Meu delicioso presente de Natal

Um conto erótico de kithy
Categoria: Heterossexual
Contém 2117 palavras
Data: 08/07/2016 23:17:27
Última revisão: 12/07/2016 22:37:27

Ai, ai... amores de adolescência...

Entre todos os meus contos, este é o mais fiel à realidade. Sem detalhes demasiados, sem excessos de "me pega, me come!". Apenas um relato de tantos encontros e desencontros que unem dois amantes jamais plenamente saciados. Entre todos os meus "rolos", eis o mais especial. Mas se sua expectativa é uma leitura rápida, desculpa aí.

Já contei em outros relatos que, apesar das aventuras, sempre fui sossegada. Até uns 14 anos, sexualidade era algo que passava longe de mim, nem beijo na boca eu dava nessa idade. Minhas roupas, O QUE ERA AQUILO?! Eu parecia uma criança grande. Meu cabelo mega cacheado vivia preso. Curvas? Sonho distante. Mas as férias escolares chegaram, assim como as descobertas.

Como sempre fazia, as férias se resumiam em viajar pra casa da minha madrinha. Amava brincar com meus primos pequenos, a idade mental se igualava. Mas daquela vez, meu primo da mesma idade que eu, Pedro, chamou um amigo novo, Daniel, pra brincar com a gente. Por mais tímida que eu fosse, ao lado dele algo ficava diferente. Eu queria me exibir, chamar a atenção! Mas os holofotes brilhavam sempre para nossa outra prima, Camila.

Dias passam, conversas vão e vem, Camila puxou assunto sobre Daniel comigo. Ela me dizia o quanto o achava gato e confessou que ele a chamou pra ficarem. Eu tentei agir naturalmente, mas TAQUIPARIU, aquilo feriu meus ouvidos! Ciúme me definia. Era o primeiro menino que me despertava algo muito louco e a sensação de estar perto dele era tão deliciosa... Eu não aceitava perder pra prima quenga que pegava geral!

Falei com o Pedro sobre o Daniel. Achei que estava sendo discreta ao perguntar se ele falava de mim e tal, mas só ganhei risadas de volta. Pedro me falou que Daniel era mais velho e eu parecia criança de roça com minhas roupas, mas completou com uma informação preciosa: "ele perguntou se você vai ficar aqui por mais tempo".

Nos próximos dias, me arrumei diferente, tentei ser mais "mocinha". Daniel passou a ficar mais tempo comigo e conversávamos sobre diversos assuntos, às vezes só nós dois. Numa tarde, mexendo no computador, nos divertimos tentando sentar juntos na mesma cadeira. Estávamos tão próximos que eu consegui sentir seu hálito. Dan tem a pele clara e cabelos castanhos em cachinhos muito bem combinados com seu par de olhos verdes. Não é "o deus grego da beleza", mas o conjunto da obra é encantador. Apesar da proximidade, nada aconteceu. As férias chegaram ao fim e o máximo que evoluímos foi nos cumprimentarmos com beijo no rosto.

De volta pra casa, conversávamos todos os dias no MSN. Eu pensava nele na escola e desenhava corações no caderno. Contei sobre ele para umas amigas mais "experientes" que eu e uma delas disse que falaria com ele pela internet. CRUZCREDO, eu era muito tapada. Chagando em casa, joguei a mochila no chão e corri pro computador. Lá estava ele, online, me chamando no chat.

- E aí, Kithy! Td bem? Sua amiga, Bia, tá falando comigo. Achei engraçado, rs.

- É, ela é legal! - Eu não sabia nada melhor pra responder, nem sabia o que a doida estava conversando com ele!

- Vc gosta de mim? - Dan mandou assim, sem nem criar um clima. Não se faz isso com uma adolescente sem autoestima e desesperada pra dar o primeiro beijo.

- Não. - Me pergunto até hoje o porquê de ter respondido "não"!

- Blz. Tipo, eu sou mais velho, né? E eu tô saindo com uma menina da minha escola. Só queria saber se tá tudo bem com a gente.

- Claro! Tudo bem! Eu vou ter que sair, depois a gente se fala! - Saí do MSN e fiz o que toda pessoa madura faria: bloqueei o contato dele. NOOOOOOSSA, A REBELDE.

Passamos mais de um ano sem qualquer tipo de contato. Mudei do meu cabelo ao meu gosto musical. Dei meu primeiro beijo e meu primeiro amasso. Já conseguia levar uma conversa com um cara por bastante tempo sem ficar soltando risadinhas. Mas frequentemente me pegava pensando nele.

