Kadu, o boy encantador... Uma historia quase real. 2-4

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 1606 palavras
Data: 28/11/2018 19:51:39
Última revisão: 28/11/2018 20:20:55

Não demorou muito e eu caí no sono. Acordei pelos solavancos da estrada. Kadu estava com a cabeça apoiada em meu ombro, e João dormia na poltrona vizinha à nossa.

Fizemos uma pausa em um restaurante na estrada, onde tomamos um banho e aproveitamos para almoçar. Arthur, André, João e eu sentamos em uma mesa e ficamos batendo um papo sobre as expectativas de jogar em Brasília. Kadu e seus amigos sentaram em uma mesa um pouco mais distante. João não conseguia se concentrar e nem disfarçar seus olhos penetrados em Kadu. Eu tinha que ficar na minha e deixar João caminhar com suas próprias pernas.

- por que o Kadu ficou ao teu lado na poltrona? – perguntou João me arrastando para uma área reservada.

- eu sei lá. Vai perguntar pra ele.

- ele comentou algo sobre mim?

- não, João.

- e sobre o que vocês conversaram?

- sobre nada João. O cara dormiu a viagem inteira e ainda babou meu ombro todo.

- poxa, mas o que foi que deu errado?

- ele não estava no clima de festa, parece que tava sentindo dores na cabeça.

- ah é? Ele não me falou nada.

- acho que ele não achou necessário.

João mudou seu semblante de triste para esperançoso.

- que cara é essa? – perguntei sorrindo da feição dele.

- to pensando em uma coisa aqui. – ele esfregou as mãos.

- fala.

- você me deixa sentar no seu lugar? Ai eu cuido do meu amor e ganho pontos com ele.

- por mim, sem problemas. Eu sento lá atrás.

- obrigado, Lucas. Você é a melhor pessoa do mundo.

- a segunda, a melhor é meu pai.

João riu.

Após o almoço retornamos à van. Ao entrar, peguei minha mochila e dirigi-me a parte traseira do veículo, já João, sentou em minha poltrona e colocou seu fone no ouvido.

- ninguém mais dorme. – falei cumprimentando o Arthur.

- aí sim hen manin!? – brincou André.

Aumentamos o volume da caixinha e começamos a dançar um funk pesadão.

Tínhamos uma mania, talvez ate besta, de ficar abaixando o short dos colegas e dar fortes tapas no glúteo. Isso apenas com quem tínhamos muita intimidade. O time de futsal foi retornando aos poucos e para infelicidade do João, Kadu entrou e foi direto para o fundão. Ao passar por mim, o cara calibrou a mão e acertou em meu traseiro. Não fiquei ofendido, pois aquela brincadeira era muito comum na nossa geração.

- hey galera, eu e o Matheus compramos uma caixinha de devassa lá no restaurante, mas temos que manter isso em segredo hen!? – disse Kadu.

- eu topo. Se vazar, seremos desclassificados. – disse Doug, um jogador do nosso time.

- não é querendo ser chato não, mas você disse que estava morrendo de dor na cabeça. – falei.

- falei sim, mas já estou bem melhor. Acho que era só sono mesmo.

- to ligado.

- pois é. Alguém do teu time trouxe caixa térmica? – ele perguntou.

- não que eu saiba, mas isso é fácil de resolver, ao lado do banheiro eu vi uma espécie de freezer.

- po, então vamos estocar as cervas la dentro. – disse Kadu.

- demorô. Guarda lá que eu vou chamar o João.

- qual João?

- do nosso time. – falei.

- deixa ele dormir po.

- ele não ta dormindo não, tava só descansando.

- então deixa ele descansar.

- velho, essa caixinha e esse globo aqui são dele, e porque você ta querendo lavar o cara?

- Aquele bicho é mó bola fora.

- por que tu ta falando dele assim?

- porque é assim que ele é.

- eu discordo, cara. O João é muito gente fina, e tu deveria ser grato pelo tanto de coisa que ele faz por você.

- A é? Me diz que tanto de coisa é essa que ele faz por mim? – disse isso cruzando os braços e fazendo pose de ‘’boyzinho marrento’’.

- esquece! – falei virando as costas.

- espera, Lucas. – disse segurando meu braço. – fala pra mim. Fala o que esse cara te disse a meu respeito.

- deixa quieto.

- você é um cuzão.

- por que eu sou um cuzão? – dessa vez foi eu que cruzei os braços e fez cara de machão.

- vem defender teu amiguinho sem ao menos saber da verdadeira história.

- eu conheço o João desde moleque, e ele tem todos os defeitos do mundo, mas sei que nessa história ele é a vítima.

- então vai lá consolar ele, aproveita e dar umas lambidinhas de leve nos ovos dele também. – falou tirando sarro.

- va tomar no seu cu. – furioso, virei-me e sentei em uma poltrona da parte da frente da van.

Já era noitinha quando o motorista estacionou a Van em uma rodoviária do interior. Paramos para tomar um banho e jantar alguma coisa.

Após a refeição, João me convidou para uma conversa.

- sobre o que vocês estavam falando aquela hora na van?

- sobre nada ué. – respondi seco.

- ele comentou alguma coisa sobre mim?

- não.

- certeza?

João estava aflito, seus olhos inchados denunciavam que ele havia chorado muito durante o percurso.

- por que tu não conversa com ele?

- se ele ao menos tirasse um tempo pra mim. – ele suspirou.

- talvez você consiga pela insistência. – falei voltando à van.

Sentei na parte do meio da van, onde estava tudo escuro. Meus pensamentos me levavam até o Kadu.

- que diacho está acontecendo comigo? – eu pensava.

Cobri meu rosto com uma pequena toalha e tentei dormir. Aos poucos, a van foi sendo tomada pelo retorno dos jogadores que ainda estavam jantando.

