Olá...olá. Como VCS estão? Pessoal, obrigado pelos comentários e por lerem. Legal que estejam gostando, fico muito feliz, de verdade. Beijos de sangue e fogo para todos... (adorei esse lema... :D) ;)
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Meu pai pela manhã me acordou e disse que não viria almoçar em casa. Perguntou se eu iria sair e disse que a tarde ia com o Cley ao shopping.
— está precisando de alguma coisa?
— não, roupas não. Só pro lanche mesmo.
— a noite eu preciso conversar com você.
— seu plantão não é às sete? Se for sobre ela, nem comece a falar. Desculpa o jeito pai, mas não quero estragar meu dia.
— tudo bem filho, mas esteja em casa..O Cley vai dormir aqui contigo? Meu plantão mudou. Vai das doze ás doze, por isso venho pra casa.
— entendi. Ele vem sim, algum problema?
— não. Só pra saber mesmo. Ele está bem?
— ele me mandou um SMS agora pouco, parece que está sim.
— então tá. Estou no consultório.
Ele saiu e dei uma olhada pro meu quarto. Nunca esteve tão bagunçado. Levantei, escovei os dentes, fui até a cozinha tomar café e vi na geladeira um pote de compota de morango que o Cley comeu quando veio em casa e adorou; meu pai fez a compra do mês e comprou uns três potes pra ele. Peguei a compota de morango e passei na torrada e tomei com um copo de suco integral de uva.
Quando terminei meu café e fuibpeo meu quarto, meu celular tocou e era o número da Beth. Pensei em não atender, mas eu podia ficar fugindo a vida toda. Atendi.
— pode falar.
— você está ocupado?
— estou arrumando meu quarto, mas pode falar.
— seu pai ia falar contigo hoje a noite.
— estou sabendo. Ele sabe que está me ligando?
— sabe sim, acabei de falar com ele. Eu sei que não é fácil pra você, mas eu queria me encontrar contigo. Você escolhe o lugar, eu não me importo.
— eu vou sair hoje a tarde. Vou ao shopping aqui perto de casa mesmo.
— sozinho?
— não. Vou com uma pessoa.
— desculpa, mas é um encontro?
— a gente já namora.
— eu não quero atrapalhar seu namoro.
— então, eu vou ao shopping a tarde, mas a noite lá pelas sete estarei em casa. Meu pai vai estar também, se você quiser falar comigo, liga pra ele e pergunta se ele se importa de nos encontrarmos aqui em casa.
— muito obrigada meu filho. Eu vou ligar agora mesmo. Você não imagina como é importante pra mim você ter aceito esse encontro.
— tudo bem.
Ela desligou e em dez minutos retornou dizendo que meu pai não não havia se oposto. Disse que estaria esperando e desliguei.
Eu não queria ficar pensando nela e comecei a arrumar meu quarto. A diarista chegou e perguntou se eu queria ajuda, disse que estava tudo bem e que apenas levasse as roupas de cama pra lavanderia. Deixei tudo limpo e organizado do jeito que era antes do Cley aparecer na minha vida. Sim, a culpa era dele.
Fui pra sala ver TV e o Cley me ligou:
— acredita que achei meu tênis...
— onde estava? — imaginei a bagunça que estaria o quarto dele.
— debaixo da cama, bem que você me avisou.
— como você não tinha visto?
— tinha uma calça na frente. E antes que você me chame de relaxado como fez a ultima vez, acabei de arrumar tudo.
— que coincidência. Acabei de arrumar meu quarto também, mas não tinha nenhum alien debaixo da cama.
— engraçadinho. Agora fale, você está bem?
— estou. Quando você subir pra gente ir ao shopping, me dá um abraço bem apertado?
— poxa amor, claro que dou. Você não está tão bem assim. Daqui a pouco chego aí e você me fala.
— está bem. Vou te esperar.
Fui tomar banho e enquanto me ensaboava comecei a lembrar da primeira vez que transamos. Lembrar do Cley tão entregue a mim me deixou de pau duro e comecei a me masturbar devagar. Me encostei na parede do banheiro e meu pré-gozo começou a derramar. Apertei forte meu pênis e saiu uma boa quantidade; levei a boca e imaginei ele se deliciando com meu mel. Parei de brincadeira, não queria gozar, não naquele momento. Eu queria gozar com ele e parei. Me troquei e fiquei esperando ele chegar. A diarista foi embora e eu fiquei deitado no sofá da sala.
Acabei pegando no sono e acordei com o barulho da campainha. Era o Cley. Abri a porta e me joguei em seus braços. Ele me abraçou dizendo que estava tudo bem e que estava ali pra cuidar de mim. Ele me deitou no sofá e apoiou minha cabeça em suas pernas. Ficou um bom tempo fazendo carinho no meu cabelo e me virei de frente pra ele. Seu cheiro, tudo nele me acalmava e precisava daquele garoto comigo.
