ACRÔNICO. #Parte 17.

Um conto erótico de Ralph.
Categoria: Homossexual
Contém 1882 palavras
Data: 04/05/2017 13:33:12
Última revisão: 04/05/2017 13:36:07
Assuntos: Homossexual, Gay

– Como é? – Eu retruquei como se ele soubesse dos meus planos e os recusasse. Como se ele fosse obrigado a saber e aceitar o que eu iria propor. Seus olhos cerrados me diziam que eu tinha usado o tom errado, e então contornei a situação. – Você está imprevisível, Bernardo. Como assim quer ir numa feira?

– Eu que deveria perguntar como você pode achar isso improvável. É domingo. Se alguém é genuinamente feliz nesse dia, este começará indo à feira logo cedo. E antes de você entrar na programação do meu dia, eu já ia passar lá depois da igreja. – Outra vez ele estava pertinho de mim e segurava cada lado de minha blusa como se eu fosse uma criança e ele precisasse terminar de me arrumar.

– E que horas será o bingo na pracinha? – Segurei o riso.

– Provavelmente depois do nosso sexo selvagem.

– Você disse sexo...

– Alguém está escutando demais! – Ele me interrompeu todo provocativo enquanto me arrastava pela pequena escadaria, nos levando para a rua.

Ele dispensou meu carro quando eu ofereci uma carona e disse que a feira era montada na rua atrás da igreja. Tudo que precisávamos fazer era contornar a rua. Poderíamos até deixar o carro ali mesmo na calçada. E assim fizemos: contornamos as paredes antigas da igreja depois que nos livramos da escadaria.

Visivelmente o ambiente da feira não combinava comigo e minha sobriedade. Entre as bancas coloridas e barulhentas, eu era a figura esquisita sendo conduzida pelo homem solar. Eu usava marrom e azul marinho, ele vestia uma blusa muito folgada de linho branca com listras muito finas em um preto destacado e uma calça de um vinho muito bonito combinava com o marrom das sandálias nos pés. Eu tive inveja daquela liberdade e leveza.

Eu choquei meu corpo contra o de Bernardo quando ele parou sem avisos. Ele virou-se em minha direção com um sorriso exagerado e os olhos brilhando enquanto erguia na altura dos meus olhos uma fatia caprichada de abacaxi. A mordida que ele deu sumiu com quase metade daquela delícia e ele me entregou o restante diretamente na boca. Estava tão suculento que eu tive que fechar os olhos enquanto mastigava a fruta. Eu fui tirado daquele momento com mãos apertando as laterais do meu rosto e com lábios que colaram nos meus bem rapidinhos.

“Quero esse aqui, Seu Lima”, ouvi no meio da conversa que ele tinha com o feirante de cabelos brancos, mas aparência ainda jovial. “Mas também coloque essas duas mangas, aqueles couves, a alface de sempre, aquele roxinho também, vagem, brócolis, a rúcula e as cenouras” ele concluiu e eu me aproximei para ver tudo aquilo que era colocado dentro de um saco de papel.

– Kiwi! – Saiu em exclamação quando eu pousei meu queixo em seu ombro.

– Esses eu não sei escolher – confessou Bernardo para o sorriso curioso do dono da banca. – Coloque os melhores, Seu Lima.

– Não há segredo nisso – eu já fui falando ao alcançar uma frutinha no meio das muitas outras. Primeiro eu cheirei e depois dei uma apertadinha muito suave com o dedo. – Você precisa apertá-lo como se fosse a coisa mais frágil do mundo, se estiver macio, pode levar. E o cheiro deve brincar entre o cítrico e o doce. Cheire-o. – Eu levei a fruta ao nariz de Bernardo e ele a cheirou, se deliciando com a gostosura prometida.

– Escute o que ele diz. – Aconselhou Seu Lima do outro lado sob a sombra.

– Você pode repetir, por favor?

Diante do meu pedido o homem entrou na brincadeira e repetiu com a autoridade de um pai:

– Ouviu? Escute o que ele diz!

