Ola pessoal como vão?
No capítulo anterior mudei algumas coisas das ultimas frases pois li hoje e vi que não estavam legal, fui escrevendo e depois nem olhei pra ver como ficou, foram apenas mudanças para corrigir uns erros de ortografia, nada que alterasse o teor da história.
Bom, vamos la. Finalmente o Antônio reencontra o Guilherme nesse capítulo, mas antes ele se reconcilia com o Rodrigo e de quebra jogo alguns mistérios na história pra vocês tentarem adivinhar o que virá mais a frente. Espero que curtam.
CrisBR1, Pois é, o Antônio preferiu deixar o coração falar mais alto e deixar as magoas de lado. Quanto ao encontro com o irmão, acho que será bem emocionante, começara uma nova fase da história.
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Hpd, também não quero que ele sofra mas as pessoas não deixam ele em paz, quando não é ele que sofre, é o Rodrigo. Grande abraço.
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SuUh16, mas a separação deles não durou nem dois capítulos. A partir do próximo capítulo o Guilherme terá uma participação muito importante na história. O estagiário a que você se refere é o Lucas? Se for, até que faz sentido sua teoria.
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RAQU£L*-*, como prometi, a postagem não ia demorar. Bom, a surpresa que a Cris teve ao ver a foto se deve ao fato de estar vendo alguém que ela sempre ouviu falar, mas que nunca tinha visto. Beijos minha querida.
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Ru/Ruanito, quem é lindo eu fofo? Eu? Lindo já não sei, mas fofo acho que sim, kkkk
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esperança, obrigado minha querida.
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Luk Bittencourt, para de graça e trate de se apaixonar pelo Rodrigo. A essas alturas não tem mais importância quem vai achar o Guilherme, o fato é que o Antônio vai reencontrá-lo e a história seguira outro rumo.
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LuCaS✈✈, obrigado rapaz.
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Martines, como falei a outro leito, talvez o Antônio tenha exagerado mas o problema é que ele sempre acredita nas pessoas e quando se decepciona o mundo meio que acaba pra ele, ainda mais descobrindo coisas tão baixas que o Rodrigo fez. Então, nos primeiros capítulos a cartomante disse que ele teria que fazer uma escolha entre o namorado e o irmão, mas antes da escolha final, acho que virão muitas escolhas pela frente ainda, algumas o Rodrigo vai ganhar outras ira perder.
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beulfort, pois é, apesar de tudo, o conto é uma historia de amor, mas com sexo, algumas piadas, muitos mistérios. Obrigado pelo carinho, vou lhe mandar um e-mail sim. Abração.
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Ninha M, ola minha querida, agora estarei por aqui com mais frequência. Sempre vou parar na melhor parte, mas fique tranquila, pois vou postar com frequência sim e até com capítulos gigantes. Pois é, o Rodrigo usou os filhos pra reconquistar o Antônio, mas foi por uma boa causa, a Alice mandou muito bem. Beijos minha querida.
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Monster, ola, pode matar a saudade a vontade, rsrs. Pois é, o Antônio não é rancoroso, mesmo tendo levado a vida que levou, ele optou sim em ir atrás da felicidade dele. Agora vou postar com mais frequência, abração.
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VALTERSÓ, a felicidade deles vem toda hora, fica alternando com os momentos difíceis, a felicidade definitiva, essa sim pode demorar um pouco mais pra chegar.
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TRenattoZ, pois é, será difícil ter que escolher entre um e outro, mas resta saber em que situação, circunstancias que essas escolhas acontecerão. Abração.
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Anjo Sedutora, hahahaha, a Maria um homem? Nossa isso seria bombásticos. Mas é sério, eu não acredito até agora que vocês não descobriram o segredo da Maria, acho que esta tão obvio, mas não se preocupe, daqui uns 8 capítulos eu acho, esse segredo será revelado de uma maneira até então surpreendente. Beijão.
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❌Hello❌, tadinho do Rodrigo, kkk, nesse capítulo o Antônio vai fazê-lo sofrer mas de um jeito digamos mais quente, na cama, de...leia e saberá, hahaha; Bom acho que nesse capítulo o que não vai faltar são mistérios. No final do capítulo você conhecera o Guilherme. Beijão.
