PRECISAMOS DE AJUDA #7

Um conto erótico de Hyuuga5
Categoria: Homossexual
Contém 3564 palavras
Data: 12/12/2016 22:53:41
Última revisão: 12/12/2016 22:59:56

PRECISAMOS DE AJUDA #7

Eu já não sei o que fazer, falar ou agir. Tudo está confuso e eu já não sei mais se estou na nossa realidade ou se estou numa realidade criada por mim.

Já fazem algumas semanas que testemunhei aquele espírito andar pela casa e falar comigo. Eu não estou louco. Aquilo foi real. Muito real. Não acredito que minha mente esteja me pregando peças. No dia seguinte àquela visão fui novamente a despensa para tentar relembrar de algo. Nada. Não conseguia ver de onde eu havia tirado que aquele homem havia sido torturado naquele local.

...

Atualmente passo meus dias sozinho. Quer dizer, Bob me faz companhia, mas não me responde quando converso com ele. Acho que é por que ele é um cão. Infelizmente meu companheiro/esposo sempre está trabalhando muito. Mostrar serviço nos primeiros meses de um novo trabalho é essencial. Faz com que os outros nos vejam como responsável, dedicado e que sempre pode contar conosco. Isso é bom. Porém, ficar sozinho neste lugar está me deixando insano.

Na maioria das vezes estou vendo vídeos no Youtube ou assistindo filmes na Netflix. A internet é péssima, mas com um tempo de espera posso assistir alguma coisa. Ah eu também como. Porém, não há nem salgadinhos, biscoitos/bolachas, chocolate, refrigerante... Tenho que me lembrar de ir naquele vilarejo. Faz tempo que quero ir lá, mas Emanuel sempre acha uma desculpa para não ir. Às vezes fico de saco cheio.

Nos últimos dias, acordo cedo para dar uma corridinha pelo sitio. Estou com medo de que minha barriga comece a aparecer. Nunca tive problemas para engordar, sempre comi de tudo, mas quando tendemos a ficar só, o nosso corpo responde querendo comida, comida e mais comida. Não posso me dar o luxo de engordar. Ainda mais agora que noto uma pequena diferença nas atitudes de Emanuel.

Muitas vezes o noto distante, como se estivesse pensando em algo. Nas últimas duas semanas transamos três vezes. Não que sexo seja o mais importante numa relação, mas é um dos pilares desta. Mas até aí ok. O estranho é que quando pergunto sobre aquele dia, que supostamente tive visões, ele desconversa e não quer falar sobre. Acho muito estranho e de lá pra cá estou desconfiando.

Algumas vezes enquanto caminhava passava pelo manguezal apenas para ver se Francisco estava por lá. Não sei por que, mas esse cara me parece especial. Quero ser amigo dele, mas ele se demonstrou extremamente ríspido quando tentei me aproximar dele. Afinal de contas, quem é esse cara? Queria encontrá-lo novamente, mas parece que ele tomou chá de sumiço.

...

Passei todo o final do ano junto, do dia 25 ao dia 01 com minha mãe. O jantar de Natal foi na casa dos pais do Emanuel e a virada do ano ocorreu na casa de meus pais. Foram momentos muito bons, afinal me distanciei daquele lugar e tudo entre mim e meu esposo parecia ter voltado ao normal. Parecia.

...

Voltamos para casa com meus amigos de Floresta Linda. Vieram Augusto, Lúcia, Silvinho e Wandson. Wandson era um amigo da faculdade. Fomos sempre melhores amigos no curso de História. Negro, cabelos cortados baixinhos no estilo militar, corpo definido, sorriso malicioso, conquistador. Confesso para vocês que fiquei diversas vezes com ele antes de conhecer Emanuel. Mas nada demais, apenas ficar por ficar. Nunca fomos além da ficada, só para constar. Emanuel sempre teve ciúmes dele, pois aquele negro era tipicamente conquistador.

Chegamos todos juntos, eu e Emanuel em seu carro e os outros no carro de Augusto.

