João e o Pé de Feijão - 3

Um conto erótico de Tazmania
Categoria: Homossexual
Contém 2341 palavras
Data: 02/09/2016 17:10:55
Última revisão: 02/09/2016 19:17:34

Olá queridos, é realmente uma alegria estar com vocês novamente. A melhor parte de postar essas histórias são os comentários, vocês são foda! Obrigado por estarem acompanhando mais essa aventura.

Hello: Realmente o Otávio é um cara que ama pra valer, ele se entrega e com isso acaba sofrendo, se prepara porque o sofrimento dele nem começou.

BDSP: Cícero é um cantor que eu adoro. Ouça o álbum "canções de apartamento" e se apaixone também. kkkk bju

Gordim.leitor: Bebezão, obrigado, não escrevo mais do que você, pode ter certeza! Você pode me perturbar o quanto quiser, ai de vc se não estiver comigo nessa obra. adoro vc.

Atheno: Ele tá fortão e canaliza tudo o que passa na luta, por isso vai fazer sucesso...

Prireis882: Obrigado, continue comigo.

sssul: Meu coração não é gelado kkkk, e sei o que é ficar esperando um autor postar, não é Gordim.leitor ¬¬ . Vou postar todos os dias.

Malévola: Obrigado pelo carinho! Gente, eu olhei o prisioneiro esses dias também e ainda leem ele até hoje, nem sei quantas pessoas já leram aquela história que é para mim um filho. Que bom ter você comigo mais uma vez, espero que goste.

VALTERSÓ: O Otávio vai aprender com o erro dele e o jogo vai virar, espera que vc vai se surpreender. Obrigado querido!

Monster: Gezuix! ele morreu mesmo? É uma pena, que papai do céu esteja com ele. Obrigado pelo comentário, vão ter muitas coisas rolando, mas como meu namorado disse, minha história não tem ação, então não esperem perseguições automobilísticas, nem nada cinematográfico, afinal, nossa vida dificilmente tem coisas assim...

Ru/ruanito: Nesse monossílabo vc deixa sua marca. Que bom que está acompanhando querido.

Fernando808: Coragem homem, a segunda parte tem coisas tristes, mas o final é feliz, acho que vc vai gostar. Todos passamos por perdas, sofrimentos e dores, o bom é saber seguir em frente! Foi isso que o Willian fez. Grande beijo queridão, obrigado por acompanhar essa aventura.

Vamos nessa!!

Ele estava mais moreno, parecia queimado de sol, estava mais forte, a camiseta que usava revela a seus braços fortes e com músculos timidamente definidos. Estava de barba, óculos e um boné, estava lindo. Sim, esse foi meu pensamento, ele estava lindo. Fiquei parado olhando pra ele e já soltava as primeiras lágrimas, até que ele me notou e ficou me olhando também. Fui andando devagar até ficar em frente à ele que logo se levantou. Não dei tempo dele falar nada, só o abracei forte. Assim que nos juntamos seu cheiro invadiu meu nariz me fazendo sorrir. Era ele mesmo, eu afundei meu nariz no seu pescoço e aspirei bem aquele perfume. Parecia que tinha um bola no meu peito que queria sai. Eu estava ofegante e lágrimas escorria dos meus olhos. Aquele abraço durou algum segundos e ao mesmo tempo horas.

- Que saudade! - sussurrei e seu ouvido, mas falei mais pra mim do que para ele.

- Otávio, você está me esmagando. - falou ele com certa delicadeza. Então eu separei o meu corpo do dele. - Você está chorado?

- não, claro que não! É uma alergia. - falei limpando os olhos.

- alergia, sei. Kkk Sempre o mesmo né. - Nossa, como eu estava envergonhados! - Como você está?

-Depois desse tempo pouco importa como eu estou. A novidade aqui é você, como você está?

- Bem, está sendo bom morar com minha avó e minhas tias.

- Ah, que bom que esta gostando. - falei com certa tristeza.

- Eu preciso ir, tenho que resolver algumas coisas no centro. Foi bom te ver. - nossa, meus olhos se encheram de novo com essa despedida. Ele foi virando para entrar, mas consegui segurar sua mão.

- Você vai ficar aqui ou vai voltar? – tentei disfarçar, mas o tom esperançoso da minha voz deve ter me denunciado.

- Fico só até domingo.

- Ah. - falei soltando sua mão. - Bem, então tchau. - falei já indo para minha casa, não queria que ele me visse chorando.

Nada mudou. Perdi ele para sempre, nem na minha frente ele foi o meu Bruno, digo, meu amigo Bruno. Meu coração estava a mil, minhas mãos e corpo suavam, eu chorava e não conseguia parar de tremer. Fui para o chuveiro e lá pude me acalmar.

