O Hétero proibido. Essa história já passou por aqui. XI (último episódio parte III).

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 4069 palavras
Data: 15/04/2017 01:40:10
Última revisão: 15/04/2017 11:07:54

Meu pai estava sentado em uma cadeira olhando para meu monitor. Nitidamente ele lia a matéria que eu havia esquecido de fechar.

- o que é isso Gabriel? Sexo de homem com homem meu filho? O que ta acontecendo com você?

Acho que aquele susto superou a aparição do maníaco. Eu fiquei tão nervoso que a toalha caiu da minha cintura. Meu rosto queimou, e meus lábios ficaram secos. Tentei falar algo, mas eu havia virado gago. Enrolei a toalha na cintura, e fiquei esperando o momento de acordar.

Essa era uma daquelas horas que você queria possuir o poder de teletransportar-se.

- o gato comeu tua língua, Gabriel?

Aproximei-me do computador, e tinha a imagem de dois homens se beijando. Não era sexo explicito, mas era uma cena homosexual.

- isso deve ser vírus pai. Eu tava olhando o site da faculdade. - Tentei ludibria-lo.

- mentira. - gritou meu pai.

- não é mentira pai, até a hora que eu fui tomar banho, isso aí não tava aparecendo.

Meu pai usou o mouse para abrir meu histórico.

- e isso aqui? É vírus também? Responde Gabriel, é vírus? - ele apontava para o histórico da minha máquina.

Não tinha pra onde correr. Não tinha desculpas que eu pudesse inventar para continuar escondendo minha orientação sexual.

- você gosta de homem, Gabriel?

- eu não tenho culpa pai. - falei cabisbaixo.

Não tinha vergonha em gostar de outros caras, mas sentia vergonha em ter aquela conversa com meu pai.

- perguntei se você gosta de homem. - ele aumentou o tom de voz.

- gosto. - foi só o que consegui dizer.

Ficou um silencio no quarto. Meu pai olhava para mim, olhava para o computador, e não sabia o que falar.

- desde quando? - dessa vez, o tom de sua voz era normal.

- desde a adolescência. - sentei na cama, e desviei o olhar.

Meu pai abaixou a cabeça, e pensei que ele fosse chorar.

- eu sou homem igual ao sr pai. Só que eu gosto de outros homens. Isso não me diminui em nada.

Meu pai levantou a cabeça e me fitou.

- aonde o sr vai? - perguntei vendo ele sair do quarto.

- vou tentar dormir.

Meu pai parecia triste.

- e como a gente fica? - eu estava apenas com a toalha em volta da cintura. O ar do quarto gelava meu corpo ao ponto de deixar meus mamilos duros.

- eu não quero falar sobre isso agora. - disse ele.

- vai ficar com vergonha de mim agora? Vai me evitar pai? Vai me deportar?

- sabe Gabriel. Eu te amo muito meu filho, mas eu não posso esconder minha frustração em descobrir que você é... É...

Meu pai não encontrava palavras, mas no fundo eu sabia que ele queria me chamar de gay.

- e netos? Eu devo esquecer? - ele evitou chamar-me de gay, e mudou o assunto.

Ele virou as costas sem ouvir minha resposta. Meu pai saiu, e me deixou com uma incógnita a respeito do nosso futuro dentro da mesma casa. Como iriamos nos tratar daqui frente?

Tranquei a porta e deixei as lágrimas rolar. Uma sensação de dor, vergonha e desconforto me consumia.

Minha mãe apareceu perguntando se eu não iria jantar, e eu inventei uma dor de cabeça para evitar cruzar com meu pai.

Quando percebi que meus pais já estavam deitados, eu coloquei algumas peças de roupas dentro da minha mochila, e liguei para o Fernando. Resumi toda a conversa pra ele.

****

- você falou pro teu pai que curti homem? - ele perguntou.

- não tinha mais como negar cara. Tive que assumir. - havia chorado tanto, que a consequência foi um soluço.

- mas você falou de mim? Falou alguma coisa da gente? - ele parecia apreensivo. Notava-se.

- não cara. Não falei nada de ninguém não.

- que alívio. - disse ele suspirando do outro lado da linha.

