O tesão me possuía, e cada vez eu chupava aquele cara com mais vontade. Danilo segurava, com as duas mãos, minha cabeça, me auxiliando em movimento de ida e volta repetidas vezes.
Mesmo de olhos fechados, eu sentia que tinha mais alguém naquele banheiro. Voluntariamente, abri meus olhos, e vi Gustavo, no canto da porta, nos observando.
- Caralho. - exclamei me afastando do pênis do Danilo.
- o que foi? - perguntou meu primo.
Gustavo fez cara de desaprovação e saiu apressado. Danilo o viu descendo, e rapidamente levantou sua sunga.
- ele viu a gente? - perguntou Danilo me fitando.
- com certeza. Ele tava ali nos olhando. Parecia que ia nos comer com a vista. - falei nervoso.
- calma. - disse Danilo tentando me tranquilizar.
- como é que tu quer que eu fique calmo? O Gustavo vai espalhar pra geral o que aconteceu aqui.
- hey primo. Fica tranquilo que eu vou tentar conversar com ele.
Eu confirmei com a cabeça.
- fica aqui no meu quarto, tranca a porta e não abre pra ninguém.
- beleza. - falei tentando esconder o nervosismo.
Assim que Danilo passou pela porta, eu a tranquei conforme o combinado.
Deitei na cama do meu primo, e tentei esconder meu rosto debaixo do travesseiro. Eu me sentia mal com aquela situação. Não estava arrependido de ter feito sexo oral no Danilo, mas me sentia culpado em ter feito ali, com as portas do quarto e banheiro abertas.
Essa era uma daquelas situações que queremos poder voltar no tempo, mas sabemos que é impossível.
Danilo demorava muito, e eu não conseguia pensar em nada bom. Pelo contrário, eu imaginava que Gustavo já tivesse espalhado a merda no ventilador.
Estava distraído, quando uma batida na porta me assustou.
- pode abrir primo. Sou eu. - disse Danilo do lado de fora.
Instantaneamente, abri a porta e já fui bombardeando o cara com tantas perguntas.
- e aí, ele contou pra alguém? Meus pais ouviram a conversa? Onde ele ta agora? O que vocês conversaram?
Danilo ria da minha preocupação.
- calma Biel. Ta tudo tranquilo lá por baixo.
- como tranquilo primo? O cara vai acabar com a minha vida.
Danilo, e eu sentamos em sua cama.
- eu falei com o Gustavo...
- e aí? - falei o interrompendo.
- ou ele ta sendo irônico, ou realmente não viu nada.
- claro que ele viu. Ele me encarou primo. Tu acha que eu to ficando paranoico?
- calma. - disse ele - claro que eu não acho isso, mas o Gustavo ta muito bêbado. Ele pode ter visto e nem se tocado.
- eu não caiu nessa. Ele viu sim primo, eu tenho certeza que ele entendeu muito bem o que aconteceu lá dentro.
- ta bom, então bora supor, que ele tenha visto e entendido, mas se ele não for dar com a língua nos dentes, não tem problema.
- e tu acha que ele não vai abrir a boca pra ninguém?
- sinceramente, eu espero que não. - disse ele se espalhando na cama.
- ainda ta muito cheio la embaixo?
- todo mundo ainda ta aí.
Respirei fundo.
- vou pegar um táxi, e ir pra casa. - falei levantando da cama.
- Não. - disse ele me puxando pela cintura.
- to sem cabeça pra ficar aqui primo. To com vergonha de encarar as pessoas.
- isso é coisa da tua cabeça. - disse ele, calmo, acariciando o meu rosto.
- pode ser que seja mesmo, mas eu vou me sentir bem melhor quando já tiver trancado no meu quarto.
Dessa vez, Danilo respirou fundo.
- ta certo! Então espera eu me arrumar.
- pra que esperar tu se arrumar?
- eu vou contigo. - disse ele pegando uma toalha limpa e entrando no banheiro.
- precisa não primo, eu vou só. - falei o acompanhando.
Danilo sorriu.
- ta me expulsando da tua casa? - disse ele já debaixo do chuveiro.
- claro que não.
- acho bom mesmo. Teus pais já me aceitaram lá de braços abertos.
