Capa 40 - Jéssica Albuquerque

Um conto erótico de R Pitta
Categoria: Homossexual
Contém 1576 palavras
Data: 30/09/2017 19:40:41
Última revisão: 01/10/2017 11:53:22

Minha primeira vez com uma mulher. Nunca cogitei essa ideia até aquele exato momento.

E foi ali que senti Melissa me penetrar com dois dedos sem a menor preocupação se iria doer. O que foi M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O. Ardeu no início, um pouco incômodo, muito excitante é um pouco vergonhoso pela rapidez que gozei.

A respiração fora de ritmo com o corpo quente dela no meu não havia descrição.

Percebi que Melissa olhava para meu sangue no colchão. O treme era involuntário. Tirei seus dedos de dentro de mim e relaxei o corpo.

- Uau!

Suspirou e deitou ao meu lado. Adimirei aqueles lindos olhos cor de mel e sorri antes de beijar a boca mais quente que já havia beijado. Entre carícias e beijinhos a ruiva não tinha perdido a vontade. Sentindo sua mão deslizar no meu corpo rumo ao meu sexo me deixou sem graça, senti vergonha. Encontrei meu rosto nela na tentativa de disfarçar só que ela percebeu.

- O que foi?

- Não sei, fiquei com Vergonha. - Não tinha ideia por qual motivo havia ficado daquele jeito.

- Vergonha? agora? Acho que já passamos dessa fase.

Depois do que tinha acabado de acontecer, ter vergonha era uma idiotice. Ela tentou argumentar na esperança de me distrair, supus. Busquei dentro de mim forças pra continuar no que ela queria.

- Me fode.

Minha voz saiu rouca e firme.

- Olha, isso é um bom argumento.

Disse com um ar safado no rosto e me atacou. Transamos a tarde toda. Não senti mais vergonha ou qualquer outra coisa a não ser um puta de um tesão naquela garota. Como podia fazer tão gostoso? Sabe aquela menina com jeito inocente, riso sapeca e olhar puro? Na cama sumia. Seu olhar ficava penetrante, sempre com os olhos serrados e uma expressão felina. Que está disposta a atacar todo momento. E a ser arranhada também. E mordida. Melissa se tornava outra pessoa na cama que chegava ser engraçado.

Quando o corpo já formigava e tremia de tanto gozar, ela me abraçava forte me deixando protegida e confortável, voltando com o ar sereno de menina.

- Tomou energético hoje, foi? - Brinquei.

- Isso é vontade sua acumulada.

- Vou te deixar mais tempo sem.

- Tá doida, garota? Só de lembrar do que acabou de acontecer já quero de novo.

Rimos um pouco. O silêncio veio junto com a tranquilidade de estar com ela ali. Seu olhar ficou diferente dos que eu conhecia. Posso ser sincera que chegou a me preocupar.

- Que olhar é esse?

- Só tô aproveitando o momento.

- Aproveitando como se fosse o último.

- Aproveitando como se fosse único.

Silêncio.

- Vou te beijar.

- Não avisa, faça.

Colocou a mão em minha nuca e na minha cintura puxando meu corpo e pondo sobre o dela. Nunca entendi como tinha tanta força sendo tão pequena. Ficamos nos beijando até Vanessa invadir a suíte igual um touro, só dando tempo de cobrir nossos corpos nus com o lencol.

- Porra, Cara. Tranca a porta na próxima ou avisa. Não tô com vontade de ver as duas na briga de aranhas. - Como de costume Mel virou um camarão. - Vim procurar vocês, mas acho que não vão querer ir.

- Ir pra onde?

- Na pizzaria.

- E por qual motivo eu, Jéssica, a fanática por queijos, rainha das pizzas, não iria querer ir na pizzaria?

- Oras, pois estão aí colando velcro.

- Ja fizemos isso, agora temos que recarregar a energia pra conseguir fazer mais a noite. -Nessa olhou pro colchão e voltou a olhar pra mim. Percebi que aquele olhar queria dizer algo. Virei-me para Melissa. - Está com fome, Mel?

- Estou sim.

- Pergunta boba a minha.

- Tá, garotas. Estou lá fora com os meninos esperando vocês.

E saiu.

- Vou tomar banho.

Levantei e peguei minha bolsa, pouco antes de entrar no banheiro fui segurada pelo braço e ganhei um abraço pelas costas.

- Nada mais justo que depois da sua primeira vez - recebi um beijo no ombro - O banho seja comigo pela primeira vez também.

Aquela garota era uma incógnita pra mim: Calma, mas intensa; Forte, mas delicada; Excitante, mas carinhosa.

Eu gostava, porém me deixava confusa. Com ela agarrada em mim entramos no box e tomamos banho juntas, o que Foi bom demais. Saímos rápido, teríamos mais tempo depois pra aproveitar. Sem contar minha amiga que esperava do lado de fora do quarto. Já fora do quarto...

- Que demora! Entra aí, vamos no carro do Trevor. - Informou Vanessa sentada no capô do carro.

- Só vai a gente? - Indaguei.

- O Guilherme . Lá a gente vai encontrar um amigo do Trevor.

- Tá bem. Cadê os rapazes?

- Trevor foi achar o Gui.

- Reclamou tanto da gente pra ficar esperando aqui fora?

- Eles já estão vindo. - Ela apontou pros meninos vindo. - Entre aí.

