Doce tentação 3 e 4

Meu fim de semana estava apenas começando, o que eu não sabia era que minha vida mudaria por ali e que meu inferno se daria inicio também.

E Lara tinha tudo haver com isso!

Após horas de conversas e brincadeiras descontraídas, descobri que não éramos os únicos a viajar na mesma noite. Pelo que Amanda falava o cunhado e a família iria junto dividindo assim o povo todo em dois carros, pelo que ouvi além do casal tinha um menino de oito anos e uma garota de vinte e cinco.

Por volta das 22h00 o cunhado de Amanda chega com sua família, pareciam pessoas simples e simpáticas assim como os demais, a não ser por uma mulher que me olhou com descaso ao saber que eu era filha da empregada.Natália me olhava atravessado e sinceramente? A garota tinha um ar de deboche totalmente antipática contrariando todos daquela família tratou minha mãe como a empregadinha e a mim nem dirigiu sequer um oi a não ser aquele olhar diabólico, não gostei nenhum pouco daquele ser arrogante.

Tive o prazer de ir no mesmo carro que Amanda dirigia, sentava atrás junto com Lara e Carlinhos minha mãe ia a frente ao lado daquela deusa de olhos lindos, tive de me concentrar na janela ao meu lado pra não ficar encarando-a e também não queria dar margem para conversas com a menina ao meu lado queria evita-la ao máximo estava começando a sentir que não seria fácil passar dois dias na companhia daquelas pessoas, me sentia sufocada sem saber o que fazer nem o que pensar por isso decidi que meu único companheiro naqueles dias seria Afonso.

Chegamos à casa de praia e não me surpreendi com a beleza e o luxo daquele lugar enorme, passamos pela piscina adentrando assim a sala principal. A anfitriã soltou sua bolsa em um sofá que tinha no canto enquanto os demais se aproximavam, quando já estávamos todos no mesmo ambiente Rebeca cochichou em meu ouvido.

-- Vamos dividir o quarto não é demais? Assim podemos nos conhecer melhor! – Dizia uma Lara sorrindo animadamente.

Não tinha muito que fazer, tinha? Lancei um sorriso amarelo em sua direção afinal não compartilhava de seu entusiasmo e um olhar desanimado em direção a minha mãe que estava ao meu lado escutando a conversa. Minha progenitora apenas deu de ombros seguindo Amanda pelas escadas onde deveria ficar os quartos, jurei a mim mesma que assim que esse fim de semana passasse acharia uma forma bem maneira de castiga-la por me fazer passar por isso.

-- Bom meu povo, vamos começar a nos organizar em nossos aposentos. Espero vocês na sala para falarmos sobre os preparativos da festa. –Disse Amanda continuando a subir a escada.

Bufei desanimada e me pus a seguir a garota ao meu lado pelo extenso corredor que levava aos quartos já que dividiríamos um.

A casa na Praia de Caiobá além de ser enorme me assustava um pouco, me senti pequena passando por aquele imenso corredor. Não tinha visto os outros cômodos ainda, pois tínhamos acabado de chegar, mas ao julgar pela enorme sala deveria ser o maior luxo.

-- Meninas é aqui que ficamos por esse fim de semana!

Espera aí... Meninas?

“Pois é pra minha alegria dividiríamos o quarto com a ‘‘encantadora” da Natália, quando olhei pra trás cheguei a gelar com o olhar de desprezo que a talzinha me lançou acho que nem ela sabia que ficaria no mesmo quarto que eu.

-- Só espero que eu não tenha que dividir a cama também. Sua mãe, por favor, né priminha... - Falou parando a frente de uma Lara que estava branca como um papel encarando a naja enquanto ela continuava destilando o veneno—Sinceramente com tantos quartos nessa casa e ela me faz dividir um com a pirralha e a filha da empregada, ninguém merece! –Falava com desdém.

Eu que odiava a Soraia tinha acabado de conhecer sua alma gêmea e ainda por cima passaria um fim de semana inteiro tendo que suportar a infeliz, de que adiantou não querer ficar em Curitiba com meu pai? Lá pelo menos sairíamos pra tocar e cantar junto com pessoas conhecidas e eu sequer teria conhecido a patroa da minha mãe.

Lara revirou os olhos me dando espaço pra entrar no quarto, parecia não estar nenhum um pouco animada com nossa companheira de quarto para falar a verdade ela parecia ter até medo da prima. Entramos no quarto e pro meu desespero só haviam duas camas ali, Lara ao meu lado que antes parecia um papel de tão branca passou a ser um pimentão.

-- Ah mas não divido a cama com ninguém! – Disse a nojenta toda nervosinha passando por nós como um raio em direção a cama que ficava no canto.