- hen? Como assim?
- vou passar uma temporada com vocês. Pouco tempo, só até eu arrumar um apart pra mim.
- isso é serio?
- sim. A não ser que você se importe.
- claro que não pô. Só não entendo como você vai morar com a gente, tendo uma casa dessas a tua disposição.
- a barra aqui ta pesada. - Danilo fechou o registro do chuveiro, e começou a passar o sabonete no corpo.
- entendo. Então vou te esperar aqui dentro do quarto mesmo. Não quero ficar muito tempo lá embaixo.
Danilo riu.
- ta certo.
Expliquei para os meus pais que eu tinha que sair mais cedo, pois haveria uma reunião com a coordenação do baile de formatura. Despedi-me de alguns tios, mas não tive cara pra falar com os primos.
Danilo colocou uma mochila com poucas roupas, e um violão no banco traseiro do carro da tia Valentina.
- depois eu venho apanhar o restante das coisas. - disse ele entrando no carro.
Eu apenas confirmei com a cabeça.
- tu ainda ta tenso?
- to um pouco primo. - falei olhando pra ele.
- fica frio. Amanhã tu não vai mais nem lembrar disso. - disse ele alisando meus cabelos.
- beleza.
- o endereço ainda é o mesmo?
- sim, sim. Mesmo local. - falei me acomodando no banco do carona.
Danilo deu partida no carro, e logo pegamos a estrada.
xxXXX
Subimos ate o apartamento onde eu morava com meus pais.
- fica a vontade primo. - falei jogando o molho de chaves na mesinha de centro.
- vlw priminho. - disse ele colocando a mochila no sofá de três lugares.
- eu acho que tu vai dormir no meu quarto né!? Pode até arrumar tuas roupas lá dentro do meu roupeiro se você quiser.
- daqui a pouco eu faço isso. Agora eu queria tirar uma soneca. - disse ele caindo no sofá.
- tranquilo. - falei sorrindo - eu vou tomar um banho.
- posso dormir na tua cama?
- pode sim.
Mostrei o quarto ao meu primo, e depois disso fui para o banheiro. Antes de entrar no box, visualizei as mensagens do meu celular. A maioria delas era do Victor, decidi então responde-lo.
****
- oi mano. - falei no whats.
Coloquei meu celular em cima do assento sanitário, e caí debaixo d'água.
Ouvi barulho de notificações, e só quando terminei de banhar, parei para responder.
- até que fim hen mano!? - Victor respondeu minha mensagem.
- passei o dia fora.
- hummm. Tava aonde?
- fui pra casa da tia Valentina. - respondi enquanto escovava os dentes.
- porra. E nem me chamou?
- foi tudo muito rápido. Só fiquei sabendo que iriamos, durante o café da manhã.
- to ligado. Vai fazer o que agora a noite?
- por enquanto nada. - Enrolei-me com a toalha e fui até a sala ver o que estava passando na tv.
- vem jantar aqui hoje.
- o que vai ter aí? - falei sentando no sofá.
Victor demorou um pouco para responder.
- O Fernando ta indo pra fronteira amanhã, e a mãe vai fazer um jantar de despedida pra alguns amigos.
Não tem aquelas noticias que acabam com o teu dia? Pois é. Essa, literalmente, era uma dessas.
Quando li que Fernando iria pra fronteira, meu coração petrificou. Senti um calafrio daqueles de embrulhar o estomago. Mesmo ele não tendo muito afeto por mim, eu queria ao menos poder ficar perto dele.
- vou ver aqui. - coloquei uma carinha de feliz, só pra disfarçar a dor.
- faz uma força por mim. Eu ficaria feliz se você viesse.
- prometo pensar mano. Se der eu vou sim. - coloquei um emotion de positivo.
- beleza. Vou esperar.
Visualizei, mas não respondi.
Fiquei lendo aquela mensagem várias vezes pra saber mesmo se não estava havendo um engano.
A tarde passou, e a noite caiu. Danilo, ainda dormia quando meus pais, e meu avô chegaram.
- e a reunião? - minha mãe foi logo perguntando.
- que reunião? - respondi sem entender a pergunta.