- porra Fernando. Tu ta preocupado com tua masculinidade velho? Como você é egoísta cara. Eu aqui ligando pra pedir ajuda, e você preocupado em ser descoberto ou não!? Pode ficar sossegado que eu jamais te queimaria dessa forma.

- não to preocupado só comigo, to preocupado com a gente.

- com a gente uma merda. Você só liga pra você.

Desliguei o telefone e coloquei no bolso. Fernando ligou várias vezes, mas eu não atendi.

Peguei meu material da faculdade, coloquei a mochila nas costas, e procurei sair sem fazer barulho.

Eu tava de cabeça quente, e iria tomar uma decisão que talvez um dia fosse me arrepender. Mas se meu pai não queria conversa comigo naquele momento, é porque ele não aceitaria o fato de eu ser gay.

Passei pela sala, e senti meu estomago embrulhar.

Pensei em dormir no apartamento do Danilo, mas eu queria ir para um lugar mais longe. Queria mexer com o sossego do meu pai, queria que ele sentisse minha ausência. Caso não sentisse, seria prova o suficiente que ele não me aceitaria.

Atravessei a rua do meu prédio e começou a cair um toró d'água. Abriguei-me em um ponto de táxi, e liguei para o Kadu. Tive que ligar várias vezes para ele poder atender.

***

- Gabo? - disse ele do outro lado da linha.

- e aí Kadu. Ta ocupado cara?

- tô não. Pode falar.

- ta em casa?

- tô não mano. Tô aqui na fazenda do meu pai.

- ah sim cara. Tranquilo.

- mas o que era mano?

- nada não mano.

- fala Gabo. Queria alguma coisa?

- eu ia pedir pra dormir na tua casa essa noite.

- la em casa? Mas aconteceu alguma coisa?

- eu tive um pequeno desentendimento com meu pai, e resolvi dar um tempo fora de casa.

- porra brother. E tu ta aonde agora?

- to aqui na praça em frente ao meu apartamento.

- então eu te busco aí.

- não mano, relaxa. Eu vou me virar por aqui.

- Nada disso Gabriel. Eu já to voltando pra cidade mesmo, e é meu caminho.

- tem certeza mano? Não vai te atrapalhar?

- vai não. Espera uns 40 minutos que eu passo aí.

- beleza. - falei desligando.

***

O ponto de táxi estava vazio. Poucos taxistas assistiam a reprise do brasileirão. Coloquei minha mochila sobre minhas pernas e escorei minha cabeça no encosto de um banco.

- vai querer uma corrida patrão? - disse um taxista aproximando-se de mim.

- não amigo. Tô só dando um tempo por aqui.

O taxista fez positivo com a cabeça e sentou em um banco de frente para o televisor.

Fernando voltou a me ligar, e mais uma vez eu recusei. Ele insistiu e eu coloquei o celular no silencioso.

Fiquei ali por um tempo, acho ate que cheguei a cochilar. Olhei no relógio, e já haviam se passado uns vinte minutos desde a minha ligação para o Kadu.

Fui ate uma lanchonete ali na praça mesmo e comprei uma latinha de guaraná. Enquanto o atendente me passava o troco, senti o celular vibrar, e era uma ligação do Victor. Pensei que poderia ter o dedo do Fernando naquela ligação e preferi não atender.

Abri a lata do refri, e quando despejei na boca, alguém tocou meu ombro.

- kadu? - falei me virando.

- vai ficar brincando de gato e rato?

- Fernando?

- o que ta pegando Gabriel? Desliga o celular na minha cara, evita de atender minhas ligações. Pra que essa infantilidade toda?

- Não é infantilidade não Fernando. É amor próprio.

- de novo isso?

- foi a ultima vez.

- como assim ultima vez?

- na moral Fernando. Você foi só um sonho, cara... E eu não quero mais não. Eu faria tudo por você, mas parece que você não ta se importando muito comigo.

- se é sobre o que eu disse ao telefone, me desculpa. Ta bom!? Quando você falou da conversa que teve com teu pai, eu me assustei. É normal ué. Tu não acha?

- acho que se fosse o inverso eu me preocuparia primeiro contigo.

- mas eu to preocupado. Eu ter vindo aqui a essa hora da noite, não é prova o suficiente?

- só prova que você é um bom amigo. Só isso.

- Gabriel, Gabriel. De onde você tira essas ideias cara?

