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Depois do almoço aproveitamos para descansar um pouco.
Meu avô estava no quarto com minha mãe e, meu tio Paulo, foi caminhar pela fazenda com seu Otaviano.
Procurei a Sabrina que estava na casa grande fazendo sei lá o quê; e quando perguntei se podia entrar, ela disse que já estava descendo. Ela estava muito estranha. Achei melhor deixá-la sozinha e desci até em casa pra ficar com o Ricardo.
Ele estava na varanda deitado na rede e percebi que era uma boa oportunidade para namorarmos.
Quando ele meu viu, esticou o braço me chamando pra deitar com ele.
Comecei a rir. Era óbvio que se eu me deitasse com elw alí, iríamos despencar. Ele sempre foi grandão, tanto na altura, quanto em massa corporal e juntando eu, que estava maior, por causa da academia, era certo que a rede não iria aguentar.
ㅡ não vou me deitar aí contigo. Vamos despencar. Se liga, man!
ㅡ até parece! Vem, descansa aqui comigo.
ㅡ vai dar merda, Cadão!
ㅡ só vem!
Sem querer contrariar o senhor sabe tudo, me sentei devagar e, me ajeitando pra ficar meio de lado, senti ele nos balançando.
Encostei minha cabeça em seu peito e senti sua mão acariciando meu pesçoco, subindo pelo meu rosto e me puxou pra me beijar.
Mordi seus lábios devagar e ele sorriu dizendo que estava gostoso.
Aproveitei que estávamos sozinhos e entrei com minha mão por dentro de sua camisa e apertei devarinho seus mamilos que se excitaram na hora.
ㅡ me deixou de pau duro. ㅡ ele disse e beijei seu rosto.
ㅡ estou vendo! Te amo, Pedro Ricardo!
ㅡ minha vida! Senti tua falta! É horrível dormir sozinho!
ㅡ então dorme pra sempre comigo! Me deixa ser seu capitão! Vou comandar seus sonhos e te ancorar no meu abraço.
ㅡ em sete meses de namoro, você já redefiniu toda a minha vida. Tudo que eu faço é pensando em nós dois. Você interfere em todas as minhas decisões. Meu comandante!
ㅡ oh meu Cado, fico todo bobinho quando fala desse jeito. Bobinho no sentido safado da coisa também! Olha aqui, acordou o Lipinho. Agora ele vai ficar todo animadinho pra cima de você. Quer brincar com ele de esconde-esconde?
ㅡ caralho! Você não tem jeito, mesmo! Kkkkk
ㅡ me da um beijo, já que está me negando diversão! Kkkkk
ㅡ vem aqui! Depois brincamos!
Estávamos em um beijo gostoso, mas sem pegação. Em toda minha vida, nunca havia sentido tanta coisa boa em um beijo, como eu sentia com ele.
Seus lábios eram extremamente quentes e sua língua brincava no céu da minha boca fazendo cócegas. Segurei seu queixo e o mordi. Ouvi sua respiração ficando ofegante e antes de eu pensar em me deitar sobre ele, ouvi passos no assoalho e fui parando o beijo devagar. Era meu pai. Se desculpou por nos interromper e, Ricardo sorriu envergonhado dizendo que estava tudo bem.
ㅡ eu queria que vocês fossem até a cidade pra comprar umas coisas aqui pra casa. Já fiz uma lista. ㅡ meu pai disse me entregando.
ㅡ precisa pra logo? Quero levar o Lipo pra dar uma volta.
ㅡ não é urgente! É pro jantar.
ㅡ tudo bem! Não vamos demorar.
Olhando bem pra nossa cara, meu pai pediu pra eu me levantar devagar e olhei pro Cado com cara de "vai dar merda".
ㅡ onde vocês dois estavam com a cabeça pra se deitarem nessa rede? Olha o tamanho dos marmanjos?!
ㅡ eu disse pro Ricardo, mas ele insistiu. ㅡos dois se riam feito duas hienas da minha cara.
ㅡ é só ir levantando devagar que não arrebenta, amor. ㅡ disse o Cado e fiquei puto com ele.
Quando me inclinei pra frente, senti a rede rangendo e despencamos.
Caímos de bunda no chão e fez um barulho horrível por causa do piso de madeira. Parecíamos duas jacas maduras.
ㅡ estava na cara que isso não ia prestar. ㅡ meu pai disse se matando de rir e saiu fora.
ㅡ culpa sua, Cadão! Falei que ia dar merda. Arrebentei minha bunda!
ㅡ se machucou?
ㅡ não, só estou dolorido!
ㅡ ninguém mandou você ser desse tamanho. Kkkk ㅡ ele começou a rir de novo e me levantei.
