Belíssimo relato, muito envolvente e que nos prende do começo ao fim, nos fazendo sentir como que presente na cena. Nota ? DEZ. ( )
O Cavaleiro Negro do Sertão: mito ou verdade?
A hilux preta espelhada e novinha cruzou a porteira da fazenda, encaminhando-se para a casa grande. Estacionou ao lado de uma belíssima residência, rodeada por uma varanda ampla e espaçosa, cheia de plantas, cadeiras e balanços. Um peão se aproximou do carro e cumprimentou os recém-chegados. – Bom dia, seu tenente. Senhora – disse o empregado, educadamente. – Manuel, não está vendo essas três estrelas no meu ombro? Isso significa que não sou mais tenente. Sou capitão agora – respondeu o rapaz em um tom de voz nada amistoso. – Desculpa, seu capitão. Eu não entendo dessas coisas não, senhor – admitiu Manuel, humildemente. – Percebe-se. Leve nossas malas para dentro – determinou. O rapaz e sua esposa se encaminharam, então, para a varanda da casa. – Não precisava ter falado daquele jeito, Eduardo. Ele não tem obrigação de entender hierarquia militar – comentou a esposa. – E eu não tenho obrigação de aturar ignorância, Denise. Ele que perguntasse antes de falar asneiras – retrucou Eduardo. – Se da última vez que ele te viu, você era tenente, por que perguntar agora? – perguntou a moça. – Quer parar de defender esse jeca? Vai me deixar ainda mais irritado – esbravejou o capitão.
Nesse momento, uma jovem loira e muito bonita aparece na varanda, vindo da parte de trás da casa. – Eduardo, como vai? Já chegaram? – exclamou com um belo sorriso e um tom de voz doce e melodioso. – Oi, Laura. Como vai? Chegamos sim. Onde está meu pai? – perguntou Eduardo com um tom de voz nitidamente mais amistoso e quase simpático, chamando a atenção de Denise. – Está vindo. Você deve ser Denise. Muito prazer, sou Laura, a enfermeira do coronel Fernando – apresentou-se, estendendo a mão para a jovem. – Coronel... – desdenhou Eduardo da forma como o pai era conhecido na região. Denise e Laura não deram importância e trocaram um afetuoso abraço de cumprimento. Manuel reapareceu e levou as malas do jovem casal para o quarto que usariam. Laura encomendou um refresco de manga bem gelado. Sentaram-se na varanda e logo apareceram algumas crianças, filhos de moradores e peões. Correram até Laura, que sacou algumas serigüelas do bolso e as distribuiu com os pequenos. Deu algumas para Denise, que a ajudou a fazer a festa da criançada. Um deles, Tadeu, gostou de Denise e se encostou na perna dela. A nora do coronel o ergueu e o sentou no seu colo. – E você, quem é? – perguntou toda carinhosa. – Tadeu – respondeu o pequeno. – Ele é filho do Ximbica, o homem de confiança do coronel – explicou Laura. - Ele é uma gracinha – comentou Denise, abraçando-o e beijando sua bochecha.
Surgem, então, mais duas pessoas, um vaqueiro de uns 40 a 45 anos e um senhor de uns 60, em uma cadeira de rodas. – Bem que eu disse ao Ximbica que meu filho tinha chegado. Vi essa carroça dele lá de longe – brincou o coronel com seu vozeirão típico. – Carroça, papai? Esse é um dos carros mais luxuosos que existem e o senhor chama de carroça? – reclamou Eduardo. – Pode ser luxuoso da porteira pra lá. Da porteira pra cá, é uma carroça. Aposto que empaca em um monte de lugar por aqui – brincou Fernando. – Olá! Mas, se essa moça bonita me disser que não é uma carroça, eu fico convencido. Muito prazer. Fernando, seu criado – apresentou-se, dando um beijo na mão de Denise. – Nós já nos conhecemos, coronel. Não se lembra, no hospital? – respondeu a jovem com um sorriso tímido, mas encantador. – Minha querida, hospital não é o lugar ideal para se conhecer moças lindas e graciosas como você. Estamos nos conhecendo agora, no meu castelo, onde você será a princesa – afirmou. Denise riu e aceitou. Laura apresentou Denise a Ximbica, o pai do pequeno Tadeu que não saía do seu colo. Os dois se cumprimentaram timidamente e Ximbica quis levar o filho embora, mas o garoto disse que queria ficar. – Fica aí também, Ximbica. Depois, eu quero que você sele um cavalo pra minha nora conhecer a fazenda dela – disse o coronel. – Ela não monta, papai – apressou-se em dizer Eduardo. – Não monta? Por que não? Você anda naquela carroça ali e não monta em cavalo? – estranhou o coroa. – Aquela carroça, como o senhor diz, não tem vida própria, não empina, não sai correndo por qualquer motivo. Ela não gosta de cavalo – afirmou Eduardo, antecipando-se à esposa.
