo pela manhã.

Sentei com ele nas pedras e tomamos um banho de mar depois do sexo descompromissado, mas com muito carinho.

Nunca me imaginei trepando com um homem e logo que nos vestimos, me lembrei do Rick, novamente.

Me vendo imerso em meus pensamemtos, Kleber me perguntou se estava tudo bem e, querendo desabafar, confessei a ele que estava começando a desenvolver um sentimento pelo meu irmão.

ㅡ seu safado, incestuoso. ㅡ ele disse rindo, mas tratei logo de explicar.

ㅡ não somos irmãos de sangue. Minha mãe se casou com o pai dele quando eu era bem pequeno. Eu nem conheci meu pai, pois faleceu antes de eu nascer. Cresci chamando o Roberto de pai e o trato como se fosse e, ele é! Mas confesso que tenho por ele imenso carinho e, mesmo que nunca aconteça nada entre nós, ja fico feliz em tê-lo por perto.

ㅡ eu não te julgo! Pelo que percebo vocês devem ter uma relação muito boa e certas coisas são inevitáveis. Só te digo uma coisa: não ame esse cara sozinho. Não sofra. Se ele sente o mesmo por você, vai descobrir, mas se não, parte pra outra. Nem te conheço, mas vejo que você é um rapaz muito bacana, Leo. Não cultive sentimentos sem ter certeza que será correspondido.

ㅡ está dizendo isso por experiência própria?

ㅡ sim, mas também falo como amigo. Vou te deixar meu número. Acho que seria bacana mantermos contato. Se achar que deve me ligar, faça. Pode parecer bobeira, mas te tenho carinho. Nunca vou me esquecer do que fizemos agora pouco e mesmo nunca mais te vendo, quero que você seja feliz. Você merece, garoto. Ah, não pense que isso vai acabar assim, já que estamos descansados, quero uma rapidinha de despedida. E me beija gostoso como antes, porque quero me lembrar todos os dias do sabor da tua boca.

Me deitei sobre ele e lhe dei sua despedida como queria.

Estava quase amanhecendo quando percebi que meu celular estava gritando feito doido no bolso do meu jeans.

Kleber e eu nos despedimos e nos agradecemos pelas horas que passamos juntos.

Fui direto ao ponto de táxi. Peguei o celular e quando Roberto atendeu, levei o maior sermão da minha vida.

Assim que cheguei em casa, minha mãe e meu pai me esperavam na sala.

Entrei pedindo desculpas e a única coisa que ouvi, foi:

ㅡ bom saber que você está vivo! Vai ficar de castigo por um mês. Quero você em casa depois da faculdade e só vai sair pra ir estudar. Se eu souber que andou desviando caminho, tomo seu celular. Agora vai tomar banho pra dormir. Parece que você saiu de um puteiro. ㅡ Roberto disse e minha mãe estava irritadíssima.

No corredor, senti o cheiro de sexo que exalava de meu corpo. Pois apenas me vesti quando Kleber e eu terminamos nossa rapidinha.

Senti o cheiro do meu próprio gozo em meu peito, pois quando gozei, ele tirou minha camisinha e passou minha porra em meu peito e lambeu em seguida. Foi quando vi meu celular vibrando e me vesti novamente.

Tomei uma ducha e fui dormir.

Pela manhã, acordei e quando cheguei na sala, vi meu pai sentado no sofá.

Ele estendeu o braço em minha direção e me abriguei em seu abraço.

Pedi perdão por não ter avisado que demoraria e me olhando, disse:

ㅡ que isso não se repita, Leonardo. Sua mãe e eu ficamos desesperados. Entendo que estava se divertindo, mas tenha consideração com quem te cuida, filho. Nos deixou sem notícias suas por horas. Ligamos pra tudo que era hospital atrás de você...

ㅡ me perdoa! Nem vi a hora passar. Estava na praia e...

ㅡ eu sei! Suas calças estavam molhadas e cheia de areia. E pelo que percebi, não foi lá só pra nadar. Tua mãe disse que você estava cheirando a sexo, garoto.

ㅡ rsrs, eu percebi.

ㅡ pois é! Só não te dou uma surra porque você nunca me responde quando te chamo atenção...

ㅡ mas e o castigo?

ㅡ permance até segunda ordem...

ㅡ droga, eu ia sair hoje...

ㅡ não vai mais! Pedimos uma pizza e passamos mais tempo em família.