- do baile de formatura. Tu não disse que vinha mais cedo pra poder ir pra essa reunião?
- ah sim, sim. Eu nem fui óh. O Danilo dormiu e eu não quis deixar ele aqui sozinho.
Minha mãe deu um beijo em minha testa.
- to morta. - disse ela passando para o quarto; Papai foi junto.
Entrei no quarto e Danilo já estava acordado. A essa hora, o cara mexia no celular.
- e aí primo. - disse ele deitado olhando para o visor do aparelho.
- e aí. Ta afim de dar uma volta agora a noite?
- porra. - disse ele deixando o celular de lado e me observando. - tava pensando nisso agorinha óh.
- quer ir aonde?
- o que tu indica? - disse ele me fitando.
- vai ter um jantar na casa de um amigo agora a noite. Pode ser lá?
- casa de amigo?
- sim.
- acho que eu ficaria um pouco desconfortado.
- a gente da só uma passada, janta e vai pra algum bar. Pode ser?
- por mim tudo bem. - disse ele.
- beleza! Então se arruma aí que daqui ha uma hora a gente vai.
Deixei meu primo no quarto, e fui a cozinha tomar um copo com água. A viagem do Fernando não saia da minha cabeça. Fui até a sacada, e o vento batia em meu rosto.
- como é ruim e bom gostar de você. - eu pensava.
Ruim porque sei que nunca ira se tornar real. Bom porque esse amor me mantinha vivo, me dava esperanças, me estimulava a lutar por alguém, mesmo as escondidas.
- to pronto. - disse meu primo chegando por trás de mim.
Meu primo usava uma calça, um tênis e uma camiseta esportiva do ''real madrid''.
- ta! - falei calmo - Vou só trocar de roupa.
- espera um pouco. - meu primo me segurou pelo anti-braço.
- que? - perguntei.
- ta assim pelo que houvi hoje a tarde?
- não. - falei com a garganta seca.
- tem certeza? To começando a me sentir mal.
- tenho sim. Já não to mais nem lembrando disso.
Danilo sorriu.
- então tenta se animar. A noite ainda nem começou.
Eu dei um sorriso tímido.
- eu só preciso de uma birita.
- então vamos passar em alguma distribuidora pra esquentar.
E assim foi feito. Passamos em uma distribuidora que ficava perto da minha casa, e depois fomos ao jantar de despedida do Fernando.
xxXX
- to feliz que tu tenha vindo. - disse Victor me recepcionando na porta.
- eu trouxe um primo meu.
Victor olhou para o Danilo como se quisesse lembrar de algo.
- já não nos conhecemos? - disse ele.
- talvez sim. - Danilo sorriu.
- Prazer, Victor, fica a vontade.
- prazer Victor, Danilo. - disse meu primo estendendo a mão e cumprimentando meu amigo.
- você bebe alguma coisa?
- o que você trouxer eu bebo. - disse meu primo simpático.
- e tu mano. Vai de Ice?
- pode ser. - falei sentando no sofá ao lado do Danilo.
- Me ajuda lá com as bebidas.
- já volto Danilo.
- beleza. - disse meu primo.
- fica a vontade fera. A casa é sua.
- Vlw Victor. - respondeu Danilo.
xxXXx
- ta usando esse cara pra esquecer? - Perguntou Victor quando chegamos à cozinha.
- esquecer o que? De que tu ta falando?
- Biel, você pode se abrir comigo cara, eu sei que isso tudo ta pesando aí dentro.
- não entendo de que tu fala Victor. O Danilo tava lá em casa, e eu não achei legal sair, e deixar ele só.
- não to falando disso.
respirei fundo.
- ta falando de que então?
- eu sei que você gosta do meu irmão, mas nunca você vai ficar com ele.
Tentei interromper Victor, mas ele não permitiu.
- eu não to te criticando, e nem te julgando. A gente não escolhe essas coisas. O coração apronta mesmo, e caímos feito bobo.
Abaixei minha cabeça e senti a lágrima quente e salgada escorrendo pelos lábios.
- não fica assim mano. Sei que to sendo um pouco cruel, mas no futuro você vai entender que eu estou falando essas coisas pro teu bem.