– Eu juro que vou tentar escutar quando eu souber o que ele tem a dizer. – Brincou Bernardo antes de tomar de mim a frutinha e devolver para o feirante, pedindo-o para colocar alguns dentro do saco já preparado para ele.

Virado para mim ele me cobriu com seu olhar ordeiro e brilhante, e eu tive toda uma visão da pele que se revelava pela gola da blusa muito folgada. Parte do seu ombro estava sendo entregue para mim e se não fosse as muitas pessoas ou até mesmo o Seu Lima, eu enfiaria minha cara naquele pedaço imaculado de pele. Ele esperava que eu dissesse alguma coisa e eu disse:

– Eu cheguei a pensar que não saberia mais o que fazer com a saudade.

– Só aceito que ela seja um assunto, porque agora você sabe o que fazer com ela.

– Sei?

– Tempere a salada que eu vou fazer lá em casa para você. – Meu Bê respondeu sorrindo.

– Isso é algo que só aconteceria na ficção.

– Eu sou melhor – ele completou imediatamente. – Eu sou real. Aliás, nós somos. E o preço dessas frutas também, não é Seu Lima?

Eu ri de como ele direcionava o assunto ao homem que nos entregava o pacote cheio de cores e Bernardo ficou rindo para mim e, claro, para os olhos curiosos e insinuativos que nos observavam enquanto esperavam pelo dinheiro.

Houve um pequeno silêncio no curto caminho até o carro. Ele só foi cortado quando eu abri a porta de trás e coloquei o saco com as coisas compradas sobre o banco e mandei Bernardo dar a volta e sentar no banco do carona.

Fizemos o pequeno percurso sem pressa, até porque era bom sentir a proximidade do corpo dele no meu. Ele sorriu quando ao passar a marcha eu deixei minha mão escorregar propositalmente e esbarrar em seu joelho. O toque se estendeu, é claro, e ele permitiu que meus dedos permanecessem ali por alguns segundos.

O guiamento acabou em frente a um prédio de aparência tradicional. A arquitetura velha contava uma história visual e eu sorri olhando a fachada bonita e meio vintage, mas desbotada e aparentemente mal cuidada.

– Isso não vai ruir? – Eu perguntei enquanto outra vez tomava o pacote em meus braços, impedindo-o de carregar suas próprias compras.

– Que baita desrespeito. Esse prédio tem mais história que nós dois juntos. Isso aí que você julga ser descuido, é charme.

– Não está mais aqui quem aconselharia uma mudança – eu disse brincando enquanto ele abria o portão da rua, me deixando entrar primeiro.

Uma portaria, um senhor sorridente, mas silencioso, algumas escadas e encontramos a porta do apartamento de Bernardo. Diferente da área externa, o corredor que tínhamos atravessado em nada parecia correr o risco de um desabamento. Aliás, era o contrário disso. Estava bem cuidado, bem iluminado e ostentava uma decoração muito moderna, com pinturas e tudo o mais. A velharia chique que os novos hipsters adoram.

Ele tirou as chaves do bolso da calça vinho e abriu a porta com facilidade. A escancarou para mim e no exato momento que eu me preparava para colocar o pé direito para além da porta, gritos eufóricos correram pela casa como se viessem em nossa direção. E vinham.

Num susto eu voltei aquilo que tinha caminhado e Bernardo riu atrás de mim. É claro que ele previa o susto. No pequeno espaço depois da porta dois vultos minúsculos surgiram em tapas, pontapés e risadas. Eram duas crianças e eu não conseguiria deixar de notar que o vulto resultante de suas corridas era tão dourado quanto seria o vulto de Bernardo se eu o visse correr. Quando elas pararam abruptamente ao se depararem com o estranho que eu representava, ambos olharam para além de mim e encararam o homem que sorria.

– Cadê a educação? – A cobrança veio pelas minhas costas.