ㅡ ah sim, sabidão! Falou o entendido...vou trocar de roupa!
Guardei a lista de compras no bolso e ouvi meu pai rindo na cozinha. Chamei o Ricardo pra ir comigo até o quarto e se lembrou dos presentes que havia levado pra mim, mas ainda estavam no carro.
Eu trocava de calça quando ele voltou com uma caixa enorme. Sempre exagerado.
Abri e só ele mesmo pra comprar tanta cueca. Acho que tinha umas dez; metade branca, metade preta. Tinha uns moletons tipo swag, algumas regatas brancas que ele sabia serem minhas favoritas, camisas de botão e dois jeans skinni lindíssimos.
Agradeci lhe dando um beijo e brinquei quando disse que ele já estava cansado de me ver com roupas batidas.
ㅡ rsrs, algumas estão bem desbotadas. ㅡ ele disse e comecei a rir.
ㅡ kkkkk, bota desbotada nisso. Mas sou assim. Sou um homem do campo e não estou acostumado a trocar todo o guarda-roupa à cada dois meses. Por mais que hoje, eu viva com certo luxo, não perdi meu jeito. Ainda mais com roupas, vou usando até rasgar.
ㅡ me desculpa se te ofendi. ㅡ ele fez um carinho no meu rosto e beijei a palma da sua mão.
ㅡ oh meu amor, não me ofendeu em nada. Sei que você gosta de me agradar, de me comprar coisas e sei ser de coração. Não estou reclamando, só estou dizendo que continuo esse mesmo rapaz de sempre. Não ligo muito pra certas coisas.
ㅡ gosto de cuidar de você. Até porquê, se depender só de você pra se vestir, vai sair na rua pelado.
ㅡ é bem isso! Nem ligo mais que me dê presentes. Economizo uma grana do caralho! Kkkkk
ㅡ kkkkkk, espertinho! Está lindíssimo com essa roupa.
ㅡ obrigado, você também! Gostei de tudo, de verdade. Comprou tudo do jeito que eu gosto. Caramba, me conhece mesmo.
ㅡ cinco anos te vendo por uma câmera de celular, queria o quê? Conheço todos os seus looks. Mas eu gostava de quando estava só de samba canção. Era uma delícia.
ㅡ acho que mesmo sem intensão, usava só pra te provocar. Porque você me deixava doido quando ligava a câmera e estava secando os cabelos. É daí que vem essa minha tara. Adoro te ver saindo do banho, secando os cabelos e com a toalha presa à cintura. Se você se visse, se pegaria na hora. Kkkk
ㅡ não fala assim, seu pai está na sala.
ㅡ ops! Será que ele ouviu?
ㅡ rsrs, não sei. Vamos? Não quero voltar muito tarde da cidade. Quero dormir mais cedo hoje pra podermos aproveitar amanhã.
ㅡ nunca imaginei dizer isso, mas estou com saudades do meu Ap, das minhas coisas...de ficar à sós contigo e te namorar do jeito que eu gosto.
ㅡ amanhã vamos pra nossa casa. Vai me namorar do jeito que você gosta. Agora, vamos logo comprar o quê seu pai pediu.
Fomos até a cidade e tive a impressão de estar sendo observado assim que entramos no supermercado.
Era como se as pessoas estivessem nos olhando e comentando sobre nós.
Na realidade, elas estavam!
Enquando o Ricardo pegava um carrinho, fui até a panificadora e dei de cara com a Clotilde. Ela estava lanchando, sozinha, mas quando me viu, se levantou e veio até mim. Nos cumprimentamos e quase me surpreendi quando ela perguntou sobre meu namorado. Talvez essa fosse a razão de estarem nos olhando quando o Ricardo e eu chegamos.
Três funcionários da fábrica eram de Santo Amaro e com certeza fizeram questão de espalhar a notícia de que namorávamos. Afinal, nunca fizemos questão de esconder. Desde a inauguração da fábrica que chegamos e saímos de mãos dadas. Óbvio que a fofoca se espalharia, ainda mais por aquelas bandas.
Sorri e disse que ele estava comigo. Percebi que ela queria me perguntar algo e de repente ela diz:
ㅡ você e o Bernardinho namoravam, não é mesmo? ㅡ quase comecei a rir.
ㅡ sim! Será que todos sabiam?
ㅡ não, eu só liguei os fatos agora. Vocês não se desgrudavam. Além do mais, nunca te vi com nenhuma menina na época. Agora faz todo sentido.
ㅡ pois é, esse sou eu! So estou chocado com a rapidez de como a notícia se espalhou.