Com eu sonhei com aquele abraço, mas o que estava acontecendo comigo? Quando o abracei, eu senti vontade de beijar ele, ficar abraçando e beijando ele pra sempre. Olhando pra ele percebi o quando ele é perfeito: olhos claros e só com a pele mais escura que eu, cabelos estavam com pequenos cachos, os óculos deram a ele um ar de menino travesso, ele estava lindo. Quando entrei no quarto e peguei a roupa que estava jogada e ao pegar a camisa eu senti o cheiro dele. Levei a camisa ao nariz e foi mágico, consegui velo ali, a minha frente. acabei deitando e inconscientemente lembrei da mamada que ele me deu. Meu pau endureceu na hora e eu comecei a me tocar. Não demorou muito e o orgasmo chegou e espirrou porra por todo meu peito. Tive que tomar outro banho e lá, chorei mais uma vez pensando nele.

Por mais que eu quisesse distância dele, visto que ele não iria ficar ali, era impossível não ficar triste. Aquela tarde eu passei no meu quarto, lutando para entender o que eu estava sentindo e eu atestei, enquanto socada o saco de areia, aquilo que eu já sabia desde que ele tinha ido embora, a gente só da valor a algo quando perde. Eu só entendi o que unia a gente quando isso deixou de existir. Eu só sabia que queria ele comigo, sempre ao meu lado, queria abraçar e beijar ele, e se possível ter a boquinha dele de novo em torno do meu pau, mas isso era segredo que eu escondia até de mim mesmo.

Aquela tarde passou lenta e a noite chegou tranquila. Eu ainda estava ali, no quarto, pensando, pensando, chorando, xingando, enquanto olhava pela milésima vez às fotos que nos tiramos juntos. Por volta de umas 8 horas, meu pai bateu na porta.

-Filhão.

-Oi pai, tô deitado.

-Se arruma e desce porque temos visitas para o jantar. - Só faltava essa, meu adorava essas sociais que eram um porre.

-Serio mesmo paizão? Quero ficar no quarto, não estou muito bem.

-Tá sentindo o que Otávio?

- Dor de cabeça apenas. - nem quis inventar coisa pior pois era capaz do pai me levar ao médico.

-Poxa desce só um pouco, faz uma sala e depois você sobe, ok?

- ta bom. –

E agora ainda tinha essa... Só queria ficar em meu quarto, amargando minha solidão, mas como meu pai era sempre maneiro comigo, era difícil eu lhe negar algo. Eu me arrumei e enquanto saia do banho ouvi os meus pais cumprimentando as pessoas que iriam jantar ali. Fui descendo e ao chegar na sala de estar tomei um susto, pois eram meus vizinhos que estavam ali, a dona Sonia e o Bruno. Ao olhar para ele o estômago gelou e com certo custo eu consegui desviar os olhos dos do meu antigo amigo.

- Olha ele aí! Junte se a nós Otávio, olha só quem está aqui. - tentou esboçar um sorriso - Bruno, desde que você se mudou o Otávio é uma outra pessoa, ficou mais tristonho, meio pra baixo por ter perdido o grande amigo. Que bom que você veio, assim levanta o ânimo dele.

- Pai, menos. - disse o Otávio que estava morrendo de vergonha. Enquanto isso Bruno ainda em silêncio só observava a às atitudes do ex amigo. Notou novamente os olhos vermelhos e inchados, além do rosto um pouco vermelho. Ele estava com vergonha.

- O que há com você? Por que está com essa cara? Estava chorando? - perguntou o pai preocupado.

-Não, é alergia já disse, e já tomei remédio.

- Não vai cumprimentar o Bruno?

- A gente já se falou mais cedo tio. - comentou o outro notando o constrangimento que o Otávio estava passando.

- Ah que bom, vão lá pra cima pra colocar o assunto em dia, o jantar ainda vai demorar pra sair.

O Otávio então se levantou e foi guiando o Bruno até seu quarto, como se precisasse, pois o outro conhecia sua casa mais do que a própria. Ao chegar em seu quarto ele sentou na cama e ficou olhando para a janela. O mais velho se jogou em uma poltrona que já era tida como dele a um tempo atrás, e ficou olhando no celular, ambos não sabiam o que falar.

- Está gostando da escola nova? – tentou começar um assunto com ele.

- É legal.

-Já fez novos amigos lá. – Ele já sentia uma pontada de ciúme.

- Só uns colegas.

- Hum... E não vai voltar mesmo?

- A principio não.

-Mas porque não cara? Sua vida é aqui, poxa, aquele negocio já passou, eu não fiz nada com você, nem briguei, não disse nada, não fiz nada... Só fui embora porque eu estava confuso e não soube lidar com a situação.

-Você acha mesmo que eu fui embora só por sua causa? Aqui eu não era ninguém, invisível, ninguém me notava, ninguém me valorizava. E eu sabia que depois daquele dia tudo ia mudar pra pior, você ia contar pra todo mundo e eu ia virar motivo de chacota pra toda a escola. Minha mãe ia ficar sabendo e eu ia dar essa vergonha pra ela. Lá as pessoas me enxergam, me valorizam, até bolsa em faculdade já me ofereceram. - eu não estava acreditando no que estava ouvindo, e claro, voltei a chorar.

-Então você trocou nossa amizade por aplausos?

- Que amizade Otávio? Nossa amizade acabou naquele maldito dia.

- Eu nunca contaria nada pra ninguém. Você é meu amigo, nunca te faria mal, sua felicidade é a minha. – disse enxugando meus olhos.

