Nos encontramos dois dias depois da viagem. Nem meus compromissos de estudo, nem a faculdade dela, nem a marcação do Davi nos impediu de nos ver.
As 19h da noite ela me esperava na frente de casa.
Logo que entrei no carro me senti mais calma.
- Saudades – disse eu.
E ela logo foi me beijando. Uau, que saudade disso.
Nos aconchegados e começamos a conversar sobre o fds.
Estavamos com o tempo curto já que ela iria para a faculdade. Tirei os cordões do bolso e ela me olhou curiosa.
- Você confia em mim? Perguntei
- Claro
Mostrei os cordões.
- Isso é pra proteger o nosso.. – “amor”. Não, vou assustar ela – O que nos temos – disse por fim.
Ela sempre receptiva, deu um sorriso.
-Ta, mas o que é isso?
- É um cordão de Afrodite. Na verdade, existe essa crença em várias culturas, de formas diferentes. Quando duas pessoas se pertencem, um fio as une. Pode ser um fio etérico ou um físico como esse. É para proteger, zelar e fortalecer... é sinal de compromisso também . – Sorri e abaixei a cabeça.
Ela levantou meu queixo, me deu um beijo
- Coloco em mim então!
Eu coloquei, visualizando meus desejos. Ela colocou em mim também
- Hoje eu não posso, mas precisamos conversar sobre algumas coisas – Disse ela.
Fiquei tensa.
Ela deu um sorriso e me beijou
- Tudo bem
Assim ela foi embora.
No fim da noite combinamos de conversar no dia seguinte
Estava ansiosa, o que ela queria me dizer?
No outro dia me arrumei bem, soltei e escovei meu cabelo, coloquei uma roupa bonita, maquiagem. Como sempre, estava nervosa até os nervos.
Ela chegou.
Ela me levou para um lugar diferente, isolado.
- Você ta tensa – disse ela e me abraçou.
- Estou – fiz bico.
- Fica calma, não é que está pensando. Mas é um assunto sério.
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- Eu preciso dizer Nina, estou envolvida demais. Quero você . Então algumas coisas precisam ser esclarecidas.
Fiquei em silêncio, o coração a mil.
- Tem uma coisa que você não sabe sobre mim. Você se lembra quando te disse que não podia entrar em piscina?
Fiz que sim, foi um dos nossos assuntos aleatórios
- Pois é... Olha- e tirou o cabelo da orelha e me mostrou uma cicatriz na parte de trás.
- O que é isso?
- Das várias cirurgias que eu fiz... Eu tenho uma doença, nasci sem os dois tímpanos, quase perdi a audição total. Esse ouvido da cicatriz, perdi quase metade da audição.
- Nossa, e o que isso quer dizer?
Ela abaixou a cabeça
- Quer dizer que tenho crises de dor o tempo todo. Todo mês.
Isso ataca minha labirintite, eu desmaio bastante...
Fiquei assustada.
- Nossa, você faz algum tratamento?
- Tomo remédio quando tenho dor e antiinflamatórios, não tem muito o que fazer. Não tem cura. Só fica estável. Meu ouvido é completamente aberto, não pode entrar agua, se inflamar muito e eu precisar fazer uma cirurgia...
- O que ??
Ela olhou para as mãos.
Meus Deuses, estava começando a ofegar.
- Júlia ?
Ela me olhou, com o olho marejado.
- Não posso fazer outra cirurgia, não tenho mais cartilagem... Posso ter uma paralisia facial.
O-oh
Eu precisava me acalmar... E precisava acalma-la
- Hey, vai ficar tudo bem.
E a abracei
- Você pode cair fora se quiser.
Me senti ofendida
- Porque???
- Porque sim, é muito instável. Quando tenho crises, eu desmaio, não consigo conversar..
- Alguém já te deixou por causa disso ? – A interrompi
Ela ficou em silencio.
- Já né? Pois saiba que essa pessoa era muito babaca .
- Acontece..
- Julia, não vou te deixar por isso. Nem por nada .
Ela me olhou.
- A não ser que você queira.
Então ela me beijou .
Foi intenso, senti o gosto salgado das lágrimas.
- Voce não sabe o medo que eu tava..
- Hey, relaxa. Pra tudo tem jeito.
Nos beijamos e ficamos nos amassos.
Subi a minha mão pra sua nuca e puxei de leve seu cabelo.
Senti ela se arrepiar. O carro então entrou em combustao.
Apertei seus seios com sede, mas fui direto ao pote.
Chegando no cós da sua calca, perguntei:
- Posso?
Ela só acenou, podia sentir que ela estava nervosa tambem.
Quando tirei sua calça, vi uma calcinha rosa inteira molhada.
Desci minha boca pela suas coxas, ela cheirava a hidratante, aquilo me deixou maluca.
Quando cheguei perto da entrada do paraíso, respirei fundo, puxando todo aquele cheiro maravilhoso.
Coloquei sua calcinha de lado e fiquei estonteada.
Até lá ela era linda. Vermelha e inchada, ela implorava pela minha língua.
E eu, matando minha vontade, a chupei.