Fernando não disse mais nada, apenas olhou para o filho com um ar meio decepcionado. – Eu adoraria conhecer a fazenda, meu sogro. Podemos ir a pé mesmo – contemporizou Denise. Fernando sorriu e piscou um olho pra ela em sinal de cumplicidade. – Nesse caso, eu e o Tadeu podemos levar você – falou Laura, desanuviando o ambiente. As duas se levantaram e saíram da varanda, acompanhadas de perto pelo peão. Pai e filho ficaram conversando, especialmente sobre a viagem que Eduardo faria para o Oriente Médio, em missão humanitária do exército, algo que o pai desaprovava. – Você deveria fazer ação humanitária aqui no seu país. Necessidade não falta – afirmou o velho fazendeiro. – Acontece que minha missão não é aqui. E não vamos começar a falar do exército que não quero brigar com o senhor – disse Eduardo. A relação de Eduardo e o pai sempre foi tensa. Eduardo nunca gostou da vida no campo e, tão logo pôde, após a morte da mãe, mudou-se para a cidade. Entrou para o exército, outra frustração de Fernando, e seguiu carreira militar. Ia pouco à fazenda e, quando ia, não ficava muito tempo. Naquela vez, não foi diferente. Denise esperava ter o marido por uma semana, mas Eduardo iria embora dali a dois dias.
Na tarde da sua partida, Denise ficou vagando pela casa, sem saber bem o que fazer. Estava na varanda e Fernando se aproximou. – Por que você tem medo de cavalo? – perguntou o sogro sem rodeios. – O quê? Ah, não sei se é medo. Nunca tive chance de montar. Mas, confesso que sou um pouco covarde - respondeu. – Aquilo que meu filho disse não é verdade. O cavalo pode ser um animal bastante confiável e dócil se ele gostar e confiar no cavaleiro. Não existe isso de sair correndo, empinar, se assustar, aquelas amofinagens que o Eduardo falou. Se quiser, você sai daqui cavalgando feito uma verdadeira amazona – falou Fernando. Denise ficou meio sem graça e disse que ia pensar. – Vamos mudar o rumo da prosa, coronel. Como o senhor está de saúde? Alguma novidade sobre sair dessa cadeira? – perguntou. – Minha saúde tá ótima. Como meu churrasco, durmo feito um anjo, bebo minha pinga, cuido da fazenda, monto. A cadeira tem uma grande vantagem: ela não cansa e me leva pra onde eu quero. Não acaba a gasolina, não fura o pneu. O que mais eu posso querer? – respondeu. Denise sorriu, feliz com o espírito do sogro, sua alegria e modo de encarar as sequelas do acidente que sofrera.
A vida na fazenda começava logo cedo. Ainda de madrugada, Denise ouvia o som do berrante dos peões e a algazarra das crianças na varanda da casa. No início, estranhava e voltava a dormir. Com o tempo, acostumou-se e passou a se levantar e ir ajudar Laura com os pequenos. Depois, entravam para tomar café e iam passear pela fazenda, a pé ou de charrete. – Você vai aceitar a sugestão do coronel de aprender a cavalgar? – perguntou Laura. – Não sei. Reconheço que fiquei com vontade, mas sei lá. O Eduardo sempre falou tão mal, sempre encheu minha cabeça de fantasmas contra cavalos. Acho que acabei acreditando nos medos que ele me botou – respondeu Denise. – Pois eu acho que seu marido é um bobo. Cavalo não tem nada de perigoso se você souber montar. E é uma delícia cavalgar, sentir o vento no rosto, a liberdade. É até um pouco erótico, se você pensar bem, ele no meio das suas pernas, a sela roçando naquele lugarzinho, nossa eu me arrepio só de pensar. Se quiser, peço ao Ximbica para escolher um cavalo bem mansinho pra você aprender – ofereceu Laura. Denise ficou de pensar.