Victor tirou duas ''Ices'' do freezer.
- eu não lembro quando começou... e pra falar a verdade nem sei o que eu vi nele. Mas eu gosto muito do teu irmão.
Victor me acompanhava com os olhos.
- eu já tentei esquecer, tentei evitar, mas ele não sai da minha cabeça. Você já gostou de alguém dessa forma? Já nutriu sentimento por alguém que nem sabe ao menos que você existe?
As lágrimas começaram a cair em abundancia.
- já sim. - disse Victor se aproximando de mim.
Victor me abraçou e falou coisas em meu ouvido.
- há muito tempo eu sei o que é gostar de alguém e não ser correspondido da mesma forma. Isso machuca muito mano, mas vai por mim. Essa dor um dia passar.
- ou então te mata de vez. - falei sorrindo.
Victor sorriu também.
- se é pra morrer, que seja tomando cachaça. - falei pegando uma ice de suas mãos.
- bora lá no teu convidado? O cara deve ta achando que tu deu molho nele.
- bora sim. - respondi.
Danilo já havia se misturado com outras pessoas da festa. Ele conversava com desconhecidos como se fossem próximos. Sentei no braço do sofá e entreguei uma Ice a ele.
- Obrigado primão. -disse ele abrindo a garrafa e emborcando no rumo de dentro.
Notei a ausência do Fernando, mas evitava ficar pensando nele. O que era quase impossível, ou melhor, era impossível sim. Só depois de um tempo, ouvi algumas pessoas comentando que ele havia ido buscar a namorada em casa.
Ainda tomamos muitas bebidas com salgadinhos antes de Fernando chegar. Quando o homenageado apareceu, fomos todos convidados a ir para mesa. Depois de um pequeno discurso, cada um foi servir o seu prato.
- não vai comer primo?
- não consigo comer quando estou bebendo. - disse Danilo com um copo de whisky nas mãos.
- já eu, não consigo beber de estomago vazio. - disse rindo.
Sentei ao lado de Danilo, e Victor. Enquanto comia, tentava evitar olhar para o Fernando que estava logo a nossa frente.
Danilo trocava palavras com um advogado, convidado dos pais do Victor. Victor por sua vez, tentava controlar minha ansiedade.
- tu quer sair daqui? - disse meu amigo.
- depois da janta eu to caindo fora mano.
- vou com você. Quer ir pra onde?
- não sei. Tava pensando em ir beber lá na praia.
- é uma ótima opção. - disse ele sorrindo.
Acho que o jantar não havia me caído muito bem, e meu estomago dava umas reviradas. Minha cabeça girava e eu sentia o sabor do vomito na garganta.
- Victor, tem engov por aqui?
- rapaz mano. Pra tua sorte tem sim. Eu vou buscar.
- beleza.
Victor, pelo que percebi, foi ao quarto. Levantei da mesa, e fui deixar meu prato na cozinha. Estava lavando minhas mãos quando senti a presença de mais alguém.
- e aí Gabriel. - disse Fernando secando as mãos em um pano de prato.
- e aí Fernando. Beleza?
- bem, e você? - disse ele pegando um palito de dentes da gaveta do armário.
- tranquilo. Quer dizer que tu vai viajar novamente? - perguntei tentando puxar assunto.
- oficios né!? - disse ele abrindo a porta da geladeira.
- tu gosta do teu trabalho?
- muito. - disse ele - tenho um grande espirito patriotista.
- to ligado. Também acho bacana essa tua profissão. É admirável.
- vlw. - disse ele abrindo uma latinha de refrigerante.
- vou ficar com saudade. - que porra eu estava falando? A bebida só podia estar me dominando.
Fernando me olhou um pouco sério. Um silencio assustador ficou no ar, e eu fiquei na expectativa de que ele falasse algo.
- não é tanto tempo assim, rapidinho eu to de volta. - disse ele tomando um gole do refri.
- mas pra quem gosta de você é bastante tempo.
Fernando engasgou com o líquido.
- isso é ruim. - disse ele tímido - Mas quem gosta mesmo aguarda.
confirmei com a cabeça que sim.
- vamos voltar pra sociedade? - disse ele com um sorriso.