Junho chegou, assim como o aniversário do meu primo Pedro. Me arrumei, não vestida de criança, mas realçando as transformações que a adolescência traz. Ganhei alguns olhares, de meninos e de homens, nada comparado ao sorriso que vinha em minha direção. Dan chegou na festa e, sem desvios, veio direto me cumprimentar. Foi um abraço daqueles que tiram nosso fôlego. Durou tempo suficiente para sentir a musculatura bem definida por baixo de sua camisa social. Seu cabelo, agora raspado, se uniu à barba serrada dando um ar adulto. Sem nos soltarmos, ganhei um beijo perto da orelha, acompanhado de um "nossa, quanto tempo!" e um outro beijo na bochecha. Tentei retribuir o beijo no rosto, quando nossos lábios se tocaram por milésimos de segundos. Fiquei um pouco envergonhada e me afastei sutilmente, mas não sem ouvir "você tá muito diferente!" que me soou como um elogio. Dan fitou meu decote com um olhar que me fez sentir despida e lançou seu melhor sorriso de lado. Aquele curto momento foi interrompido por uma mão o puxando para si e logo reconheci a estraga-prazer da Camila se aproximando. Pelo clima entre os dois, desconfiei que estavam ficando. Minha noite acabou ali. Apesar de terem ficado juntos o tempo todo, Dan me encarava como se tivesse algo a dizer. MAS SÓ OLHAR NÃO BASTA, NÉ?!

Mais um tempão sem nos falarmos. Ele e Camila estavam namorando e aquilo era doloroso de saber. Comecei a namorar também. Foram incontáveis orgasmos pensando no Dan, querendo que ele fosse o homem a me tocar, a me satisfazer. Tantos banhos que tomei "com ele"... Não tinha dúvidas de que estava apaixonada, mesmo com toda aquela distância. Falta de vergonha na cara, pode falar!

Nossos destinos eram traçados na casa minha madrinha. Pedro era nosso contato em comum e era por ele que eu sabia sobre o Dan. Chegamos no Natal e foi lá a reunião da família. Eu estava com meu namorado, mas meu coração estava acelerado por outro cara. Dan chegou no quintal decorado e mal consegui respirar quando o vi desacompanhado. Camila já estava na festa, mas fez um bico enorme e o cumprimentou de forma ríspida. Ele estava mais gato do que nunca! Lancei a ele meu olhar mais sensual, desses que a gente faz biquinho sem perceber, e nos encaramos enquanto ele falava com as outras pessoas entre nós. Se aproximou da minha mesa para nosso abraço de sempre, mas não me levantei. Apenas acenei e sorri, apresentando-o ao meu namorado. Em vez de ir embora, Daniel sentou-se conosco e, me deixando confusa, puxou assunto com meu namorado. Falaram sobre tudo, pareciam amigos de longa data. Camila se juntou à conversa mesmo sem convite e parecia querer reconquistar seu ex-parceiro. A conversa se tornou um festival de quem sabia mais podres sobre o Pedro, até tomar um toque mais picante, partindo para uma brincadeira valendo doses caso a pessoa já tivesse feito o que foi perguntado.

Uma dose pra quem já fez oral: todos beberam. Mais uma pra quem já fez em grupo: Pedro bebeu dessa vez. Uma outra pra quem fez anal: quase me entreguei ao ver que ninguém mais beberia e larguei o copo, arrancando gargalhadas pela situação. Menos de Dan. Seu olhar foi mais de desejo do que por ter achado graça. Outras doses denunciavam as experiências de cada um, quando senti uma perna roçando na minha por baixo da mesa. Dan me fitava de forma sensual. Parecia sério, mas com um sorriso de canto. Ele não se intimidava por termos companhia na mesa.

De repente, um jogo só nosso começou. Só de encará-lo, minha calcinha ficava molhada. Mordíamos os lábios quase ao mesmo tempo. Eu sentia vontade de me tocar. Fiz um coque no cabelo como se fosse diminuir a tensão em que meu corpo estava. Parei a mão em meu pescoço mantendo nossos olhares encontrados. Ele continuou com a mesma feição provocante. Devagar, desci a mão até meu decote, me acariciando discretamente, tornando mais picante nosso show particular.

