Ola pessoal, desculpe a demora pra postar, mas estava naquele clima de falta de criatividade ainda mais pra pensar no primeiro beijo do casal. Espero que gostem, beijos!!!!
Guiiinhooo, obrigado meu querido, sua opinião é muito importante pra mim. Espero lhe surpreender ainda mais.
Luk Bittencourt, Então meu querido, é assim!!! Voce quer que alguém morra porque odeia essa pessoa, quando vc não quer mais que ele morra é porque não a odeia mais, ou seja, já esta amando, kkkk. Acho que mais pra frente você vai pedir pra eu matar o Carlos. A Cris é uma sem noção, uma pobretona nada chique, já os meninos acham que o Antônio não é um homem adulto, mas sim um amiguinho deles.
Agora sobre seu segundo comentário, que odeio é esse menino? rsrs
Monster, no próximo capitulo o Rodrigo ira sofrer bastante, você ainda ira se apaixonar por ele. Mil desculpas minha querida, é um erro imperdoável esquecer de citar alguém, mas não achei sua mensagem. Beijos.
SuUh16, sim o Rodrigo esta mudando, graças ao Antônio e formarão sim um belo casal.
Martines, nossa, obrigado pelos elogios, sim eles estão se descobrindo, alias, será uma relação de descobertas, afinal será a primeira vez que eles se apaixonam de verdade mesmo. Bom, a Stela sempre será uma barreira, eles enfrentarão o preconceito, enfrentarão ainda duas pessoas que já estão agindo contra eles, mas o motivo pra isso ainda é um mistério. O Guilherme é um trunfo que usarei mais pra frente, mas que mulher é essa que você citou? Não entendi. Calma, agora rola o primeiro beijo, mas eles irão transar demais, kkkk. Mas me ajude, quem é ativo, quem, é passivo?
Ru/Ruanito, tadinho do Antônio se vc cortar o pinto do Rodrigo, kkkk. A Stela ainda vai aprontar muito.
Drica (Drikita), calma, beijos é que não faltarão, alias eles vão se beijar muito. Você ainda irá se surpreender muito com o Rodrigo, acho que nesse capitulo já deu pra perceber o verdadeiro Rodrigo voltando a tona. Beijos minha querida. Olha, não li o conto desse outro autor, mas meu conto é despretensioso, rs. Não pretendo causar nada a ninguém, mas de onde você tirou todas essas conclusões? Fique tranquilo, meu conto não será capaz de lhe levar para a terapia, é apenas uma historia de amor, mas reforço, o Antônio terá que fazer uma escolha sim, e tudo que a cigana disse é verdade.Relaxe, kkk, afinal agora os meninos irão se beijar bastante, mas adorei suas conclusões, vou bagunçar mais sua cabeça nos próximos capítulos.
Ninha M, obrigado minha querida, mas calmo o beijo esta chegando, alias, o que não faltara é beijo nessa história. Beijao.
sonhadora19, pra você ver o que o amor é capaz de fazer, aquele cara arrogante mudou, virando esse cara super do bem, apaixonado. A Stela é insuportável mesmo, ja o Carlos irá fazer algo meio pesado no próximo capítulo. A Simone ainda não teve o devido espaço na história, mas ela é uma personagem muito importante, assim como o Marcio. O Arthur e o Rafa acho que aceitariam numa boa o pai com o Antônio. Obrigado minha querida.
Drica Telles(VCMEDS), pois é o Rodrigo acertou em cheio no presente. E eles são neném sim, apesar de as vezes agirem como dois terroristas mirins, rsrs. A Cris é meio desaforada e meio folgada também, já a Stela é um porre de mulher.
Geomateus, pois é, o amor realmente muda as pessoas, o verdadeiro Rodrigo estava escondido debaixo daquela casca do Rodrigo mal, acho que nesse capítulo deu pra ver bastante como é o Rodrigo verdadeiro.
Amygah22, que bom que esteja gostando, mas então, creio que terão duas mortes, elas serão essenciais para a história e serão dois personagens importantes. Então, meus personagens são sempre peludinhos, é porque a maioria dos contos são sempre adolescentes lindos, sarados, lisos, eu prefiro os homens normais, mais comuns e nesse conto você terá uma supressa em relação aos pelos, kkkk.
TRenattoZ, kkk eles vão se entender sim, mas sabe que consigo ver os dois como ativos e também como passivos. Esta difícil decidir isso.
afonsotico, obrigado meu querido, que bom que esteja gostando.
CrisBR1, ola meu querido, a intenção é essa mesmo, criar uma aproximação natural e envolvente. Quero saber quando irei ler uma nova história sua por aqui?