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Plutão, perdoas não é divino, é difícil, eu no lugar do Antônio acho que seria rancoroso, mas o nosso herói é um ser iluminado. Mas no fim ele escolheu o amor, até porque ele ama demais o Rodrigo. Bom, o Guilherme da as caras hoje mas as escolhas serão muitas, no final dai sim ele terá que fazer a escolha mais importante.
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Nicolas Vittorino, ola meu querido, seja bem vindo, é uma honra saber que a essa altura do capítulo 30 ganho novos leitores. Obrigado pelos elogios, é uma história de amor, claro com sexo, emoção e também misturado a uma historia meio que policial, pois adoro suspenses, dai a gente joga tudo na historia e ve no que da, rsrs. Gostei da sua sugestão do Bruno com a Alice, confesso que ainda não tinha pensado nisso e sou suspeito para falar do Rafa e do Arthur, adoro aquelas duas tripinhas. Sério que chorou? Foi em qual parte? Adoro quando os leitores ficam assim. Você deveria ler meu conto anterior “Além da Vida”, ele tem algumas partes muito emocionantes. Espero que seu marido também goste da história e espero também vê-lo mais vezes por aqui. Grande abraço.
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Antônio não conseguia esquecer o sonho que teve, sua raiva de Rodrigo já estava sumindo, mas algo ainda o impedia de deixar seu amor vir a tona.
A raiva que sentia de Rodrigo não era mais forte que seu amor por ele, mas faltava ainda um empurrãozinho pra que isso ficasse mais explicito.
Olhando para a bolsa que Rafael levou com o bolo, ficou relembrando a tarde gostosa que teve com os garotos. Mexendo em seu interior, notou que tinha um papel dobrado em uma das divisórias.
Antônio abriu a folha e viu um desenho feito por Rafael, o mesmo desenho que a tempos atrás fez Rodrigo repensar toda sua vida.
Olhando aquele desenho desajeitado, deu um sorriso, deixando os últimos resquícios de magoa ir embora.
Antônio dobrou o desenho, colocando no bolso e com muita pressa saiu de casa, indo em busca de sua felicidade.
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Capítulo 31
Rodrigo ficou sentado no sofá por horas, tentou ligar várias vezes para Antônio, mas desistia pois tinha muito medo de ser rejeitado novamente.
Além disso ficou pensando no encontro que teve com o detetive Claudio, que estava a um passo de encontrar Guilherme, mas com a condição de trazer um velho fantasma para Antônio, o assassino de sua mãe.
Rodrigo - O que eu faço? O Antônio não me perdoaria se eu trouxer aquele monstro para a vida dele.
Rodrigo - Eu vou dar um jeito, mas vou te colocar na frente do seu irmão, meu amor.
Rodrigo ligou seu celular e sem coragem de ligar para seu amado, ficou olhando as fotos dele no visor.
Rodrigo - Será que um dia você vai me perdoar meu amor?
Rodrigo - Sinto tanta sua falta Antônio.
Rodrigo - Nossa, dói demais ficar longe de você, pior ainda, dói demais ter o seu desprezo.
Rodrigo - Eu me arrependo tanto do que eu fiz...
Rodrigo - Mesmo que você nunca me perdoe, quero que saiba que te amo tanto.
Rodrigo abaixou a cabeça entre as pernas, querendo chorar, agora lamentando em silencio.
Estava distraído, mas despertou quando sentiu uma mão tocando em seu braço, descendo até chegar a sua mão direita. O calor daquele toque, aquele cheiro, tudo lhe remetia a uma pessoa e por alguns milésimos de segundos, achou que era um sonho.
Quando levantou a cabeça, olhando para o lado, viu Antônio olhando para ele, segurando sua mão.
Rodrigo - Antônio!!!
Rodrigo - Não entendo!!! E um sonho?
Com o rosto sério, Antônio apertou mais forte a mão dele, como se respondesse sua pergunta.
Rodrigo passou a mãos nos olhos, se recompondo, voltando a perguntar:
Rodrigo - O que faz aqui? Faz tempo que esta aqui?
Antônio - Eu ainda estou com a chave daqui e desculpa entrar assim, mas é que...
Antônio - E que não aguentava mais sua ausência.
Rodrigo abriu um sorriso enorme, seus olhos verdes brilharam ao ouvir aquilo.
Rodrigo - Antônio, eu...
Antônio o interrompeu, não o deixando falar.
Antônio - Você ainda me ama?