ㅡ até parece que não conhece o povo dessas bandas? Adoram falar da vida alheia.
ㅡ percebi. Quando entramos, ficaram cochichando.
ㅡ imagino, pelo menos aqui ninguém é maníaco. O povo daqui evoluiu junto com a cidade. Por isso gosto tanto daqui. Na verdade, Erculano não fica muito atrás, ou você já teria reclamado.
ㅡ te ouvindo falar, acho que está certa. Nunca senti rejeição em nenhum lugar que fomos. Sempre nos recebem muito bem. Cheguei a pensar que talvez seja pelo Ricardo ser um dos donos da fábrica.
ㅡ não, o povo dessa região em sua maioria são bem mente aberta.
ㅡ bom pra mim! Kkk
ㅡ fiquem tranquilos! Na certa estão comentando como vocês são bonitos.
ㅡ rsrs, tomara! Odeio confusão.
ㅡ relaxa! Olha alí seu namorando...
Ricardo nos viu de longe e veio até nós. Os apresentei e por incrível que pareça, ficamos os três de papo por alguns longos minutos.
Ela perguntou como minha mãe estava e se poderia receber visitas. Disse que sim. Seria ótimo minha mãe ter com quem conversar durante os noventa dias de recuperação e pedi que fosse com sua mãe até a fazenda
Assim que a Clotilde se foi, fomos fazer a tal compra e o Ricardo aproveitou pra comprar uma caixa de vinho pro meu pai. Comecei a rir e ele disse que era o jeito dele conquistar o sogro. Como se eu já não soubesse.
Estávamos no caixa e contei pra ele sobre minha conversa com a Clotilde e, segurando minha mão, disse que adorava ser o centro das atenções.
ㅡ você sempre foi metido, Cado.
ㅡ kkkk, não muito! Mas quando vi que havia funcionários daqui de Santo Amaro, já imaginei que esse tipo de notícia se espalharia. Mas também nunca fizemos questão de esconder...
ㅡ bem que você falou que seria melhor assumirmos de vez.
ㅡ conheço bem os caminhos por onde passamos. Já caminhei muito por eles. Um romance às escondidas seria mal visto e viraria escândalo.
ㅡ ainda mais você sendo meu patrão.
ㅡ por isso também! Mas já chegamos mostrando quem éramos e não foi tão chocante. E a Clotilde está certa em dizer que esse povo evoluiu com a cidade. Isso é bom, pra todo mundo. Erculano também é uma cidade muito tranquila. Nunca tivemos problemas.
ㅡ espero que continue assim. Deve ser horrível viver em qualquer lugar com as pessoas te olhando torto.
Pagamos as compras e levamos até o carro.
Perguntei onde ele me levaria e disse que iríamos até a pedreira pra ver o pôr do sol.
Adorei a ideia. Além do mais, lá era super tranquilo e eu já estava tramando uma sacanagenzinha. Sou puto nato, em pele de cordeiro, mesmo. Ricardo sempre dizia isso e eu chorava de rir.
Quando chegamos, nos sentamos no chão, encostados no carro e vi que ele olhou o relógio.
ㅡ está com pressa de ir embora?
ㅡ não, é que o Augusto deve estar chegando com o marido da Sabrina e as crianças.
ㅡ eu não sabia que eles viriam.
ㅡ imagina que ficariam sem ver sua mãe!
ㅡ adoro a família toda reunida.
ㅡ eu sei, meu amor!
ㅡ como estão as coisas na fábrica? Percebi que você ficou bem ocupado durante a semana.
ㅡ estava bem corrido, mas deu tudo certo. A soja já chegou e o Pablo fez tudo como você havia planejado. Fica tranquilo. Ah, o pessoal sentiu sua falta.
ㅡ capaz?! Jura?
ㅡ claro! Você é o único que sempre chega de bom humor, sorrindo e contagiando todo mundo. Eu estava almoçando com o pessoal e perguntaram de você. Eles te adoram.
ㅡ poxa, eu fico feliz que tenham carinho por mim. É bom se sentir querido, cara.
Senti sua mão entrando por dentro da minha camisa e me ajeitei em seu corpo pra ficar mais perto.
Eu estava sentado entre suas pernas. Suas mãos desabotoavam minha camisa e senti seus dentes mordendo meu ombro.
Me levantei e me sentei de frente pra ele. Sua boca veio de encontro aos meus mamilos que reajiram na hora quando sentiram seus lábios quentes.
Tirei minha camisa a jogando no chão. Rebolei em seu membro e senti crescendo entre minhas nádegas. Adorei. Ele mordia meu pescoço e entre em beijo e outro, ele dizia que me amava, me chamava de meu amor, meu macho, meu homem e mais algumas safadezas que deixou o Lipinho duro na hora.