— como pode você ser tão sensível e ao mesmo tempo ser tão mandão quando me tem pra você?
— do mesmo jeito que você é tão marrento e valentão pra me defender, mas quando está comigo na cama, se desmacha em meus braços sendo meu.
— não há um padrão a ser seguido. Me fale, que aconteceu?
Contei a ele sobre minha mãe e o medo de encará-la cara a cara. Eu estava com medo. Seria difícil confiar em suas palavras. Foram tantos anos de abandono e eu não a conhecia. Pedi que fôssemos ao shopping. Eu queria relaxar e esfriar minha cabeça. Eu estava mais calmo e antes de sair do apartamento ele me segurou pelo braço e me puxou pra ele.
— saudade de você.
— e eu então...acredita que tomei do meu pré-gozo enquanto tomava banho?
— jura? Malvado. Não deixou nem um pouco pra mim?
Ele fez uma cara de pidão e pedi qiw se ajoelhasse. Se ajoelhou e devagar foi abrindo o ziper do meu jeans.
— que obediente. Tira pra fora e mama só um pouquinho. Deixa o resto pra mais tarde.
— despeja só uma gotinha?
Me deu um luta tesão ver ele ali com a boca aberta que me masturbei deixando escorrer a baba que ele tanto queria. Ele passou nos lábios e me beijou. Enfiei a mão por dentro de sua calça e ele tirou.
— acabei de tomar banho, ainda não está do jeito que você gosta. Segura tua onda, vamos pro shopping. Quando a gente chegar você da aquela cheirada gostosa.
— por isso que eu te amo tanto. Safado.
Em matéria de sexo a gente se entendia muito bem. Eu estava cada vez mais viciado naquele cheiro de macho suado que as vezes eu pedia pra ele ir ao banheiro mesmo sem ele querer. Eu adorava o gosto salgado que ficava depois que ele urinava e isso fazia minha mente viajar. Ele adorava me ver cheirando, mordendo e sarrando meu rosto em seu pênis por cima da boxer. Ficava todo cheio de si em saber o quanto valor eu dava, mas depois era ele quem subia e descia em mim de uma forma tão deliciosa que se ele pudesse, me teria dentro dele pra sempre. A gente se completava e eu estava disposto a enfrentar quem quer que fosse para não perder o garoto que me fazia feliz.
Paramos com aquela safadeza e fui logo empurrando ele porta a fora, ou não sairiamos nunca.
O shopping estava lotado e a praça de alimentação não havia lugar nem se quisessemos escorar. Resolvemos dar uma volta e esperar o pessoal lanchar. Ele disse que precisava comprar um sapatênis e queria que eu o ajudasse. Entramos na loja e a moça trouxe uns cinco pares que ele havia escolhido.
— Lucas, qual ficou melhor?
— o primeiro e o último.
— ficou bom mesmo?
— amor, leva esses dois que eu te falei. Se eu falei que ficou bonito é porque ficou, oras. — ele me fez uma careta e a moça deu risada dizendo que era melhor ele me ouvir.
— tudo bem então, vou levar os dois. Você precisa de alguma coisa?
— não, obrigado.
— mas vou te dar uma boxer da Calvin Klein.
— bom, já que quer me dar um presente, eu aceito. — ele socou meu ombro e depois que a moça saiu, disse que quem ganharia o presente era ele.
— fala baixo garoto. Nossa!
Saimos da loja e ele quis comer de qualquer maneira. Perguntei se ele havia fumado e me disse que tinha parado de vez. E que era pra eu parar de querer dividir o cigarro depois do sexo. Eu ria litros e disse que era pra ele não se preocupar. Fomos comer e havia uma mesa sobrando no Subway. Fizemos os pedidos e ele repetiu.
— você precisa controlar essa fome.
— não dá. Meu metabolismo está acelerado. Eu comi agora, daqui duas horas vai parecer que tenho um buraco no estômago.
— pelo menos não engorda.
Depois do lanche ficamos andando e ele olhava tudo que era loja até que achou a da Calvin Klein. Entramos e por mais liberdade que tínhamos um com o outro, as vezes eu ficava meio envergonhado. Escolhi uma boxer branca e ele foi tão lindo que pediu pra vendedora embrulhar para presente e me deu na loja mesmo. Quase morri. Ele pagou e eu definitivamente o chamei pra irmos embora. Estava com medo dele fazer mais uma fofura.
Na verdade, eu estava com medo de ver a Beth pela primeira vez depois de anos. Por mais calmo que eu aparentava estar, eu estava nervoso por dentro.
