Pessoas não são bonecas, você não pode simplesmente brincar com ela e depois de brincar, colocá-las de volta na caixa.
Beto estava feridos e foi para enfermeira, eu não pude ficar com ele é muito menos consegui cuidar dele já que o pai de Beto foi na escola pegar o garoto. Só vi quando ele entrou no carro do pai machucado. Nem ao menos consegui me despedir.
Estava voltando para a sala quando vejo, Arthur e seu pai vindo em minha direção. O pai de Arthur era igual ao filho, os mesmo olhos gélidos azuis escuros, a pele branca, alto que nem um poste e os cabelos loiros indo para o grisalho, estava de roupa social e brigava com o filho enquanto andava no corredor.
- Foi você não foi? - ele chegou perto de mim apontando o dedo no meu rosto.
- Pai, pare. - Repreendeu Arthur.
- Não paro, se não fosse por esse garoto você não estaria de suspensão. E desde de quando está brigando. Se sua mãe estivesse aqui...
- Cala a boca senhor Leonardo. Primeiro não somos amigos, apenas apostei na pessoa errada. - Ele me lançou um olhar triste e decepcionado. - Outra, se minha mãe estivesse aqui, ela me entenderia. Coisa que o senhor não fez e não faz até hoje.
Ele saiu bufando, enquanto o pai dele olhava para o filho a entender no que fazer.
- Senhor, eu peço...
- Não fale nada. Meu filho ficou feliz em ter um amigo nessa escola, ele contava sobre você e o Victor.
Leonardo saiu dali atrás de seu filho, com medo dele fazer algo.
Arthur era um garoto inconsequente, ele era impulsivo. Deixava as emoções o controla, ia me odiar se algo acontece-se com ele.
Saí correndo para ver onde o garoto estava, ele entrou dentro do
carro e disparou rua a dentro. Eu sabia pilotar carro e moto, devido a ensinarem, estava com as chaves da moto de Beto no bolso.
- Daniel, vai para onde? - perguntou Victor me vendo correndo.
- Salva alguém.
Tirei a chave e disparei fundo atrás daquele inconsequente, a rua estava movimentada mais conseguia desviar dos carros.
Vi a Ferrari dele correndo e desviando dos carros, ele estava transtornado. Acelerei e tive que ir mais rápido que ele.
Passei do lado dele é quando me viu, acelerou mais ainda.
- Para, Encosta.
Ele me deu um cotoco e correu mais.
Acelerei mais ainda e entramos numa principal, os carros desviavam da gente. Acelerei mais um pouco e consegui passar por ele.
Que ideia louca tive, mais não ia deixar ele morrer por minha causa. Freie com tudo e estaciono no meio da rua. Desço da moto e paro no meio da rua.
Só teria duas opções. Ele passava por mim e me matava ou ele freiava a tempo.
Estava rezando para ele para. Estava chegando mais perto, mais perto. Eu vi os olhos dele cheios de lágrimas. Ele freio a tambor, encostei as duas mãos no capô do carro com as pernas tremendo de medo.
- Você está louco? - Arthur saiu do carro e me sacudiu.
- Fiquei preocupado com você!
- Se estivesse preocupado mesmo. Daria ouvido ao que falei para você. - Rebateu Arthur. - Agora sai da frente.
- Não vou até explicar ou você se acalma. Meu medo é que você...
- Já tenho um pai, não preciso de outro no meu pé. - Ele virou as costas.
- Pera aí.
As buzinas dos carros estavam me incomodando. A maioria nos insultava, outros quase passam por cima de nós literalmente.
- Explica essa história.
- Já disse tudo que sei. Mais já que acha que estou mentido, volta. Não sei porque deu o trabalho de vim até aqui. Sou bem grandinho já. - Arthur entrou dentro de seu carro.
- Deixa de ser assim garoto. Estou apenas querendo te ajudar...
- Ajudar? Você, sabe porque estou falando a verdade? Lembra do que falei para você outro dia? Que não preciso me esconder atrás de uma máscara. Por isso, eu mostro quem eu sou. É seu namorado, mostrou quem era para você?
Ele liga o carro e tentar da a partida. Eu fico na frente da passagem.
- Saia ou passo por cima!
- Anda logo. - Gritou um
- Bando de viado. - disse uma mulher.
- Se querem ir para o motel tem bem aqui. - disse outro.
Ele arrancou e saio pelo lado quase me levando. Aquele garoto me tirava do sério. Já tinha matado aula, não poderia mais voltar para o colégio. Mandei mensagem para Victor me cobrir na sala e levar minhas coisas com ele.
Devolvi a moto ao seu dono, o pai de Beto não me deixou vê-lo, fiquei chateado por essas reação dele. Não poderia voltar para casa, não agora, então dali fui andar um pouco.
Beto não era a pessoa que Arthur descreveu, mais ele também não era mais a pessoa que começou na escola a alguns dias atrás.
Fiquei sabendo que ele pegou três dias de suspensão. Só estaria aqui para o seu baile e a apresentação da dança.
Tentei mandar mensagem para ele, mais não deu em nada. Eu ainda não acreditava no que ele tinha dito, não poderia ser verdade. Beto andava comigo para cima e para baixo.
Arthur não apareceu nos ensaios e era hoje nossa apresentação.
- Cadê ele?
Estava andando para cima e para baixo, a sala toda estava no anfiteatro, eu não ia passar esse mico sozinho.