Fui por cima dele e sorri quando ele tentou se virar se brussos. Falei:
ㅡ fica assim! Quero ficar por cima, quero boca, quero olhos, quero te ver sentindo prazer. Quero você todo!
ㅡ tem uma manta velhinha no porta malas, pega pra gente se deitar?
Peguei a tal manta e quando o olhei, ele me esperava nu. Estava em pé e estendemos a manta no chão.
Nos abraçamos em um duelo de titãns e nos deitamos trazendo conosco todo tesão que estávamos sentindo.
Nos amamos ali. Novamente ele estava em meus braços como deveria e nossos corpos se uniam e se davam as mãos em perfeita comunhão.
Fizemos amor sem pressa. Gozamos nosso amor pelo outro e ainda tivemos o prazer de ter o sol como plateia de tudo que fizemos ㅡ nos assistia da área Vip.
Estávamos entrelaçados um no outro e cansados demais pra dizer qualquer coisa. Nossos corpos conversávam entre sim por espasmos, suor e uma enchurrada de alegria. Depois da luta eu me tornava seu protegido e fui acolhido por ele em um carinho sem fim.
ㅡ Lipo, acha que sou bom pra você?
ㅡ em todos os sentidos! Por quê essa pergunta agora?
ㅡ só pra saber.
ㅡ Cado, meu amor por você é surreal. Porque não te amo só como homem; te amo como meu amigo e te admiro como ser humano. E você estava certo quando disse que precisou me esperar crescer pra iniciar tudo isso que temos hoje. Aproveitei o máximo que pude durante todo tempo que fiquei na Capital; estudei, namorei, me formei e te esperei com a certeza que teria o melhor de você. Se não fosse como amante, pelo menos como um grande amigo. Seja lá o tipo de relação que teríamos, eu ficaria satisfeito, pelo simples fato de ter você ao meu lado.
ㅡ você sempre consegue fazer com que eu te ame ainda mais. É mesmo um sedutor nato. Admitir pra mim mesmo que te amo foi a melhor coisa que fiz na minha vida. Porque esperar cinco anos pra te ter em meus braços foi o maior de meus desafios. O impressionante é por todo esse tempo, meu amor em nada diminuiu, só fez somar. Caramba, como pode isso?
ㅡ só sei que é! Agora me beija, porque ainda to com saudade. Da pra dar mais umazinha, Cadão?
ㅡ eu só tinha essa camisinha!
ㅡ sério? Magoei, man!
ㅡ kkkkk! Me fodeu por quarenta minutos, haja eu!
ㅡ claro! Em casa meto em você uma madrugada inteira e durmo querendo mais. Kkkk
ㅡ e você ainda tem coragem de me chamar de puto? Puto é você!
ㅡ oh meu, rei...adoro quando você me elogia. Kkkkk
ㅡ sem vergonha! Kķkk
Ouvi um celular tocando e era do Ricardo. Ele atendeu e quando desligou, disse que meu pai estava nos esperando.
Usamos um pacote inteiro de lenço umedecido em nossos corpos pra tirar o cheiro de sexo.
Fomos direto pra fazenda e quando chegamos, estranhei a porteira estar aberta.
Deixamos o carro na garagem e notei que estava tudo calmo demais. Fiquei preocupado.
ㅡ estranho, não estou ouvindo ninguém. Minha mãe, Cado! Será que passou mal novamente e tiveram que sair às pressas? Por isso a porteira estava aberta?
ㅡ hum, acho que não. Ou já teria nos ligado pra avisar. Vai ver estão lá na casa grande.
ㅡ não vi ninguém quando passamos por lá. Está tudo apagado.
ㅡ relaxa! Se fosse urgente, nos ligariam.
Estava tudo muito quieto e não se ouvia nem mesmo as crianças.
Chegamos em casa e a porta estava fechada, mas não trancada.
Girei a massaneta e um barulho ensurdecedor tomou conta do ambiente e as luzes foram acesas.
Fiquei paralizado quando vi todos gritando SURPRESA e o Ricardo me abraçando pelas costas dizendo que me amava.
Eu literalmente estava em choque, emocionado e tentando entender de onde havia saído tanta gente.
Havia um bolo de aniversário sobre a mesa, salgados e docinhos. Uma vela que mais parecia um lança chamas que foi acesaa em cima do bolo e não tive como fugir do mico de ir até lá e apagar.
As crianças vieram atê mim, me chamando de tio e me entregaram presentes.
Cantaram parabéns pra você, me abraçaram, me beijaram e, eu ali, parecendo um bobo esperando minha ficha cair.
