Entre Reinos - 3

Um conto erótico de Beto Paez
Categoria: Homossexual
Contém 1506 palavras
Data: 23/08/2017 00:14:19
Última revisão: 14/12/2017 16:12:53

Por alguns segundos eu fechei os olhos e me permiti sentir o toque do homem que eu amo. Ao lembrar a sua partida, do seu casamento e do posto que estava ocupando, me afastei de Bernard, dei as costas para ele e fui para a janela olhar a paisagem.

- Você não imagina o quanto eu sofri com sua partida - as lágrimas caiam dos meus olhos -, Bernard. Pelo que vejo você voltou muito feliz com sua esposa.

Virei-me na direção do Bernard e pude ver seus olhos marejados.

- Um casamento arranjado, Hugo. Essa era a única condição para que eu voltasse para Austo: casar-me. Meu pai nunca soube o real motivo da minha partida, mas durante esse mais de um ano que passei longe, foi como se tivesse vivido no inferno. A Merísia é uma mulher linda, gentil, educada, mas é você que eu amo. Mil vezes estar casado por obrigação do que ficar longe de você. Eu quase enlouqueci.

- Quem te impôs essa condição? Meu pai?

- Sim, Hugo, diversas vezes eu pedi para retornar, mas o tio Gael me proibiu. Por último eu recebi essa carta. Veja, tem o Selo Real. Foi escrita pelo seu pai.

Bernard me entregou a carta e pude constatar que tinha sido escrita pelo meu pai. Ele permitiu a volta do meu primo se ele aceitasse o casamento com uma nobre palontiana. Foi uma forma de estreitar relações com outro Reino e afastá-lo de mim.

- Me dói saber que meu pai foi capaz disso para nos afastar. Bernard, eu preciso ficar sozinho. Não é fácil receber uma notícia dessas...

- Só te peço uma coisa: dá-me um beijo? A saudade de beijar você, de te tocar, é o que mais me tortura até hoje.

- Bernard, não faz isso comigo, eu não posso.

Bernard segurou em minha cintura com o braço esquerdo e minha cabeça com o direito. O beijo foi inevitável.

Por algum tempo eu esqueci que o mundo todo ao meu redor existia. Era como se o tempo tivesse parado, e como se eu e o Bernard fossemos um.

Desvencilhei-me do Bernard e me recompus e vi o sorriso dele.

- Eu sabia que você ainda não tinha me esquecido. Eu preciso ir, mas eu voltarei, meu Príncipe, meu amor.

Beijou a minha mão e foi-se.

Após o beijo e a ida do Bernard, fui para o meu quarto e me vesti para o treino militar.

Geralmente o treino militar consistia em fortalecimento corporal, montaria e luta de espadas. Como Rei, por segurança, dificilmente precisaria lutar. Mas precisava ter certo conhecimento para agir em situações extremas. O Monarca nunca fica na linha de frente em uma batalha.

- O treino hoje foi excelente, Alteza. - René me falou me ajudando a descer do Lírico, meu cavalo.

- Sim, René, o Lírico está cada vez melhor.

- Quem olha para ele hoje nem imagina o que esse cavalo já foi um dia. O Lírico era indomável, mas Vossa Alteza conseguiu torná-lo dócil.

- René, você trabalha aqui a muito tempo?

- Sim, Alteza, antes de o senhor nascer eu já era cuidador de cavalos. Vossa Alteza sabe que é comum a transmissão de cargos de pais para filhos. Foi assim comigo, com o Johan, com o Cozinheiro Real. Faz parte da tradição da sua Casa, Alteza.

- Como você define o meu pai, René?

- Vossa Alteza me deixa muito embaraçado ao fazer essa pergunta. Sua Majestade é um Rei muito justo, piedoso, mas eu sei que não é muito carinhoso com Vossa Alteza. Talvez pelo acontecido do passado, excesso de proteção ao senhor.

- Acontecido? Do que você está falando?

- Alteza, peço sua licença. Eu acredito que tenha falado demais, mas um dia o senhor descobrirá sobre o passado.

- Vá, René. Mas outra hora nós conversaremos sobre isso.

René foi embora e me deixou curioso. O que teria acontecido no passado que deixou o meu pai muito preocupado comigo, com um zelo excessivo?

Nos corredores do castelo...

- Johan.

- Sim, Alteza, em que posso servi-lo?

- Você viu o meu sobrinho em algum lugar? Eu desejo muito falar com ele.

- Sua Alteza estava no treino militar da última vez que o vi, Príncipe François.

