SANGUE RUIM - Segunda parte

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria:
Contém 2556 palavras
Data: 02/03/2018 00:25:17
Assuntos:

SANGUE RUIM - Segunda parte

- Sabe onde consigo gatos em quantidade? - Perguntou o mulato.

A dona do puteiro, ainda arfante, espantou-se:

- Gatos? E pra que você precisa deles?

- Fui contratado para pegar alguns bichanos. Querem dar uma festa à base de churrascos.

- Cruz Credo. Coitados desses pobres animais. Quem seria tão filho de puta para comê-los?

- Deixa quieto. Se não pode me ajudar, não precisa saber de mais nada disso.

A senhora esteve pensativa. Depois, disse:

- Tem um terreno baldio perto daqui onde os gatos vadios se reúnem, pois é cheio lixo, e no lixo se acumulam os ratos. É pasto cheio para os bichanos. Mas, a maioria é de gatos doentes.

- Bem, não me falaram nada sobre eu capturar gatos sadios. Eu os levarei já sem o couro, para que não percebam que são produtos estragados - riu-se ele.

- Você é uma peça ruim. Um dia, ainda irá levar um desacerto de alguém, por causa disso.

Ele fez uma expressão de desdém. Levantou-se, acendeu um cigarro e pegou a garrafa de cerveja que estava sobre um móvel. Tomou um gole e cuspiu fora. Estava quente.

- Porra, teria de tomar soprando, de tão quente que está. Posso pedir outra?

Ela apontou-lhe um frigobar no quarto. Ele foi até lá, mas só encontrou cervejas de 350 ml. Ela pediu:

- Traga uma para mim, também.

- Por quê não coloca garrafas maiores? O espaço dá.

- Costumo beber sozinha. E não bebo tanto.

- Poderia convidar uma das tuas meninas...

- Nem pensar. Nenhuma entra no meu quarto. Corro o risco de ser roubada, meu anjo.

- Entendo. Mas, por que confiou em mim?

- Já disse: faz tempo que sou afim de você. E tenho certeza de que não me roubará. Se precisar de grana, pode me pedir. Não será preciso rouba-la.

- Bom saber que poderei contar contigo.

- Mas não vale me explorar. Até porque já não ganho tanto dinheiro como antigamente. Ninguém mais procura as putas, hoje em dia. Nem as mais jovens. Passou o nosso tempo. As menininhas de família estão aí, dando adoidado.

- É verdade. E os machos estão nascendo cada vez mais boiolas. Já as as mocinhas, cada vez mais lésbicas.

- Mau exemplo da tevê, meu amigo. As novelas só inspiram traição e homossexualidade, além de crimes.

Ele esvaziou a long neck de um gole, enquanto ela tomava devagar. Depois, vestiu a cueca.

- Já vai? Tão cedo...

- Vou à luta. Já está escurecendo. Obrigado pela dica.

- Não quer outra chupadinha, de lambuja?

- Desta vez, eu passo. Até amanhã.

Pouco depois, ele estava no terreno baldio. Antes, havia passado na pensão onde residia e tinha pego alguns sacos grandes, daqueles usados para colocar lixo. A dona da pensão criava dois gatos e, semanalmente, comprava ração felina para eles. Surrupiou-lhe meio pacote e o levou consigo. Também tinha um punhal de lâmina fina e muito afiada. Quando espalhou a ração no chão, amontoada, os bichanos correram a comer, todos eles. Ficou fácil ir fincando-lhes a lâmina na nuca, um a um. Alguns se assustaram quando viram os companheiros gritarem e cairem, mas não paravam de comer. Tinham muita fome, e adoraram a ração. Pouco depois, o mulato se afastava, com vários sacos de lixo cheio de gatos mortos. Não os matou todos. Apenas uma quantidade que considerou suficiente.

Havia uma casa abandonada, fechada, perto dali. Não foi difícil o cara abrir a porta, usando uma gazua. O imóvel estava muito depredado, mas o dono ainda pagava energia elétrica e água. Sabia disso por já ter dormido ali, algumas vezes, quando ficava bêbado e não tinha dinheiro para pagar a pensão. As lâmpadas permaneciam na residência. Acendeu uma e sentou-se sobre um entulho de tijolos, preparando-se para tirar o couro dos bichanos. Alguns ainda agonizavam, e ele teve que aplicar novas punhaladas. Antes, porém, tirou toda a roupa e deixou-a num canto, para não sujar de sangue.