Rodrigo voltou a abrir um sorriso e sem esperar uma resposta, Antônio lhe deu um beijo. Um beijo sem língua, um selinho um pouco demorado, mas com muita intensidade, muita paixão.
Rodrigo - Nossa!!! Não estou sonhando mesmo?
Antônio - Se você esta sonhando, então estamos sonhando juntos.
Antônio - Rodrigo, eu senti tanta a sua falta.
Rodrigo - Antônio, me perdoe, eu...
Antônio - Não, não, deixe eu falar...
Antônio - Eu juro que queria te odiar, te esquecer, mas não consigo.
Antônio - Alias, acho que com o tempo até poderia conseguir ou até aprender a conviver com sua ausência, mas é que não quero isso.
Antônio - Eu quero te amar, ficar com você, ter você.
Antônio - Acho que se acontecer algo e não pudermos ficarmos juntos, mesmo assim acho que te amarei até meu ultimo dia de vida, pois o que sinto por você é algo que nunca imaginei que poderia sentir por alguém.
Rodrigo ouviu praticamente uma declaração de amor de Antônio.
Rodrigo - Antônio, eu preciso do seu perdão.
Antônio - Não precisa.
Rodrigo - Preciso sim.
Rodrigo - Eu sinto muita vergonha do que eu fiz. Eu jamais poderia ter agido daquela maneira, ainda mais contra você, a pessoa que mais me deu força, que mais me ajudou.
Rodrigo - Você transformou minha vida, fez com que eu descobrisse como amar, como ser amado.
Antônio - Não vou mentir, dizer que foi fácil ouvir tudo aquilo, porque não foi.
Antônio - Mas não consigo te odiar e vendo você assim e lembrando daquele Rodrigo que conheci, vejo que são duas pessoas completamente diferentes.
Antônio - Se isso irá lhe deixar mais leve, mais calmo, saiba então que lhe perdoo, alias já lhe perdoei faz tempo.
Rodrigo começou a rir, sentindo que um peso havia saído de suas costas. Sem se conter, partiu pra cima de Antônio, beijando sua boca.
Rodrigo - Eu te amo!!! Eu te amo!!!
Rodrigo - Te amo muito!!
Antônio - Eu também te amo muito, demais!!!
Rodrigo - Antônio, agora vai ser tudo diferente. Eu quero você, quero você sempre ao meu lado, na minha vida.
Rodrigo - Quero cuidar de você, te fazer feliz, dormir e acordar ao seu lado.
Antônio abraçou Rodrigo juntando seu corpo ao dele, beijando seus lábios, matando a saudade do seu toque, seu cheiro...
Rodrigo foi descendo a boca, beijando o queixo de Antônio, descendo até o pescoço, roçando forte sua barba, o deixando excitado.
Antônio - Não faz assim meu amor.
Rodrigo - Meu ursão!!!
Rodrigo sabia como despertar o tesão em Antônio e foi passando a língua na ponta de sua orelha, até invadir seu ouvido, enquanto seu cavanhaque roçava forte o pescoço de Antônio, o deixando todo arrepiado.
Rodrigo - Senti tanta falta disso, do seu corpo, de ouvir você gemer.
Antônio já estava com a cueca estufada, com a cabeça de sua rola úmida. Aos beijos os dois foram indo para o quarto, rindo como duas crianças, cambaleando, mantendo suas bocas grudadas.
Rodrigo jogou Antônio na cama e caiu por cima dele de frente, sugando sua língua. Em seguida tirou sua camisa e a de Antônio, unindo seus peitos peludos. Antônio sentia a rola dura de Rodrigo sobre a calça e dominando a situação, se levantou, puxando Rodrigo.
Rodrigo - O que foi?
Antônio - Quero você.
Rodrigo - Sou todo seu.
Antônio puxou Rodrigo com força contra seu peito e em seguida o virou, sentindo suas costas largas em seu peito.
Rodrigo empurrou ainda mais seu corpo para trás, sentindo a excitação de Antônio sobre suas nadegas ainda cobertas.
Antônio foi alisando o peito de Rodrigo, enquanto mordia de leve sua nuca e em segundos se livrou de suas calças, ficando os dois nus. Rodrigo sentia a rola babada de Antônio molhar seu rabo, enquanto era sarrado por ele.
Rodrigo tinha o corpo maior, mas nem por isso Antônio era menos forte. Rodrigo estava adorando sentir seu corpo preso nos braços do namorado, ainda mais sentindo a língua quente dele passando por seu pescoço, seu peito peludo arranhando suas costas e sua pica nervosa babando em seu rabo.