ㅡ fizeram uma festa surpresa, pra mim? ㅡ disse e todos se riam felizes.
ㅡ é seu aniversário, não é? ㅡ minha mãe veio me abraçando e meu pai me deu um beijo no rosto.
ㅡ oh minha rainha, depois de tudo que a senhora passou, ainda teve forças pra ajudar a fazer tudo isso? Te amo demais!
ㅡ eu não poderia deixar esse dia passar em branco. Pedi pro Ricardo sumir contigo daqui. Ele quem comprou tudo, nós só fizemos organizar. Estava tudo lá na casa grande, bem escondidinho pra você não perceber.
ㅡ kkkkk, por isso que a Sabrina estava toda estranha quando fui ate com ela.
ㅡ claro! Eu não queria que você visse o bolo que a Bernadete tinha feito. Estava na geladeira. Ontem o Ricardo passou na cidade na vinda e trouxe os salgados que ele havia encomendado lá de Erculano. Nós só fritamos. ㅡ a Sabrina disse e a agradeci por tudo.
ㅡ caramba, vocês são demais. Muito obrigado. Posso chorar? Kkkk
Minha mãe me abraçou e eu disse que ela renascia naquele dia, pois foi o dia que teve alta. Então, era sua festa também.
Tentei não abraçá-la tão apertado. Sorrimos juntos e estavam todos felizes.
Conversei um pouco com cada um que estava presente, agradeci a surpresa e passamos um final de noite regado à bolo açucarado, salgados e muitos docinhos; meus favoritos.
Fugi um pouco do pessoal e procurei pelo Ricardo. Ele estava no quarto dos meus pais arrumando a mala com suas roupas.
Perguntei se estava tudo bem e vindo até mim, fechou a porta e me beijou.
ㅡ estou ótimo! Adoro te ver sorrindo.
ㅡ amei a festinha, obrigado!
ㅡ foi ideia da sua mãe e adorei conspirar contra você. Kkkk
ㅡ me levou pra sair só pra arrumarem tudo, que filho da mãe!
ㅡ e ainda tive o prazer de ter você dentro de mim...
ㅡ te dei presente e tudo no passeio, que sortudo! Kkkkk
ㅡ kkkkkk caramba, você é muito convencido. Vou tomar banho lá em casa. Quer ir comigo?
ㅡ quero!
ㅡ vamos só fazer uma social e assim que toda essa gente for embora, subimos e te dou banho. Até disso eu senti falta.
Fizemoa uma social com os convidados e quando ficou só o pessoal de casa, subi com o Cado até a casa grande.
Tomamos um bom banho demorado. Lavei meu cabelo e deixei secar naturalmente formando cachos. Ele adorava.
Enquanto ele trocava de roupa, fiquei deitado em sua cama assistindo um filme antiguíssimo na tv.
Ele se arrumou, ficou todo bonitão e, quando o olhei, sorri safado e fui avisado de que eu dormiria com ele aquela noite.
ㅡ e precisa avisar? Eu estava pensando em fugir e vir correndo pra sua cama.
ㅡ é pra você não se esquecer. Será que vai ter jantar, depois de toda essa comilança?
ㅡ hum, sei não! Mas cozinho pra você se a fome bater. Também vou ter que bater aquele rango mais tarde. Salgadinho de festa não me satisfaz. Kkkkk
ㅡ disso eu não tenho dúvidas. Você vive com fome. Kkkk
Ele se deitou na cama comigo. Ficamos vendo tv e conversando cobre coisas da vida, trabalho e me lembrei do Texas.
Disse ao Ricardo que iria até as cocheiras pra vê-lo e levar algumas espigas de milho.
Descemos até a cozinha, peguei alguns legumes, frutas e coloquei em uma sacola.
Brinquei com o Cado dizendo que levaria um pouco da nossa alegria para o Texas também. Ele achava engraçado quando me via com o cavalo, pois sempre conversava com ele e era incrível como ele parecia entender.
Fomos até as cocheiras e ele estava todo animado.
" oi amigão, é meu aniversário. Trouxe umas coisas pra você comer. Quer?"
Nunca o vi tão entusiasmado. Fiz um carinho em sua cabeça e segurei a espiga de milho pra ele comer. Batemos um papo e o Ricardo se ria feito bobo.
Senti o Ricardo me abraçando e beijou meu pescoço. Fiquei duro quando ele enfiou a mão por dentro do meu moletom e segurou firme meu pau e me masturbava segurando forte.
Havia um monte de feno atrás da divisória e o empurrei até lá. Ele me olhou e segurou firme meu cabelo pra trás e disse:
ㅡ não tenho camisinha! ㅡ mordi seu pescoço e fiquei entre suas pernas.