Já era mais de meia-noite, quando terminou seu trabalho. Tinha o corpo todo sujo de sangue de bicho, então tomou um banho demorado. Vestiu-se e saiu da casa, voltando a fecha-la à gazua. Pouco depois, batia à porta do restaurante chinês. A filha do dono, sonolenta, veio atendê-lo à porta, vestida com uma camisola de seda vermelha, com um generoso decote, onde apareciam seus seios.

- Estava esperando-o, mas adormeci. Papi disse que viria.

- Posso dar um beijo nesses seios lindos?

Ela não respondeu. Pegou os sacos de gatos e depositou-os em algum lugar. Só depois, abriu mais o decote e botou os peitos para fora. Tinha os olhos fechados, como se estivesse dormindo. Ele lambeu cada biquinho, deixando-a toda arrepiada. Ela gemeu:

- Aaaai, assim não. Não quero gozar. E você lambe gostoso...

- Posso te dar uma lambida na xoxota.

- Não. Deixei-te me mamar apenas em agradecimento por você estar ajudando na festa de Papi. Mas, agora, chega. Vá-se embora.

Ele estava tarado. Sem parar de lhe chupar o mamilo, meteu a mão entre as pernas da jovem. Levou uma joelhada certeira, nos testículos. Quando gemeu e vergou-se, levando as mãos ao órgão atingido, ela rodou o pé no ar, aplicando-lhe um golpe de caratê na cabeça. Ele caiu no chão, com todo o corpo. Ela não se alterou. Arrastou-o para fora do restaurante e fechou a porta, deixando-o lá, desmaiado.

Quando acordou, o mulato ainda sentia uma dor terrível no saco e no rosto, onde tinha sido atingido. Ao invés de ficar fulo, sorriu. Gostava cada vez mais daquela chinesinha. Levantou-se e foi embora. Resolveu passar pelo puteiro, para tomar umas. Encontrou o local cheio, como nunca vira antes, a não ser nos finais de semana. Perguntou à negrinha, com cara de aidética:

- Que está acontecendo? Por que tanta gente, hoje?

- Chegou uma puta nova. Disse que treparia com todo mundo, de graça, hoje. Uns devem ter telefonado para outros, avisando da novidade. Logo, isso aqui estava lotado.

- E cadê ela?

- Está no quarto, nesse momento, fodendo com três de uma vez.

O mulato sorriu. Procurou uma mesa desocupada e não encontrou. Aí, viu um cara ainda imberbe, com uma câmera de filmagem, sentado e bebendo. Foi até ele.

- Posso me sentar aqui, amigo?

O cara dirigiu-lhe um olhar de bêbado e acenou com a cabeça. Nem se deu ao trabalho de responder com a voz. O mulato sentou-se e pediu uma cerveja. A negra esquelética a foi buscar.

- Não tem medo de ter a máquina roubada, cara? - Perguntou o mulato.

- Ninguém se atreveria. Meu irmão é delegado, logo prenderia o safado que me roubasse. Quer tentar?

O mulato riu. Havia gostado do jeitão do fedelho que devia ter, no máximo, uns vinte anos.

- Como é teu nome? - ouviu o rapaz perguntar - nunca te vi por aqui.

- Meu nome não importa. Mas, me chamam de Sangue Ruim. Desde pequeno. E você?

- Eudes. Prazer - , disse o rapaz, estendendo a mão para o mulato.

Este apertou a mão estendida, bem na hora em que lhe traziam a cerveja. Agradeceu, levou a mão ao bolso, mas a negra disse:

- Você não precisa pagar. Ordens da dona.

Ele tirou uns trocados do bolso e deu para ela.

- Então, tome. Pago-te uma cerveja.

Ela sorriu. Agradeceu com um beijo na testa dele. Depois, falou:

- Não posso beber agora, pois ainda estou trabalhando. Mas, quando largar, eu tomo a cerveja. Pode ser?

- Faça como quiser.

Ela se afastou, guardando o dinheiro entre os seios. O mulato terminou de encher o copo do rapaz, mesmo ainda tendo cerveja na garrafa dele. Fez um brinde:

- A todas as mulheres safadas do mundo.

O rapaz desabou no choro. O biscateiro ficou sem entender. Deixou-o se acalmar e perguntou:

- Que foi isso, cara? Disse algo que não devia?