Silvinho: Bixaaa onde tu foi se meter carãn!? Que fim de mundo é este aqui? Huuum... Pelo menos a casa parece ser um luxo. Amei esse ar arcaico.

Lúcia: Eita que a bicha recalcada já veio colocando defeito em tudo né!?

Augusto: Isso que dá trazer essa galinha pra cá. Oh João coloca ela no galinheiro.

Antonio: É gente aqui parece realmente o fim do mundo, mas é um ótimo lugar. E Silvinho patricinha, amor, aqui nem tem galinhas, então fica tranquilo. – ri.

Wandson: Gostei desse lugar. Parece ser bastante legal. Seria o lugar ideal para viver um romance. – nesse momento ele olhou para mim e desviei o olhar.

Emanuel: É sim Wandson. Eu e João somos muitos felizes aqui. – falou me dando um selinho.

Wandson: Tudo bem, ué!?

Adentramos todos na casa e de cara ficamos parados sem reação. A casa estava toda remexida. Subi as escadas rapidamente e fui ao meu quarto e estava tudo revirado. Guarda-roupas, cômodas, a estante de livros.

Emanuel: Puta que pariu. Eu não acredito que vieram nos roubar. Eu disse que passar o final do ano fora iria ser um problema, mas alguém nesse mundo me escuta!? – falou ao chegar no nosso quarto.

João: Espera. Eles não levaram dinheiro algum. – falei surpreso.

Emanuel: O quê?

João: Todo o dinheiro que tínhamos para caso de emergência... Ainda está aqui!

Que tipo de ladrão/bandido invade a casa de alguém e não leva dinheiro? Essa era a pergunta que não queria calar. E o que mais nos surpreendeu foi que não havia sinais de arrombamento das portas ou janelas.

Voltamos para a sala onde estavam os rapazes e explicamos tudo. A cozinha também estava revirada. O que estaria acontecendo aqui? Não entendi nada.

João: Tudo bem pessoal. Parece que alguém invadiu a casa, mas não levou nenhum centavo ou qualquer coisa, nem as de valor ele (s) levaram.

Wandson: Está tudo bem com você? – falou se aproximando.

João: Está sim. Não se preocupe.

Silvinho: Que babado forte. Mas como isso foi acontecer!? Existem vizinhos por perto? Talvez algum deles possa saber o que aconteceu aqui.

Emanuel: Existe um. O cara que você viu nos limites do sítio João.

João: Ele? Acho que não. Ele não me pareceu uma má pessoa.

Augusto: Vocês estão esperando o que, vamos até ele e perguntar pessoalmente!

Não achei uma boa ideia ir até a casa do Francisco perguntar se ele viu alguém entrar dentro de nossa casa. Se conheço bem Emanuel ele certamente vai acusar o cara, já que ele é o nosso único vizinho.

Fomos eu, Emanuel e Augusto. O restante ficou na casa ajeitando suas roupas nos quartos de visitas. Bom, o caso é que nos esquecemos de uma coisinha simples: não sabíamos onde Francisco morava. A única vez que o vi foi cortando madeira debaixo de uma mangueira. Fomos até o local.

Decidimos procurar ao redor e nada. Não fazíamos ideia de onde procurar. Tudo além das cercas que limitavam o Lagoa do Canto era pura mata. Não teríamos tempo para procurar uma casa naquelas terras desconhecidas. Foi então que fizemos o trajeto novamente, sem encontrar o casebre de Francisco. Voltei aliviado.

...

Enquanto procurávamos a casa de Francisco os outros ficaram na casa do sítio.

Silvinho: Uau. Essa casa é realmente incrível. Olha essa cozinha. Emanuel deu sorte realmente de ter casado com minha amiga Joana!

Lúcia: Precisa falar de todo mundo no feminino? ... Mas realmente é um espetáculo. Por fora tem uma aparência de antiga, mas por dentro. Só espero que a alma do avô do João não tenha ficado preso aqui dentro hahahaah

Silvinho: Cala a boca sapatão... – falou saindo da cozinha.