ㅡ não vou te trepar aqui. Só um 69 rapidinho. Quem gozar por último lava louça a semana toda!
ㅡ fechado! Se ferrou!
Nos empenhamos ao máximo pra fazer o outro gozar. Ríamos da nossa situação pra lá de estranha pelo lugar que estávamos e me contorci de tesão quando senti seu dedo me penetrando.
Gozei o esporrando toda a cara e ele se veio em seguida aos risos e me mordia as coxas.
Nos limpamos com minha camisa e me deitei ao seu lado lhe dando beijos no rosto.
ㅡ te amo! ㅡ ele disse e o sufoquei com um beijo carinhoso.
ㅡ te amo, inteiro! Mas você vai lavar a louça durante toda a semana, man!
ㅡ droga! Kkkk
ㅡ ah, eu te ajudo...seu bobo!
Nossos corpos estavam entrelaçados Fechei meus olhos aproveitando aquele momento de extrema alegria e entrega.
Caímos em um sono profundo ouvindo somente os grilos no lado de fora.
Acordei e ouvi o barulho do aquecedor.
No inverno sempre era ligado para que os cavalos não passassem tanto frio.
Minha ficha caiu e percebi que alguém esteve alí, pois o aquecedor não se ligaria sozinho.
Me mexi e tirando minha perna de cima do Ricardo, senti que estávamos suados.
Ele acordou, reclamou do calor e me olhou sorrindo.
ㅡ está quente demais aqui! ㅡ ele disse e comecei a rir.
ㅡ alguém ligou o aquecedor enquanto dormíamos Quem? Eu não sei! ㅡ disse e ele deu um pulo se vestindo.
ㅡ caramba! Aposto que seu pai nos pegou aqui. Caralho! Estou parecendo um adolescente transando em qualquer lugar.
ㅡ calma! Está surtando por quê? Seu pai ja nos pegou pelados também!
ㅡ agora sei como você se sentiu. Levanta e se veste.
ㅡ rsrs, não precisa ficar desse jeito...
ㅡ eu estou tremendo! Droga!
ㅡ estou vendo! Já foi! Vamos dormir, amanhã é outro dia.
ㅡ dormimos por mais de uma hora aqui, que vacilo! ㅡ ele disse e eu tentando não demonstrar que também estava preocupado. Afinal, estávamos nus e, bem provável meu pai estar furioso.
De manhã nos levantamos e a casa estava silenciosa. Abri a porta e vi que as crianças corriam pelo quintal. Estavam todos lá em casa. Certamente foram tomar café e ajudar minha mãe. Fiquei esperando o Ricardo descer e ele estava com receio de encarar meu pai.
Seu Otaviano nos deu bom dia e ficamos conversando enquanto o Ricardo nos servia o café.
Os irmãos do Ricardo estavam com as crianças na beira do riacho e ouvi minha mãe conversando com meu avô e tio na varanda dos fundos. Estava tudo na mais perfeita ordem.
Eu estava servindo mais uma xícara de café com leite quando meu pai chegou do galpão trazendo a lenha e, prontamente o Ricardo ofereceu ajuda.
Fiquei na dúvida se perguntava ou não sobre ele ter nos visto nas cocheiras, mas fiquei esperando ele puxar conversa.
Pelo menos ele estava animado e vendendo sorrisos.
Fui questionado pelo meu sogro se eu ficaria mais alguns dias, mas disse que voltaria pra Erculano com o Ricardo no final do dia. Minha mãe estava bem e, bem acompanhada pela Bernadete, meu avô e a Sabrina.
ㅡ se precisar ficar mais uns dias, fique. Não se preocupe com a fábrica. ㅡ seu Otaviano disse e agradeci o apoio, mas não era mais necessário ficar tantos dias.
ㅡ sei que o senhor não iria se importar se eu ficasse mais um ou, dois dias, mas minha mãe está melhor. Além do mais, não está sozinha e preciso trabalhar. Senão daqui a pouco o Pablo toma meu posto. ㅡ rimos e vi em seus olhos que estava querendo me falar alguma coisa.
ㅡ bom, você é quem sabe. E fica tranquilo que seu lugar, ninguém toma. Você continua sendo meu filho caçula, mesmo namorando o Pedro. ㅡ meu pai nos olhou e o velho Otaviano mandou ele parar de ciúmes.
ㅡ quem disse que tenho ciúmes de você, seu velho rabujento? ㅡ meu pai disse e os dois começaram a mesma discusão de sempre.