- É que... a garota que está levando rola, lá dentro, já foi minha namorada. Não era puta, até hoje. Faz o que faz para me agredir. Eu a fodi e depois a abandonei. Mas gosto muito dela, entende?

- Ela já havia te traído alguma vez?

- Nada. A bichinha era virgem e eu mexi com ela. Depois, lhe disse na cara que ela era ruim de foda. Aí, ela disse que eu iria pagar por minhas palavras...

- Puta merda. Estás lascado, se está tardiamente apaixonado por ela.

Ele voltou a chorar. Depois, perguntou:

- Acha que eu deveria ir lá e arrastá-la à força para casa?

- Pretende casar com ela?

- Não, porra. Mas me dói ela se destruindo por causa de mim...

- Deixe que ela se foda, rapaz. Leite derramado. Procure outra, mas tente não ser sacana com ela.

O cara baixou a cabeça. Pareceu estar pensando nas palavras do mulato. Depois, falou:

- Não dá. Acho que a amo. Só não sabia disso, antes.

O mulato terminou de tomar a cerveja de um gole, depois levantou-se. Abriu espaço entre os caras que faziam fila, aguardando a vez. Reclamaram quando ele seguiu em direção à porta. Um deles, um sarará parrudo, disse:

- Aguarde sua vez lá no fim da fila, velhote. Você não vai passar na nossa frente.

O mulato nem ligou para as suas palavras. Postou-se na frente da porta, com os braços cruzados, e disse:

- Bem, gente, acabou a festa. Não haverá mais fodelança aqui, hoje. Quem quiser sexo, terá que chupar meu pau.

Houve um silêncio geral. Uns olharam para os outros, surpresos. Aí, o sarará avançou:

- Não, negrão. Você é quem vai chupar meu cacete, se não sair daí rápido.

- Me tira daqui, se puder.

O sarará lançou o braço. O biscateiro se esquivou e reagiu imediatamente. O cara levou um murro no queixo que o fez desabar. Mas aí, os outros caras atacaram ao mesmo tempo. O mulato jogou dois contra a porta, pondo-a abaixo. Os três caras que estavam com a mocinha se assustaram. Mas vieram ajudar os outros, por terem a transa interrompida. O cinegrafista tentou se levantar, para ajudar o sujeito, mas caiu sentado de novo. Estava muito bêbado. Aí, ligou a câmera e ficou gravando a cena. Um cara quebrou uma garrafa de cerveja na nuca do mulato, deixando-o semi desacordado. Aí, a turba partiu para cima, chutando-o várias vezes. Finalmente, o cara desabou.

O mulato acordou deitado numa cama. Ainda tinha as vistas turvas, mas vislumbrou um rosto jovem e bonito em sua frente.

- Ele está acordando - a jovem disse.

- Porra, ainda bem.

- Você está bem, querido?

Reconheceu a terceira voz. Pertencia à dona do bordel. O cara quis sentar-se, mas o corpo estava todo dolorido. Deitou-se, novamente.

- O que houve?

- Você levou um pau daqueles, querido. Mas teve sorte. Ia passando um carro da Polícia na hora, e a garçonete chamou-os. Senão, poderia estar morto, agora.

- Que loucura, cara, enfrentar aquela gente toda sozinho... - O rapaz disse, sorrindo. Já estava bom da cachaça.

- Por que fez aquilo? Queria trepar comigo primeiro? - Perguntou-lhe uma voz melodiosa.

Agora, o mulato a via bem. Mas, apenas por um olho. O outro estava inchado demais. Era uma jovem muito bonita. Se muito tivesse, era uns dezoito anos de idade.

- Eu nem sei porque fiz aquilo, moça. Sempre fui muito impetuoso. Faço as coisas sem nem pensar...

- Pois merece um trepada, por tentar me salvar. Me cobre isso, depois. - Disse-o olhando para o ex namorado. Ele ficou desconcertado. Depois, falou:

- Eu vou querer filmar a foda de vocês.

- Uau, que legal. Depois, você posta na Internet? Vou adorar. - Alegrou-se a mocinha.

- Bem, gente. Deixemos que descanse -, disse a dona do puteiro, enciumada - e saiamos todos do quarto. Ele não está em condições de trepar com ninguém.

Todos saíram, e a dona do prostíbulo fechou a porta à chave. Pouco depois, a negra magérrima entrou, trazendo uma bacia com água e uns panos limpos.

