Rei do tráfico - cap 21 Alex
-Alex! – Fui até meu amigo, ele já estava morto. Uns dos tiros tinha pegado na sua testa, sua morte foi instantânea. Eu soluçava entre o choro e o desespero.
Dois homens me puxaram e seguram os meus braços para trás, tentei escapar, mas foi em vão.
-Agora você. -Aquele desgraçado do Guto apontou a arma na minha direção e eu o olhei com raiva.
-Seu filho da puta, por que você fez isso? -Eu gritei me lamentando pela morte do meu amigo.
-Ele teve o que mereceu. -Guto estava em pé na minha frente, a arma estava apontada para minha cabeça e os dois brutamonte me segurava com força.
-Quem é você para saber o que uma pessoa merece, seu monstro. -Meu choro nessa hora sessou, estava com muita raiva, o sangue do Alex estava nas minhas mãos e na minha calça.
Eu tremia, queria matar esse desgraçado.
-O que vou fazer com você? -Ele levantou a arma e coçou ela na sua cabeça.
-Qual seu nome mesmo? -Ele apontou de novo a arma para mim.
Eu não respondi, só o olhava com ódio.
-Responde caralho, qual seu nome? -Ele veio até mim e deu um soco com a sua arma atingindo meu supercílio, doeu muito e começou escorreu sangue, eu não ia cede, queria que ele me matasse.
-Fala logo! -Ele estava sem paciência.
-Pega a carteira dele então. -Um dos caras enfiou a mão no meu bolso e pegou minha carteira e tirou minha identidade e deu para o Guto.
-Michel! -Ele olhou minha identidade e a jogou longe.
-Michel, é o seguinte, você tem que cooperar comigo, se não vai ter um destino igual a do seu amigo.
Eu estava com a cabeça abaixava, a dor estava latejando, o meu sangue pingava no chão.
-Agora me conta o que o Alex queria falar com você? -Ele levantou minha cabeça e segurou meu queixo. O meu olho esquerdo estava fechado.
-Nada que te interessa. -Eu falei entre os dentes. Ele não esperou eu terminar e meu deu outro soco agora com as mãos e atingiu com força minha bochecha.
-Ou você me responde certo as coisas ou eu te mato. -Ele voltou a segurar meu queixo.
-Ele só me contou o motivo dele fugido de você seu monstro. -Eu falei com uma voz baixa, queria que ele acabasse logo com isso, se fosse para me matar, que seja rápido.
-O que ele disse sobre o Cartão? eu sei que ele não levou para a polícia, se fosse assim, já estaríamos preso. -Ele me soltou e foi até o corpo do Alex.
-Nada, não sei de nada sobre esse cartão, já disse que ele só veio me falar sobre... -Eu não conseguir terminar de falar, por que ele tinha abaixado até o rosto do Alex e fechou os seus olhos que permanecia abertos, olhou para baixo e voltou sua atenção para mim.
-Vocês acham que sou idiota, mas isso já basta. -Ele se levantou e foi até mim e olhou para os caras que me seguravam.
-Leva ele até o chalé, o Alex vocês podem enterrar em... -Eu não ia aceitar ele tratar o Alex assim.
-Não, por favor, não trata o Alex como um indigente. -Eu supliquei, os caras tinham me levantado.
O Guto me olhou com os olhos vazios por um segundo e olhou para o Alex de novo.
-Tanto faz. -Ele deu de ombro. -Touro! –Ele se dirigiu para um homem negro que estava atrás dele, realmente parecia um touro de tão alto e musculoso. -Queima o corpo e dar as cinzas para o Michel, já que faz questão de um enterro. -Ele deu risada, aquilo embrulhou o meu estômago, que tipo de monstro aquele demônio era.
Me jogaram no porta mala de um carro e abaixaram a porta com força.
Estava escuro, sentia dor na minha cabeça, sabia que era meu fim, iria morrer. Estava em choque, não sabia o que fazer.