Tay Chris, sim sera bem calma e natural, até que os dois se rendam a paixão.
Helloo, você vai gostar ainda mais, pretendo fazer ele sofrer mais um pouco. Então, é que todo mundo pediu o Antônio fazendo o Rodrigo sofrer, dai pensei em fazer o Rodrigo perder a guarda dos filhos, por culpa do Antônio, kkk, ué o pessoal pede, eu já penso na hora.
CDC✈LCS, vc ira gostar demais, o verdadeiro Rodrigo é um cara sensível, apaixonado, amoroso, mas ainda pode levar alguns defeitinhos do Rodrigo anterior, mas nada que atrapalhe.
Stark01, que bom que esteja gostando, mas o Rodrigo ira mostrar seu verdadeiro caráter. Você ira mudar seu conceito sobre ele. Grande abraço.
Anjo Sedutora, pois é, o Rafa e o Arthur são duas coisas mais gostosas desse mundo. A Stela merecia uma torta na cara mesmo, a mulher é um porre. O Rodrigo não tem experiência com homens e essa naturalidade dele é que a sexualidade dele não é algo novo, é algo que ele sempre tentou viver mas nunca conseguiu.
Plutão, hehe, o Rafa ficou super feliz mesmo, mas adorei sua ideia de criar um apelido pro Antônio, mas já usei ursinho no meu primeiro conto, então nesse o Antônio seria o ursão, mas tem mais um urso na historia, kkkk, logo você ira descobrir. Pois é, acho que o negocio é esse mesmo, o Antônio ao lado do Rodrigo, o ajudando a mudar. Beijão meu querido.
Renan46a, obrigado pelos elogios, alias só consigo escrever depois de ler os comentários de vocês, esse feedback é muito legal. Fique tranquilo, sempre terminei minhas historias, mesmo que eu demore pra postar. Grande abraço.
robinhuu19-87, pois é, ele esta virando um paizão mesmo. Mas agora ele terá um parceiro ao seu lado, o Antônio, dai sim ele se tornara um homem bom de verdade.
Então, sobre os vilões, eles já estão agindo na história faz tempo. Pense nas coisas ruins que já aconteceram com os protagonistas, rsrs. Então, nunca coloco meus personagens como bonitões, perfeitos, mas acho legal cada leitor pensar numa imagem pra se identificar, kkkk. Acho que o Antônio não é tão lindo assim não, mas sobre o Henry Cavill, tenho que lhe avisar uma coisa, ele é o grande amor da minha vida kkkk, só falta nós dois nos conhecermos, o homem lindo, deve ser lindo até fazendo o numero dois no banheiro, kkk.
Vitor Gabriel, inveja do rafa é ter um pai como o Rodrigo, gostosao, rsrs. Sabia que você iria se encantar com o Rodrigo. Acho que no próximo capítulo o Rodrigo ira sofrer bastante e quanto as coisas que ele fez contra o Antônio, isso ainda vira a tona, até porque o Antônio nunca confirmou que o Rodrigo tentou prejudica-lo propositalmente. Então, sobre a Stela, ela é apenas chatinha, mas se ela for uma vilã terrível, dai sim, ela terá um castigo a altura. Você terá sim cenas muito calientes, alias, os dois vão brincar muito, kkkkk. Achei interessante sua teoria sobre o Marcio e não descarto nenhuma ideia que vocês me dão. Alias, demorei pra postar porque estava sem criatividade, se vc soubesse quantas vezes mudei esse capitulo e quanto tempo fiquei escrevendo. Então, não tenho ideia ainda da quantidade de capítulos. O s dois irão se acertar, beijar muitoooooooooooooo, depois o Guilherme entra, dai acontece uma coisa e depois uma reviravolta na historia, dai terá a primeira morte e o primeiro vilão é revelado. Ufa, vamos ver no que vai dar. Vou pensar sobre o Carlos, alias não sei porque o pessoa adora ele. Beijão.
R.Ribeiro, também adoro os dois, eles são terríveis mesmo, rsrs, e irão aprontar muito ainda. Grande abraço.
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Rodrigo colocou a mão direita sobre a perna de Antônio, olhando em seus olhos.
Rodrigo - Eu queria que você conhecesse o outro Rodrigo.
Rodrigo - O Rodrigo de alguns anos atrás.
Antônio colocou sua mão sobre as mãos de Rodrigo, que ainda estavam sobre sua perna.
Antônio - Então me mostre o outro Rodrigo, quero muito conhece-lo.
Os dois se encaravam, um esperava uma atitude do outro, mas nenhum ousou seguir a diante.