Num gesto rápido, Antônio empurrou Rodrigo na cama, o deixando de bruços, puxando suas pernas até deixa-lo de quatro. Prevendo o que o namorado queria, Rodrigo facilitou, abrindo levemente as pernas, deixando seu rabo bem empinado.
Rodrigo olhou para trás e quase gozou ao ver a expressão que Antônio fazia, diante do seu rabo desprotegido, pronto para ser invadido.
Rodrigo - Vem Antônio!!!
Antônio vestiu uma camisinha e com as duas mãos abriu aquele rabão largo, vendo as pregas de Rodrigo se contrair, piscando sem parar.
Antônio - Nossa!! Que delicia meu amor.
Rodrigo sentiu a cabeça forçando em seu rego, dilatando carinhosamente seu reto, quebrando pouco a pouco suas resistências que nem eram tantas assim. Antônio nem precisou forçar muito, com o tesão que Rodrigo estava, seu cu foi sugando a rola de Antônio, que não sossegou até que estivesse completamente atolado em seu rabo.
Rodrigo - Aaaahhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!
Rodrigo - Uiiii.
Rodrigo gemia, relaxando o cu, sentindo seu corpo vibrar com as primeiras atoladas.
Rodrigo - Ai Antônio!!!! Ai!!!
Antônio metia forte e ia tirando devagar, deixando só a cabeça dentro. Rodrigo fechou os olhos, se contorcendo, apertando o lençol da cama e enfiando o rosto no travesseiro, abafando seus gemidos mais altos.
Antônio passava as mãos pelas costas do namorado, indo até os ombros e descendo até a bunda, segurando forte seu quadril.
Rodrigo estava completamente dominado e olhando para trás, empinou ainda mais o rabo, encarando Antônio.
Antônio - Isso amor, empina mais. Rebola.
De quatro na cama, Rodrigo deixou de lado qualquer indicio de sua quase heterossexualidade. Sentindo um prazer indescritível, assumiu seu lado passivo, mesmo não sendo a primeira vez a se penetrado por Antônio.
Antônio o penetrava com vontade, esmagando a cabeça de sua rola na próstata dele, fazendo com que Rodrigo se arrepiasse todo. Rodrigo achava que não conseguiria sentir mais prazer do que sentia, até que recebeu um tapa no rabo com Antônio o segurando cada vez mais forte pelo quadril.
Rodrigo - Ai!!!
Antônio - Isso geme pra mim.
Rodrigo começou a mover o quadril, tentando rebolar. Antônio colocou os dois braços atrás a da cabeça e parado deixou que Rodrigo fizesse o resto, empurrando a bunda pra trás, rebolando com mais intensidade, praticamente comendo sua rola com o cu.
Rodrigo ficou olhando para trás, encarando Antônio, que sem conseguir se segurar, caiu por cima dele, gozando fundo em seu cu.
Antônio - Ai ai, vou gozar!!!!
Antônio capotou por cima de Rodrigo, suando ofegante, enquanto seu pau amolecia dentro do rabo dele.
Antes de sair, ainda abriu a bunda de Rodrigo com as mãos, vendo seu cu todo vermelho, deflorado, com as pregas lubrificadas e saltadas de tanto levar vara.
Antônio deitou-se mais calmo e sem cerimonias Rodrigo deitou em seu peito, fazendo carinho em seu corpo. Os dois começaram a rir, se abraçando como um casal apaixonado.
Antônio - Você não gozou né?
Rodrigo - Não, pois ainda vou querer mais.
Rodrigo - Você é bem safado hein Antônio!!
Antônio - Eu??? Eu não sou safado.
Rodrigo - E sim, a cara que você faz quando esta metendo...
Rodrigo - E muito safado.
Antônio - Não faço cara nenhuma e não sou safado.
Rodrigo - E sim ursão.
Antônio - Para de falar que sou safado.
Rodrigo - Você até bateu na minha bunda.
Antônio ficou vermelho, se sentindo um verdadeiro safado, praticamente um astro pornô, o rei do sexo.
Rodrigo se divertia ao ver o namorado todo tímido, fazendo ainda mais piadas com ele.
Antônio - Apesar de você ser um chato, adoro esse seu jeito debochado.