- num é ideia não Fernando, é a lógica cara. Quando eu te liguei, eu queria apenas pedir pra passar a noite no teu apartamento. Mas daí você se mostrou todo preocupadinho de eu ter falado algo pro meu pai.

- Gabriel, a minha preocupação foi normal cara, só que você ta fazendo um desenho perfeito de mim, e eu não sou tão perfeito assim. Talvez por isso você esteja decepcionado. Eu sou um cara normal, Gabriel, mas eu gosto muito de você.

As vezes eu tinha dificuldades para entender quando alguém está sendo verdadeiro. A insegurança é um dos piores defeitos do ser humano, e isso vai tornando você frágil e desconfiado de tudo.

A intensidade da chuva aumentava, e o espaço coberto já não era o suficiente para nos proteger da água.

- vem, vou te levar comigo. - disse Fernando.

- to esperando um amigo meu.

- que amigo?

- la da faculdade.

- ta esperando ele pra quê?

- vou dormir no apartamento dele.

- é serio isso? A gente com um apartamento vazio, você vai dormir na casa de outro cara?

- minha primeira opção era o teu apartamento, mas você cortou qualquer chance de eu ir pra lá cara.

- só porque eu me preocupei com a minha identidade? Porra Gabriel, você diz que sou egoísta, mas o egoísta aqui é você. Deixei bem claro que eu preciso de sigilo total, e você não se mostrou contra. Agora você quer mais, mais e mais. Eu não to entendendo aonde tu quer chegar, to me esforçando o máximo por você.

- não precisa mais. - falei sereno.

- o que tu disse?

- não precisa mais se esforçar por mim, e eu nunca te cobrei nada além do normal. A única coisa que eu te pedi foi para me assumir pra você, mas hoje eu vejo que isso nunca vai acontecer.

- eu te assumi pra mim cara, ninguém sabe além de mim o quanto é grande o que eu sinto por você.

- vamos ser realista Fernando. Você é um cara bonitão, e tudo o que tu busca é comida e diversão no anonimato. Mas eu tenho sentimentos ,cara. E eu descobri da forma mais doída que nem sempre ter o corpo da pessoa próximo da gente é sinal de felicidade.

- você quer dizer que não ta feliz perto de mim? - Fernando falava suave.

- não. - menti.

- teus olhos brilham quando tu esta perto de mim. Isso significa o que?

- que eu te amo cara, e toda vez que você chega me bate um frio no estomago como se fosse a primeira vez. E por muito tempo vai ser assim. Mas eu to querendo te esquecer, e talvez achar alguém igual a mim.

- como assim igual a você?

- discreto, mas que cuide de mim. E tu pode achar alguém também no teu perfil: Um cara reservado só para os momentos de curtição.

- então esse é o meu perfil?

Confirmei com a cabeça e sorri.

Meu celular vibrou, tirei-o do bolso e era uma ligação do Kadu.

****

- fala mano.

- to aqui na frente do teu prédio já. - disse ele.

- beleza. Tô vendo teu carro.

- to te esperando.

- to indo.

****

Desliguei o telefone e despedi-me do Fernando.

- eu vou nessa cara. Boa sorte. - falei estendendo o braço.

- pra você também. - disse ele sem esboçar resistência. -

Fiz menção em atravessar a rua, mas Fernando me chamou.

- Gabriel? - disse ele fazendo eu olhar para trás.

- oi. - a chuva caia sobre nossos corpos.

- eu queria te entregar um presente.

- presente? O que é?

- ta la no carro. Você pode me acompanhar?

Olhei para o outro lado da rua, e o carro do Kadu ainda estava com o motor ligado.

- beleza. - falei o seguindo.

Chegando ao veículo, Fernando abriu a porta traseira, e pediu que eu pegasse uma caixa que estava sobre o banco. Quando apoiei meu corpo no assento, senti um leve empurrão, e aporta sendo fechada e travada. Fernando entrou pela porta do motorista e deu partida no veículo.

- que brincadeira é essa mano?

- brincadeira nenhuma, Gabriel. Tô fazendo uma tentativa pra salvar nosso relacionamento das tuas criancices. E para de me chamar de mano, de cara, de velho, de brother. Eu sou teu homem, e é assim que tem que que ser.

- eu já tinha combinado de ir dormir no apartamento do Kadu.