- Encontre-o e diga que o aguardo no Gabinete Real.

- Sim, Alteza, com licença. – Johan curvou-se e saiu.

Nos jardins do castelo...

- Mily, nós precisamos entrar. Está quase na hora do seu banho. Chega de brincar por hoje.

- Hugo, eu quero brincar mais um pouco.

- Não, Mily, a Merísia chegou a pouco tempo e precisa descansar.

- Alteza, é um prazer ficar com a Mily. Não vejo a hora de dar um filho ao meu amado. Amo crianças.

Quando ouvi a Merísia falar isso, logo me senti mal. Era muito difícil ter que ouvi-la e saber que era do Bernard que estava falando.

- Vocês pretendem morar aqui mesmo?

- Sim, Alteza, nós queremos ficar em Austo. Eu gosto muito de Palonte, mas sei que o Bernard é mais feliz aqui. Sua felicidade tem que ser a minha. Estamos unidos pelo matrimônio.

- Alteza, o seu tio deseja vê-lo. Ele está no Gabinete Real a sua espera.

Johan chegou de repente e trouxe a notícia que meu tio queria ver-me. Fui salvo no último instante.

- Obrigado, Johan. Mily, daqui a pouco você entra, tudo bem?

- Sim, eu vou. Obrigado por me deixar ficar mais um pouco.

Mily fez um sinal para eu me abaixar e deu um beijo em meu rosto.

- Merísia, aguardo você e o Bernard na mesa do jantar.

- Como quiser, Alteza.

No Gabinete Real...

- Tio, o senhor me chamou?

- Sim Hugo, que ideia foi essa de comunicado ao Exército Real? – Falou sentado na cadeira do Rei.

- Um pedido do Conselho de Ministros e do próprio Primeiro-Ministro.

- Eu sou o Ministro da Mineração e deveria ter sido consultado. Eu estava com tudo sob controle. Isso vai agravar ainda mais a situação diplomática. Reforçar as fronteiras, onde já se viu! Com certeza o Marquês Bóris não foi consultado.

- Perdoe-me, mas o Monarca segue as ordens contidas na Constituição do Reino. Como Regente, eu tenho por obrigação de zelar pelo bem estar dos nossos cidadãos. Eu segui uma recomendação do Conselho Real e do Chefe de Governo de Austo. O senhor é meu tio, mas na hierarquia do Reino, eu sou o Regente, substituto direto do meu pai, portanto, o senhor não pode questionar nenhuma decisão minha. Cabe ao senhor e aos demais acatar o que eu determino. Espero que o senhor tenha entendido.

- Você não passa de um adolescente que mal sabe o nome de todas as províncias do Reino. Não pode falar assim comigo.

- Posso ser jovem, não ter experiência, mas sou o Príncipe-Herdeiro, Alteza Real de Austo, e você deve-me respeito. Não vou mais discutir nenhum assunto com o senhor. As decisões que eu tomei não lhe dizem respeito. Você está dispensado.

- Está me expulsando do Gabinete Real?

- Retire-se ou mandarei retirá-lo daqui, Afrontar-me não vai adiantar, tio.

Meu tio olhou-me com raiva e retirou-se do recinto.

Nos aposentos do meu tio...

- Catarina, ele expulsou-me do Gabinete. Como ele ousou fazer isso?

- Parece que o Príncipe herdou o temperamento do Rei. Você sabe o quanto seu irmão é arrogante.

- Isso não vai ficar assim. Eu deveria ser o Rei dele, não ele o meu.

No meu quarto...

Enquanto colocava um dos braceletes das joias da Coroa, as lembranças do Bernard continuavam a vir em minha mente. Diversas vezes nós fugíamos e íamos cavalgando pela extensão do Reino até ficarmos distantes do mundo. Éramos feitos um para o outro.

Distraído em meus pensamentos, Johan veio me chamar para ir a Sala do Banquete e autorizar que o jantar fosse servido.

- Alteza, os Parlamentares o aguardam.

- Johan, quem convidou os Parlamentares para o jantar?

- Eles vieram com o Primeiro-Ministro.

- O Duque nunca foi de trazer ninguém sem autorização. Diga a todos que eu já vou descer.

- Com licença, Senhor. – curvou-se.

Na Sala do Banquete...

- Altezas, Senhoras e Senhores, Sua Alteza Real, o Príncipe Hugo, Regente do Reino, e Sua Alteza, a Princesa Mily.

Ao sermos anunciados, todos os convidados ficaram de pé e curvaram-se quando entramos.