Pensei em como eu tinha chegando nesse ponto? Por que eu estava nessa situação? Eu fui burro em ter indo sozinho, mas o estrago já tinha sido feito. Só me restava esperar.
Demorou uma eternidade mais o carro tinha parado e os brutamontes me tirarão do ponta mala e me levaram para uma casa de madeira. Não tinha nada em volta, só pasto e árvores. A casa era bem antiga e caindo aos pedaços.
Fui levado até um quarto e me amarram em uma cadeira. O sangue do meu corte já estava no meu rosto inteiro. Meu olho estava colado, não conseguia abrir, doía muito, mas o medo era maior.
Fui deixado sozinho por alguns minutos, depois ouço passos de salto alto indo na minha direção e tento olhar quem era.
Para minha surpresa ou não, era a Patrícia. Ela estava com o cabelos soltos, usava calça jeans e uma blusinha preta apertada, que ressaltava seus peitos.
Ela me olhou com pena e depois abriu um sorriso.
-Olha que coincidência, o namorado do meu primo, aqui. -Ela foi cínica, pegou um paninho que estava nas suas mãos, limpou meu rosto e depois colocou no meu corte, apertou com força e segurou por uns instantes.
-Não te esperava aqui Michel.
-Eu eu não esperava que você também fosse uma puta. Aliás, eu esperava sim. -Falei com ódio, aquela vagabunda era da mesma laia que o pai dela.
Ela apertou mais forte meu corte e enfiou as unhas grande e afiadas no meu braço e me olhou nos olhos.
-Muito cuidado com suas palavras, você ainda está vivo por que pedi para meu pai. -Agora eu tinha que agradecer à ela por está vivo?
-Meu pai vai chegar em uns instante, então espero que você coopere com ele, se não vou ter que dar a notícia da sua morte para meu priminho.
Eu cuspi na cara dela, sentir nojo daquela mulher.
Ela me soltou e limpou o seu rosto com as suas mãos.
-Eu espero mesmo que meu pai te mate, seu viadinho. -Ela saiu bufando de lá. Se eu não tivesse amarrado eu ia mostrar para esses idiotas quem era o viadinho.
Fiquei ali por uma hora mais ou menos, mas parecia dias. Ninguém voltou a se aproximar de mim. Pelo menos aquela vadia tinha conseguindo parar o sangramento do corte da minha cabeça.
Ouço de novo passos, dessa vez era mais forte e alto, meu corpo tremeu todo com a presença dele.
-Vamos falar de negócios, Michel. -Ele sorriu e de novo veio o enjôo.
-Por que eu vou discutir algo com você, se eu sei que você vai me matar no final. - Eu já estava desanimado.
-Quem disse que quero te matar? Se eu quisesse era só deixar minha filha voltar aqui. Olha rapaz nunca vi ela tão brava, falou que você cuspiu nela. -Ele deu uma gargalhada alta, eu podia cuspir nele também.
-Agora me diz onde está o cartão, que eu posso pensar em te soltar. -Ele foi direto ao ponto e pegou uma cadeira e sentou na minha frente.
-Eu já disse, não sei nada sobre a merda desse cartão, quero que você o ache e enfia no seu cú. -Estava cansado desses criminosos, não ia ter cuidado com o meu jeito de falar e muito menos ter medo deles.
-Sua fama te precede meu caro. Meus informantes me falaram que meu sobrinho tinha um namorado que enfrentou o rei, olha precisa de coragem para isso.
-Para o inferno você e o rei, agora me mata logo, cansei de ouvir sua voz irritante. -Falei alto e nervoso.
Ele voltou a ri. Foi até uma mesinha que ficava no lado da única janela do quarto e pegou uma faca.
Ele levou essa faca até mim e a enfiou com força na minha coxa direita, eu dei um grito alto e xinguei.