- descombina. - Fernando me olhava pelo retrovisor central.

Olhei pelo vidro traseiro do carro, e vi os faróis do veículo do Kadu acesos. Senti um aperto no coração em deixa-lo esperando.

- Fernando, eu preciso voltar.

- você não precisa, é só ligar e inventar uma desculpa qualquer.

- eu tava quase em frente ao carro dele, como vou inventar uma desculpa? - Passei entre o banco do carona e o do motora, e sentei ao lado do Fernando.

- então manda a real pra ele. Diz que você conseguiu um lugar melhor pra passar a noite.

Meu celular tocou. Com certeza o Kadu havia começado a estranhar a demora.

- Não vai atender? - perguntou Fernando.

****

- Oi Kadu.

- Oi Gabriel. Ta onde?

- desculpa mano, aconteceu um imprevisto, e eu acabei pegando outro rumo.

- o que aconteceu?

- vai pra aula amanhã?

- acho que sim.

- então amanhã a gente conversa por lá.

- beleza, mas me adianta o que aconteceu. Tu disse que tava aqui na praça, e do nada sumiu.

- não foi bem do nada mano. Mas ta tudo bem comigo, amanhã eu te falo melhor o que houve.

- beleza Gabriel. Até amanhã. - disse ele um pouco desgostoso.

- ate amanhã brother.

****

O Fernando foi todo o percurso tentando puxar papo comigo, mas eu não tava muito no clima.

Assim que chegamos ao apartamento, tratei logo de ir me secar.

- quer comer alguma coisa? - perguntou Fernando.

- quero. - falei.

- o que?

- qualquer coisa.

- pode ser pizza?

- claro.

- preferencia?

- qualquer uma.

Enquanto Fernando tirava o celular do bolso para pedir a comida, eu entrei no quarto. Assim que troquei de roupa, Fernando também entrou.

- senta um pouco aqui. - disse ele apontando pra cama. - eu quero conversar contigo.

- fala. - disse sentando ao seu lado.

- conta pra mim como foi a conversa com teu pai.

Eu gostava do interesse do Fernando, mas tinha medo de ser algo forçado, apenas pra eu não ter motivo de ficar chateado.

- não foi nem conversa Fernando. Ele nem me deu oportunidade pra explicar nada. Quando eu falei que era gay, ele simplesmente saiu do quarto, e me deixou sozinho.

- mas ele brigou com você?

- pior que isso. Eu preferia que ele tivesse brigado comigo, sabe? Mas ele me ignorou.

- é tudo muito novo Gabriel. Da um tempo pra ele pensar sobre o assunto. Quando cair a ficha que ele tem um filho maravilhoso, ele vai reconsiderá.

- vou dar esse tempo. Por isso resolvi sair de casa.

- ele sabe que tu saiu?

- não! Eu saí de casa escondido.

Fernando sorriu.

- mas aí não pode. Você vai deixar seus pais preocupados.

- é isso que eu quero. Deixar meu pai me notar.

- não é com esse pensamento que você vai fazer teu pai te notar. Dê tempo ao tempo. Você já fez isso comigo, e deu certo.

- então tu acha que eu devo voltar pra casa?

- acho que você deve ao menos comunicar aos teus pais. Essa casa aqui é tua, você pode ficar o tempo que precisar.

- e tu, vai ficar aqui comigo?

- vou. - ele disse sem convicção. - Quer dizer, não vou poder ficar o tempo todo pra não levantar suspeitas, mas sempre que possível eu venho.

- acho que tu tem razão.

- em que?

- na parte que disse pra eu comunicar aos meus pais. Vou ligar pra minha mãe, e falar que to na casa de um amigo.

- beleza. Eu vou ligar cobrando a pizza.

- ta bom. - falei com o celular em mãos.

Fernando saiu do quarto, e eu liguei para minha mãe. Inventei uma desculpa dizendo que precisava fazer um trabalho acadêmico na casa de um amigo. Ela não desconfiou de nada, e eu fiquei com a consciência mais tranquila.

Assim que desliguei o telefone, me estiquei na cama do Fernando. O mesmo ainda não havia retornado ao quarto. O ar ligado, e a macia roupa de cama foram me dando sono. sem perceber, fui pregando os olhos e desfalecendo.