- Sentem-se todos. Primeiro-Ministro – virei-me para o Duque Alferno -, não faz parte do comportamento de Vossa Excelência trazer convidados sem autorização do Rei. Não estou querendo parecer autoritário, mas eu deveria ser informado sobre isso.

- Vossa Alteza queira me perdoar, mas os Parlamentares receberam o convite de Sua Majestade. Esse jantar foi uma sugestão dele. Alteza, o senhor não foi informado?

- Não, meu pai não me falou nada sobre esse jantar.

- Estou com o Vice-Primeiro-Ministro de Vajor e ele trouxe à procuração do casamento de Vossa Alteza. Esse jantar é em comemoração ao Vosso matrimônio. Ao fim desse jantar, já com a bênção de Suas Majestades, a assinatura de Vossa Alteza finalizará o acordo.

- Então eu já estou casado?

- Sim, Alteza, quando Sua Majestade assinar o acordo em Vajor, o Senhor já estará casado.

Os interesses do Reino não poderiam estar acima dos meus. Não mesmo.

A partir do próximo capítulo eu irei apimentar o conto. Até o próximo capítulo. O Castelo Real esconde grandes revelações.


Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Beto Frissón a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Estou adorando essa história, pode publicar com mais regularidade

0 0
Foto de perfil genérica

GOSTO DE INTRIGAS PALACIANAS. UM TIO EGOISTA TEM QUE TER O QUE MERECE.

0 0


/texto/201502492/texto/2014071253pornordoido mulher gostosa em garganta profunda engolindo opau todo/texto/201211310/comentariosdei o cuzinho pra ser promovida contoeroticocolocou a calcinha de lado e mostro a priquita xvidioxvideos.contos de casada no onibusHomens roludos fodendo a filha do amigo Astrogildo/texto/200510188/denunciaconto erotico castracao prica cavalacontos eiroticos leilapornmulher enraba seu marido bi com dildo ggconto crente bundeiravideo mulher enocente perdendo p csbaso com 25anosxxxvideosexo mulher gastigada depois fodecontos eiroticos leilaporn/texto/200911636contos eeroticos transando com a esposa e cunhada no interior do paranaconto erotico minha mae pandemiaporno incesto filha perguntapai o que e sexo e ele mostraxxxvidio asoneca/texto/202007244estupro esposa contos eroticoscomo meu tio roludo e comedor comeu minha esposa novinha 1� contosfilha casadinhaquer picocafilme porno minha sogra me enxeu o saco ate eu come elapornô contos eroticos novi ha virgem fudendo no curralfoi passear o cao e fodi a vizinha/texto/201401683corno puxa o grelo e mamaporno novinhas dando uma escapolidinhatrabalhadora chote curto pornoxxx foda da irima imaucontos mamae tirou minha virgindadeconto erótico lactante até os seio ficar doridaleticia postal xvideoscontos eroticos esposa com desconhecidomenina nvh fidendo cm dois/login?returns=/texto/201509412contos eroticos feminizaçao do garotinho maexvideos novinho aguento penis de 24cm do irmao gemeo gayirmao.ingravidando.irma.metendi.na.buseta.sem.camlsinhavirei puta do meu irmãofiz boquete e dei o rabo contos de sogra crentecontos er�ticos gang bang no �nibus na ruatia peidorrera peida e deixá sobrinho com a rola durax videos pppp zoofPezinhos da minha irmã e da minha prima conto eroticocontos eróticos mamãe deixa o papai me comerxvidio porno mulher é Chapada ante goza muitoContos eroticos a rola entrando no cu da esposa e ela peidandopeli buraco da fechadura curtindo uma coroa gostosa tomando banhonegao pega coroa desraida mete a rola/texto/201603649come esa casada comexvidiocontos eroticos comi minha irma mais velha/texto/202306480Mulhe morena mostrando busetonha gostosa e um poquinho de cabelofez buraco na parede do banheiro para brexar as mulheres de casa e foi pego pornocasa dos contos primeira siriricaConto provoquei meu pai super dotado e me assusteiconto erodico arombei minha vovo zinhamulher passa margarina no cu da amigamenina criano cabelo nabuset/texto/2016021371conto erotico meu marido me viu dando o cu e gostou/texto/201505793lavano a becetata gostano da rola no cu ta contos eroticoconto novinha depois foi na festa de forro o macho piculdo mim rasgoubuctao tod c gazandcontos eroticos nao aguentei e transei com a minha cadelaqualquer coisa enfio na buceta relatos irma cassulinha dando mole xvideo