- vamos sim, mas antes eu queria te falar uma coisa.
- a é? então fala. - Fernando me olhava sem fazer ideia do que eu queria lhe falar.
- é um pouco complicado falar sobre isso.
- fica frio Gabriel. Pode desabafar.
- tudo bem, eu só não queria que você ficasse com raiva de mim.
- eu não vou ficar com raiva de você Gabriel. Pode falar sossegado.
- é que... - Minhas mãos suavam, meu coração acelerava. Eu não olhava nos olhos do Fernando, talvez assim o medo fosse menor. - eu gosto de você Fernando.
Fernando me olhou firme.
- eu gosto de você desde a primeira vez que eu te vi. - algo me encorajava a dizer aquelas coisas.
- eu não sei o que falar... - disse ele um pouco sem graça.
- não precisa falar nada. Eu sei que você nem curte essas coisas, mas eu não podia mais ficar calado. Eu já venho carregando isso há muito tempo, e já não aguento mais. - Fiz força para não chorar.
Fernando abria a boca, mas não sabia quais palavras usar.
- eu te desejo toda sorte do mundo Fernando.
Falei saindo da cozinha. Fernando não falou nada, não me impediu, e não me acompanhou, simplesmente ele deixou eu ir. Acho que aquela atitude era normal.
- primo. Bora nessa?
- já? - disse Danilo olhando no relógio.
- você não quer dar uma volta pela city? A essa hora a praia ta bombando.
- você quem sabe. - disse meu primo tomando o ultimo gole da bebida.
- tava te procurando mano. - Victor apareceu com um copo d'água e uma pílula nas mãos.
- fui ao banheiro. - falei tomando o comprimido.
- Ta melhor?
- ahan. - falei balançando a cabeça - Eu já to indo nessa mano.
- ta cedo velho. Espera mais um pouco que eu vou com vocês.
- Não mano. É a despedida do teu irmão, aproveita a festa.
- vocês estão indo pra praia mesmo?
- vamos dar uma passada lá antes de ir pra casa.
- tu me espera que eu vou chegar lá daqui a pouco.
- ta certo mano. Da um abraço nos teus pais por mim. - falei me despedindo do meu amigo.
- pode deixar. - disse ele me abraçando.
Deixamos os tênis dentro do carro, e levantamos a boca da calça, antes de pisarmos na areia.
- que saudade que eu senti desse lugar. - disse Danilo aspirando o ar fresco.
- vai continuar bebendo? - falei parado ao lado dele.
- tu vai?
- sim. - a cachaça iria me ajudar a esquecer a loucura que eu acabara de cometer.
Fomos até um quiosque e para o meu azar, Gustavo, Marcela, e Eduardo estavam no mesmo ambiente. Edu acenou e não teve como disfarçar que não estávamos os vendo.
- quer sair daqui? - disse Danilo com a voz baixa.
- não primo. Já tamos aqui, vamos encarar.
- é isso aí.
- fugiram hoje hen!? - disse Marcela sorrindo.
- eu tava com dor de cabeça. - falei sendo simpático.
Eduardo chamou o garçom e pediu mais duas cadeiras, que logo foram providenciadas.
Gustavo estava estranho. O cara que era um dos primos mais animados, estava calado. Alguma coisa ali estava estranha.
Meu celular tocou, e tratava-se do Victor.
****
- oi mano? - falei atendendo.
- ta aonde? Na praia já?
- sim, to aqui no quiosque da fonte. - falei.
- tem como você subir aqui na rua?
- tem sim cara, aconteceu alguma coisa?
- quando chegar aqui eu te explico.
- beleza. Tou indo. - falei desligando o telefone.
******
- algum problema primo? - perguntou Marcela.
- um amigo meu quer falar comigo. Eu vou subir e já volto.
- tão ta bom. Vamos ficar bebendo por você. - disse minha prima, como sempre muito animada.
xxXX
Assim que subi, vi meu amigo parado ao lado do carro.
- o que ta pegando mano? Você me deixou assustado. - falei de frente pra ele.
- fui eu que pedi pra te chamar. - disse Fernando saindo da porta do motorista.
Continua...