– Você gosta de morar aqui, Laura? Quero dizer, ter trocado a cidade grande pelo campo? Não é meio monótono não? – perguntou. – É um pouco, mas eu gosto. Já me acostumei. No começo, foi mais difícil, mas hoje não gostaria de voltar não. Aqui, tem seus encantos. Você vai ver – afirmou Laura. As duas voltaram para casa e foram jantar com o coronel Fernando. Laura contou a ele que Denise tinha aceitado a ideia de aprender a cavalgar. A garota tentou dizer que não era bem assim, mas o coronel não deixou, comemorando com seu jeito alegre e sua voz trovejante habitual. – Vou mandar o Ximbica escolher um cavalo bem mansinho pra você, minha nora. Até já sei qual será. O Ventania. Ele já é mais velho, mais experiente e bem manso. Você vai adorá-lo – disse ele. Jantaram e foram à sala conversar. Ximbica chegou para saber se havia algo mais a fazer e o coronel deu as ordens para o dia seguinte, inclusive em relação ao cavalo. Tadeu foi com ele e, ao ver Denise, correu para ela, pulando em seu colo. O garoto tinha quatro anos e havia gostado mesmo da jovem, talvez por ser órfão de mãe e um pouco carente. Ximbica o chamou, o pegou no colo e se despediu de todos. O coronel pegou sua cachaça e serviu dois copos, pra ele e Laura. Ofereceu à Denise, que recusou.
– Você tem muito a aprender sobre os prazeres da vida, minha querida. Mas, não se preocupe. Vou lhe ensinar tudo o que o meu filho deveria ter ensinado – afirmou o coronel. Terminou sua bebida e foi pra cama. Denise também disse que iria e se dirigiu ao seu quarto. Aquela noite estava, particularmente, quente e abafada. Abriu a janela para entrar um pouco de ar, mas não adiantou muito. Resolveu, então, ir à cozinha pegar água. Ao passar pelo quarto do coronel, ouviu uns sons estranhos e a voz nítida de Laura. Achou estranho, mas seguiu em frente. Na cozinha, pegou sua água e, de repente, sentiu um abraço carinhoso por trás e um beijo em seu pescoço. - Ainda acordada, meu anjinho? – perguntou a enfermeira com uma voz sensual e mais doce do que o normal. Denise sentiu um leve estremecimento. – Oi. Estou sim. Estava muito quente no meu quarto, abri a janela, mas não melhorou e vim beber água – respondeu. Laura ainda a abraçava, com a cabeça deitada em seu ombro, aspirando seu perfume suave e delicado.
– Abriu a janela? Cuidado. Por aqui, não é muito seguro abrir a janela de madrugada não. O Cavaleiro Negro do Sertão pode entrar – disse ela, em tom zombeteiro. Denise olhou pra trás e a encarou com ar interrogativo sobre aquela história de Cavaleiro Negro do Sertão. Laura sorriu da carinha de espanto da amiga. Sentou-se em uma cadeira e a puxou, delicadamente, para se sentar em seu colo, enlaçando sua cintura. – Eu ouvi essa história logo que cheguei por aqui. Dizem que o Cavaleiro Negro é um sedutor. Um homem enorme, forte, todo vestido de negro, com uma máscara em que não se pode ver nada do rosto além da boca. Ele aparece em lugares escuros e isolados, quando há mulheres sozinhas, ou entra pela janela dos seus quartos. Ele as seduz e faz amor com elas. Dizem também que é o melhor sexo que essas mulheres já tiveram – contou Laura. Denise estava com os olhos arregalados, a boca entreaberta, não sabendo se acreditava ou não naquilo.
Laura acariciava sua coxa e beijava seu ombro. Denise perguntou se ela acreditava naquela história. – Não acredito nem deixo de acreditar. Por aqui, existem muitas lendas, mitos, causos. Só fico triste porque, se ele existir mesmo, nunca me procurou – gracejou Laura, arrancando um sorrisinho tímido da garota. – Não se preocupe, mas fique atenta. Outra coisa que eles falam é que as mulheres, primeiro, são envoltas em uma névoa densa e sentem um cheiro forte de eucalipto. Não me pergunte por quê. Depois do sexo, desmaiam de tão bom que foi e, quando acordam, elas têm uma orquídea ao lado delas – complementou. Após contar a história, Laura convidou Denise para voltarem ao quarto e terminarem a conversa lá. Denise aceitou e foram de mãos dadas. Sentaram-se na cama e Laura se colocou por trás dela, encostada à grade. A abraçou e começou a pentear seus cabelos, elogiando a beleza e a maciez deles.