-Aí! seu filho da puta. Se for me matar vai rápido, não precisa ficar me furando. -Eu estava sendo corajoso, nunca imaginei que eu iria conseguir fazer isso. Olhei para minha coxa e saiu sangue, não muito. Ele parecia saber os pontos certos de tortura. Não atingiu nada além de pele e músculos. Mas a dor era absurda. Fiquei sem respirar por um minuto, e soltei a respiração que saiu sobrecarregada.
-Eu não sou tão bonzinho como o meu irmão, é muito menos aceito uma criança me tratar assim. Então cala a sua boca e só responde o que eu quero saber. -Ele pegou de novo a faca e apontou para minha outra coxa.
-Entendeu? -Ele me perguntou e dessa vez eu não fiz e nem falei nada.
-Se você não está com o cartão, sabe a onde ele está? -Ia falar mais uma ofensa, mas ele me apontou de novo a faca e eu somente fiz uma negativa com a cabeça.
-Ótimo, pelo que conheço do Alex, ele não ia entregar esse cartão tão fácil. -Nessa hora alguém chegou correndo na porta, era um cara branco, cheio de tatuagem e cabelo raspado.
-Patrão, eles estão vindo. -Ele respirava forte.
-Ok. Que venham então. -Guto olhou para mim e sorriu, nessa hora meu enjôo veio com tudo e sentir uma
Ânsia de vômito e vomitei no chão daquele quarto.
Narrado pelo Wallace
Como aquele cara era lindo, sortudo do Gabriel por ter conseguido conquistar o coração do Michel.
Ele dormia feito um anjo do meu lado, sentia vontade de abraça-lo, fugir com ele para longe.
Seu cabelo caia nos seus olhos, com cuidado tirei os fios e os levei para cima.
Com o toque em sua pele sentir que meu pau dar sinal de vida, mas eu respeitava o Michel demais e eu sabia que ele gostava do meu patrão.
Somente me permiti o olhar. Mas ele começou a se mexer e eu fechei os olhos e fingir dormir, ele me tocou e meu coração disparou, sentir muito tesão quando ele pegou no meu pau, mas ele levou um susto e deu um pulo da cama.
Ele ficou bravo comigo por eu ter ficado na cama com ele, e me divertir por ver a carinha dele de nervoso. Ficava mais lindo ainda.
Fui para o carro e fiquei lá fora, me deu tédio e fui comer alguma coisa e logo depois voltou para meu ponto. Nenhum sinal do Michel, resolvi ir até seu apartamento.
Passar sem o seu Antônio perceber era fácil, aquele velho vivia indo ao banheiro, devia ter bexiga solta.
Toquei a companhia do Michel, mas não ouvi resposta, de novo toquei e nada. Peguei uma chave que o Gabriel me deu e abri a porta e entrei. Chamei por ele, mas não estava ali, corri para o apartamento todo, nada.
Liguei para o Gabriel, ele disse para eu esperar. Passou uns 15 minutos e ele entrou no apartamento ofegante.
-Onde ele está wallace? -Ele estava nervoso.
-Eu vim aqui ver ele e não o achei, mas não vi ele sair do prédio.
-Que merda cara, você só tinha uma função e não deu conta de fazer. -Ele colocou uma mão na cabeça, às vezes ele parecia muito com o rei.
-Temos que ir atrás dele, príncipe, não deve está tão longe. -Falei pegando meu celular e tentando ligar para ele de novo, mas dava caixa de mensagem.
Descemos e fomos para o carro, nessa hora o celular do Gabriel toca e ele atende rapidamente.
-Oi Patrícia, eu estou um pouco ocupado.... o que? Você está brincando comigo? Vou matar seu pai...-Ele desligou o telefone e o jogou com força para dentro do carro e me mandou entrar.
Formos até a mansão, e ele entrou e o acompanhei.
-Pai! -Ele gritou seu pai e o rei veio até nós.
-Pai, pegaram o Michel, o Guto... -Gabriel falou desesperado e o rei o apenas deu de ombro.
-Pai, você conhece o Guto, ele vai matar o Michel.