- Cade o Arthur?
Andava de um lado, para o outro, estava com a roupa de cigano que ele mesmo indicou.
- Cheguei. - Disse ele com a roupa dele de cigano, usando roupas das cores claras e com um óculos escuro. - Vamos?
Ele estava estranho, os cabelos embaraçados, chegou meio tonto andando. Vi o nariz dele sangra.
- Você está bem? - pergunto vendo o sangue descendo.
- Eu tô. Vamos acabar com isso.
- Não. Você não está bem. - Pegue ele e tirei os óculos dele. Seus olhos vermelhos e o nariz sangrando. - você está cheirando pó?
- Virou meu pai? - pegou o óculos e o microfone e subiu para o palco.
Tínhamos dividido a música em duas partes. Treinei sozinho já que não nos vimos durante o restante do dia. Saímos e quando vi a escola inteira estava lá, Beto e seus amigos estavam juntos.
A apresentação começou, Arthur tinham uma voz bonita, eu já estava me esforçando para nao passar vergonha.
Na parte do refrão Victor foi o primeiro a se levantar e a dança, aquele louco me fez tremer e quase erra a música de ri. Todos da escola foram acompanhando.
A música parou e todos nós aplaudiram.
Assim que saímos fui procura o Arthur que tinha sumido.
- Meu gatinho, você vai para onde? - Beto estava com um buquê de flores na mão. - Para você filho.
Aquele garoto sabia como me encantar.
- Voce viu o Arthur?
- Não, porque? Ele te fez algo? - Beto tinha dado o buquê para um amigo segura.
- Não, estou preocupado com ele. Acho que ele esta...
Engulo o que ia dizer para Beto, achei melhor não falar nada.
Beto me beijou, ele era o que eu sonhei a tanto tempo, seu amigos sempre ficavam perto dele como guarda costa.
- Beto temos que conversa. - disse um deles.
- Amor. Preciso ir. Depois se falamos. - Beto saiu e me deu o buquê de flores.
Algumas pessoas tiravam foto de mim, eram muitas pessoas que queria me prestigiar. Outras estavam tirando fotos e gravaram, acho que ia vira famoso na internet.
- Temos que conversa! - Victor estava triste.
- O que houve Victor? - Deixei o buquê numa cadeira próxima.
- Não vamos falar aqui. Vamos para o vestiário, assim tira logo essa roupa.
Victor e eu andamos até o vestiário, as flores que tinham hoje não eram rosas, ele compro com margaridas, orquídea e violentas. Troquei de roupa rápido e visto logo minha roupa de escola.
- Sim o que ia me contar.
Victor estava conversando com alguém pelo celular, não deu para ver quem estava conversando com ele.
- É sobre o Arthur!
- Lá vem você dizer que ele está certo? Ele te convenceu aí isso?
- Calado Daniel. - Victor estava sério, a primeira vez que vejo ele sério daquela forma. - Fui investigar sobre o que ele disse na briga e realmente é verdade.
Victor estava me olhando sério. Quando ele disse aquela frase eu quase bato nele, mais respirei fundo.
- Está falando que meu namorado, fez o que o Arthur disse?
- Sim. - A convicção de Victor era surpreendente. - Eu fui investigar o caso, paguei um menino para ele me falar e a Beatriz também me ajudou.
- Só vou deixa você falar porque é meu amigo.
- Por isso mesmo, porque sou seu amigo, quero ver você bem. Beto e mais alguns meninos do terceiro apostaram, se conseguirem ir para cama e tirarem uma foto ou vídeo da foda, ganhava. Beto ganhou a aposta. - Victor cerrou os punhos ao tocar o nome de Beto. - Arthur soube da aposta tarde demais. Ele me disse, mais não acreditei, só depois da briga fui investigar...
- Para. Para. Primeiro, você me dá maior força para ficar com o Beto, agora diz que ele está com esse plano idiota. Você não ver que é mais um plano daquele doido?
Victor seu um soco na parede.
- Não. Ele é meu primo, sei que ele não presta, mais ele não é tão canalha assim. Agora presta atenção Daniel...
- Não, presta atenção você. - apontei o dedo na cara de Victor. - Não vou dar ouvidos para você. Quando estiver lúcido me liga.
Dei as costas e saio andando.
- Não precisa não. Porque depois de tudo que me falou, não faço mais nada por você. Nossa amizade acabou. - Ele me deu um esbarrão.
- Victor, para...
- Olha agora você. Pensava que éramos amigos. Agora acredita mais num fulero que apenas te comeu uma vez e não no seu melhor amigo...
Não consegui responder, fiquei irritado, com raiva pelo que ele me disse.
- Nao precisa nem responder ou gastar saliva. Já sei sua resposta. Ainda bem que Arthur não disse o que ele queria te dizer.
Victor saiu com raiva. Dessa vez acho que não teria mais volta.
Beto tinha sumido com Seus amigos, tentei procura por ele e não o encontrei. Victor estava com raiva de mim atoa, acreditando em mentiras e Arthur tinha sumido e não voltando para aula.
Para falar a verdade nem eu sabia ao certo se Beto não sabia de algo.
Fui para casa depois da aula, assim que chego vejo um cartão, quando abri e tinha uma mensagem.
"Tentei confiar em você. Mais não me ouviu. Espero que seja feliz, com o Beto.
Arthur"