Aos poucos o dia ia nascendo e ainda sentado em frente a barraca, Antônio dormia com a cabeça encostada próximo ao rosto de Rodrigo, que por sua vez, dormia com a cabeça sobre o peito de Antônio, abraçado ao seu corpo.
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Capítulo 17
Aos poucos Antônio ia abrindo os olhos, ainda sentindo o corpo todo torto por ter dormido sentado. Ao despertar, sentiu seu corpo abraçado e imediatamente se deu conta que Rodrigo estava dormindo, abraçado ao seu peito.
Com o rosto ao lado do de Rodrigo, os lábios de Antônio tocavam sem querer sua testa e cabeça.
Antônio sentia uma sensação gostosa, algo que nunca havia experimentado e sem medo, abraçou Rodrigo que aos poucos também começou a despertar, deixando Antônio sem jeito.
Rodrigo apertou ainda mais o corpo de Antônio, esparramando a mão esquerda no peito do rapaz, só então se dando conta de onde estava, despertando de vez.
Rodrigo - Desculpa, nossa, acho que apaguei.
Antônio também tirou as mãos do corpo do rapaz e antes mesmo de dizer algo levou um susto com a plateia que assistia tudo aquilo. Rafael e Arthur estavam sentados em frente à barraca, com as mãos sobre os joelhos.
Rodrigo notou o desconforto de Antônio e logo notou os filhos, que miravam os olhos diretamente neles.
Rodrigo - Filho!!
Como se fosse duas crianças que fizeram arte, trataram de dar explicações, antes mesmo que alguém pedisse.
Rafael - Porque vocês dormiram aqui?
Arthur - Porque você estava no colo dele?
Embora não tivessem feito nada demais, Rodrigo começou a se atrapalhar na hora de responder os filhos, que não deram trégua.
Rafael - Você estava com medo do urso papai?
Antônio sentiu vontade de dar uma risada, com a inocência dos meninos.
Rodrigo - Filho, não tem urso aqui na floresta;
Arthur - Não precisa ficar com medo papai, o tio Antônio protege a gente.
Meio enciumados, os garotos foram até Antônio, fazendo com que Rodrigo se afastasse, mudando de assunto.
Os quatros tomaram café e começaram a traçar as atividades do dia.
Rodrigo - Hoje vamos numa cachoeira que tem aqui perto, nadar.
Rafael - Mas tem jacaré la papai.
Rodrigo - Esse menino adora bicho mesmo.
Rodrigo foi arrumar a barraca e ficou assustado com a quantidade de tranqueiras que os filhos trouxeram em suas mochilas.
Ao contrario da noite, o dia era de um calor infernal e como todo pai zeloso, Rodrigo passou protetor solar nos filhos, deixando os meninos felizes, por se sentirem cuidados pelo pai.
Antônio entrou na barraca no exato momento que Rodrigo trocava de roupa, quase o flagrando nu.
Antônio - desculpa!
Rodrigo - Fique a vontade, já me troquei.
Antônio - Só vim pegar uma bermuda.
Rodrigo - Não trouxe sunga?
Antônio - Vou de bermuda mesmo.
Rodrigo - Tenho uma sunga aqui, é nova, nunca usei. Fique com ela.
Antônio negou, mas Rodrigo insistia e com seu jeito autoritário quase obrigou Antônio aceitar.
A cachoeira era linda e não havia muitas pessoas no lugar. Rafael e Arthur já estavam de sunga, loucos pra ir pra água.
Rafael - Vamos logo papai.
Rodrigo - Calma, vou colocar nossas coisas aqui, mas que pressa é essa?
Antônio tirou o calção que usava, ficando apenas de sunga. Uma sunga vermelha, valorizando ainda mais seu corpo.
Rodrigo não deixou de notar o corpo de Antônio, todo preocupado, segurou forte nas mãos dos garotos, os levando para a água.
Rodrigo arrumava as cadeiras que trouxe e com o rabo de olho ficava olhando Antônio, com seus filhos pendurados em seu peito.
As crianças se divertiam na água, fazendo bagunça, jogando água um no outro. Quando Antônio se deu conta, Rodrigo já estava de frente pra eles, pegando Arthur no colo.
Ficou brincando um tempo com Arthur e depois revezando com Rafael. Rodrigo parecia que queria recuperar o tempo perdido e viu como era fácil fazer os filhos sorrirem.
Diferente de Antônio, Rodrigo não tinha cabelos para os filhos agarrem, mas mesmo assim grudavam em sua careca, tentando não se afundar.
Arthur - Papai, estou com fome.
Rafael - Eu também.
Rodrigo - Mas já?