-Tá e dai? -Ele disse se virando e voltando para a sala.
-Eu vou buscar ele, se você não quer me ajudar, vai para o inferno.-Gabriel se virou para sair e o rei gritou com ele.
-Gabriel! -O rei agora estava bravo. -Eu não te disse que você ainda ia matar esse rapaz? Isso é tudo consequência da sua incompetência em seguir minhas ordens. -O rei respirou fundo e retomou sua postura e olhou para mim.
-Wallace, junta 20 homens e vai atrás do Michel, eles devem estar naquela casa velha na estrada dos Vincos. A ordem é matar todos e pegar o Michel e trazer ele aqui. -O rei tinha uma voz autoritária e eu somente assentir a sua ordem e fiz menção de sair, mas o Gabriel me parou.
-Eu vou junto. -Eu concordei, mas o rei gritou de novo.
-Não, você não vai junto. -Ele estava com o semblante serio.
-Por que não? É o Michel pai, eu tenho que salvar ele. -O Gabriel parecia uma criança quando o pai o impedia de fazer algo.
-Você não pode morrer Gabriel, é perigoso você ir. -O rei falou por final.
O Gabriel o olhou nos olhos e falou.
-Não importa, eu vou mesmo assim. -Ele deu as costa para o rei e saiu.
-Wallace, proteja o inútil do meu filho, não deixa que nada aconteça com ele. -O rei o disse com um tom de voz preocupado.
-Pode deixar chefe.
*****
Narrado pelo Michel
-Olha Michel, eles vão vim te resgatar, que lindo! -Guto esperou eu terminar de vômitar e me disse com uma voz de ironia.
-Já que não vou conseguir o cartão, tenho um plano melhor.
Eu me desesperei, ele não podia fazer mal ao Gabriel, não podia.
-Já que ele vão vim aqui, eles vão quebrar o acordo, então não temos mais barreiras. Tá na hora eu de visitar meu irmão. -Ele me olhava com uma feição de satisfeito.
-O que? Você não está pensando em...? -Não ele não ia fazer isso.
-Você não acha que todos nós iríamos ganhar com isso, Michel? -Ele foi até mim e se sentou de novo na cadeira na minha frente.
-Vou deixar o Gabriel te resgatar tá? Isso vai ser uma gentileza minha, na próxima vez que nos encontramos não serei tão belevolente. -Ele pegou uma fita e colocou no minha boca.
-Isso é para você ficar quietinho enquanto o seu príncipe vem te buscar. Ah, isso é tão lindo, parece um filme de conto de fadas. Pena que não terá final feliz. -Ele piscou para mim e saiu do quarto.
Aquele cara era realmente um psicopata, não tinha um pedaço de consciência e sanidade.
Merda, o que tinha acontecido aqui? Ele é louco em ir atrás do rei, aquele encontro não ia ser bom para nenhum deles. Estava preocupado com o Gabriel, fiquei mais nervoso, agora eu tinha outro ferimento, estava doendo muito, mas eu tinha que ser forte.
Passou um tempo, não tinha ideia de quanto, mas eu comecei a ficar desesperado.
Ouvi tiros lá fora, gritos e me preocupei. Rezei para que o Gabriel estivesse bem.
Narrado pelo Gabriel
Agora já estava feito, eu desobedeci mais uma ordem do meu pai, mas para proteger o Michel eu iria para inferno para salvá-lo.
Quando a Patrícia me ligou ela disse que o pai dela tinha pegando o meu Michel, aquela vagabunda ainda teve a capacidade de dizer que sentia muito por isso. O caralho que sentia, sempre soube que ela era minha inimiga, que sempre planejava destruí tudo junto com o seu pai, ela era muito mais obediente que eu.
Sair com ela aquela noite para tentar amenizar as coisas, meu pai que pediu isso.
