O colega de AP

Um conto erótico de FerBachell
Categoria: Homossexual
Contém 1761 palavras
Data: 12/11/2017 14:36:11
Assuntos: Gay, Homossexual

Meu nome é Fernando, tenho 26 anos e atualmente moro em São Paulo, capital. Eu sempre tive atrações por outros caras, mas por morar no interior de Mato Grosso e ser de uma família muito conservadora e respeitada na cidade, tal cenário sempre fez com que esse sentimento fosse muito complicado de lidar. Então meio que segurei forte a barra e namorei várias gurias da cidade pra dar orgulho ao meu Pai. Acho que sou um cara boa pinta, tenho 1,85, moreno bem claro, cabelo preto liso, meio arrepiado pra cima, peitoral grande, costas grandes, um cara realmente grande, com um bom pinto, bonito, Grosso, cabeça rosada, sempre pensei que se pudesse, chuparia muito o meu próprio pau kkkk. Papai sempre deu condições pra umas boas roupas e uns bons perfumes, não posso reclamar. Acho que posso me encaixar como um Agroboy. Eu sou formado em Direito, passei não OAB ainda na faculdade e estudo pra concurso. A minha vida realmente começou quando fui aprovado num concurso excelente, desses do alto escalão do governo Federal. Foi muita Felicidade, festas de comemorações, sensação de Felicidade ao extremo, de vitória, mas com aquela igual sensação de que seriam tempos de mudanças, já que ficaria lotado em São Paulo-SP e por óbvio teria que me mudar. Inicialmente não sabia onde morar, então fiquei em um Hotel próximo a Av. Paulista e próximo a repartição. Os dias começaram pra valer e senti que a vida dos servidores públicos eram cheias de estigmas que nada tinham a ver com a realidade dos dias atuais, pois ao menos na minha repartição, temos muito trabalho e todos dão muito de si para fazer valer o alto salário que recebem. Eu não quis ser diferente e me dediquei a finco nas atividades atribuídas a mim. Passado o primeiro mês de trabalho, quando finalmente recebi o primeiro salário, Quase não acreditei quando vi a minha conta, realmente era um valor alto e senti que ali todo o meu esforço de estudos e privações tinham valido a pena. Bom, decidi que não poderia morar eternamente no hotel e comecei a procurar um lugar pra morar.

Até que um anúncio no jornal me chamou atenção, era um AP próximo a Av Paulista e que estavam procurando pelo morador número 4. Marquei um horário e fui conhecer o tal apartamento e fiquei muito impressionado com o que vi, um Puta apartamento de 4 suítes próximo a Av. Paulista. Ali estavam morando 3 caras e procuravam mais um para ocupar a quarta suíte, Já que o apartamento tem 4 quartos e o outro ocupante havia ido embora. O cara que tava me mostrando o AP é um dos moradores, se chama Augusto e é o mais velho, com uns 40 anos, é ele quem cuida de tudo relacionado a divisão das despesas e escolha dos moradores. Me falou que o aluguel do AP era 12 mil reais e precisavam de todos os quartos cheios, por que se não ficava muito pesado para os demais. Achei o valor alto, que mesmo dividido por 4 ainda é caro, mas pela comodidade e beleza do AP, que tem muitas coisas disponíveis no condomínio, resolvi aceitar um contrato de 6 meses. No dia seguinte me mudei, não tive mudança na realidade, apenas minhas malas. O meu quarto é um show à parte, suite de primeira qualidade, percebi que apesar do preço, tinha finalmente encontrado um canto pra chamar de meu aqui na terra da garoa. No outro dia, acordei cedo e encontrei na cozinha um papel com algumas regras do AP, dos horários da mulher que vinha limpar e tal. Na geladeira não tinha quase nada, nem sequer água. Senti falta do hotel, daquele café da manhã. Resolvi comer na rua. Os dias se passaram e fui incluído no grupo de WhatsApp dos caras, meus vizinhos de quarto, então pude finalmente conhecê-los, mesmo que fosse virtualmente. O Augusto me apresentou, eu dei boa tarde no grupo e fui ignorado. Achei estranho, muito estranho tanta falta de cortesia, enfim, talvez por ser do interior e ser muito receptivo, achei isso anormal. Os dias se passaram e o ap parecia muito grande e cada dia mais vazio, parecia que só eu morava aqui, ouvia barulho no quarto, mas ninguém saia, eu fiquei muitas vezes na sacada tomando terere a noite e via de vez em quando um passando pela sala pra sair ou entrar e nada além disso. Resolvi falar com o Augusto pelo whats e questionei se era normal ninguém falar com ninguém nesta casa. A resposta foi positiva, me falou que todos são muito atarefados e quando estão em casa apenas dormem ou preferiam apenas ficar no quarto. Achei sinistro isso, ter um lugar deste e não curtir.