Saindo da água com os filhos, Antônio finalmente pode ver melhor o corpo de Rodrigo, que usava uma sunga branca, mostrando suas coxas grossas. Diferente do seu peito liso, Rodrigo tinha pelos nas pernas e aparentemente na virilha.
Rodrigo - Vem comer Antônio.
Em pé e com as mãos na cintura, Rodrigo chamava Antônio, que preferiu ficar na água.
Antônio - Estou sem fome.
Na verdade era apenas uma desculpa, Antônio preferiu ficar na água, pois não conseguiria disfarçar sua ereção, já que a sunga que usava estava quase explodindo.
Antônio ficou na agua e aos poucos se distraiu, olhando a paisagem, até ser surpreendido por Rodrigo.
Rodrigo - Já que não saiu quis comer, fiz um sanduiche e um suco, espero que goste.
Mesmo que não estivesse com fome, Antônio não deixaria de aceitar, o modo como Rodrigo o tratava, estava o deixando cada vez mais encantado.
A noite comeram, se divertiram mais um pouco e depois foram para a barraca.
Antônio - Você ainda não escolheu um nome pra ele?
Rafael - Ele vai chamar Chico, tio Tonio.
Rodrigo - É, ele tem cara de Chico, né Chiquinho.
Rodrigo ficou acariciando o cãozinho, mas não por muito tempo, já que Rafael não desgrudava dele.
Não demorou e os garotos capotaram na barraca, dormindo como dois anjinhos.
Rodrigo - Estou com o ombro dolorido de tanto carregar esses moleques.
Antônio - Até parece, você é forte, é..
Percebendo a burrada que tinha falado, Antônio tentou consertar.
Antônio - Quis dizer, eles são leves.
Rodrigo - E você, se divertiu?
Antônio - Sim, demais mesmo.
Rodrigo - Podemos voltar em outra ocasião.
Antônio - Você tem seus amigos, sua galera, não precisa me chamar só por causa dos meninos.
Rodrigo - Eu? Amigos?
Rodrigo - Nunca tive amigos Antônio.
Antônio - Como não?
Rodrigo - As pessoas sempre se aproximaram de mim por conta do que eu tenho, do que sou.
Antônio - Deve ser ruim isso.
Rodrigo - Você é diferente. Sei lá, você parece natural, autentico.
Antônio - Sou apenas um cara comum.
Rodrigo - Acho que é esse o seu diferencial.
Rodrigo ficou olhando para Antônio, que sem graça mudou de assunto.
Antônio - Hoje pelo menos não vamos dormir lá fora.
Antônio - Tadinho do Rafa, iria acordar achando que o urso comeu nós dois.
Rodrigo - Esses garotos são cheios de imaginação mesmo.
O final de semana tinha sido maravilhoso, Rodrigo deixou os filhos na casa do pai e em seguida levou Antônio embora.
Carlos - Seu pai não entrou?
Maria - Ele estava com pressa.
Rafael - Foi bem legal vô, nós fizemos fogueira, barraca, depois nadamos.
Arthur - O papai disse que vai levar a gente de novo la.
Carlos ficou surpreso com as mudanças do filho, o entusiasmo dos garotos era a prova disso.
Rafael - E ele vai chamar o tio Antônio de novo.
Carlos - O vô esta muito feliz por vocês.
Alice - Não sabia que o Antônio e o Rodrigo eram amigos assim.
Stela - Ele deve estar de olho nas oportunidades que pode ter, se aproximando de nós.
Carlos - Não seja venenosa Stela, nem todo mundo pensa só em dinheiro e status.
Rafael - O tio Antônio é maior legal vó.
Aproveitando que o marido saiu, Stela tratou de destilar seu veneno.
Stela - Queridos, a vovó vai explicar uma coisa. Vocês dois só tem uma tia, a tia Alice.
=
Rodrigo - Esta entregue.
Os dois saíram do carro, Antônio estendeu a mão, mas Rodrigo deu um abraço forte.
Rodrigo - Então fica assim.
Antônio - Mais uma vez obrigado.
Rodrigo entrou no carro e Antônio ficou na rua, até que o veículo virasse a esquina. Foi só entrar em casa e a campainha já tocou. Com o sorriso no rosto, achou que fosse Rodrigo novamente.
Cris - Surprise!!!
Cris invadiu sua casa, já fazendo um monte de perguntas.
Cris - Pode tirar esse sorrisinho da cara, que não sou o bad boy.
Antônio - O que esta fazendo aqui?
Cris - Quero saber todos os detalhes da viagem. E ai, rolou?
Antônio - Rolou o que?
Cris - Ai Antônio, deixa de ser mosca morta.