Voltei a realidade, sentindo um corpo sobre o meu. Uma língua deslizava por meu pescoço.

- acorda. - Fernando falou suave, como se fosse um segredo.

- acordar pra que? Esse sonho ta tão bom. - sorri.

- isso aqui é nossa realidade.

Fernando encaixou seu membro sobre minha bunda e respirou em minha nuca.

- quer ir comer agora ou prefere primeiro ser comido? - ele foi safado e provocante.

Seu corpo estava totalmente acoplado no meu. Sua barba rala corria pelo meu rosto.

As mãos do Fernando, que ate então me abraçavam por trás, desceram ate sua cintura, e ouvi o barulho de zíper sendo aberto. Fernando abaixou sua bermuda, junto com a cueca ate o joelho. Seu membro saltou para fora em ponto de bala. Virei meu corpo para cima, e fiquei peito a peito com o Fernando.

- toca nele. - disse o meu homem.

Olhei para baixo, e sua rola movimentava-se como se tivesse vida própria.

Minha mão tremula caminhou ate seu membro. Peguei levemente na glande, e depois passei o dedo pelo melato, este soltava um liquido viscoso.

Fernando uivou.

- Soca uma pra mim. - sua voz ela de veludo.

comecei a bater lentamente. Os olhos do Fernando estavam fixos em mim. Era como se ele avaliasse meus movimentos.

O couro da rola do Fernando, ia e voltava na minha mão. Fernando abaixou sua bermuda totalmente, e veio subindo por cima de mim ate sua pica encostar em meu rosto. Aspirei o perfume que o seu membro exalava. Fechei meus olhos e senti que aquela tora tentava invadir minha boca.

- da uma lambida na cabecinha, vai?

Olhei para o rosto do Fernando, e este tinha um sorriso de canto da boca.

Deixei minha língua disponível, e Fernando foi despejando seu liquido para que eu pudesse saboreá-lo. Minha rola saltava por baixo da cueca.

A rola possessa do Fernando foi ocupando todo o espaço da minha boca.

- sem usar os dentes. - disse ele entre gemidos.

Fernando parecia um galo com o peito estufado e a cara fechada. Talvez fosse sua forma de sentir tesão.

Meu celular tocou, e eu tentei atender, mas meu macho não deixou.

- depois tu retorna. - ordenou.

Não contrariei Fernando. Deixei o telefone de lado e continuei chupando sua rola.

O celular voltou a tocar.

- acho que é importante. - falei.

Fernando não gostou.

Olhei para o visor e vi que tratava-se de uma ligação do Lucas.

- é o Lucas. - falei saindo de baixo do Fernando, e sentando na cama.

- quem diabos é Lucas? - disse ele se jogando na cama enquanto resmungava.

****

- fala Lucas.

- Gabo, aquele cara que apareceu no teu apartamento e depois la pela faculdade, como ele era?

- o maníaco?

- isso.

- não sei bem como ele era. Ele usava uma atadura na cara,e uma jaqueta com capuz...

- ele ta aqui. - Lucas não deixou nem eu terminar de falar.

- aqui aonde? - perguntei.

- aqui em casa. Eu cheguei agora pouco da rua, e vi dois cara,s em um moto, com essas características.

- dois? Eu vi apenas um.

- mas aqui tinham dois. O da garupa tava segurando uma faca e uma corda.

- caralho, Lucas. O caso é mais sério do que eu pensava. Então o problema não é só comigo.

- será que estão atrás de mim também?

- pelo que você falou sim.

- isso deve ser coisa do viado do teu primo.

- o Gustavo?

- esse mesmo. Ta querendo se vingar da gente, mas o dele ta guardado.

- não mano. Não tem como ser o Gustavo. Ele foi pro Rio.

- quando?

- essa semana.

- tem certeza? Você viu ele indo? Viu ele entrando em um avião?

- não. Não vi, mas...

- então Gabo. É ele. Pode ter certeza que ele ta querendo sacanear a gente.

- não Lucas. Tenho certeza que não. Ele não teria coragem de fazer algo nesse nível.

- e você acha que depois do que fizemos, ele iria aceitar tudo tão de boa? Não achou estranho ele ter sumido assim tão fácil?

- por esse lado você tem razão.

- claro que tenho Gabriel. A gente tem que achar esse filho da puta e colocar uma pressão que ele arrota.