Lá fora Wandson estava deitado com Bob numa rede brincando com meu cachorrinho.

Lúcia: Wandson... Pode vir aqui?

Wandson foi até os dois.

Wandson: Sim?

Silvinho: Pode nos ajudar a colocar esse armário em seu devido lugar? – o armário realmente estava fora do lugar.

Wandson, usando de seu porte físico, recolocou em seu lugar.

Silvinho: Ah lá em casa. Pelamor de Madonna, Britney e Gaga.

Wandson: Nem vem que não tem. – falou rindo.

Foram todos para o alpendre e ficaram nos esperando. Podia-se notar certo desconforto em Lúcia.

Lúcia: Esse lugar não tende a ser perigoso? Tipo, aqui nem tem vizinhos, é apenas um sítio no fim do mundo.

Wandson: Realmente. Apesar de ser um lugar lindo, aconchegante, mas é muito isolado. Eu gostei daqui. Moraria sem problemas.

Silvinho: Ah eu também gostei. Apesar de longe é ótimo pra quem quer ficar longe de gente fofoqueira e recalcada.

Lúcia: Ué? Eles já estão voltando...?

...

E assim voltamos para a casa. Sem encontrar um norte para nos levar a suposta casa de nosso suposto vizinho. No fundo, estava com medo de que Francisco fosse apenas mais uma ilusão de minha mente. Apesar de estar bem melhor, não me arrisco a dizer que isso pode não ser verdade. É aterrorizante.

...

Já era noite. O silêncio de morar no “fim do mundo” é muito bom. Sempre gostei de ficar no alpendre olhando as estrelas. Se bem que, desde que me assustei com os uivos de uma raposa, nunca mais fiquei por aqui sem uma companhia.

Estávamos tomando banho para jantar. Lúcia, nossa pequena e loira mestre cuca, estava fazendo um risoto com a carne de gado que tinha na geladeira. Para sobremesa ela fez um cuscuz doce e um suco de laranja. Nem preciso dizer que essa hobbit tem talento na cozinha.

Depois do jantar fomos para fora. Colocamos cadeiras debaixo de uma arvore que havia em frente a casa, na pracinha e fomos conversar. Ficamos conversando sobre os tempos de faculdade, sobre os momentos bêbados de cada um. Até que o inevitável aconteceu:

Emanuel: E vocês dois, já tiveram alguma coisa? – ele olhou pra mim, depois pra Wandson.

João: Apenas ficamos algumas vezes, mas nada além. – falei parecendo natural.

Wandson: Isso mesmo.

Emanuel permaneceu calado, assim como todos ao que estavam lá. Um silêncio sepucral instalou-se. Até ser quebrado por silvinho.

Silvinho: Chega povo. Chega de remoer o passado e parar com essas frescurinhas de antigos romances e bla bla bla. Até por que esse negão já tem dono. – falou piscando pra Wandson, que apenas fez que não com o dedo.

Augusto: Cara desiste. Wandson é muita areia pro seu caminhãozinho.

Silvinho: Faço duas viagens bem. – soltou um beijinho no ombro.

A conversa estava tudo indo bem até que escutamos um som vindo da casa. A porta da frente, até segundos atrás aberta, havia se fechado. Sozinha. Nos entreolhamos e ficamos ali parados. Mesmo com o pé atrás continuamos a conversar. “foi o vento”, pensei.

Não demorou muito para que aquilo continuasse. Dessa vez mais forte. Ouvia-se dentro da casa barulho de algo se quebrando. Eram os pratos que onde acabamos de jantar. As taças, talheres, tudo foi jogado ao chão. Os pratos, taças, tudo quebrado.

João: O que é isso? – e saiu correndo.

Cheguei na porta e nada. Emanuel e Augusto chegaram para me ajudar a abri-la. Depois de muitos empurrões ela abriu-se. E da sala de estar podia-se ver. A mulher de preto, a senhora que vi em minhas visões. A mulher que havia matado o marido. De costas, a senhora de preto olhávamos com seu resto escuro e impossível de enxergar feições. Seu rosto exalava maldade pura, mesmo sem poder-se ver nada.