Não conseguindo esconder sua cara de felicidade, Antônio se rendeu a amiga.
Antônio - O Rodrigo é apenas pai dos garotos, que eu gosto muito.
Cris - Uhuh, sei.
Cris - Falando sério agora Antônio, você esta apaixonado?
Antônio - Só me apaixonei uma vez Cris, e você sabe o fim que deu.
Antônio - Prometi a mim mesmo que nunca mais iria passar o que eu passei com o Marcelo.
Cris - Não ia com a cara do Marcelo e também não vou com a cara desse Rodrigo, mas você esta diferente, seus olhos, seu sorriso.
Antônio - Bobagem sua.
Cris - Tonio, não se prive de ser feliz. Pare de lutar contra seus sentimentos, mesmo que seja por esse Rodrigo.
Antônio mudou seu olhar, ficando um pouco triste.
Antônio - E o que quer que eu faça?
Cris - Mostre seus sentimentos, fale tudo isso a ele.
Antônio - Mas Cris...não consigo, tenho medo..e se ele..
Cris - Dane-se o resto Antônio. Se ele não retribuir, bola pra frente.
Antônio - Tenho medo de sofrer de novo.
Antônio - Tenho medo de ser traído novamente.
Cris - Amar sem sofrer é algo que ainda não existe meu querido.
Cris - E além do mais, se você se apaixonar, você ira encontrar seu irmão.
Antônio - O que?
Cris - Lembra-se da previsão da Tania?
Cris - Antônio, você tinha que ensinar alguém a amar, mostrar o que é o amor.
Cris - Você ainda não se deu conta de tudo que esta acontecendo em sua vida? Você ainda não percebeu, mas você esta transformando esse cara em outro.
Antônio ficou olhando para Cris, tentando não admitir a razão da amiga.
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Rodrigo dormiu como uma pedra, mas iniciou a semana cheio de problemas. Logo de manhã recebeu uma carta com a audiência que seu pai moveu, requerendo a guarda de Rafael e Arthur.
Rodrigo sabia que o pai era um homem que cumpria suas ameaças, mas nesse caso não achou que ele iria adiante. Em outras situações já teria ido até ele e explodido, mas dessa vez teve outra atitude.
Ao contrário de Rodrigo, Antônio teve um dia de grandes surpresas. Carlos o procurou, oferecendo seu emprego de volta.
Antônio se sentiu lisonjeado, mas recusou a oferta, agradecendo o poderoso empresário que não gostou de ouvir um não, acatando sua decisão.
Carlos - Tem certeza disso?
Antônio - Sim, seu Carlos. Eu nem tenho palavras para agradecer ao senhor, mas eu estou feliz desse meu jeito.
Antônio - Obrigado pela confiança.
Carlos - Antônio, eu me simpatizei com você desde que lhe conheci.
Carlos - Vejo você como um filho e fique certo que as portas da minha empresa estarão sempre abertas pra você.
Antônio agradeceu e foi para a casa. Enquanto prepara o jantar, ficou mexendo no celular, olhando as fotos do acampamento.
Estava olhando uma foto de Rodrigo, quando sua campainha tocou.
Antônio - Rodrigo!!!
Rodrigo - Desculpa vir assim.
Diferente das outras vezes, Antônio recebeu o rapaz de braços aberto.
Antônio - Aconteceu alguma coisa? Você parece meio preocupado.
Rodrigo estava meio sem jeito, ainda preocupado com a possibilidade de perder os filhos.
Rodrigo - Eu.. eu..
Antônio deu um sorriso e foi até o rapaz, o levando até o sofá.
Antônio - Fale! Você parece meio aflito.
Rodrigo respirou fundo e deixou a vergonha de lado.
Rodrigo - Sabe o que é? Estava precisando conversar com alguém.
Rodrigo - Não tenho amigos Antônio, ninguém pra desabafar e isso as vezes é tão ruim.
Antônio - Poxa cara, eu sei como é isso. Não tenho família e me criei sozinho.
Rodrigo - Pois é, eu tenho família, mas ao mesmo tempo me sinto tão sozinho.
Rodrigo - Minha irmã é maravilhosa, mas é muito inocente, dai tem minha mãe, meu pai nem se fala.
Antônio - Você tem a Maria.
Rodrigo - Sim, mas as veze sinto necessidade de falar com outra pessoa.
Antônio - Aconteceu alguma coisa?
Rodrigo era do tipo durão e apesar de estar se abrindo com Antônio, preferiu não contar sobre a audiência no fórum.
Antônio - Cara, mas isso é normal, tem dias que estamos ruim, mas nada como um dia após o outro.