- Você anda chorando demais. Essa é a primeira vez que vejo você chorando e nos conhecemos à uns 10 anos... Essa é a primeira vez.

- Já falei que é alergia. - falei sorrindo e o fazendo sorrir. - Alergia a você. - ele ficou sério na hora.

-Então vou embora pra não piorar sua situação. - fui até ele e o puxei para perto de mim.

-Não, minha alergia é ficar longe de você. - e puxei ele para um abraço. Novamente encostei meu nariz no seu pescoço e puxei forte aquele perfume delicioso. - Não me deixa sozinho de novo, por favor.

Ele se afastou um pouco, segurou meu rosto com as mãos e ficou me olhando fixamente nos olhos. Limpou minhas lágrimas e me puxou, aproximando sua boca da minha até que finalmente nossos lábios se encontraram. Eu não sabia o que fazer, mas a sensação foi tão gostosa que eu não desfiz o beijo, mas retribui, começando a introduzir minha língua em sua boca. Foi um beijo doce, delicado, mas com uma pegada firme, algo que eu nunca experimentei com menina nenhuma. Foi delicioso, tanto que não separávamos nosso beijo. Mas ele começou a dar selinhos, mostrando que era hora de acordar pra realidade.

- Vamos descer pra jantar. - disse ele.

- Nós nos beijamos Bruno.

- Isso.

- E agora?

-Depois falamos disso.

Fui lavar o rosto e por fim descemos. Minha mãe estava terminando de por a mesa e já ia mesmo nos chamar. Sentei ao lado dela e meu pai na ponta da mesa, com eles do outro lado. No jantar meus pais perguntavam mais coisas a ele e assim fiquei sabendo um pouco da sua vida. Ele estava bem na turma da nova escola e já era monitor, conseguiu trabalho em um clube, por isso a pele bronzeada, e começou a malhar lá, por isso o corpo desenvolvido. Ele morava lá com sua avó, mas seus primos viviam lá então não ficava sozinho. Ele também foi chamado para dar aulas de inglês para uma turma da igreja local. Ou seja, a vida dele estava ótima lá e dava pra ver no seu rosto que ele estava bem, ria e contava piada com meu pai, não era mais aquele menino tímido. Já eu permaneci silencioso e pensativo durante todo o jantar. Meu pai que tentava me colocar nos assuntos, mas eu fiquei monossilábico. As coisas se inverteram: o menino tímido ficou comunicativo e o descolado ficou introspectivo. Parece que a mudança que eu sempre quis nele finalmente chegou, mas eu não estava gostando daquele Bruno racional e frio.

Ao final do jantar eu o chamei pra ficar mais um pouco. Voltamos para o meu quarto e novamente eu deitei na cama e ele sentou na poltrona. Ficamos apenas nos olhando por um momento e só conseguia pensar em uma coisa: "como ele é lindo!". Eu não tinha mais vergonha de pensar essas coisas e até as diria se fizesse ele ficar comigo. Ele levantou e foi até meu saco de areia e começou a socá-lo.

- Vai machucar a mão. - falei já levantando para ajuda-lo.

- Então me mostra como faz. - fui até a mesinha, peguei as faixas e comecei a enfaixar as mãos dele.

- Dá o soco assim. - quando bati o saco deu uma forte sacudida para trás, é eu estava fortinho. Ele deu o soco e o saco nem se mexeu.

- Porra, não sabia que eu era tão fraco assim.

- Você não é fraco, só não tem a técnica pra potencializar o soco.

- Então você é pugilista?

- Estou treinando boxe a alguns meses.

- Se preparando pra socar alguém?

- O único que quero socar sou eu mesmo por ter perdido você.

- Você não me perdeu, pra perder tinha que ter ganhado antes.

- O que você quer dizer?

- Nada demais.

- Você não sentiu minha falta?

- Senti, muito. Mas tive que levantar a cabeça e recomeçar. Pelo visto você não teve a mesma ideia né?

- Não, eu fiquei esperando você voltar, ou entrar em contato comigo... Só desisti semana passada.

- Desistiu é?

- É, achei que nunca mais iria te ver... Você vai voltar mesmo?

- sim, eu gosto da minha vida lá. Eu estou crescendo.

- Mas e a gente? Eu só tenho você, não me deixa sozinho de novo. - ele me abraçou e me beijou novamente. O mesmo beijo delicioso, saboreado.

- O que você sente por mim? – Agora era a hora da verdade...


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Comentários

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Esse ponto está ficando mais interessante a cada capítulo. Está realmente ficando bom!!!

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Taz vc quer me matar! Meu deus, esse conto tá fantástico, de verdade! Menino eu vi vc fazendo a minha caveira nos outros comentários, pare com isso, rsrsrsrs. Beijos, meu lindo, quero mais ainda hoje!

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Excelente. Só quero ver no que vai dá isso, e é bom ver um leve, "clean" igual ao seu por aqui, abracos man...

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HUMMMMMMMMMMMMMM. EXCELENTE. REALMENTE SÓ A PERDA NOS FAZ SENTIR A FALTA DO OBJETO PERDIDO.

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Achei qele ia dá uma encoxada no Bruno kkk

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