Pulo do carro e sentou no banco do carona. Sentei atrás dela e Melissa ficou no meio.

- Boa tarde, meninas.

O dono do carro cumprimentou já dentro do mesmo. Guilherme deu um riso de canto de boca e acessou com a cabeça. Retribuímos.

No caminho com som alto tocando funk, Guilherme conversava com Mel e Eu e Vanessa cantávamos ao berros a música da Rádio. Trevor só ria. Ele estacionou o carro em frente a uma casa de esquina e buzinou seguido de um Grito.

- Mosquito! - E mais buzina. O portão branco se abre e aparece um rapaz de bermuda jeans branca com uma regata cinza com o desenho de um lobo, óculos estilo aviador, com três cordões de prata fino no pescoço e um boné pra trás veio em nossa direção. O rapaz era bem branquinho, com os cabelos negros.- Alguém vai ter que sentar no colo de alguém aí atrás.

- É pra ja!

Guilherme pegou minha Ruivinha nos braços e a colocou no colo dele. A Raiva me subiu! Não podia falar nada. Engoli a seco minha raiva e cheguei pro lado. O tal Mosquito sentou do meu lado.

- Boa tarde! - Voz rouca soou forte. Ele tirou os óculos e mostrou o tom azul de seus olhos. - Tudo bem?

- Quanto tempo, moleque! - Trevor e o tal Mosquito apertaram as mãos. - Todo mundo pronto e em casal já?

Foi ali que minha ficha caiu. A idiota da Vanessa não percebeu que eles queriam um "encontro". Olhei para Vanessa pelo retrovisor que fez uma cara de assustada. Peguei meu celular na hora e mandei mensagem pra ela.

**Você é maluca ou oque?

*Eu não sabia!

**Tá pegando o Trevor?

*Tou.

**Eu vou te empurrar em um barranco na primeira oportunidade que tiver.

*Calma, é só falar que não quer. se bem que a senhora é muito ciumenta, né?

**Não vou falar mais CTG hoje!

*Vai sim. Vai me explicar uma coisa.

**Que coisa?

*Até que enfim perdeu esse cabaço.

**Como assim, louca?

*Vi o sangue na cama qnd fui no quarto.

** Já pensou que pode ser menstruação?

*Vocês estão na piscina. Sei que não é.

**Depois a gente conversa.

Guardei o celular. Finalmente chegando na pizzaria.

- Deixa eu usar a educação que meu pai me deu, Prazer, Edu mas pode chamar de mosquito. - Com a mão na minha cintura beijou meu rosto.

- Jéssica. - Retribui o beijo. Ele foi rumo a Mel.

- O seu nome é....

- Melissa, mas pode chamar de Baygon. - Rimos.

- Eita , minha arqui-inimiga!

- Bora entrar logo que tô com fome. Prazer, Vanessa, esse é Guilherme e o Seu amigo você já conhece.

Quando íamos entrar fui puxada pelo braço por Gui.

- hein, Jéssica. A Melissa tem namorado?

Ah, que legal! E agora o que eu respondo?

- Namorado, namorado eu acho que não... - Tecnicamente eu estava falando a verdade - Porém ela esta meio que enrolada, enroladissima pra ser sincera com uma pessoa.

- Já não está namorando pra mim tá ótimo. Valeu.

Deu um tapa no meu ombro e entrou. Já estava confusa com toda aquela situação: Não éramos namoradas, mas não queria ela com outro e acho que o mesmo comigo. Segui pra mesa onde Guilherme já estava sentado do lado dela, sentei na única cadeira vaga ao lado do inseto. Melissa, Vanessa e Gui falando de jogos, Trevor e seu amigo trocando alfinetadas, todos alheios ao fato que eu estava ali, acho que só de enfeite.

Minha preocupação naquele momento era: E se Melissa quiser ficar com alguém? Não tinha como saber ou impedir. Meu pensamento foi cortado quando o garçom chegou perguntando o que iríamos querer. Começou aquela bagunça de que sabor ia ser.

- Ajuda aí, Melissa, - Nessa perguntou. - qual sabor você gosta?

- Nenhum, não como pizza.

Todos ficaram em silêncio. Até mosquito perguntar com um jeito metido.

- Porra, quem não gosta de pizza?

- Eu. - Respondeu sutil.

- O que você faz aqui então já que não come pizza?

- 1° que aqui vende mais coisas que pizza. 2° se você só está em um lugar só pela comida e não para companhia, me desculpa mas acho que vc não sabe o que é felicidade. - Minha garota! - Além do mais , o garçom está esperando a decisão de vocês.

- Ela tá convivendo Muito contigo. - Susurrou-me Vanessa. - Tá bem, já escolheram?

Foi um fuzuê até escolhermos o sabor e Mel pedir o hambúrguer dela. Acho que Mosquito ficou bastante sem jeito com a resposta afiada que tomou, vendo o amigo quieto, Trevor tentou brincar.

- Mas por que não gosta de pizza?

- Simples. Não gosto.

- mas você não tem cara de quem não come pizza.

- Já me falaram que eu tenho cara de quem gosta de homem e eu não gosto.

Não acredito que ela falou isso, assim, na lata. Eu e Vanessa nos entreolhamos.

"Legal, e agora?"


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Comentários

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O capitulo está perfeito,mais tinha que parar na melhor parte....ja demora pra postar e ainda quer matar a gente se curiosidade,isso não se faz rum...brincadeirinha sqn

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