Rodrigo - Estou te alugando né? Vou embora.
Antônio - Não, não, imagina.
Antônio - Estava indo preparar alguma coisa pra comer.
Antônio - Se quiser me acompanhar..
Rodrigo ficou sem jeito, mas estava se sentindo tão bem na presença dele, que aceitou.
Os dois ficaram conversando na cozinha, Antônio pegava algumas coisas, sempre acompanhado pelo olhar de Rodrigo.
Antônio - Vou fazer uma macarronada, mas bem simples, é o que tem pra hoje.
Rodrigo - Pelo que vi ai, você tem comida pra fazer um banquete.
Antônio - Exagerado.
Rodrigo - Tive uma ideia, vamos fazer o seguinte....
Rodrigo - Eu cozinho pra você.
Antônio achou graça, mas Rodrigo se levantou, falando sério.
Antônio - Não tem o menor cabimento isso.
Rodrigo - Já que vamos comer massa, então precisamos de um bom vinho.
Rodrigo escreveu alguns nomes num pedaço de papel e abrindo a carteira, tirou algumas cédulas, entregando para Antônio.
Rodrigo - Deixe o jantar comigo e você trate de procurar um desses vinhos.
Antônio falava, mas Rodrigo o empurrava para fora de casa, o levando até o carro.
Antônio - Não sei dirigir esse carro, é automático e tem muito botão.
Rodrigo explicou rapidamente como guiar, enquanto Antônio implorava para ficar.
Rodrigo - Não demore hein.
Antônio saiu em disparada, dando trancos com o carro, fazendo Rodrigo sorrir.
Rodrigo voltou para a casa e arregaçando as mangas iniciou o banquete. Como se fosse sua casa, Rodrigo se sentiu totalmente a vontade.
Antônio voltou um tempo depois, e ainda na porta ficou enfeitiçado com o cheiro que vinha da cozinha.
Rodrigo - Demorou hein!! Trouxe o vinho?
Ao olhar a mesa, Antônio ficou de queixo caído.
Antônio - Você não fez isso? Onde arranjou essas coisas?
Rodrigo - Estava tudo dentro da sua geladeira.
Rodrigo explicou o prato que havia feito, mas Antônio estava interessado mesmo era em comer.
Rodrigo - Esta bom?
Antônio - Você é surpreendente hein.
Rodrigo - Levo jeito na cozinha?
Antônio - Você manda muito bem na cozinha.
Antônio - Esse é um pouco do outro Rodrigo?
Rodrigo ficou meio cabisbaixo, mas confirmou.
Rodrigo - Sim, esse é o Rodrigo que falei que você iria conhecer.
Antônio - O Rodrigo chef de cozinha, gostei.
Rodrigo tomou mais uma taça de vinho, mas Antônio recusou pois era muito fraco pra bebida.
Rodrigo - Você disse que não tem família. Mas e seus pais? Tem irmãos?
Antônio ficou sério, mas respondeu as perguntas dele.
Antônio - Minha mãe morreu quando eu era bem criança, meu pai sumiu no mundo e eu e meu irmão fomos separados.
Antônio - Vive a minha infância em orfanatos, até fui adotado uma vez mas retornei meses depois.
Rodrigo sentiu a tristeza no olhar de Antônio, ao falar de sua infância, e sentou-se ao lado dele, o abraçando.
Rodrigo - Que barra hein cara.
Rodrigo - Mas e seu irmão?
Antônio - Não sei onde ele esta. Ele foi adotado por uma família e sumiu no mundo também.
Antônio - Até tive uma pista dele, mas o perdi novamente.
Rodrigo - Como ele se chama?
Antônio - Guilherme.
Rodrigo - Guilherme!!
Rodrigo segurou na mão de Antônio, mostrando-se bem impressionado com a história dele.
Antônio aceitou o gesto de carinho do rapaz, apertando sua mão também. Rodrigo acariciou o cabelo de Antônio, os dois olhavam fixamente um nos olhos do outro.
Antônio - Rodrigo!!!
Os dois foram se aproximando seus rostos, ficando a milímetros um do outro. Prestes a dar um grande passo, foram interrompidos pelo celular de Rodrigo, que começou a tocar.
Antônio aproveitou a deixa para levantar-se, enquanto Rodrigo atendia ao telefone. Com o clima desfeito, não restou outra alternativa, senão encerrar a noite por ali.
Antônio já estava deitado, quando recebeu uma mensagem de Rodrigo.
Rodrigo - Obrigado pela noite!!!
Antônio - Quero bis.
Rodrigo - Terá.