ㅡ tudo bem, pai. Vou falar com a mãe. Ela já acordou?

ㅡ acordou, mas foi a feira. Ah, e como castigo, toma seu café e vem me ajudar a lavar as calçadas. Depois vamos limpar o ateliê do seu irmão. Preciso organizar aquele espaço pra quando ele voltar.

ㅡ caramba, vai me torturar até quando?

ㅡ até quando eu achar que você aprendeu a lição. Agora vai! Toma seu café e vem me ajudar.

Não tive como contestar. Eu estava errado e não deixar meu pai ainda mais irritado, era o melhor a se fazer.

Tomei café e ouvi minha mãe chegando em casa com as compras.

Corri pra ajudar a guardar tudo e, antes de eu pegar as sacolas, ela pediu que eue sentasse no sofá e derramou em mim toda a sua ira.

Acho que nunca, em toda a minha vida, levei tanta bronca.

Ouvi a tudo de boca fechada e ainda disse que eu ficaria sem celular por uma semana.

ㅡ a senhora não pode me deixar sem celular. Como vou falar com o Rick?

ㅡ pode deixar, eu aviso que você está de castigo.

ㅡ isso não é justo. E se me acontecer alguma coisa, como vou te ligar?

ㅡahhh, agora você se preocupa em ligar? Porque ontem, quando me fez pensar no pior, você estava bem alegrinho na putaria.

ㅡ poxa mãe, não fala assim... ㅡ fiquei com tanta vergonha que queria desaparecer.

ㅡ não me faça de boba, Leonardo!

Me da esse celular, agora! Vai usar aquele Nokia velhinho do seu pai.

ㅡ mas não da pra fazer nada naquele celular.

ㅡ quer que eu te deixe mais um mês sem sair?

ㅡ não senhora! Vocês me enganaram. O castigo não era esse.

ㅡ não lembro de ter combinado algo contigo. Seu pai te castigou, mas agora é minha vez. Anda, tira o chip e me passa esse celular. To perdendo a paciência contigo.

Me senti um moleque de dez anos de idade. Entreguei o aparelho e ela foi até o quarto pegar o celular antigo do meu pai.

Quando ela voltou, fizemos a troca e, quando guardei o celular no meu bolso, ela veio até mim e me abraçou.

Pedi desculpas por ter deixado ela tão preocupada e recebi o melhor carinho de mão que poderia existir.

Meu pai já estava com os esfregões nas mãos e comecei a rir de toda aquela situação.

Esfreguei todas as calçadas, cortei a grama e ele me fez limpar todo o ateliê do Rick.

Quando eu estava arrastando a tela com meu esboço, a descobri e fiquei imaginando como ficaria quando terminada.

Senti o peso da saudade. Senti um vazio quando vi suas coisas espalhadas pela mesa e guardei tudo com cuidado e devoção. Deixei o ateliê impecável, pronto para recebé-lo novamente.

Parei por instantes e meu pai disse que não precisava organizar tudo em um único dia, mas fiz questão de não deixar pro dia seguinte.

ㅡ eu só quero te castigar, não te torturar. Está muito quente aqui dentro. Vem, Leo! Vamos lá pra casa?!

ㅡ eu to bem! Não é castigo arrumar as coisas do Rick. Faço isso desde sempre. E me faz lembrar dele. Sei lá, a saudade diminui.

ㅡ também sinto a falta dele, mas já está bem limpo...

Arrumei tudo que pude naquele dia e, como não podia sair a noite, terminei de arrumar no final da tarde.

Minha amiga ficou maluca quando eu disse que estava de castigo e não parava de me zoar quando liguei avisando que estava com um Nokia super velho.

Desliguei pra que ela não especulasse o motivo do castigo e fui pro meu quarto estudar, pois não tinha nada pra fazer.

Meia-hora depois, minha mãe entra e pede pra eu atender seu celular. Era meu irmão.

Fiquei feliz da vida. Ela me olhou sorrindo e disse:

ㅡ você tem dez minutos!

Caramba, minha coroa não estava me dando folga e rapidamente atendi ao telefone.

ㅡ Rick, meu querido! Estão acabando comigo, aqui!

ㅡ kkkkk, to sabendo da sua arte! Falei pra ficar longe de confusão. Foi se encrencar logo com os dois?

ㅡ poxa mano, foi só um esquecimento...