Lara e eu nos olhamos e por um instante até achei que ela diria algo pois chegou a abrir e fechar a boca algumas vezes mas por fim resolveu aceitar quieta, Por que será? Ela só abaixou a cabeça e caminhou até a outra cama que dividiríamos falando em um tom baixo. -- Relaxa a gente divide essa né Gio?

Gelei outra vez com o olhar daquela mulher, credo! Ela olhava pra ruivinha com um olhar vitorioso e ao mesmo tempo de deboche, não entendi nada daquela situação até porque me tratar mal era uma coisa, afinal até eu me sentia uma intrusa ali mas a própria prima? Será que ela gostava de alguém nesse mundo?

-- Espero conseguir dormir essa noite Lara! – E venenosa piscou pra prima maliciosamente indo em direção a porta.

Eu hein que garota mais doida!

-- Não liga pra Natália ela nem vai ficar muito por aqui, toda vez que vem conosco pra cá sai quase toda noite e dorme a maior parte do dia! – Graças a Deus! Pensei...

--Por que você deixa ela te tratar assim? – Não contive a curiosidade.

Ela não me respondeu de imediato apenas caminhou até um, dos armários e passou a guardar suas coisas em silencio.

-- Essa casa é sua não é? Por que deixou que ela fizesse o que fez aqui?- Falei indicando a cama maior que a draga pegou.

Lara parecia nem me ouvir, pois continuava a guardar suas coisas em silencio, e eu? Eu estava indignada!

-- Você é insistente né? - Se virou terminando de organizar suas coisas.

-- Desculpe-me só fiquei curiosa. – Disse meio sem jeito – Onde posso guardar minhas coisas?- perguntei mudando a conversa.

-- Pode coloca-las aqui nesse armário e nessas gavetas ao lado das minhas, aquele outro lá é o da Natalia e se ela... - Se cortou percebendo que ia falar demais .

Olhei pra onde ela tinha apontado e percebi ao lado da cama da nojenta um guarda-roupa embutido, nele tinha varias decorações mais uma em especial me chamou atenção um ursinho cor de rosa segurando um coração que dentro estava escrito ‘’Lara’’ AQUELE ERA O GUARDA- ROUPAS DELA E O QUARTO TAMBEM!

Coloquei as mãos na cintura e a olhei com uma cara que dizia EU NÃO ACREDITO NISSO!

-- Nem me olhe assim Giovanna! A única coisa que posso te dizer é que eu devo alguns favores pra ela.

-- Então a megera te chantageia.. – No mesmo instante ela me olhou incrédula e eu completei – Foi uma constatação não uma pergunta, não precisa me responder!

Lara e eu descemos momento depois e pra nossa sorte Natália já tinha ido pra suas farras, o pessoal já estava todos reunidos na mesma sala em que entramos Amanda já falava algoQuero tudo feito à mão, o salgado foi à única coisa encomendada...

Eu que já tinha pegado a reuniãozinho pela metade nem ouvia mais nada, estava fascinada com a mulher a minha frente, ela usava um vestidinho leve desses de verão florido e soltinho deixando à mostra as belas pernas saradas ela estava maravilhosa, tanto que me perdi completamente naquele corpo e nem percebi que o assunto já era outro e que todos conversavam de forma descontraída.

Meus pensamentos eram cada um mais estranho que o outro. Tipo será que ela faz academia? AH não sei mais queria muito ver aquela barriguinha sem tecido nenhum por cima, desci meus olhos e nossa as cochas eram grossas e lisas tive vontade apertar, sentir o calor daquela pele ali desnuda a minha frente.

Não sei qual era minha expressão naquele momento, subi meus olhos passando pelo decote revelando o vale entre os seios sentindo minha boca secar, olhei demoradamente antes de subir mais os olhos e levar um baita susto.

Amanda me olhava firme, de modo acusador com certeza me pegou no flagra analisando seu corpo todo. Senti meu rosto queimar e devo ter virado um pimentão diante de todos ali, quando olhei pro lado Lara me olhava debochadamente deve ter visto também, me preocupei e olhei pra minha mãe, mas ela estava tão distraída com as conversas que não deve ter notado nada para o meu alivio.

Todos ali conversavam animadamente alheios ao meu desespero, decidi então retirar-me dali e diante do olhar das duas que ainda me encaravam deixei a sala. Entrei no quarto com o coração a mil no peito QUE MERDA EU TINHA FEITO? ELA VIU! MERDA MERDA! Era tudo o que eu pensava.

Aquela mulher, aquele corpo aquela voz me deixou excitada, encostei-me à porta depois de fecha-la tentando por os meus pensamentos em ordem, quando ouço alguém bater na porta.

-- Eu quero falar com você!

Amanda entrou como um furacão , fechei a porta encarando-a ela estava ofegante deve ter subido a escada correndo.