O menorzinho que aparentava ter uns sete anos, mais branquelo e arredio, apenas soltou um “oi” desconfiado ao mesmo tempo em que dava um curto passo para trás. O maior, que deveria ter dez ou onze, me estendeu sua mão com um “olá” mais convidativo e formal.

– Oi, garotos. – Eu encurtei a distância entre nós e baguncei o cabelo do menor. – Podem me chamar de Ralph.

Eles não falaram nada e no lugar disso, trocaram olhares e um sorriso que beirava a gargalhada. O menorzinho ainda levou as mãos à boca e segurou o riso. De tão fofo eu quis rir com ele, mas eu estava mais curioso com a reação deles do que com a graça oculta.

– Eu adoro segredos. Comecem me contando esse aí que você esconde. – Eu disse novamente para o pequenininho que deu outro passo para trás, mas desatou uma gargalhada caprichada e muito alta.

– Ralph... – Bernardo grunhiu ainda pelas minhas costas como se pedisse para não criar caso com as crianças. E ao vê-lo falar meu nome, outra vez o pequeno vulto dourado riu e quase gritou para o irmão:

– O nome dele é igual o do filme, Luca.

Eu virei para Bernardo tentando entender quem eram aquelas crianças e do que elas estavam falando, mas ele aparentemente ria e se virou meio de lado, evitando cair em gargalhadas.

– O que são eles e de que filme eles estão falando?

– Detona Ralph. – Ele suspirou depois de sumir com o riso. – É uma animação. Se você fosse mais gordo e seu cabelo conseguisse crescer mais, até pareceria com o personagem. Ele é engraçadinho demais, só você vendo.

Após descobrir a causa de risinhos tão bonitos e sinceros, eu me virei e encarei os dois que riam para mim. Seus rostos estavam vermelhinhos e uma vergonha inocente surgia nos olhos castanhos.

– Eu terei que rir com vocês. Eu amo animações, sabiam?

- Então podemos assistir outra vez – gritou o pequeno. – E podemos comer mais daquela pipoca doce e daqueles bolinhos e sorvete. Eu quero mais sorvete!

– Já chega!

Bernardo interrompeu nosso papo tomando as coisas da minha mão e me empurrando de forma educada para dentro do apartamento. Ele deixou o pacote e o buquê de girassóis sobre uma bancada alguns passos à frente e voltou para fechar a porta e me buscar. Os garotos saíram correndo outra vez entre tapas e eu parei quando cheguei na cozinha. Eu vasculhei aquele espaço que estava ao alcance do meu olhar, mas não os encontrei. O loft se estendia como um vão aberto e vasto até que no fundo uma parede dividia aquele ambiente do que parecia ser o quarto. Talvez eles estivessem ali. As paredes não eram pintadas e o concreto estava cru, os canos que protegem os fios estavam expostos e a decoração monocromática, misturando ferro e madeira, emprestava ao apartamento a aparência de uma fábrica. Por um segundo eu ignorei tudo e me voltei para o homem diante de mim. Era inacreditável que ele ainda se divertisse com minha curiosidade, mas o riso preso nos lábios apertados dizia isso.

– Eles são...

– Luca e Ben.

– Também queria saber o nome deles, mas – eu quase travei –, eles são seus filhos?

– A curiosidade em seu rosto é adorável, sabia?

– O cabelo, a pele, o brilho no olhar. – Eu ignorei a provocação que também estava presente nos garotos. – Eles são copias suas. E também são as coisinhas mais bonitas. Até o riso – eu observei e apontava para o rosto dele. – Até o riso contido. Olha aí!

Ele deu dois passos para trás olhando na direção do quarto, como se esperasse que alguém saísse do compartimento.

– Alguém vai explicar melhor. – Ele disse sorrindo, ainda em uma clara provocação.

.

.

Eu disse que estou no Wattpad? Pois é, estou. Procurem pelo ;)

Coach, é bom que seja bom. haha

guilwinsk, sério? E olha que eles nem começaram as preliminares. :)


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