Havia passado o final de semana todo chorando. Lembrar de Paulo, nosso término, tantos momentos que vivemos juntos, era inevitável chorar.
Numa noite, deitado encarando o teto, me lembrei de uma viagem que Paulo e eu fizemos para a fazenda de um amigo dele, ficamos o feriado de carnaval inteiro lá, sozinhos, descobrindo um pouco mais um sobre o outro.
Paulo me contou coisas perturbadoras sobre seu passado, a morte de sua mãe, como seu pai era um homem perigoso. Apesar do clima tenso que se formou, isso não estragou nosso final de semana. Pelo contrário, só fez a gente ficar mais próximo, mais íntimos.
Os dias se passavam, nos revezávamos os dias uma hora transando, outra hora nos abrindo sobre nossos sentimentos.
Em uma dessas horas, estávamos na cachoeira que havia na fazenda, sentados próximos a uma pedra e unidos por um abraço. Paulo, como sempre, estava me abraçando por trás, sentíamos o calor dos nossos corpos e o frio da água.
Jogávamos papo fora, nos beijávamos. Vez ou outra, eu sentia um arrepio com seus beijos no meu pescoço.
Era gostoso demais aquele momento, sem preocupações, só nos dois, a natureza, não passava absolutamente nada em nossas cabeças naquele momento, só havia o sentimento que tínhamos um pelo outro.
Nós sentíamos um desejo muito forte um pelo outro, um sentimento carnal, não demorou para que eu sentisse o pau duro dele me cutucando por trás, quase furando meu short.
Pouco depois os nossos shorts já estavam jogados ao ar, e seu pau estava dentro de mim. Pela primeira vez sem camisinha, fodiamos lentamente, nem toda aquela água fria conseguia apagar nosso fogo.
A cada segundo que passava eu me perdia mais no tesão.
Fodiamos e riamos juntos, não demorou e Paulo gozou dentro de mim. Foi a primeira vez que alguém tinha gozado dentro de mim sem camisinha.
Eu sentia meu rabo pegar fogo, a gozada de Paulo me deixou tão louco que gozei sem nem tocar no meu pau.
Aquela foi uma foda rápida, mas repetimos várias vezes naquele dia, naquela cachoeira. A cada foda eu sentia o leite de Paulo mais quente dentro de mim.
Brincávamos e transávamos naquela cachoeira igual a dois moleques, como se não houvesse mais nada no universo.
Ficamos naquele clima gostoso até começar a escurecer, então a realidade bateu, voltamos para a casa na fazenda completamente mortos, foi só deitarmos na cama que apagamos.
Eu acordei na minha cama, havia sonhado com o Paulo de novo e de novo havia gozado dormindo, pelo menos em casa não havia ninguém para ver aquela cena deplorável, estava dormindo só de cueca, a marca de porra na mesma era grande e se ressaltava no tecido branco.
Era 4:22 quando acordei, eu havia perdido o sono então decidi ir malhar para gastar energia. Tirei aquela cueca melada e coloquei só um short.
Quando cheguei na academia do prédio, a encontrei vazia como sempre. Malhei por um tempo maior naquele dia, mas mesmo assim eu não esquecia do Paulo.
Quando terminei de malhar, decidi tomar banho no meu apartamento, pois não tinha levado roupa para a academia. Sendo assim, tomei uma ducha rápida e extremamente necessária, eu estava suado demais.
Fiquei pronto, mas ainda era muito cedo para ir ao trabalho. Gastei meu tempo terminando de corrigir os trabalhos da semana anterior, mas, por um momento meu pensamento mudou para como alguns alunos conseguiam ser tão preguiçosos e dar respostas tão absurdas; em outras palavras, burras.
Decidi, no entanto, parar com aquele pensamento, afinal era injusto projetar minha raiva neles. Por fim, terminei de corrigir os trabalhos, e até que não estavam tão ruins.
Cansado de ficar em casa, eu decidi ir logo para o trabalho.
O relógio marcava 06:00 quando adentrei a escola, que por sinal estava vazia ainda, em absoluto silêncio. Muitos alunos ainda não haviam voltado do fim de semana, e os que ficaram na escola ainda dormiam na sua maioria.
Fiquei perambulando pela escola, eu não conseguia ficar na sala dos professores, não tinha nada para fazer e a primeira aula do dia só seria lá pelas 10:30.
Enquanto perambulava pelo lado de fora da escola, eu percebi que havia alguém na pista de corrida. Me aproximei e vi que era Gabriel. Ele corria sem camisa, vestindo apenas shorts e parecia estar sem cueca. Era impossível não olhar aquela ´´coisa´´ balançando dentro daqueles shorts curtos e de tecido fino.
Fui me aproximando da pista, Gabriel percebeu minha presença e foi desacelerando.
— Bom dia profe.—Disse Gabriel surpreso por ver Julio na escola tão cedo.
— Bom dia, Gabriel, que surpresa te ver aqui!
— Eu que to surpreso em te ver aqui a essa hora, eu moro na escola, esqueceu?
— Serio? Eu não sabia.
— Eu perdi o sono e decidi correr um pouco, espairecer as ideias.
— Então somos dois. — Respondi.
— Você está bem, Julio? Parece meio triste.
— É uma história longa, tive um fim de semana bem complicado.