Ele na verdade foi bem incisivo em me obrigar a conquistar minha prima. Mesmo se eu não amasse o Michel eu não teria coragem de fazer nada com ela. Sim, ela era linda e muito gostosa, mas sempre foi uma cópia perfeita do Guto. Ela não tinha piedade por ninguém, muita vezes quando éramos crianças ela bolava vários planos para fazer eu me ferrar e levar um castigo, só pelo fato de sentir prazer nisso.
Depois de adultos ela nunca mais falou comigo e eu evitava o máximo me aproximar dela.
Mas agora o Michel estava em perigo, sentir meu coração pequeno, meu corpo estava tenso e eu não parava de pensar em como estava meu amado.
Juntamos os homens, seria uns 20 mais o Wallace e o Prego.
O pequeno exército seria o suficiente, os que sobraram foram para o galpão, pois tinha chegando um carregamento de droga, meu pai iria ficar sozinho, mas não importava, o Michel era mais importante para mim.
Chegamos na casa antiga e pegamos nossas armas e ficamos alerta, achei estranho quando saímos no carro e não achamos nenhum guarda. Mandei metade dos rapazes por trás e uns para o lado, aquilo estava errado, eles deviam está dentro da casa.
O Wallace me parou quando fui em
Direção a porta de entrada.
-Príncipe, isso está estranho! -Eu e Wallace estávamos olhando para todos os lado em busca de alguém.
-Sim, não ouço nenhum barulho.
-Será que Michel não está em outro lugar? -Ele falou confuso.
-Só tem um jeito de saber. -Dei um chute forte na porta de entrada daquela casa velha e a porta se abriu. Um bandido entrou na nossa frente e o Wallace rapidamente o matou dando dois tiros no peito do bandido.
Narrado pelo Michel
Meu coração estava disparado, tentava gritar, mas não conseguia por causa da fita, fiquei desesperado.
Sinto uma onda de arrepio quando alguém entra no quarto e vejo que era o Gabriel e o Wallace.
Tentei gritar com eles, falar que era uma armadilha, mas não conseguia, merda, aquilo não estava acontecendo.
-Meu Deus Michel. -O Gabriel gritou quando me viu. -Vou matar aquele desgraçado, olha seu rosto. -Ele fez careta de dor quando me viu, eu tentava gritar e me soltar, mas não estava conseguindo.
Ele correu até mim e tirou bem devagar a fita, aquilo era uma tortura.
Antes mesmo de tirar a fita por completo eu gritei.
-É uma armadilha Gabriel... o Guto... ele vai... -Eu não conseguia falar direito, estava desesperado.
-O que? Armadilha? Guto? -Gabriel me olhou confuso e passou a mão no meu rosto.
O Wallace já estava me desamarrado e me olhava também.
-É uma armadilha Gabriel, o Guto vai para mansão, seu pai...
O Gabriel entendeu e entrou em pânico. O Wallace já me ajudava a ficar em pé.
-O que você está falando Michel?
Ele estava parado com cara de espanto.
-O Guto esperou você vim aqui para poder ir na mansão atrás do seu pai, não sei o que ele vai fazer. -O Gabriel olhou para o Wallace e ele assentiu.
-Vamos Gabriel, temos que ir lá antes dele chegar na mansão.
Gabriel me olhou e saiu correndo. Tentei ir atrás dele, mas o wallace me segurou.
-Michel, calma. -Tentei escapar e o olhei furioso.
-Calma o caralho, sabe o que eu passei nessas últimas horas? -Eu gritava com o Wallace
-Vamos na mansão agora! -falei me livrando dos braços do Wallace.
Ele me ajudou e saímos apressado até uns dos carros, os outros já tinham indo embora.
-Michel, temos que te levar em um hospital, você está ferido. -O Wallace falava calmo enquanto dirigia, mas corria pela estrada feito um louco.
-Não! Vamos para mansão. -Eu gritei essa ordem e ele somente olhou para frente.
O caminho até a mansão parecia uma eternidade, não conseguia respirar direito.