- calma aí Lucas, mas então se tem o dedo do Gustavo nisso tudo, é sinal de que o Victor, o Kadu, e o Beto também estão na lista.

- vamos descobrir.

- eu vou falar com o Victor.

- vou ligar aqui pro Beto e o Kadu.

- beleza. Daqui a pouco a gente se fala.

*****

Desliguei o telefone, e não vi Fernando dentro do quarto. Mandei uma mensagem para o Victor perguntando se não tinha acontecido nada suspeito com ele.

****

- suspeito como assim? Tipo o que? - ele mandou de volta.

- tipo algum cara te perseguindo.

- não, mas porque ta perguntando isso?

- lembra do cara que apareceu no meu condomínio, e ninguém acreditou em mim?

- lembro.

- pois é. Ele apareceu la na casa do Lucas, e dessa vez tava acompanhado. O Lucas ta achando que pode ser o Gustavo querendo vingança.

- acho que não. Não faz sentido. Mais provável que seja assalto ou sequestro relâmpago.

- mas não é muita coincidência aparecer no meu condomínio e depois la pela casa do Lucas?

- o mundo é pequeno, Biel.

- até demais né mano? O cara apareceu la em casa essa noite, e depois já foi pra casa do Lucas, e com a mesma roupa. Não acredito que seja coincidência não. Fica esperto cara. Se for mesmo coisa do Gustavo, ele pode ir atrás de tu também.

- pode deixar. Vou deixar um taco de beisebol debaixo da cama.

- não ta levando a serio né seu puto?

- claro que to. O taco debaixo da cama é serio.

- vai brincando aí. - Ri.

- mudando de assunto cara, semana que vem é teu niver né!?

- é mano, mais uma volta ao redor do sol.

- merece uma comemoração né!?. Tava pensando em a gente virar a noite. Nunca mais fizemos isso.

- pode crer mano. Praia?

- ou fazenda! - ele riu.

- só quero ta com meus amigos. Qualquer lugar é lugar.

- então já é mano. Vou reservar aqui na minha agenda. Próximo sábado né!?

- isso.

- anotado ja mano.Vamos comemorar com estilo.

- com certeza.

- ta com meu irmão? - ele perguntou mudando totalmente de assunto.

Demorei um pouco, mas finalmente respondi.

- não.

Victor retornou com emoticons sorrindo.

Coloquei o celular no bolso e saí do quarto. Encontrei Fernando, apenas de cueca, comendo pizza na cozinha.

- foi mal Fernando. A ligação era importante. - não sei nem porque, mas senti que era necessário explicar.

- senta aí. - ele apontou para o seu lado.

- vou primeiro lavar as mãos para comer. - falei indo na pia.

- já servi tua pizza.

- valeu.

Sentei ao seu lado, e em uma dentada mordi metade da pizza. Senti algo roliço nos dentes. Cuspi no guardanapo e veio um anel.

- isso aqui...

- é pra você. - disse ele.

Naquele momento fiquei mudo.

- Fernando... Eu te amo pra caraleo cara, mas eu não quero que você haja forçado. Entregar um anel pra outro cara não faz teu perfil.

- e não faz mesmo, Gabriel. Tanto é que não é nem aliança. - O rosto do Fernando estava corado. - Eu não sei o que ta acontecendo comigo, só sei que estou gostando cada vez mais de você... Eu falo isso de coração. Esse anel é algo simples, mas eu queria te entregar algo que representasse nosso amor...

- nosso amor? - o interrompi.

- é... Eu te amo Gabriel. Acredita em mim cara. Eu estou completamente apaixonado por você.

Uma lágrima escorreu dos meus olhos. Lágrima de felicidade.

- eu também te amo muito Fernando.

Fernando secou a lágrima e beijou meus lábios.

- você aceita o anel? Aceita ter algo sério comigo?

- Eu aceito sim cara. - as lágrimas foram caindo com mais força.

Fernando segurou meu rosto com suas mãos.

- você me ama muito? - ele perguntou.

- amo cara, amo muito.

- muito a ponto de fazer qualquer coisa pra ficar do meu lado?

- por que você ta perguntando isso?

Fernando apoiou-se na cadeira e notei que sua expressão mudou.

- o que ta pegando, Fernando?