- Vamos limpar esses ferimentos? Depois, vou botar remédio...

Ela passou um pano úmido em todos os machucados, com cuidado para não doer mais do que já estavam. Aí, viu o saco dele inchado. Havia tirado todas a suas roupas, até a cueca, deixando-o nu.

Nossa, te acertaram feio aí. Vou pegar uma pomada.

- Quando voltou, o mulato parecia adormecido. Condoeu-se dele. Passou-lhe uma pomada no escroto, com cuidado para não desperta-lo. Mas aí, o pau do cara acordou. Adquiriu mais do dobro do tamanho. Aquilo deixou-a excitada. Deu mais uma volta na chave e aproximou-se dele. Manuseou com cuidado seu caralho, temendo que ele despertasse. Quando o membro ficou duríssimo, levou-o à boca. Ele gemeu e se mexeu, aí ela deu um tempo. Quando voltou a mexer com ele, o cara não mais se moveu.

A boceta miúda dela pingava gozo. Mas tinha receio de se enfiar na pica do cara e acordá-lo. Continuou chupando-o, enquanto friccionava a vulva. Quando estava para gozar, bateram na porta. Era a dona do bordel:

- O que está fazendo, trancada com o meu macho, vadia? Abra já essa porta!

Não adiantava tentar esconder o fato de estar mexendo com o mulato. A dona do puteiro era experiente, e veria isso em seus olhos. Abriu a porta, empulhada.

- Ah, interrompi tua foda, não é, vagabunda? Você sabe que amo este homem, catraia.

- Eu também gosto dele. - a negra a enfrentou.

A coroa esteve olhando para ela. Primeiro, fechou a cara. Depois, abrandou. Falou:

- Está bem. Dá pra nós duas. Sei que deve estar afim de foder, já que ninguém te procura. Mas, só desta vez, viu? - A coroa já estava tirando a roupa.

A magrinha sorriu e deu um beijo na bochecha dela. Ajudou-a a se despir.

- Antes, me responda uma coisa, tire-me uma dúvida, ok?

- A senhora pode dizer.

- É verdade o que dizem, que está com AIDS? Se assim for, vamos ter que botar uma camisinha nele.

- É boato, dona Solange. Antes de vir para cá, passei muita fome. Por isso, sou tão magra.

- Ok. Mas, por via das dúvidas, coloque-lhe uma camisinha. Depois, me ajude a sentar em seu colo. Fique me apoiando, para eu não cair. Depois, ele será todo seu.

A coroa gozou várias vezes sentada na pica do cara. Ele acordou justamente na hora em que ela se estrepava em seu pau. Tentou pegá-la pelas ancas, mas seus braços estavam muito doloridos. Ouviu a voz da negra:

- Ele acordou, dona Solange.

A mulher teve um orgasmo prolongado, ao ouvir essas palavras. Depois, saiu de cima do cara, com a ajuda da garçonete. A negra perguntou:

- Posso continuar?

A coroa balançou afirmativamente a cabeça. Estava resfolegando demais para falar. Quando a magrinha se ajoelhou de pernas abertas sobre o corpo do mulato, lhe pingou gozo da boceta. Ela passou a mão na tabaca e levou-a à boca, lambendo o próprio néctar. Ele disse:

- Também quero um pouco.

Ela sorriu. Aproximou a xoxota da cara dele e esfregou-a. Mesmo com os lábios doloridos, ele a lambeu ali. Ficou brincando com a língua no seu pinguelo. Ela gemeu alto e gozou pela primeira vez. Espirrou um jato de esperma no rosto dele.

- Hummmmmmmm, é doce e cheiroso... - Ele falou.

- Ai, morde meu grelinho. Me faz gozar, amor...

Ele fez o que era pedido. Logo, ela começou a estremecer todo o corpo e espirrou gozo mais uma vez. A dona do puteiro levou a mão à boceta, numa siririca veloz. Ficou excitada, ao ver a outra gozando.

- Ahhhhhhh, como eu gostaria de poder lançar porra igual a você, menina...

Aí, a negra gozou mais uma vez, quando o cara lhe mordeu o clitóris com os lábios, para não machucá-la.

- Ah, puto gostoso. Agora, mete depressa esse pauzão na minha xoxotinha, mete...

FIM DA SEGUNDA PARTE


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