A VIDA DE UM GAY - Cap. 2:
ENSINO FUNDAMENTAL – Parte I
[...] A garrafa parou no garoto jiujiteiro....
O silêncio pairou o lugar. E logo ele se manifestou.
- Ai não pode! E sorriu.
Eu sabia que não podia insistir e criar um clima chato falei:
- não pode mulher com mulher e homem com homem. - Mas a verdade é que por dentro, eu estava louco pra sentir também os lábios dele.
Girei novamente a garrafa que dessa vez parou em Lara. Lara era uma menina bem bonita, tinha sido garota olímpica representando nossa sala nos jogos esportivos da cidade. No momento que a garrafa parou nela, ela me olhou como se realmente não quisesse fazer isso. Mas os meninos logo começaram a falar
- Ai Marcus, se deu bem! – disse Edson. Edson era um garoto muito bonito, o mais alto de todos nós e forte, curiosamente também era lutador, e desejado, menos que Júnior. Ele tinha um jeito mais militar, por causa de seu pai, que era policial, tinha 1,70 de altura, cabelo com corte militar, e um corpo muito sarado. Com certeza ele era gostoso e eu nunca havia reparado.
- Beija, beija, beija - As meninas faziam coro e foi então que sentir uma mão no meu ombro me empurrando e uma voz suave falando ao meu ouvido.
- Vai lá cara! Tu tem que ir beijar ela. - Ao olhar um pouco para o lado percebi que era ele, Junior. Ele me tocando no ombro pela primeira vez, e falando no meu ouvido foram o suficiente pra me arrepiar dos pés aos cabelos, então me levantei e fui em direção a Lara. Eu estava nervoso, nunca havia beijado alguém, e meu primeiro beija não seria com quem eu tanto queria. O beijo foi legal e após beija-la Edson e Júnior vieram logo pra cima da mim, me segurando e puxando, parecia uma vitória do time dos meninos.
A noite passou e eu ainda beijei mais umas 3 meninas. Antes de meia-noite todos já meio porre começaram a se despedir.
- Tua festa foi melhor do que eu imaginava Marcus – Ao me virar fui surpreendido com um beijo na bochecha, era Brenda, prima de Junior e a menina mais popular da escola.
- Vou esperar mais – disse Edson, sinceramente tinha notado certa malícia no tom da voz dele, mas nem liguei. Todos se despediram e saíram, percebi então que Junior não havia passado pela porta e nem Lara. Voltei para o quarto atrás dos dois, entrei e vi Junior com os dois braços sobre Lara que estava encostada na parede.
- Não Junior, não vou ficar contigo, eu não sou essas meninas desesperadas pra ficar contigo – disse ela saindo do meio dos seus braços e vindo em direção a porta onde estava – Marcus, a festa foi massa e eu adorei – me dando um pequeno beija no bochecha.
Naquele momento voltei o olhar para Junior que já estava sentando na ponta da cama com cara de raiva.
- Eu sou louco por essa menina mano, o que eu faço? – Disse Junior.
Eu parei, olhei, e não estava acreditando que teria uma primeira conversa com ele, mesmo sendo sobre a Lara. Fui me achegando perto dele e sentei ao seu lado.
- Junior, sinceramente eu não sei o que te falar, não sei se percebeu, mas não sou especialista em meninas. Tu tem toda menina que tu quer e acho que isso de ela não te querer e tu querer ela a todo custo é justamente o porquê de tu gostar tanto. Tu pode ter toda a menina que tu quiser, se ela não quer, tem quem queira – sinceramente não sabia de onde eu havia tirado aquilo, mas saiu. E pior, no momento que terminei de falar, Junior me olhava fixamente, o suficiente pra me deixar constrangido e imediatamente imaginar beijando ele, afinal estávamos só nós dois em casa.
- Tu é inteligente nisso também, e um ótimo amigo – Junior falou isso sorrindo e se levantando. - tenho que ir, já ta ficando tarde e meus pais vão notar que fugir de casa.
- fugiu? – perguntei.
- Sim, te vejo na escola amanhã. – e veio ao meu encontro para um abraço, eu pude sentir o cheiro dele, aquele cheiro que todas as meninas comentavam, realmente, era um cheiro muito gostoso. Eu o abracei e ele saiu em direção à porta.
No outro dia na aula no momento que cheguei Junior já estava sentando no fundo da sala, onde eles se reuniam, quando entrei na sala e sentei no meu lugar na frente, escutei uma voz.
- Marcus, senta aqui! – Era Junior gritando. Ao chegar no fundo da sala Edson puxou uma cadeira e sinalizou pra sentar ali, me sentei no meio dos dois, e eu estava amando aquilo, estava me sentindo de certa maneira cobiçado.
A conversa no intervalo foi sobre minha festa, quem tinha pegado quem, e pela primeira vez, meu nome era o grande motivo. Sem reparar, eu havia me tornado amigo daquele grupo que sempre quis participar.