Nós três ficamos sem reação com aquilo. Nos entreolhamos e num relance, não havia nada ali. Chegamos perto e não havia nada quebrado. Tudo estava onde deixamos. Nada estava quebrado.

Emanuel: Não é possível. O que diabos está acontecendo aqui? – falou olhando pra tudo no lugar.

Augusto: Quem era aquela senhora vestida de preto?

João: Não sabemos.

Enquanto nos perguntávamos o que tinha acabado de acontecer ali, do lado de fora, Wandson, Silvinho e Lúcia ainda conversavam esperando voltarmos.

Wandson: Ué? O que eles estão fazendo? O que será que foi aquele barulho?

Lúcia: Devem estar procurando algo para comermos.

Silvinho: Bucho de vácuo. Pelamor kkkkkkkkk.

E então eles pararam de rir abruptamente. Um barulho de cavalos correndo vinha por todos os lados. Eles olharam para todos os lados e nada conseguiam ver, mas o barulho se aproximava cada vez mais.

Lúcia: Vocês estão ouvindo isso? – falava assustada.

Silvinho: Estou começando a me assustar.

Wandson: Parece... Um cavalo?

Num relance um relincho ecoou por todo lugar. Sem ver o que exatamente acontecia, mesmo estando debaixo da luz de um poste, nada conseguiam ver. Os três sentiram um frio na espinha. E então decidiram correr para a entrada da casa. Quando se aproximaram da porta, a mesma fechou novamente e não abria por nada, mesmo Wandson tentando abri-la. Eles viram-se para fora do alpendre e observaram.

Silvinho: Vocês conseguem ver de onde vem esse barulho?

Lúcia: Nadinha aqui.

E então, do meio da escuridão da mata que ficava ao lado saiu um cavaleiro. Um cavaleiro usando um capuz e manto interminável. Parecia flutuar de seu corpo, mas sem sair de seu corpo. O cavaleiro parou em frente ao alpendre, onde os três permaneciam tentando abrir a porta.

O cavaleiro então parou o cavalo. E então apontou para cima. Para o segundo andar. Sem entender nada, os três estavam com medo daquilo. Não parecia ser real, mas ao mesmo tempo era real. Inexplicável. O cavaleiro continuava a apontar para cima.

Num segundo de coragem, Wandson foi até a calçada que circundava o alpendre e olhou para cima. A visão que ele tivera não havia sido a primeira vez que avistávamos. Era aquela mulher. A senhora de preto, sem rosto, apenas com uma escuridão no lugar de sua face. Esta senhora mandava o cavaleiro partir com a mão, da janela. Wandson ainda permanecia sem entender aquilo tudo.

E assim como tudo começou tudo terminou: num piscar de olhos. Olhando para trás Wandson não avistava mais o cavaleiro vestido com um manto negro. Olhou para cima e não avistava a senhora de preto. Tudo havia desaparecido como se tudo fosse apenas uma ilusão causada por alguma droga alucinógena.

Depois de tudo aquilo desaparecer, a porta abriu com toda a facilidade possível, em contraposição há um segundo recusava-se a abrir. Lúcia e Silvinho correram para dentro e num relance se abraçaram chorando.

Emanuel e Augusto correram até a sala e nada entenderam àquela cena. Eu podia entender o que eles tinham visto: o inexplicável, inimaginável, o inacreditável. O susto de presenciar algo sobrenatural causava pânico, medo, o não saber o que estava acontecendo fazia-nos querer explicações que não existiam.

Depois de algum tempo nos acalmamos. Wandson contou-nos tudo que havia acontecido do lado de fora. Contou sobre o cavaleiro apontando para cima, a senhora vestido de preto. Fiquei me perguntando qual era o papel do cavaleiro na história.