Rodrigo - E eu adoro esse seu jeito todo certinho, adoro tirar você da sua zona de conforto.
Antônio - Mas para de chamar de safado.
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Cris - Nossa!!! Então esse é o Guilherme?
Romeu - Sim, consegui essa foto. Não esta muito próxima, mas da pra vê-lo perfeitamente.
Cris - Nossa, o Antônio esperou por isso a vida toda.
Romeu - E o que você vai fazer? Vamos ligar pra ele?
Cris - Não, ainda não.
Cris - O Guilherme já fugiu aquela vez. O Antônio vai se afobar e pode acabar espantando ele.
Cris - Você sabe onde ela esta aqui em São Paulo?
Romeu - Sim, em uma pensão no centro. Ele voltou pra São Paulo em busca de emprego.
Cris - Você tem como deixar algum funcionário seu na cola dele até que eu faça o encontro dos dois?
Romeu - Sim, claro que tenho.
Cris - Dai a gente garante que ele não suma novamente. Depois que ele conhecer o Antônio e se mesmo assim quiser se manter longe, dai é outra história.
Cris - Só não faz sentido uma coisa.
Romeu - O que?
Cris - A madame Tania disse que o Antônio só iria encontrar o irmão, depois que conhecesse um grande amor, mas ele o Rodrigo estão separados.
Romeu - Do que esta falando minha princesa?
Cris - Nada, nada, esquece.
Cris pegou novamente a foto de Guilherme e ficou olhando.
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Antônio e Rodrigo passaram a tarde na cama, namorando, matando a saudade dos dias que ficaram brigados.
Rodrigo - Nunca mais quero ficar longe de você.
Rodrigo - Só que..
Antônio - Que??
Rodrigo - Só que minha bunda esta doendo.
Os dois caíram na risada, achando graça de praticamente tudo.
Rodrigo - Vou ter quer sair, pegar as crianças na creche.
Antônio - Eu vou com você.
Rodrigo - Sério? Eles vão adorar a surpresa.
Antônio - Ah, tenho que lhe mostrar uma coisa.
Antônio pegou o desenho que estava em sua casa, mostrando para Rodrigo.
Rodrigo - Você achou??
Rodrigo - Foi o Rafa que fez. O primeiro eu rasguei, dai ele fez esse outro e incluiu você.
Rodrigo - Eu coloquei na bolsa, foi uma tentativa desesperada pra lhe reconquistar.
Antônio - Pelo visto deu certo.
Rodrigo - Pois é, agradeça a Alice, ela que deu a ideia de usar os meninos.
Rodrigo - Assim como eu, o Rafael e o Arthur também querem você aqui.
Antônio foi com Rodrigo pegar os filhos na creche. Ao ver Antônio, os garotos ficaram em êxtase.
Rafael - Tio, você voltou!!!!
Arthur - Agora o papai não vai ficar mais chorando.
Rodrigo - Filho, o que é isso!!!
Antônio abraçou os garotos, como se não os visse há anos.
Antônio - O tio nunca mais vai ficar longe de vocês.
Para comemorar, Rodrigo levou os filhos ao parque, com direito a sorvete e tudo mais que eles quisessem.
Rodrigo - Viu como eles ficaram felizes?
Antônio - Eu também estou muito feliz.
Rodrigo abraçou Antônio e logo veio os filhos pedindo alguma coisa. Os quatros se divertiam sem notarem que estavam sendo observados.
Antônio levou os meninos até um balanço, voltando em seguida para Rodrigo.
- Com licença!!!
Rodrigo e Antônio olharam para a mulher.
- Estava observando vocês, adoro crianças, seus filhos são adoráveis.
Rodrigo - Obrigado.
- Vocês são irmãos? Vocês se parecem.
Antônio ia responder, mas Rodrigo se adiantou, o deixando surpreso com a resposta.
Rodrigo - Não, não, ele não é meu irmão.
Rodrigo - Ele é meu namorado, meu companheiro e os garotos são nossos filhos.
Rodrigo ainda complementou com um sorriso, colocando o braço direito sobre o ombro de Antônio.
Livre de preconceitos, a mulher também abriu um sorriso, elogiando os dois.
- Linda família a de vocês, adoro crianças, tenho um casal.
Antônio ainda estava chocado, não pelo fato de Rodrigo escancarar a sexualidade deles, mas sim por inclui-lo em sua família.
- A simpática mulher ainda disse mais algumas coisas e logo se despediu.