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Não demorou muito pra esse dia acontecer. Achando que Antônio recusasse o convite, Rodrigo tratou de marcar para um dia que os filhos estivessem em sua casa, para garantir que o rapaz topasse.
Maria - Rodrigo, que surpresa.
Maria - Os meninos já esta prontos, alias não param de perguntar de você.
Rodrigo - E seu Carlos esta ai?
Maria - Seu pai esta viajando a trabalho.
Rodrigo - Maravilha.
Rodrigo aproveitou a ausência do pai e permaneceu mais tempo na mansão.
Rodrigo - Marcio!!! O que faz aqui?
Alice - Rodrigo, que saudade.
Alice foi direto ao irmão, o abraçando.
Stela - Você esta por fora das novidades meu filho.
Alice mostrou o dedo para o irmão, exibindo uma linda aliança dourada.
Rodrigo - O que significa isso?
Alice - Eu e o Marcio estamos namorando.
Rodrigo não escondeu seu descontentamento, saindo imediatamente da sala, indo para o quarto dos filhos.
Rafael - Papai, você demorou!!!
Arthur - A gente não gosta de esperar.
Rodrigo colocou os garotos no colo, dando um beijo em cada um.
Rodrigo - Vocês dois estão muito folgados.
Rafael - O que a gente vai fazer hoje?
Rodrigo - Hoje nós vamos num jantar.
Rodrigo pegou as coisas dos filhos e desceu as escadas.
Rafael - cade o Chico?
Rodrigo nem precisou procurar, só de ouvir os gritos da mãe, já sabia onde estava o cãozinho.
Stela - Esse cachorro cheio de pulga, lambendo minha perna, ai que nojo.
Rafael pegou o bichinho no colo, todo desesperado.
Rafael - Papai, ele lambeu a perna da vovó, ele vai morrer.
Rodrigo achou graça, mas conteve o riso, enquanto Stela passava um pano com álcool na perna.
Marcio tentou fazer uma agradar os garotos, mas Arthur o deixou sem jeito, mostrando a língua.
Rodrigo preparou um jantar maravilhoso e ainda teve o pior, conseguir dar banho nos filhos.
Rodrigo - Vamos receber visita, por tanto espero que vocês dois se comportem.
Rafael - Eu sou o menino bonzinho papai.
Arthur - Eu também.
Rodrigo se arrumou e junto com os filhos ficaram esperando a tal visita. Quando abriu a porta para Antônio, os garotos já pularam em seu colo.
Rafael - Tio Tonio!!!
Rodrigo - Obrigado por ter vindo.
Antônio - Na verdade estou em desvantagem né? Porque na minha casa quem cozinhou foi você.
Os garotos ficaram brincando com Chico, se esparramando no chão, sujando toda roupa.
Rodrigo aproveitou para conversar melhor com Antônio.
Rodrigo - E como anda as coisas? E o trabalho?
Antônio contou sobre o convite de Carlos e depois sobre seu emprego.
Rodrigo - Eu ainda estou esperando, mas até agora ninguém me chamou, é difícil ter no currículo um pai como o Seu Carlos.
Antônio - Você vai encontrar algo a sua altura.
Olhando um porta retrato, Antônio ficou observando os garotos, ainda bebe.
Antônio - Esse é o Rafa?
Rodrigo - É o Arthur.
Rodrigo aproveitou e mostrou um álbum de fotografia onde Antônio conheceu sua falecida esposa.
Antônio - E essa galera aqui?
Rodrigo olhou a foto e deu um sorriso.
Rodrigo - Me encontre.
Antônio - Você não esta aqui.
Antônio forçou a vista e não acreditou quando viu.
Antônio - É você? Esse cara com esse cabelão é você?
Rodrigo apenas afirmou, sorrindo.
Antônio - Cara você era totalmente diferente. Não lembra em nada com você agora.
A cada dia que passava, Antônio ia se surpreendendo ainda mais com Rodrigo, principalmente com seus dotes culinários.
Antônio - Você que preparou tudo isso?
Rafael - Foi o papai tio.
Rodrigo - No final você terá uma surpresinha.
Rodrigo tinha feito um peixe e mais alguns acompanhamentos, deixando Antônio com agua na boca.
Mas o que chamou atenção de Antônio era a maneira como Rodrigo estava cuidando dos filhos.
Arthur fazia birra comer, obrigado Rodrigo a ficar colocando comida em sua boca.
Rodrigo - Prometo que da próxima vez será um jantar mais adulto.
Antônio - Não ligo pra essas coisas, adoro os garotos.
Novamente as sós, os dois voltaram a conversar.
Rodrigo sabia muito bem sobre a sexualidade de Antônio, apesar do rapaz ser do tipo másculo, discreto.