Pelas visões que tive deu para entender que a mulher, a senhora vestido de preto, era uma senhora distinta e rica dessa região. O homem com uma máscara de boneca, costurada no rosto, era o marido dela. Existia ainda um pequeno garoto, que não sabia qual havia sido seu destino. Agora existem também um cavaleiro? Essa história está se revelando cada vez mais... E estou mais curioso para desvendar todo esse mistério.

...

Na manhã seguinte, depois daquele susto que passamos, combinamos de ir tomar banho no Malhada Grande, um riacho que ficava nas terras do sítio.

Eram 6:30hrs de um domingo. Já devidamente preparados, juntamos alguns sanduiches e sucos e fomos em direção ao riacho. Como não daria para irmos de carro, fomos andando mesmo. Durante o trajeto percebi certo desconforto de Lúcia. Podia entender, não era fácil passar por aquilo tudo e depois agir como se nada tivesse acontecido. Eu e Emanuel já testemunhamos cada coisa bizarra nesta casa, mas eles... Eles estavam passando apenas um final de semana conosco. Queria eu que eles não tivessem passado por isso. Cheguei próximo a ela e abracei-a. Seguimos assim até o riacho.

Ah o Malhada Grande. Estava exatamente como me lembrava. Grandes matas ao redor de seu leito, água cristalina que não conhecia poluição. Meu tio Jonas nunca deixou ninguém tocar naquele riacho. Era uma fonte de água pura. Até mesmo algumas empresas de água mineral já chegaram a tentar comprar o sítio por causa daquela água. Nem preciso dizer que meu tio sempre negou.

Emanuel: Esse lugar é realmente lindo meu amor.

João: Não te falei que era lindo. Poderíamos ter vindo antes, mas você nunca quis.

Augusto: Tenho que admitir que precisava de um ar puro como desse sítio. Tenho trabalhado demais naquela empresa de contabilidade.

Lúcia: Lindo, lindo, lindo...

Silvinho: Tenho que fazer alguns nudes na natureza. Alguém tira pra mim?

Lúcia: Quem vai querer nudes de um espeto de virar tripa igual a ti? – todos nós rimos.

Wandson: Lindo mesmo. Vou ter que tirar água do joelho. Licença.

Silvinho: Quer ajuda!?

Lúcia: Desiste que tá feio.

Wandson se afastou um pouquinho de onde ficamos e se aproximou da mata fechada. Se aliviando, começou a ouvir alguns barulhos estranhos. Parecia ser de um homem. Ele então se aproximou de uma grande árvore e viu um homem nu. Um homem alto, forte, peludo e se contorcendo no chão. Parecia sentir uma dor inimaginável. Ele pensou em se aproximar mais, mas quando ainda estava pensando o homem ficou de quatro no chão e começou a olhar para todos os lados. Wandson logo estancou no mesmo lugar.

Tentando sair daquele lugar sem fazer barulho, viu o homem correndo dali. Pelado o homem deixou para trás sua roupa. Debaixo daquela árvore. Havia algo a mais ali.

Sem entender muito que tinha acabado de ver, Wandson tinha certeza que não era uma visão ou uma assombração como da noite anterior. Aquela cena era verdadeira. As roupas que estavam ali confirmavam e provavam o que tinha visto.

Então resolveu ir até o restante da galera contar o que acabara de ver. Chegando lá todos estavam tomando banho de riacho. Achou melhor contar outra hora, não queria estragar a diversão. Afinal, todos estavam precisando descansar.

João: Não vem Wandson!? A água está muito boa.

Wandson: Tô indo. Kkkkkk

Ficamos no Riacho até umas 10hrs da manhã. O clima estava muito bom. Conversamos muito, rimos, desopilamos. Todos estavam precisando disso. Decidimos partir, pois a galera iria voltar pra Floresta Linda ainda hoje. Infelizmente, esses foram dias incríveis.

E então eles estavam indo. Decidi ir com eles até o portão para fechar. Todos se despediram do Emanuel e agradeceram os dias aqui.

Chegando no portão todos saíram para se despedir. Decidi dar o ponta pé inicial.