Chegamos lá, mas parecia ser tarde de mais, os homens dos Reis estavam andando pela extensão da mansão avaliando os mortos. Tinha vários corpos sem vidas no chão, tinha muito sangue e destruição. Estava tudo em silencio e aquilo me assustou.
-Fica atrás de mim, Michel. -O Wallace me colocou atrás dele e foi em direção da mansão com calma e observando tudo ao seu redor.
Quando entramos, tinha mais corpos de bandidos mortos, vários. Uns que nunca tinha visto e outro que eu reconhecia.
Prego estava parado na entrada na sala com a cabeça baixa, aquilo me assustou, ele me olhou e indicou a onde eu tinha que ir.
Corri até a sala e me deparei com uma cena horrível, Gabriel estava debruçado em cima do corpo do rei.
Ele chorava muito, chegava a soluça.
Cheguei mais perto, devagar e me ajoelhei.
-Michel, por favor...faça alguma coisa... –ele chorava muito, fazia cara de dor e estava desesperado.
Olhei para o rei, e avaliei a situação, tira levado três tiros, um na abdômen, outro na clavícula e um no seu peito, mas esse último tiro tinha pegado no coração. Tinha muito sangue, o rei respirava rápido e profundo. Saia sangue pela sua boca e ao seu redor tinha uma poça enorme do líquido vermelho.
Eu não tinha o que fazer, não restava muito tempo de vida para o rei Marcos.
O Gabriel me olhava, ainda tinha esperança nos seus olhos, mas eu fiz não com a cabeça e ele chorou mais ainda.
-Fi...lho. -O rei tentou falar e o Gabriel se afastou um pouco do corpo dele.
-Pai, por favor não me deixa.
-Filho... sua... mã...mãe...tá viva. -Ele tentou falar, mas estava perdendo suas forças.
-O que? Minha mãe está viva? -Gabriel o olhou confuso e ainda caia lágrimas dos seus olhos.
-Sim...o cartão... Perdoa filho... eu te amo... -Ele não falou mais nada, seu corpo amoleceu e ele morreu. Eu comecei a chorar por ver o Gabriel naquele estado, e por tudo que tinha acontecido hoje. Mas a reação do Gabriel foi pior, ele abraçou seu pai e chorou demais, gritava pedido que o pai deve não morresse.
-NÃO PAI, NÃO.
*****
Gente eu chorei, escrevi a historia chorando, tadinho do príncipe.
Bom vamos limpar os olhos e esperar por segunda feira neh? Beijos amo vocês
Comentários
Que ódio que não teve fim
Cadê o restante do conto está muito interessante !!
Àqueles que gostariam de terminar a estória, ela encontra-se no Wattpad, é só entrar pelo link que ele deixou no final do penúltimo ou antepenúltimo capítulo. Leiam, é viciante e incrível!
Super demais, bom e interessante.
espero que não fique que nem os outros contos, que demora muito e nem termina o conto, assim como aconteceu com EU TE AMO SEU MERDa
Porra, esse capítulo foi espetacular!!!!! Eu achava o rei cruel mas esse Guto ultrapassou todas as barreiras... Isso é filho do 7 peles... E essa Patricia é a neta... Eles tem que se fud... muito!!!! Apesar do rei não ser nenhum santo senti a morte dele, mas sofri mais pelo Gabriel... Agora a notícia da mãe dele viva foi para dar um alívio... E pelo que entendi o paradeiro dela está no cartão. Agora Michel tem que entender o que Alex quis dizer com estar no lugar que ele mais ama, para poder encontrá-lo... Caraca, agora fiquei numa ansiedade só!!!!
O Guto é um monstro
O Guto tem que sofrer
Esse Guto tem que morrer da pior maneira possível. Tadinho do Gabriel chorei muito com esse final. A mãe do Gabriel está viva, uma informação que eu já suspeitava. Eu nO aguento esperar até segunda. Presenteia a gnt com mais um capítulo novo essa semana.