ㅡ ei, vão brigar agora? Não estão muito velhos pra isso? ㅡ eles riam e parecia que meu pai não estava irritado. Fiquei mais aliviado
Terminei meu café e seu Otaviano chamou o Ricardo pra conversar sobre assuntos da fábrica e fiquei na cozinha lavando a louça que sujamos.
Meu pai se levantou e colocou o copo na pia. Perguntei se estava tudo bem e ele disse que sim.
De repente ele começa a falar do clima e que estava esfriando. Concordei que de madrugada a temperatura havia caído um pouco, mas na verdade, eu estava só esperando ele tocar no assunto de ter pego o Ricardo e eu dormindo pelados nas cocheiras.
ㅡ ainda bem que trouxemos casacos. Vamos embora no final do dia e vai começar aquele vento gelado. ㅡ disse e ele se encostou na pia.
ㅡ é bom começar a se preparar, disseram que o frio vai vir com tudo. Ontem até precisei ligar o aquecedor das cocheiras. ㅡ ele iniciou o assunto e fiquei sem graça, mas eu precisava pedir desculpas.
ㅡ pois é...quer falar sobre isso?
ㅡ eu não queria, mas preciso! Não por ter visto vocês dois nús e dormindo abraçados daquele jeito, mas por estarem em um lugar que os outros funcionários frequentam. E se entram alí e vêem vocês dormindo? Não passou pela cabeça de vocês alguém bater uma foto e ficar fazendo chantagem com isso?
ㅡ fomos imprudentes, admito. Me desculpa.
ㅡ olha, eu só fui até lá porque vi que a luz estava acesa. Ouvi barulho no feno e vi que estavam dormindo. Eu não sabia se acordava vocês, então liguei o aquecedor. Foi a única reação que tive.
ㅡ obrigado! Prometo que isso não voltará a se repetir.
ㅡ olha filho, eu sei que vocês se amam, mas não me obrigue a ver a bunda do Ricardo de novo! Por favor! ㅡ não aguentei e comecei a rir.
ㅡ kkkkkk, pode deixar.
ㅡ está me vendo sorrir? Estou achando graça?
ㅡ foi mal, pai! Ah, o senhor não foi o primeiro que nos pegou dormindo pelados.
Ele ficou me olhando sem entender nada e contei pra ele quando seu Otaviano nos flagrou no apartamento do Ricardo.
Mesmo eu percebendo um sorriso de canto de boca, ele botou as mãos na cintura e me encarou. Fui além e disse que seu Otaviano nos cobriu com uma manta.
Eu sabia que ele não conseguiria manter aquela pose de bravo por muito tempo e caímos na gargalhada.
ㅡ às vezes eu tenho vontade de te por no meu colo com essa bunda branca pra cima, e te cintar até você tomar jeito! ㅡ ele disse e me abraçou.
ㅡ faz isso não! Kkkk
ㅡ você é muito cara de pau, moleque!
De repente o Ricardo entra e pergunta qual é a graça e, meu pai, olhando bem pra cara dele disse:
ㅡ estamos rindo do fato de seu pai e eu, sermos obrigados a verem suas bundas. Espero que não haja uma próxima vez. ㅡ ele disse e deu um tapinha no peito do Ricardo.
ㅡ sim senhor! Não irá se repetir ㅡ Ricardo disse e meu pai foi conversar com seu Otaviano.
ㅡ não precisa ficar com essa cara, Cadão!
ㅡ que mico! Eu preciso voltar a agir feito adulto.
ㅡ kkkkk, até que ele ficou calmo.
ㅡ vai rindo...safado! Te amo e nem consigo disfarçar o quanto. Faço cada coisa por você.
ㅡ que bom, porque gosto quando demonstra o quanto me ama. E se faz, é porque você gosta.ㅡ ele me deu um selinho e me chamou pra ficarmos com o resto da família lá no riacho.
ㅡ aproveita pra ficar com sua mãe mais um pouco. Lá pelas 17:00hrs vamos embora. Não quero chegar tão tarde em Erculano.
ㅡ tudo bem, man!
Fui conversar um pouco com minha mãe. Ela estava sentada em uma espreguiçadeira e percebi o quanto estava bonita. Na verdade, ela estava radiante.
Puxei um pequeno banco de madeira me sentei ao seu lado.
Durante a conversa, ela perguntou se meu pai e eu estávamos bem.
Quase rolei de rir quando ela disse que o viu pálido quando voltava das cocheiras na noite anterior e que ele havia dito que eu era inconsequênte, mas desconversou quando ela perguntou o motivo.
Vi que ela insistiria no assunto e contei sobre ele ter nos visto dormindo juntos e que estávamos nús.
ㅡ ai meu coração! ㅡ ela disse e fiquei preocupado.