Dan tomou uma dose por algum motivo que não ouvi, soltou o copo e levou a mão à calça, acariciando seu membro por cima dela. Impossível não notar o volume. Me desconcentrei quando senti meu namorado me envolvendo em um abraço, rindo de alguma bobeira dita por Camila. Precisava de um ar depois daquilo e fui ao banheiro, que estava ocupado. Esperei na parede ao lado da porta, apoiando a testa e fechando os olhos por alguns segundos. Um abraço por trás me tirou da breve calmaria conquistada e me levou ao torpor. Fiquei parada enquanto beijos molhados umedeciam minha nuca e meus ombros com um hálito quente. Um braço forte me envolveu, enquanto uma das mãos apertava firmemente um dos meus seios. Senti seu pênis nas minhas nádegas, fazendo-o pressionar nossos corpos. Eu não precisei abrir os olhos pra identificar o responsável por me tirar do sério. O corredor que levava ao banheiro estava vazio, pois era dentro da casa, e levava à escada para o segundo andar. Ainda abraçados de costas, Dan me guiou para a parte de cima da casa sem trocarmos qualquer palavra. Entramos no banheiro da suíte e nos beijamos vorazmente. Ele levantou minha camisa e beijou minha barriga, massageando meus seios. Parou a massagem para abrir minha calça jeans, descendo-a num movimento brusco. Mordiscava minhas coxas, enquanto eu me apoiava em seus ombros. Me livrei dos sapatos e da calça ao mesmo tempo em que ele libertou seu membro totalmente ereto da cueca. Daniel voltou a me beijar, sugando meus lábios de forma desesperada. Tínhamos fome um do outro... Era um desejo que finalmente se realizava. Apoiei uma perna na bancada da pia, que não era tão alta, abrindo espaço suficiente pra ele se encaixar. Dan colocou seu dedo na minha boca, molhando-o com minha saliva, e acariciou minha bucetinha que estava completamente melada como se quisesse confirmar que estava pronta pra recebê-lo. Dan penetrou seu pau de uma só vez, numa estocada que me arrancou um gemido alto e involuntário. Ele me comia num ritmo acelerado, urrando em meu ouvido, alternando beijos e chupadas no pescoço. Tive de alertá-lo pra não deixar marcas. Rimos do meu aviso como se pouco importasse. Dan me penetrava apoiando sua cabeça em mim, completamente suado. Ele jogou a cabeça pra trás e se agarrou em minhas coxas, fechando os olhos. Eu me segurava no gancho das toalhas com uma das mãos e cravava minhas unhas em seu ombro com a outra. Não durou mais que dez minutos, mas o suficiente pra matarmos a vontade que dominava nossos corpos. Dan tirou antes de gozar e me virou de costas, ejaculando nas minhas nádegas e me sujando com sua porra ainda quente. Ele deu um tapa na minha bunda e agarrou com uma das mãos, deixando marcado. A mistura de dor e prazer era sensacional...

- Isso foi pra marcar território. Pro seu namoradinho saber que eu passei por aqui e pretendo voltar.

Retomamos um ritmo aceitável de respiração e ele me ajudou a limpar a lambança que fizemos. Lavei o rosto, fiz com meu cabelo o melhor que pude. Agora relativamente saciados, nos beijamos calmamente. Um toque no telefone dele nos alarmou para a demora. Adivinha quem era?! Claro, a Camila. Ele respondeu que não tinha ido embora, que estava na frente da casa, com uma voz cínica. Não seria difícil passar um papo no povo todo sequelado pelas bebidas.

Saímos do banheiro com cautela para que ninguém nos visse juntos. Dan desceu primeiro, indo direto para a frente da casa onde Camila já o esperava. Fiquei mais um tempo sentada na escada, sem assimilar direito que tinha conseguido ficar, de alguma forma, com a cara que mais desejei todo esse tempo. Meu namorado estava entretido num animado papo sobre futebol e expliquei que estava passando mal no banheiro, nem precisei dar maiores explicações. Por outro lado, Camila não saiu do pé do Daniel e eles foram embora da festa. Ela não parava de me encarar, acho que sacou alguma coisa no ar. Ele se despediu formalmente, demorando mais em nosso abraço. Foi a primeira e última vez em que ficamos juntos.

Alguns meses depois, o Facebook em conjunto dos dois (nada mais brega) anunciou a gravidez do casal e, misteriosamente, fui excluída da lista de amigos. Daniel me mandava recados por Pedro, mas não sou destruidora de lares e me afastei. Cada um em seu canto, seguimos nossas vidas. Desde Natal retrasado, início e fim do nosso caso, não nos falamos. Mas ainda tomo banhos "com ele" e espero pacientemente pelo dia da retomada do território que ele conquistou


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Comentários

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Só que filho não prende homem, e o mais engraçado é que ainda existem mulheres que acreditam que engravidando, o cara vai ficar com ela para sempre, ledo engano, ele pode até ficar por um tempo, mas se não houver mais nada, não adianta! E você marcou bobeira, devia ter investido nele e que se dane a outra lá, agora é um pouco tarde, porque têm filho no meio e é um laço eterno, mesmo que eles não fiquem juntos, ela sempre terá essa " desculpa ", para se aproximar dele e mesmo que vocês tenham um relacionamento, ela sempre vai estar rodeando 💔🙍, boa sorte 🍀 para você!!!! 👏👏✊🙌

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Uau!... Sua melhor estória (li os outros mas acabei não deixando comentários - o que farei depois - mas este me surpreendeu)... Pelo visto, Camila prendeu ele como pôde, hein?... E você? Continua sem contato com o Dan?... Em alguns momentos do conto, senti como em uma estória minha (no lugar do Dan, mas um pouco mais além) e com desfecho também similar... Beijos

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Bom conto, sou do rj, se quiser contato me mande um e-mail

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Obrigada a todos pelas visitas e pelos comentários! Que bom que curtiram! Bj enorme!

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Delicioso o conto! Bem excitante com uma boa narrativa e descrição. Nota 10!

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