- eu to indo embora Gabriel. Você topa ir comigo?

Eu soltei uma risada sem graça.

- você ta brincando né!?

- Não. - ele foi enfático.

Continua...

Tonny, kkk. Vou te explicar porque eu faço isso com os finais assim. É que é pra tentar não deixar pontas soltas. Então quando eu vejo que já esta na hora, eu finalizo com o conto. Só tem mais dois episódios e daí acaba.

massaista.novinho. Eu não tenho mais contato com o Beto. Nas raras vezes que nos vemos, praticamente nos cumprimentamos com os olhos. Mas não é magoa nem nada. Apenas seguimos rumos diferentes.


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Comentários

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Ai, minha nossa senhora da bicicleta!! Estou morto aqui. Olha, posta logo, por favor. Estou gostando muito do seu conto. O Fernando está mostrando que realmente gosta do Gabriel, não é fácil ser gay e nem todo mundo está preparado para se assumir, ainda mais sendo ele um fuzileiro, mas acredito que as coisas podem/vão se acertar entre eles. #Ferbiel

Posta logooooo...

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Não pode acabar assim de maneira nenhuma viu Sr. BERG. Quero terceira temporada pra ontem kkkkkk, mas sério cara um dia vc tem q fazer a continuação do conto.

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Capítulo estraordinario... Ao contrário da maioria tô torcendo pro Gabriel ficar com o Fernando... Acho eles um ótimo casal, shipo eles com força haha... Berg seu lindo, queria falar com vc, se puder me chamar meu email é E continue a escrever sempre pra nós meu lindo, vc é fodastico quando escreve, bom demais... Bjão e aguardando ansioso o próximo capitulo

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Será q depois disso tudo ainda não vão ficar juntos ?? Será q nem foi vc e Beto ?

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Meuuuuuuuuu ta muito lindo o conto. ....chorando aqui pq vc disse que resta só mais 2 episódios. ...tem muitos personagens ai em que podem dar uma ótima segunda temporada....

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Mas será que o Fernando ama mesmo o Gabriel, quem será esses que estão atrás do Gabriel.....

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Ñ consigo sentir sinceridade no Fernando pra mim ele só quer um buraco pra enfiar seu pau. Gabriel tá sendo muito troxa em acreditar no Fernando

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DEUS DO CÉU COMO FERNANDO É UM IDIOTA CRETINO EGOÍSTA MANIPULADOR. GABRIEL TEM QUE DAR UM CHUTE NA BUNDA DELE. ELE SÓ QUER MESMO FUDER SEM LEVANTAR SUSPEITAS. FOI PÉSSIMA A IDÉIA DE AVISAR SUA MÃE. CONCORDO QUE SEUS PAIS DEVIAM SENTIR SUA AUSÊNCIA. VC TAVA CERTO MAS CEDEU AOS CAPRICHOS DO FERNANDO. SÓ PENSA NELE, NA MORAL DELE E NO QUE OS OUTROS VÃO PENSAR DELE. ISSO NÃO É E NUNCA FOI PAIXÃO OU AMOR. É CONTROLE. QUE ÓDIO DO FERNANDO. E MAIS RAIVA AINDA DE VC POR CEDER AOS CAPRICHSO DESSE IDIOTA.

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rapaz me sinto altamente incomodado o fado do fernando fingir que o garoto n tem pau, o trata como uma mulher praticamente, em nenhum momento tem a reciprocidade das coisas a nao ser no sexo de penetração mas carinho, preliminar e tudo unilateral, pessoalmente isso pra mim é chato, feio e esse pobre coitado esta sendo usado sim

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Gabriel mulher de malandro, desculpa... Ele é muito novo e inexperiente por isso esse Fernando manipulador, isso o que ele é, morde e assopra.

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Adorei o capítulo! Ñ tô gostando da maneira que Fernando está agindo! Parece que ñ aceita em ser largado!

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Esse Gabriel é muito trouxa, meu Deuuus. Eu conheço gente trouxa, mas esse menino supera todos os níveis. É evidente que o Fernando não gosta dele de verdade, só faz essas coisas para o Gabriel não ir embora e ter alguém sempre disponível ali para quando ele quiser comer. É o Gabriel fica aceitando migalhas.

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Dá para senhor não demorar muito pra posta. O

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