João: Gente queria agradecer muito essa visita. Estava realmente precisando de amigos por perto. Desculpas se algumas coisas os assustaram, mas não foi nossa culpa.

Silvinho: Relaxa môzi. Entendemos sua situação. Eu gostei bastante desse lugar. Vê se convida nós pra virmos de novo. Mas dessa vez quero uma festa, com som, muita bebida e muitos machos. – falou me abraçando forte. Depois ainda pegou na minha bunda.

João: Sai tarado. Kkkkk Obrigado meu amigo patricinha.

Lúcia: Isso seria bom também. Gostei bastante amigo. Vê se ajeita com o Emanuel.

João: Pode deixar. Não vou perder aquele cara fácil assim.

Augusto: Vê se cuida viu Joãozinho. Beijo.

João: Certo senhor! – abracei-o.

Wandson: Pode vir aqui? – pediu para eu ir até o portão onde estava. Fui.

Wandson: Eu gostei bastante de te rever. Estava com saudades de você. Queria que tudo fosse diferente em relação a nós dois, mas você nunca me quis né!?

João: Ainda nessa meu amigo. Você sabe que te amo, mas não da forma como você quer. – o abracei.

Wandson: Espera! Tem uma coisa pra te contar. Eu acho que vi o cara que vocês estavam procurando. O vizinho! – gelei. – Ele estava lá próximo ao riacho quando estávamos tomando banho. Naquela hora que fui tirar água do joelho, eu o vi debaixo de uma árvore. Ele não me parecia bem, ele estava se contorcendo no chão. Acho que ele estava sofrendo por alguma dor, eu não entendi muito bem. Depois disso ele saiu correndo pelado pra dentro da mata. Eu não entendi absolutamente nada daquilo tudo.

João: Sério!? E onde fica essa árvore?

Wandson: Fica a uns 200m de onde estávamos. João, tem mais uma coisa. – ele me encarou com semblante de preocupação. – Havia um túmulo lá. Uma lápide, pra ser mais exato. Eu não tive coragem de chegar perto, mas sei o que vi.

João: Uma lápide!? Um túmulo nesse sítio?

Augusto: Vamos Wandson. Não temos o dia todo pra te esperar donzela!

Wandson: Bom era isso que tinha a dizer. Achei melhor não contar na frente de todos. É isso. Tchau. Ah, vê se procura alguém para te ajudar com os espíritos que tem nesse lugar. Você vai Precisando de Ajuda.

João: Wandson. Ok, obrigado. – o abracei.

Wandson é aquele tipo de amigo que você sempre irá querer por perto. Foi realmente uma pena que, quando nós começamos a nos interessar um pelo outro, Emanuel apareceu em minha vida. Wandson teria sido um ótimo marido.

E assim todos partiram. E da encruzilhada que não levava a lugar nenhum, vi meus amigos partirem. Saudades ficarãoSegunda mal começou e já estou sozinho novamente. Emanuel sai umas 7hrs pro trabalho em Várzea da Cacimba e eu fico amargando sozinho nesse lugar. Bob é minha única companhia.

Decido dar uma corridinha. Bob me acompanha no trajeto até o portão... Lá de longe avisto três pessoas. Parecem visivelmente cansados. Percebi que eles vinham em direção ao portão do sítio. Decidi ficar ali até chegarem mais perto.

“Quem será esses três rapazes”, pensei.

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Olá, boa noite.

Aproveitei que hoje não tive aula e escrevi esse capítulo.

Esperem que vai acontecer muita coisa legal nele. Aguardem. Vai ser uma mistura louca.

Bom se houver erros de digitação, concordância ou ortografia, digam-me e corrigirei posteriormente.

Muito obrigado pelos comentários e espero que a história esteja agradando. Comentem o que acham...

Bjs.


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Comentários

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Foi muito bom. Esse wandson perdeu uma chance de ouro de livrar Francisco da maldição, o lobisomem brasileiro tira a roupa e vira ela do averso antes de se transformar, se virar do lado certo e o lobo a vestir quebra a maldição. Quero mais,mais,mais e mais. Bjks

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