Rodrigo - O que foi?
Ainda meio bobo, Antônio digeria o que acabara de ouvir, dando um sorriso para Rodrigo.
Antônio - Nada, só me distrai.
Antes de irem para a casa, Rodrigo passou em uma adega pra comprar um vinho especial para o a jantar que iria preparar.
Stela aguardava uma amiga no local e ao ver o filho correu até ele.
Stela - Filho!!! Rodrigo!!!
Rodrigo estava muito apressado e nem escutou a mãe o chamar. Stela foi até a rua e ao vê-lo entrando no carro com Antônio e os filhos, preferiu se esconder.
Stela - Esse rapaz de novo!!! Mas que praga.
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Rodrigo preparou uma macarronada, mas como era uma família com duas crianças, perdeu um pouco do romantismo, até porque Rafael e Arthur se lambuzaram de molho até no cabelo.
Rafael - Esta gostoso papai.
Arthur - O tio Antônio vai dormir aqui hoje?
Rodrigo - Claro que vai, mas vocês dois vão dormir agora.
Rodrigo - Seus dois porquinhos.
Antônio ajudou Rodrigo a colocar os filhos na cama e só então pode ter uma noite romântica com ele.
Rodrigo abriu o vinho e sentou ao lado de Antônio na sacada do prédio, curtindo a noite.
Antônio - Eu não bebo. Sou muito fraco pra bebida.
Rodrigo - Só um golinho, vai!!!
Rodrigo queria contar sobre Guilherme, mas temia que falar sobre o pai de Antônio pudesse estragar aquele momento tão gostoso.
Antônio se ajeitou no sofá, puxando Rodrigo pra seu colo, fazendo carinho em sua barba.
Antônio - Você ainda não me contou porque trocou de carro.
Rodrigo - Foi conselho seu.
Antônio - Pois é, ainda mais agora que estamos desempregados né?
Rodrigo - Não por muito tempo. Disse Rodrigo, com bastante certeza.
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Stela - Transito horrível, cidade horrorosa.
Carlos - Pelo visto esta com um excelente humor.
Stela - O que faz aqui?
Carlos - Cheguei a pouco de viagem.
Carlos - Vai jantar? Estou morrendo de fome.
Stela - Estou sem apetite.
Carlos - O que aconteceu mulher?
Stela - Encontrei com o Rodrigo na adega. Ele estava com aquele Antônio e pior, num carro horrível.
Stela - Não sei o que esta acontecendo com nosso filho, ele esta se afastando cada vez mais de nós, dessa casa.
Carlos - Ele estava com o Antônio?
Stela - Sim, aquela praga grudou nele e parece não querer largar mais.
Stela - Você tinha que ver o carro que ele dirigia.
Stela - Ele deve estar vendendo tudo que tem, daqui a pouco vende até o apartamento.
Carlos - Não, o apartamento era da Elisa e dele, foi dado a ele pensando nos garotos.
Stela - Você tem que levar o Rodrigo de volta para o escritório, trazer ele de volta para o nosso mundo.
Carlos - Eu já tentei, mas ele esta irredutível.
Carlos - Toda essa fortuna que acumulei durante décadas é para os nossos filhos.
Carlos - Desde sempre já estava decidido, o Rodrigo iria me substituir, tomaria conta dos negócios.
Carlos - E ele que eu quero ocupando o meu lugar.
Stela - Então faça isso acontecer Carlos.
Stela - Nós nos sacrificamos tanto, investimos tanto...
Carlos - Por favor Stela, não fale desse assunto agora.
Stela - Nada pode ter sido em vão...
Carlos - Por favor, já disse pra não falar sobre esse assunto.
Carlos - Amanha vou resolver isso, o Rodrigo voltara para o escritório. Sinto que ele esta preparado, ele esta diferente, mais maduro.
Stela - Acho bom.
Stela subiu as escadas enquanto Maria escutava toda a conversa atrás de uma porta.
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Diferente das ultimas noites, Antônio dormiu como um anjo. Não teve nenhum pesadelo.
Acordou com Rodrigo abraçado ao seu corpo, o apertando ainda mais, quando tentava sair da cama.
Antônio - Bom dia!!!
Rodrigo - Bom dia ursão.
Mesmo com o cabelo todo fuçado, Antônio era uma graça quando acordava. Antes que os filhos acordassem, tomaram uma ducha a dois, com direito a alguns sarros só pra descontrair.