– Obrigada. Laura, o que você estava fazendo no quarto do coronel Fernando? Ele está bem? – perguntou. – Está ótimo. É que, às vezes, ele tem dificuldades para dormir e me pede para lhe fazer companhia. Nós conversamos, eu faço uma massagem, o ajudo a relaxar e ele dorme. Às vezes, eu acabo dormindo lá também. Se quiser, posso levar você também para fazermos companhia a ele. Tenho certeza de que ele vai adorar – respondeu. – Claro que sim. É só me chamar – falou Denise. Laura a abraçou mais forte e beijou seu pescoço de forma mais prolongada e excitante. Em seguida, colocou suas mãos por dentro da camisola e subiu até encontrar os seios durinhos de Denise, envolvendo-os com suas mãos. A jovem de 27 anos gemeu, deitando a cabeça pra trás. – Você já fez amor com uma mulher? – perguntou baixinho. – Não – respondeu com um suspiro.
Laura virou o rosto de Denise e a beijou. Denise correspondeu ao beijo suave e carinhoso da enfermeira, oito anos mais velha que ela. A mão de Laura acariciava o seio enquanto sua língua passeava pelos lábios da garota. Retirou a camisola dela e a deitou na cama. A beijou mais um pouco e desceu para os seus fartos seios. Colocou um mamilo na boca e sugou, carinhosamente. Denise gemia de olhos fechados. Estava muito gostoso. Enquanto mamava, Laura pôs a mão por dentro da calcinha de Denise e começou a masturbá-la. A garota intensificou os gemidos, agarrando-se ao lençol da cama e virando a cabeça de um lado para o outro. Laura mamava deliciosamente e acariciava o grelinho com seu polegar e dois dedos dentro da xoxotinha. Não demorou muito e Denise teve um orgasmo suave e gostoso, melando a mão de Laura com seus líquidos. Laura levou a mão à boca e lambeu o gozo da garota, olhando sempre em seus olhos. Em seguida, tirou a calcinha de Denise e se deitou entre suas pernas. Beijou a parte interna de suas coxas, raspou, delicadamente, os dentes em sua pele e começou a chupá-la. Denise foi à loucura. Agarrou a cabeça de Laura e passou a se contorcer na cama e gemer alto. O tesão era absurdo. A língua de Laura era extremamente macia e experiente em chupar uma boceta. Ela passeava com a língua pelos grandes lábios, desenhava círculos, triângulos, quadrados e formas mais complexas, sugava o grelinho, mordia e bebia o mel de Denise. A garota entrou em convulsões e teve orgasmos múltiplos, caindo desfalecida na cama.
Acordou uma meia hora depois. Olhou de lado e viu Laura, nua, apoiada no cotovelo, a observando, acariciando seus cabelos com um sorriso lindo no rosto. Beijou sua boca, delicadamente, e perguntou se ela estava bem. – Fazia um tempão que não gozava desse jeito – respondeu Denise. Laura a puxou e a aconchegou em seus braços, com sua cabeça deitava no seu peito. Não falavam nada. O coração de Denise batia meio acelerado, assim como sua respiração. Lentamente, ela começou a acariciar o corpo de Laura, concentrando-se em seus seios. Amassava, apertava, brincava com os biquinhos entre seus dedos. Os seios dela eram de tamanho médio, muito macios, durinhos e de belas auréolas clarinhas. Sem pensar muito, Denise levou a cabeça até um deles e colocou o mamilo na boca. Começou a sugá-lo. Laura gemeu e suspirou baixinho, acariciando os cabelos dela.
Sentindo um tesão desconhecido anteriormente, Denise adorou mamar no peito de uma mulher. Desceu a mão pelo corpo gostoso de Laura e chegou a sua boceta encharcada. Encostou nos grandes lábios e encontrou o grelinho escondido em um tufo de pelos loirinhos. Não tinha a experiência da amiga em dar prazer a uma mulher, mas se esforçou muito e começou a masturbá-la, procurando repetir o que ela fizera há poucos minutos. Laura abriu bem as pernas para ajudá-la e foi orientando. Aos poucos, Denise pegou o jeito e o corpo de Laura começou a ter espasmos e choques poderosos. Alguns minutos depois, ela teve um orgasmo delicioso. Denise fez o mesmo que ela, levando a mão até a boca e lambendo seu gozo. Se beijaram mais uma vez e dormiram até a manhã seguinte.
P.S. Olá, pessoal, mais uma história que inicio. Essa será mais curta e deverá terminar no próximo final de semana. Digam o que acharam dessa nova série. Deixem seus comentários, dúvidas, críticas e sugestões. Acessem />