Rodrigo - E você, esta solteiro?
Antônio - Sim, acho que nasci pra ficar sozinho mesmo.
Rodrigo - Escolha sua?
Antônio - Acho que é uma condição mesmo.
Antônio - Só me apaixonei uma vez e me ferrei de verdade, não quero isso de novo.
Rodrigo sentiu aquilo como um balde de água fria. Antônio era péssimo na arte da conquista e nem percebia que estava dando uma bola fora.
Antes de ir embora, Rodrigo foi até a cozinha e voltou com a tal surpresa. Um bolo de chocolate mega recheado com brigadeiro.
Antônio - Não acredito.
Rodrigo - Sei de uns segredinhos seu.
Antônio - A Maria hein, não acredito que mandou ela fazer.
Rodrigo - Para seu governo, quem fez fui eu.
Rafael e Arthur se esbaldaram. Antônio parecia uma criança, também se lambuzando todo de chocolate.
Antônio se despediu das crianças e embora Rodrigo insistisse, preferiu ir embora sozinho.
Rafael - Papai, o tio Antônio é maior legal né?
Rodrigo - Você acha?
Rafael - Sim, ele podia morar aqui com a gente né?
Rodrigo sorriu para o filho, deitando a cabeça em seu colo.
Rodrigo - Faz carinho no papai.
Rafael achou graça aquele baita homem deitado com a cabeça em seu colo e ficou fazendo carinho na careca do pai.
Rafael - Papai, você vai ficar assim pra sempre?
Rodrigo - Assim como?
Rafael - Assim, legal.
Rodrigo - Você acha o papai legal?
Rafael - Antes você era bravo, mas agora você é maior legal.
Rodrigo - O papai vai ser assim pra sempre, legal.
Rafael - Se jura?
Rodrigo virou o filho de costas, fazendo cosquinha nele, deixando o garoto todo feliz.
Ao lado dos filhos, Rodrigo ainda não estava feliz por completo. Ainda faltava um grande amor, alias, ele já existia, só não sabia como chegar até ele, mas Rafael daria um empurrãozinho.
Ao levar os filhos de volta para a mansão, Rodrigo já estava indo embora quando Rafael o gritou.
Rodrigo - O que foi filho?
Rafael - Eu esqueci de entregar pra você papai.
Rodrigo abriu um sorriso enorme ao perceber que se tratava de um desenho feito pelo filho, mas ficou confuso quando viu a folha.
Rodrigo - Esse é diferente.
Rafael - Você não entende papai.
Sentando no colo do pai, Rafael começou a explicar.
Rafael - Esse aqui é eu, o irmão, você e esse aqui é o tio Antônio.
Rodrigo abriu um sorriso enorme ao entender aquele desenho todo desajeitado. Beijando o filho sem parar, ficou agradecendo.
Rodrigo - Obrigado filho.
Rodrigo voltou para sua casa e no caminho ficou repetindo alto no carro.
Rodrigo - Não vou perder mais ninguém que eu amo.
Rodrigo tomou um belo banho, aparou a barba e escolheu a roupa que mais gostosa, se perfumando em seguida.
Sem pensar muito na decisão que havia tomado, pegou o carro e foi até o restaurante onde Antônio fazia bico.
Rodrigo - O Antônio não esta trabalhando hoje?
- Por conta da chuva o movimento esta fraco, ele foi dispensado hoje, saiu não faz muito tempo.
Rodrigo pegou o carro e saiu a procura de Antônio. Guiava atento, tentando acha-lo.
Rodrigo - Cadê você Antônio.
Com a rua deserta, logo viu Antônio mais a frente, todo molhado, tentando em vão escapar da chuva.
Rodrigo parou o carro no mesmo instante e deixando a porta aberta, correu gritando por ele.
Rodrigo - Antônio!!!
Antônio virou-se, levando um susto.
Antônio - Rodrigo? O que houve? Vai dizer que bebeu?
Rodrigo - Preciso falar com você.
Antônio - Você deixou seu carro todo aberto.
Rodrigo - Dane-se o carro, eu quero...
Antônio - Não vou ficar de baixo dessa tempestade, falando com você.
Rodrigo - Por favor, me escuta.
A essas alturas os dois já estavam encharcados. Antônio deu as costas, mas Rodrigo o segurou pelo braço.
Rodrigo - Estou cansado de brigar com você.
Rodrigo - Antônio, eu te amo!!!
Antônio não teve nem tempo de esboçar uma reação, Rodrigo puxou o corpo dele contra o seu e lhe deu um beijo apaixonado.
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Continua...