Antônio - Nem tenho roupa aqui.
Rodrigo - Use uma minha.
Antônio - Pode ser, vai ficar meio largo, pois você é mais cheinho.
Rodrigo fez uma cara feia na hora.
Rodrigo - Não sou gordo, sou mais musculoso e forte que você.
Rodrigo - Ah se eu te pego Antônio, quero ver você se soltar.
Antônio - Morrendo de medo.
Os meninos acordaram e o silencio que imperava deu lugar a risadas, gritos, coisas caindo no chão, pois por onde Rafael e Arthur passavam deixavam um rastro de bagunça.
Rafael - Papai, o Arthur fez xixi na cama de novo.
Rodrigo - Porque filho? O papai já ensinou você a usar o troninho.
Arthur - Mas eu não consigo, o meu piru começa a fazer xixi sozinho.
Antônio deu banho no garoto, enquanto Rodrigo terminava de fazer o café.
Rodrigo - Vou leva-los a creche e depois o Valdir vai leva-los até a casa do meu pai, é dia deles ficarem lá.
Antônio - Pena.
Rodrigo - Mas o lado bom é que a noite será só nossa.
Rodrigo estava decidido a contar para Antônio sobre o irmão, estava esperançoso que encontraria Guilherme naquele dia, mas para tudo dependeria de Antônio.
Rodrigo - Vou levar as crianças até a creche, você me espera? Tenho um assunto sério pra falar contigo.
Antônio - Que assunto? Fale?
Antônio já começou a ficar nervoso e não descansou enquanto Rodrigo não disse do que se tratava.
Rodrigo - E sobre seu irmão.
Antônio - Acharam o meu irmão?
Rodrigo - Não, ainda não. Espere-me e lhe conto tudo quando eu voltar.
Antônio ficou feliz e ao mesmo tempo nervoso, mas como tinha total confiança em Rodrigo, tentou manter-se calmo.
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Enquanto isso...
O detetive que Rodrigo havia contrato chegava a seu escritório e de imediato foi avisado por sua secretária de uma encomenda que veio pelo correio.
- Chegou a pouco pelo correio.
Claudio - Deve ser a ficha que veio do orfanato.
O homem pegou a pacote e entrando em sua sala foi abrindo.
Claudio - Finalmente a ficha do menino Guilherme.
Claudio - Vamos ver o que isso pode me ajudar.
Com cuidado o detetive foi folheando os registros, ficando ainda mais preocupado.
Claudio - Não entendo!! Como pode isso?
Claudio - Isso muda tudo, tudo.
==
Carlos - Bom dia!!! A Alice já foi para o escritório?
Stela - Resolveu ir hoje, ela ainda esta muito abalada com o fim do namoro.
Carlos - Já deu isso né? O que falta a ela é ser mais forte.
Stela - E você, vai resolver o assunto de ontem?
Carlos - Sim, vou pedir pra Simone me ajudar a se reaproximar do Rodrigo.
Stela - Aff, essa Simone? Não confio nem um pouco nela.
Carlos - Você não confia em ninguém Stela.
Carlos - Tenho um compromisso, mas já vou ligar pra ela.
Carlos falou rapidamente com sua secretaria, desligando o celular em seguida.
Stela - O que foi?
Carlos - Ela não esta no escritório. Mas tudo bem, à tarde resolvo isso.
Carlos - Estou atrasado, até a noite.
==
Um tempo depois..
Shirley - Ritinha, estava lhe procurando.
Shirley - Vamos para o refeitório, o almoço já esta pronto.
Ritinha - Eu gosto de brincar aqui fora.
Shirley - Depois você brinca mais.
Shirley pegou a garotinha pelas mãos, indo até o refeitório até ser avisada por uma funcionária que tinha uma visita lhe esperando na diretoria.
Shirley - Leve ela, vou lá ver quem é.
Shirley - Boa tarde!!!!
Shirley - Você!!! O que faz aqui?
- Esta surpresa com a minha visita?
Shirley - Você esta se arriscando demais em vir aqui, eu não posso me comprometer...
- Você esta comprometida até o pescoço Shirley.
Shirley - Pare com isso.
Muito nervosa, Shirley trancou a porta para conversar com a pessoa misteriosa.
Shirley - O que você quer?
- Me fale a verdade..
Shirley - Eu já lhe disse tudo.