ㅡ onde você estava?

ㅡ na praia!

ㅡ com quem?

ㅡ com uma galera. Tinha uns meninos tocando violão e...

ㅡ e perdeu a hora porque estava na praia com meninos que tocam violão? O pai disse que você estava com cheiro de quem trepou a noite toda, seu safado!

ㅡ sim, mas isso foi depois! Kkkkk

ㅡ kkkkk! Ela é de onde?

ㅡ ela, quem?

ㅡ a garota que você ficou, de onde ela é?

ㅡ não é daqui! Foi embora hoje de manhã...

ㅡ entendi! Bom, liguei pra te dizer que vai chegar um presente pra você. Comprei alguns minos e vou te enviar na semana que vem. Só quero que você não use os perfumes, entendeu?

ㅡ hahaha, entendi, mas qual o problema?

ㅡ nenhum, só me obedece!

ㅡ rsrs, claro que sim! Vai me castigar se eu usar?

ㅡ provavelmente te darei uma surra!

ㅡ kkkkk, então não uso.

ㅡ rsrs, bobo! Ainda temos tempo?

ㅡ diz qualquer coisa, mano! Seja rápido! Kkkk ㅡ ele ficou em silêncio por alguns segundos e de repente, disse:

ㅡ você é a melhor pessoa desse mundo, Leozinho! Moleque safado! Kkk

ㅡ kkkkk, você que é incrível, brother!

Ouvi minha mãe me chamando e disse ao Rick que precisava desligar. Ele ficou emputecido comigo, pois queria conversar mais um pouco, mas a mãe apareceu no quarto e tive que me despedir dele às pressas.

Entreguei o celular e fiquei por alí mesmo, vendo um filme bobo na tv, afinal, eu não podia sair...

*

*

*

Olá! Pessoal, muito obrigado por tudo!

Estou muito feliz e satisfeito por estarem gostando. Desculpe a demora em postar, mas estou fazendo o possível pra não atrasar tanto.

Tenham um ótiml fim de semana! Grande abraço a todos! 😉✌

Happy Pride!! 🌈


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Comentários

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Pessoal, só passei pra avisar que vou postar amanhã a noite. Desculpa o atraso, é consequencia do trabalho. To muito feliz com feedback de vcs. Obrigado pelo carinho! 😊💛

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Cara, muito legal a descoberta da sexualidade. Pena que ele não contou para o Rick. Excelente a história.

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LuCley, você é de uma delicadeza que não encontro em lugar outro nenhum. Tua narrativa é de uma gentileza, de uma harmonia sem igual. Lê-lo me traz uma paz e uma alegria tão amplas que lacrimejam meus olhos. Conte-nos mais, por favor...

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Ansioso para a declaração de amor entre os dois. Conto maravilhoso!!!

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UAU. UM CONTO LINDO, DOCE, PUERIL. DIFÍCIL ENCONTRAR UM RAPAZ FAZENDO FACULDADE QUE AINDA OBEDECE E RESPEITA OS PAIS. COISA DE MENINO BEM INOCENTE MESMO. TEM RAZÃO RICK CUIDAR TANTO ASSIM. DE FATO CREIO QUE QUANDO RICK VOLTAR OS DOIS DEVAM CONVERSAR A RESPEITO DO QUE SENTEM UM PELO OUTRO. AS COISAS FICAM BEM MELHOR QUANDO SÃO ÀS CLARAS E NÃO ÀS ESCONDIDAS. AFINAL SENTIMENTOS GUARDADOS SÓ FAZEM MAL AO CORAÇÃO. A RELAÇÃO DE LEO NA PRAIA TB FOI LINDAMENTE DESCRITA. ME PARECEU ALGO DE MUUTO CARINHO. SE NÃO FOSSE PELO RICK EU DIRIA PRA VC INVESTIR NO RELACIONAMENTO. MAS TEM OUTRA COISA, O CARINHA VAI CASAR E HOMEM CASADO É FURADA SEMPRE.

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abra seu coração para o rique. ele te ama e vai te respeitar.

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Muito bom! Vc é incrível Lucley!! Cada história melhor que a outra! Parabéns! Abraço, querido!

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Como sempre, capítulo perfeito. Estou amando esse conto.

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Simplesmente fantástico... Uma pena qua não tem mais para lê.... Homi continue logo por favor!

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Eles deveriam se abrir, pois acho que os dois se amam....

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