ㅡ a senhora está bem?
ㅡ estou, é que nem posso rir disso tudo.
ㅡ kkkkkk, achei que estava passando mal.
ㅡ não, só quero rir, mas não dá. Nossa! Eu queria ter visto a cara do seu pai quando viu vocês. ㅡ ela se esforçava pra não rir, mas não conseguiu.
ㅡ a senhora vai acabar passando mal.
ㅡ só doi um pouquinho, mas já está passando. Lipo, sei que estou achando graça disso, mas foram irresponsáveis. Tenta por favor, não fazer isso de novo. Não quero você em problemas. Tudo bem?
ㅡ pode deixar. Mãe, eu volto pra Erculano no final do dia, mas se quiser que eu fique mais uns dias, fico sem problemas.
ㅡ sei que ficaria, mas volta pra sua vida. Eu estou bem e tenho a Bernadete. A Sabrina vai ficar mais essa semana também. Prometo que te ligo se precisar,
ㅡ jura?
ㅡ juro! Sei que precisa trabalhar. O pior já passou. Está tudo bem agora.
Vê-la em casa e bem, era tudo que eu mais queria.
Minha mãe e era luz! Ela sempre foi uma pessoa carinhosa, amiga e companheira.
Me deitei com a cabeça em seu colo e ela me fazia carinho quando meu pai apareceu e se sentou na ponta da espreguiçadeira.
Nós três ali, depois da semana difícil que háviamos passado, era a prova real que minha família não era perfeita, mas era real e a melhor que eu poderia ter.
Ficamos conversando e minutos depois todos nos reuníamos para mais um almoço em família.
Foi uma semana difícil, mas acabou tudo dando certo.
Eu estava no quarto arrumando minhas coisas e meu pai entrou fechando a porta.
Ele me encarou por instantes e pedi desculpas mais uma vez por ter me flagrado dormindo nas cocheiras. Mas ele veio até mim, me abraçou e disse que me amava. Retribui o carinho lhe dando um beijo e me olhando disse:
ㅡ obrigado por tudo! Obrigado por ser um filho maravilhoso e por ter segurado minha mão quando precisei. Foi muito importante ter você aqui durante essa semana. Não sei se conseguiria segurar essa barra sozinho. Seu apoio e dedicação em cuidar sua mãe foi sem igual. E vai ser feliz! Desejo toda felicidade do mundo pra vocês. Vocês merecem. Do fundo do coração; vocês formam um casal muito bonito. De verdade. Tenho orgulho do que se tornou e dessa relação que você tanto cuida.
ㅡ parece que todo mundo quer me ver chorar, mesmo. Caralho, pai! Faz isso comigo não! Cuida bem da mãe. Volto daqui uns dias pra saber como ela está. E não precisa me agradecer por nada. Amo vocês e faria qualquer coisa nessa vida pra que fiquem bem.
ㅡ eu sei disso, filho. Por isso que te amo e admiro. Já está pronto? Ricardo está te esperando.
ㅡ estou! Me ajuda?
ㅡ claro!
Vi o Ricardo tirado o carro da garagem. Ele desceu e veio se despedir de todos.
Seu Otaviano pediu pra eu lhe enviar um relatório de tudo durante a semana e por coicidência, disse pro Ricardo e eu sermos felizes e que sempre nos apoiaria. Ele praticamente fez o mesmo discurso do meu pai. Agradeci suas palavras e me despedindo de minha mãe, disse a ela que estava com saudades de casa. Ela segurou minha mão e disse:
ㅡ vê se não chora muito quando chegar.
ㅡ chorar?
ㅡ de emoção! De saudade das suas coisas. Sei que você adora seu cantinho.
ㅡ hahaha, pode deixar. Já chorei o suficiente essa semana.
ㅡ me liga pra avisar que chegou bem?
ㅡ ligo sim!
Aproveitando que era caminho, levamos meu tio Paulo até o aeroporto.
Já passava das 18:00hrs quando saímos de Santo Amaro e pegamos uma chuva torrencial no caminho. Mas quando percebi que estávamos em Erculano, senti em meu peito uma felicidade que não consegui explicar.
Senti a mão do Ricardo em meu rosto e me sorrindo, disse:
ㅡ vamos pra nossa casa?
ㅡ vamos sim! Não vejo a hora de chegar.
ㅡ nem eu, meu amor! Nem eu...
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Continua...
Pessoal, muito obrigado por tudo! Agradeço de coração todos os comentários e obrigado a todos por lerem. Vocês são incríveis! Espero que tenham gostado! Grande abraço e se cuidem! 😉 ✌
Happy Pride!! 🌈