- Não confio em você.
Shirley - Fiz como você pediu.
Shirley - Nem existe mais a ficha do garoto.
- Espero que o que eu esteja pensando não seja verdade, pois...
Shirley - Eu já lhe disse tudo, por favor, vai embora.
==
Antônio tentou se distrair, mas Rodrigo já estava demorando mais que o normal. Tentou se distrair, até que recebeu um telefonema de Cris.
Antônio - Oi Cris!!!
Antônio escutava a amiga e pouco a pouco sua feição foi mudando.
Antônio - Você tem certeza disso?
Antônio - Meu Deus!!! Eu estou indo pra ai.
Antônio desligou o telefone e escreveu um bilhete para Rodrigo, pois ele não atendia no celular.
Atravessando a cidade, chegou até o salão de Cris, metralhando um monte de perguntas.
Cris - Se acalme.
Antônio - Não quero me acalmar, quem lhe contou isso?
Cris - Foi o Romeu, ele encontrou o Guilherme.
Antônio - Onde? Vamos até la.
Cris - Se acalme, vamos com calma. Ele pode se assustar e fugir de você como da outra vez.
Cris - Ele conseguiu até uma foto.
Antônio - Uma foto? Cade? Deixa eu ver..
Cris procurou, mas não encontrou a foto.
Cris - Acho que o Romeu levou com ele. Tem um funcionário dele na porta da pensão, monitorando seu irmão.
Antônio - Você viu o meu irmão? Ele se parece comigo?
Cris - Não sei lhe dizer. Ele tem o cabelo parecido, é bonito...
Antônio começou a sorrir, emocionado.
Cris - Ei meu amigo, acho que chegou o momento que você tanto esperou.
Cris ligou para Romeu, que pediu para se encontrem com ele.
Bruno - Ei, o que esta pegando aqui?
Cris - Não tenho tempo pra explicar, temos que ir Antônio.
Bruno dirigia enquanto Antônio tentava ligar para Rodrigo, sem sucesso.
Cris - Se acalme Antônio, deixe que eu tento ligar para o Rodrigo do meu celular.
==
Já era noite quando Cris conseguiu falar com Rodrigo informando o que acontecia.
Enquanto isso...
- Boa noite rapaz, e ai? Conseguiu emprego?
O rapaz respondeu ao recepcionista e em seguida foi para seu quarto. Um tempo depois retornou com outra roupa e com os cabelos molhados.
Mal saiu pela recepção e Antônio invadiu a pensão, sendo seguido por Cris, Bruno e Romeu.
Antônio - Por favor. Quero falar com o hospede Guilherme.
- Guilherme de que?
Bruno - Sei la meu amigo, não deve ter tantos Guilherme hospedados aqui.
Antônio - Por favor, você pode me indicar o quarto do Guilherme.
- Ele não esta. Alias acabou de sair, não esbarram com ele?
Antônio - Saiu??? Saiu pra onde?
- Não sei, mas saiu nesse momento.
Cris - Como ele estava vestido?
- Vocês são da policia?
- Ele saiu não faz dois minutos, esta com uma camisa vermelha, um jeans...
Antônio nem esperou o homem terminar de falar e saiu correndo pela rua.
Sentindo uma emoção muito forte, Antônio se deixou guiar, correndo pelas ruas, atravessando entre os carros.
Passando por uma praça, avistou mais a frente um homem vestido como o recepcionista relatou.
Antônio - Guilherme!!!
Antônio correu, enquanto o homem atravessava a rua. Ofegante, Antônio parou na calçada, agora falando alto.
Antônio - Guilherme!!!
O rapaz não respondeu, continuando a andar. Antônio insistiu, chamando o rapaz novamente.
Antônio - Guilherme!!!
O rapaz agora sim pareceu ter ouvido. Virando o corpo, Guilherme olhou para Antônio, que estava a poucos metros dele.
Antônio - Guilherme!!! Sou eu, Antônio.
Guilherme - Antônio..
Antônio já estava com os olhos cheios de lágrimas, depois de muitos anos estava frente a frente com seu irmão.
Antônio - Meu irmão.
Seu coração disparava sem parar, suas mãos e pernas tremiam. Esquecendo tudo a sua volta, Antônio só voltou a realidade com o barulho daquele carro que atingiu em cheio seu irmão.
Antônio - GUILHERME!!!!!!!!!!!!!!!
Continua...