Eu comecei a comprar muitas coisas pra colocar na geladeira, cervejas artesanais, petiscos, muitos iogurtes, comprei uma máquina de café que eu amo, uma máquina de fazer pipoca elétrica, enfim, comecei a usar e abusar, principalmente aos finais de semanas, fazia Bauru com uns queijos diferentes que eu gosto muito, aquele café cheiroso do Paraná, uns ovos com queijo e torrada, Enfim , dei vida para o grande AP gelado e sem vida. Foi então que em um sábado lá pelas 9, não me lembro, eu tava na cozinha fazendo meu prato pra matar a fome e eis que apareceu o cara mais Lindo que eu já vi na vida kkkk pelo menos aos meus olhos, chegou na cozinha e falou: "achei da onde vem o cheiro que num deixa mais ninguém dormir nessa casa!!!!" Meio sério, meio brincando, meio reflexivo, não sei, não o conhecia, limitei a dizer, BOM DIA e estendi a mão pra ele e falei: "prazer cara, sou o Fernando novo morador daqui" ele falou " sou o Cássio e apertou a minha mão, finalizando com um, o prazer fica apenas para as mulheres" puta merda, fiquei muito sem graça com o que ele disse e fechei a cara na hora, virei as costas pra ele e fui terminar o lanche. Ele deve ter percebido que eu não curti o que ele disse, sendo que eu tava sendo apenas simpático, chegou perto e falou, caraca, esse sandubão ae tá com uma cara boa mano, mas eu já havia ficado sem graça e não tava mais simpático a ele, mesmo tendo achado ele muito lindo. Ele começou a puxar assunto do tipo, quanto tempo eu tava em SP e com que eu trabalhava e eu respondi monossilábico, peguei meu prato, a caneca e fui em direção a sacada, virei e falei " se vc tiver afim de comer alguma coisa, pode ficar a vontade ae mano, a não ser que isso também seja só com as mulheres", virei as costas e sai. (Se tem uma coisa que não consigo é fingir, sou transparente nesses caso, se não gosto minha expressão muda na hora) Ele não apareceu mais. Na época fiquei realmente puto e já comecei a pensar em arrumar outro lugar, por que não consigo ser gente ruim, sou gente boa até demais. A situação era que eu não conhecia ninguém aqui em SP, acreditei que os meus colegas de apartamento pudessem ser novos amigos, salgado engano. A noite resolvi queimar uma carne na churrasqueira da sacada, acho que até então ela nunca havia sido usada. Comprei uns Bons cortes de carne, pão de alho, fervi mandioca, umas cervas geladas e estava me sentindo em casa, como nos churrascos com os amigos e família em Primavera do Leste/MT, minha cidade, com a diferença que era somente eu. A solidão bateu forte, senti muita tristeza e naquele momento percebi que o dinheiro não é tudo e ter pessoas de verdade ao seu lado, valem mais que qualquer salário. Quando sou interrompido daquela nostalgia melancólica, a porta se abriu e entrou o segundo colega, Maurício é o nome dele, uns 30 anos, moreno alto, físico da hora, usando uma regata de basquete vermelha, olhos verdes, sorriso na cara e me disse, churrasco?? É sério que é churrasco?? E riu... eu disse, opa, típico de Mato Grosso. Ele estendeu a mão e disse, seja bem vindo Fernando, sou o Maurício. Finalmente alguém mais educado, agradeci as boas vindas e já ofereci uma cerveja, ele aceitou e então começamos a conversar. Após um certo tempo, perguntou se poderia chamar o Cássio, já que o Augusto tava viajando. Acenei com a cabeça que sim, levantei o pano da travessa e mostrei que tinha uma boa quantidade de carne. Voltando ao Cássio, como eu disse é o tipo de cara privilegiado em tudo, loiro, olhos verdes e másculo, muito másculo. Ele é bem forte ao estilo daqueles atores porno, fortão e cheiroso demais, meio que hipnotiza com aqueles lábios rosados e carnudos, um cara show de bola ao menos fisicamente falando. Quando o Maurício saiu, eu pensei que seria o momento de reiniciar a relação com o Cássio, em razão da primeira impressão que tive, mesmo eu sendo muito rancoroso, tava meio que disposto a abrir essa exceção, dado a situação.

O Maurício voltou sozinho e disse, ele já vem. Já pegou outra cerveja e começou a falar da vida aqui, de como era tudo muito frio em relação às pessoas e talz, que isso tinha contaminado ele e ele que no início estranhava, com o tempo passou a agir igual, friamente, falou que já chegou a ficar 3 meses sem 'dar uma', do tanto que mergulhava no trabalho e que daí acabava ficando só na... (fez sinal com a mão como se fosse uma punheta), eu ri e senti o quanto que ele era mais gente boa e espontâneo. Gostei dele de primeira, seríamos amigos com certeza. Nisso chega o Cássio, usando apenas um short branco curto de dormir, mostrando a ombreira esculpida, peitoral giga do mamilo rosado, um puta par de coxas, caralho que tesão. Chegou falando "Boa noite cara" sorri pra ele e falei boa noite e estendi a mão e dei um aperto bem forte, pra marcar presença mesmo e ele falou meio alto, aiiii caralhooo, com uma voz grossa e meio que de zoeira, Dai eu falei, foi mal, não sabia que vc era tão sensível e meio rindo kkkk ele riu também, Maurício riu e continuou o papo, falou pro Cássio pegar uma cerva e começou a falar que eu era um verdadeiro expert em carnes, quando o Cássio vira e diz dando um gole, é expert em linguiça também? Percebi que ele era um grande sarcástico. Maurício riu, eu ri, Foi uma noite muito boa, nos conhecemos.


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Comentários

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Parabéns pelo conto... Adoro contos bem escritos e com detalhes assim. Continue!!

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muito bom. você escreve muito bem. continue por favor.

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SEI NÃO. AINDA PENSANDO SOBRE TODOS. VEREMOS. MAS DE FATO É UM ALUGUEL MUITO ALTO. CREIO Q VC ENCONTRA LUGARES BONS E MAIS EM CONTA.

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