— Se você quiser conversar... eu estou aqui. — Ele respondeu.
— Não sei não.
— Por que não? a gente tem bastante tempo livre.
Gabriel e eu nos sentamos num banco perto da pista. Vez ou outra dava uma olhava discreta na mala dele; conseguia ver a pontinha da cabeça do pau dele escapando do short, mas voltei minha atenção aos seus olhos, mesmo que para isso eu tivesse que encarar o corpo malhado dele no caminho.
O cheiro de suor que exalava dele era forte, por um momento esqueci de Paulo enquanto secava Gabriel.
— Sabe, é difícil, Gabriel; é difícil amar, e mais difícil ainda aceitar quando um amor tem que acabar.
— Sinto muito, sei como é chato isso.
— Às vezes sinto raiva de mim mesmo, por ter me deixado entrar num relacionamento que não havia futuro.
Gabriel só me ouvia.
— Sinto raiva por querer acreditar que um dia ele iria finalmente tomar uma atitude e ficar comigo, mas a vida é foda, eu sempre soube que não conseguiríamos ficar juntos, por mais que eu tentasse.
— Sinto muito, de verdade — Gabriel respondeu enquanto aproximava sua mão da minha. — Eu sei que dói o que você está passando, mas pensa que você ousou tentar. — Gabriel segurou minha mão firmemente.— Mesmo que vocês não tenham conseguido ficar juntos, tiveram a coragem de tentar e isso é melhor do que um amor não correspondido. Não por não ser correspondido, mas por nem se declarar. — Falava Gabriel olhando fundo nos meus olhos.
Gabriel se aproximava lentamente de mim, estava com seu rosto quase calado com o meu, eu conseguia ver algumas gotas de suor na sua testa com clareza de tão perto que estávamos.
— Sabe, Julio, é melhor nos arrependermos das coisas que fizemos do que viver nos arrependendo das coisas que não fizemos. — Eu sei disso melhor muito bem, melhor que qualquer outro.
Estávamos muito perto um do outro, eu conseguia sentir a forte respiração de Gabriel no meu rosto, mas decidi me afastar, precisava colocar minha cabeça no lugar.
— Gabriel, me desculpe, mas eu preciso de um tempo. Eu não sei o que foi isso aqui agora, mas sei que eu preciso de tempo.
— Claro! — Ele respondeu se afastando de mim. — Mas se precisar de um amigo, pode contar comigo, eu gosto muito de você. Quando eu era mais novo, você era a coisa que eu mais gostava na aula de história, me esforçava e tirava notas altas só pra te impressionar, mas nunca curti história.
Acabamos rindo com o que ele disse, foi bom para quebrar o gelo.
— Eu confesso que sempre desconfiei disso, mas como você era meu aluno, eu nunca iria tentar nada com você. Além disso, eu te considerava apenas meu aluno naquela época. Aí você veio dar aula aqui, diferente. Havia se tornado um homão da porra, confesso que foi como tomar um tapa na cara te ver tão mudado pela primeira vez.
— Pra mim também foi como levar um tapa te ver depois de tanto tempo, mas não foi na cara. Quando te vi pela primeira vez depois de todo aquele tempo eu senti coisas que eu achava que já tinham passado voltar, mais que um tapa, foi uma surra no peito.
Continuamos a conversar por um bom tempo até Gabriel ter que ir se arrumar, ele teria aula bem cedo. Fiquei o observando enquanto ele ia embora. Depois daquela conversa comecei a ver Gabriel de uma forma diferente, ouvir o que ele tinha a dizer foi muito bom, ele parecia gostar mesmo de mim, mas eu ainda não estava pronto para outro relacionamento.
Continuei a perambular pela escola, pensando no Paulo, no que Gabriel tinha dito, e então finalmente deu 10:30.
Dei aulas especiais o dia todo, esta seria a semana de provas, tudo estava muito corrido na escola, isso manteve minha cabeça ocupada o dia todo.
Acabei almoçando na escola mesmo, com Bruna como de costume, mas hoje Gabriel se juntou a nós, ele era muito engraçado, ficou fazendo graça enquanto comíamos.
A semana foi passando lentamente, como se o trabalho e as provas não fossem acabar. Enquanto os dias passavam, eu me aproximava de Gabriel, conversávamos sempre que podíamos, mas eu tentava manter uma certa distância.
A semana finalmente acabou, mas o final dela não tinha rendido, e, como tradição, teríamos a semana olímpica na escola. Todo mundo iria participar, e os professores seriam os coordenadores, eu fiquei responsável por uma das turmas do terceiro ano.
Conforme a semana ia passando, a turma competia em uma grande variedade de esportes: futebol, vôlei, futsal, natação, atletismo entre outros.
Como muitos dos eventos da semana Olímpica ocorriam do lado de fora eu acabei me aproximando mais de Gabriel, foi bom conhecer mais sobre o mundo dele, era cansativo, era suado ficar fora de sala de aula, o calor que fazia naquela semana só piorava tudo.
Eu chegava tão cansado em casa que nem conseguia pensar em nada, nem Paulo tirava meu cansaço naquela semana.
(Continua)
Queria Agradecer meu amigo Howard, por me ajudar com esse conto.
Obrigado por ler esse conto, por favor deixe seu comentário que sempre é muito importante.
E obrigado pelo seu tempo.
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