Kadu tirou a toalha do meu rosto e, com as mãos, apertou fortemente meus lábios.

- o nenezinho ainda está zangado? – disse rindo.

Kadu estava completamente bêbado e ainda trazia mais cerveja na mochila.

Ao invés de ficar zangado, sorri. Que mãos macias ele tinha.

- afasta pra lá. – disse Arthur sentando ao meu lado e me entregando uma latinha de cerveja.

- ta doidão também? – perguntei.

- não, estou suave. E você por que não ta bebendo com a gente?

- to querendo chegar sóbrio la em Brasília.

- e eu to querendo chegar doidão, tomar um banho e tirar um cochilo no hotel. Como será o hotel que vamos ficar lá?

- não sei óh, mas espero que seja cinco estrelas com uma piscina para cada quarto.

Arthur sorriu.

- porra! Aí, sim. – disse levando a mão esquerda ate a nuca. – e qual é a do João que ta afastado da gente?

- acho que ele ta com dor na cabeça. – menti.

- hum. Bora la pra onde esta o frevo.

- bora! – confirmei.

Kadu dançava apenas de bermuda girando a camiseta no alto.

- apareceu? – ele foi sarcástico.

- só pra pegar uma cerva. – falei.

- me trata como vagabundo, mas toma da minha cerveja?

- beleza. Então enfia essa porra aí no cu.

- hey. – mais uma vez ele segurou meu braço e sorriu. – não sabe quando alguém fala contigo na brincadeira não?

Respirei fundo.

- eu não to muito pra brincadeira não.

Ele levantou as mãos para o alto em forma de redenção.

- parei de brincar com você então.

- vlw. – disse abrindo uma latinha.

Kadu voltou a dançar. O cara tinha carisma e sabia marcar sua presença. Minha cabeça, mesmo confusa, pensava muito naquele cara. Seus olhos, sorriso, corpo... Tudo nele me chamava atenção.

Ficamos curtindo ate altas horas. Naquela mesma noite chegamos a Brasília. No hotel, outras delegações nos esperavam. Para cada quarto ficavam 3 atletas. Fizemos a identificação na recepção e subimos. Arthur, João e eu dividimos o mesmo cômodo.

- vocês vão tomar banho agora? – perguntei ficando só de cueca dentro do quarto.

- eu vou dar uma ligada pro meu pai. – disse Arthur.

- e eu vou desfazer minha bagagem. – falou João.

- beleza, então o banheiro é todo meu.

Saí do banho e já passavam das 22h. Arthur e João já não estavam mais no quarto. Coloquei um short de jogar, joguei uma regata no ombro, passei um malbec e desci pra ver o que estava rolando. Ao sair do quarto topei com o Kadu se equilibrando nas paredes para não cair.

-tu ta ai bravinho? – disse ele com os olhos vermelhos de tanta cachaça.

- cara, tu ta louco? Se teu professor te pegar assim, você vai ser desclassificado do campeonato.

- relaxa bravinho, ta tudo sobre controle. – ao dizer isso, Kadu não conseguiu se manter em pé e caiu.

- deixa eu te ajudar. – falei tentando o reerguer. – qual é teu quarto?

- caralho, o cartão do meu quarto ta com o Matheus e o Yuri lá embaixo.

Kadu apoiou-se em mim e consegui coloca-lo de pé.

- espera aqui que eu vou atrás deles.

- espera. – ele segurou-me pelo braço mais uma vez.

- aqui é perigoso demais e alguém da organização dos jogos pode me ver.

- quer ficar no meu quarto enquanto desço pra ver se encontro os caras?

- quero. – disse ele seguido de um arroto.

Procurei os outros jogadores por todos os lados, mas não encontrei ninguém. Retornei ao quarto, e Kadu estava apenas com uma cueca box toda suada e molhada de cerveja.

- velho, tu ta todo imundo.

- vou dormir sozinho mesmo. – disse ele se jogando em uma das camas.

- hey, hey, hey, ai não po. – tentei evitar, mas já era tarde.

Kadu, atravessado, deitou na cama. Com muita dificuldade, consegui vira-lo e deixa-lo numa posição mais confortável. Seu pênis estava meia bomba e era possível ver resquícios de sêmen.

- esse bicho tava batendo punheta dentro da van? – pensei e sorri ao imaginar a cena.

João entrou no quarto com algumas sacolas e me olhou com desconfiança ao ver seu grande amor ali.

- o que o Kadu ta fazendo aqui? – perguntou ele jogando as sacolas no chão.

****

Quando for beijar alguém

testa esse beijo em mim

Antes de amar meu bem

Testa esse amor em mim.

Me prenda, me abraça e não saia

Aceito esse emprego de cobaia.

Me prenda, me abraça e não saia

Aceito esse emprego de cobaia.

****

Continua...


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Comentários

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E essa agora... Só falta o João dar show pensando que Lucas traiu ele... E o que será que Kadu quis dizer quando disse que Lucas não sabe a verdadeira história? Será que João vem mentindo para Lucas? Está claro que está rolando um interesse entre Lucas e Kadu. Será que Kadu tentou usar João de ponte para se aproximar de Lucas e João, por ciúme inventou aquele monte de histórias? Complexo....

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Agora o João vai achar que o amigo o traiu? E qual a parte da história que o Kadu disse que o Lucas não sabe? Ôxe, cheio de perguntas aqui, hehehe

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Quase tive uma ataque cardíaco quando vi que tinha atualizado seu perfil. Fazia tempo que não frequentava a cdc, porque você junto com outros autores bons resolveram parar de publicar. Estou muito feliz que tenha voltado, mano, você é 10.

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Esse lance vai dar B.O. esse Boy vai acabar com essa amizade

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