Fui morar em outro estado. Minha namorada veio me visitar. Eu já estava planejando, mas não sabia se ia rolar aquela química pra ela aceitar a proposta: ela pegar o porteiro de madrugada.
Nós já estávamos acostumados com esse esquema de um armar para o outro. Uma vez ela recebeu convite de um cara que queria fazer uma viagem com ela. Ela ficou com o pé atrás mas eu incentivei. Ela foi e gozou muito. Outra vez foi ela que conheceu duas moças vindas de longe, e daí me apresentou pra elas. Adorei uma delas e vice-versa, e tivemos encontros explosivos logo depois, só nós dois. Eu vivia dando margem para ela ir a festas sem mim e ela se esbaldava com outros homens – às vezes se roçando numa dança bem pegada; às vezes levado pra fora e dando uns amassos; e uma vez ela jogou o cara contra o muro de madrugada, se agachou e deu uma bela chupada nele numa rua deserta. Outras vezes, nessas festas, ela conhecia uma garota e depois armava para mim. Já tinha até um código. Quando um de nós saía, o outro dizia: “aproveita!”
Quando ela marcou viagem, eu já estava pensando no presente que eu ia oferecer para ela. Tinha um porteiro bonitão e gente boa que ficava sozinho de madrugada. Como ela só ia ficar uma semana, ela poderia fazer o que quisesse com ele, sem consequências (o que jamais aconteceria se ela morasse no prédio).
É claro que ela não precisou de mim para se garantir. Foi numa festa sozinha, dormiu fora e chupou um quase desconhecido.
Ela aceitou minha proposta com os olhos brilhando e aquele sorriso safado. Para deixar tudo mais gostoso, a gente fez uns ensaios – joguinhos sexuais. Eu fazia papel de porteiro e a gente experimentava várias situações. Ela vinha com decote bem fundo e ficava conversando sorridente, com os braços apoiados na mesa. Ela se encostava na parede de pé e ficava conversando, passando as mãos de leve nas coxas. Ela sentava na minha frente e apoiava os cotovelos no joelho, deixando os seios quase saltarem para frente. E – a melhor de todas – ela ia para o banheiro (tinha um guarita do porteiro), abaixava a calcinha e fazia xixi, sem fechar a porta. Cada ensaio brindado com orgasmos.
Uma noite, saímos os dois, sem dar as mãos e eu apresentei “minha prima” para ele. Na volta, perto da meia-noite, eu fui na frente e ela entrou depois, para trocar umas palavras com ele – aquela conversa fiada cheio de pequenos sorrisos e gestos. Sim, rolou a química!
Ela subiu para o meu apartamento e fez questão de me mostrar que já estava molhada. Transamos em pé, rapidinho, enquanto ela me falava o que tinha achado. Banho. Mais chamego. Mais pegada. Descanso. Eu sonolento e ela se preparando para descer. Eu meio dormindo, meio excitado, vendo ela colocar aquele vestido superdecotado, sem sutiã, sem calcinha. E lá se foi ela, de madrugada, com o prédio todo em silêncio.
Voltou. Amarrotada. Suada. Descabelada. Lambuzada. Sorridente. E queria mais. Me acordou, me chupou e veio por cima de mim, sem nem tomar banho. Quando me beijou, sua boca tinha mil gostos diferentes. Gozou por cima em minutos. Ela nem me contou direito como foi. Disse que conversaram um tanto, acharam um canto que nenhuma câmera pegava e daí foram toques, línguas, e tudo mais. A memória ficou para os dois. Eu fiquei imaginando.
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