Mas precisava manter as aparências, Junior era o pegador da turma e parecia que a única coisa que tínhamos pra conversar eram vídeo game e meninas. Me tornei o grande amigo de Júnior e Edson, a ponta que competíamos quem pegava mais garotas. Ao final do ano tinha me tornado amigo de todos os meninos da turma e pegado metade das meninas, eu estava feliz, mas aquilo não importava, quem eu realmente queria eu não iria conseguir. Havia apenas uma coisa, eu ainda era virgem, e de certa forma, eu não queria perder com qualquer menina. A formatura se aproximava e a nossa festa era o assunto mais comentado.
- Cara tu precisa pegar uma menina antes da formatura, tu não pode ir pro ensino médio sem ter transado com nenhuma – Júnior me dava conselhos e me incentivava. Não havia outra maneira, eu tinha que perder minha virgindade.
Edson sempre escutava minhas conversas com Júnior calado, eu já achava Júnior calado com quem ele não conhecia, mas Edson era ainda mais calado que Júnior. Porém percebi ele um pouco inquieto na conversa sobre minha virgindade, eu sabia que Edson e Júnior eram bem mais experientes por todas as histórias que escutava das meninas, então me perguntava, por que Edson pareceu tão nervoso quando falávamos da minha virgindade. Aquilo ficou na minha cabeça, mas deixei passar.
O dia da formatura chegou! Eu e Júnior resolvemos nos arrumar na casa de Edson que era bem mais perto do lugar que seria a festa, porém tínhamos combinado de chegar à tarde na casa dele pra jogarmos um pouco de vídeo game. E assim eu fiz, cheguei na casa de Edson em torno das 15 horas.
- Entra ai mano – Dizia Edson abrindo a porta do casa – Deixa tuas coisas lá no meu quarto e bora logo jogar uma partida aqui.
- Como sempre eu vou te ganhar, vocês nunca me ganham no Mortal Kombat – dizia rindo e indo em direção ao quarto de Edson.
Jogamos vídeo game a tarde inteira, até que já dava a hora de começarmos a nos arrumar. Foi então que Júnior chegou.
- Que demora do caralho – Disse
- Vão se fuder, bora se arrumar. – Dizia Júnior rindo.
Fomos tomar banho cada um por vez, eu primeiro. Quando sai do banho, Júnior logo entrou. Foi inevitável imaginar ele no banho, o suficiente pra tirar minha concentração por alguns segundo, que foi desviada no mesmo instante que Edson tirou a camisa. Minha atenção que estava toda com Júnior no banho voltou para aquele menino. Como eu não havia reparado antes nele? Será que ele sempre foi aquilo tudo? Com 15 anos ele já era lindo de corpo, todo sarado e forte e alto, parecia ter 18 anos. Fiquei tão atento ao corpo dele que não percebi ele me olhando, ele parecia gostar que eu estivesse olhando, e parecia saber provocar. Ele enrolou a toalha na cintura e foi tirando sua cueca por baixo. No momento que ele fez isso meu coração disparou, eu via um volume enorme dentro da sua toalha, e a imaginação que estava no banho com o Júnior, se voltou inteiramente àquela cena. Em um instante para ajeitar a toalha ele a abre e deixa transparecer todo o lado da coxa esquerda, que era enorme e definida, aquela curvinha na cintura e uns poucos pelos que pude perceber em direção à coxa do lado esquerdo, eu me arrepiei! Naquele momento, a porta do banheiro abre fazendo voltar minha atenção pra vida real, mas pude perceber um momento antes, ele me olhando fixamente. Júnior saiu do banho já vestido com a calça e Edson entrou no banho.
Fiquei com a cena dele me olhando na cabeça. A impressão que tinha e que ele estava fazendo aquilo de propósito. Ainda conseguir admirar um pouco o corpo do Júnior até ele colocar a camisa. Mas por motivos maiores de excitação, eu só pensava no corpo de Edson.
Fomos pra formatura, estávamos todos conversando, e eu sabia que Edson estava percebendo que estava tenso desde o momento do banho, estava tentando disfarçar, eu de um lado conversando com as meninas e ele do outro lado conversando com Júnior, mas por incrível que pareça nossos olhares estavam se ligando a toda hora, parecia que mais eu tentava evitar, mas ele percebia. A cerimônia demora a começar por causa de alguns alunos que não tinha chego, e então em um susto eu levantei, havia esquecido na casa de Edson meu papel de discurso, já que seria o orador da cerimônia. No instante esqueci o momento de tesão que havia tido com Edson e fui em sua direção.
- Edson, esqueci meu discurso na tua casa, me empresta tua chave pra eu ir lá buscar, por favor!
- Não! – Disse ele. Olhei com uma cara de surpreso, até ele completar – Vamos lá nós dois – disse rindo um pouco – Vou emprestar o carro do papai e vamos lá, pra ser mais rápido.
Por algum motivo estremeci com a frase.
Próximo Capítulo: ENSINO FUNDAMENTAL - Parte II - A virgindade.
- Várias narrativas que falo, é contar a história sem precisar de vários títulos. Todas ficaram dentro do Título "A vida de Um gay"
Ó - Obrigado, já estou fazendo eles maiores, o primeiro foi apenas um piloto, por isso o tamanho e a pouca informação;
- Obrigado.