— Lucas, quer ir pra casa amor?
— quero. Se importa?
— claro que não. Você não está legal, eu sei, eu sinto.
— você é uma pessoa tão incrível.
— eu sei. Por isso vou te levar pra casa. Faço um massagem em você.
Não pude resistir e quando chegamos em meu quarto ele foi tirando minha roupa e a dele. Ele pediu que me deitasse e pegou um óleo de banho. Iniciou uma massagem e estava tão bom que por mim poderia não acabar. Eu estava tenso por sabe que logo ela viria em casa. Ouvi a porta sala abrir e o Cley colocou o shorts e eu a boxer. Meu pai havia chegado. Ele bateu no meu quarto e perguntou se podia entrar e disse que sim.
— se arrume, tome um banho e vá pra sala. Sua mãe está ai.
— ela veio contigo?
— veio. Está hospedada num hotel.
— tudo bem.
Meu pai saiu e o Cley me abraçou. Pedi que ele fosse até a sala comigo e ele achou melhor não atrapalhar.
— eu vou ficar aqui pra quando você voltar.
— tudo bem, mas não tome banho.
— como você pode pensar nisso com a sua mãe lá na sala?
— porque dependendo da conversa, você é a única coisa capaz de me acalmar. — disse e ele caiu na gargalhada.
— meu pênis te acalma...eu só sou coadjuvante nessa história.
— nãaaaao...você é muito importante pra mim. Agora venha me dar um banho.
Saí do banheiro e o Cley me beijou. Disse pra eu ir com calma e ouvir o que ela tinha pra dizer. Respirei fundo e quando cheguei na sala ela estava sentada tomando um whisky com meu pai. Eles se levantaram e estendi minha mão. Dissemos oi e me sentei ao lado do meu pai. Ele disse que ia sair, mas pedi que ele ficasse. Ela ficou um bom tempo me olhando.
— você está muito bonito.
— obrigado.
— você disse que está namorando...
— eu prefiro não falar disso agora. Me fala,o que fez você voltar depois de tantos anos?
— foi você, filho.
— você está doente? Eu fiz a mesma pergunta pro meu pai.
Meu pai disse pra eu pegar leve e ela não conseguia me olhar nos olhos. Meu pai foi até a cozinha com a desculpa de fazer um suco e ficamos só nós dois.
— eu não estou doente.
— então... por que você me deixou aqui e foi morar fora? Sabe, antes de você responder, eu espero que você não fale que foi correr atrás de uma carreira de sucesso. Eu aindei pensando muito nisso hoje.
— Lucas....
Ela se levantou e eu fiquei olhando pra ela, imaginando que eu já havia respondido.
— você pode ao menos me olhar nos olhos?
— filho... — ela respirou fundo. Quando casei com seu pai, era muito nova. Seu pai era mais velho, mas eu ainda não tinha dezoito anos. Quando você nasceu eu tinha vinte e dois e acabado de me formar. Meu pai tinha negócios nos EUA e eu queria muito que seu pai fosse comigo. Entende? Mas ele não quis. Quando você fez dois anos mais uma vez eu tive a chance de ser a Executiva que eu sempre sonhei, mas seu pai mais uma vez não me apoiou...
— você está querendo culpar meu pai por você ter me abandonado?
— não... eu...
— você pensou na hipótese de me levar junto?
— eu não poderia. Como iria dar conta de uma empresa tão grande e você ao mesmo tempo?
— eu não estou ouvindo isso... vá embora.
— eu estou arrependida, não me mande embora.
— não, não está arrependida. Você está com peso na consciência. É bem diferente. Você poderia ter dito qualquer coisa. Que foi porque estava doente e seria um processo doloroso de tratamento. Qualquer coisa, mas abandonar um filho por uma realização profissional?? Eu não valia nada pra você? Não significava nada? Eu fui planejado?
— filho...
— me fala! Eu fui planejado? Você alguma vez quis desejou que eu nascesse? Fala! — eu gritei e meu pai pediu pra ela ir embora. Ele estava preocupado.
— não! não! eu quero que era fale. Sabe o que eu sinto? Eu não sinto nada. E eu estou vendo na cara dela que ela também não sente absolutamente nada. Se ela tivesse realmente arrependida, estaria desesperada em falar comigo, mas parece que ela está sendo obrigada.
— não fale assim, filho.
— não me chame assim. Eu não quero ouvir você me chamando desse jeito. Agora responde, eu fui planejado?
— não! Mas isso não significa nada. — significa sim. Se eu tivesse sido uma criança esperada por você, você estaria aqui.
— você me queria pai? — meu pai balançou a cabeça dizendo que sim.
— meu Deus! Está na cara. Meu pai queria, mas você não.
— eu era muito nova.
— e eu era uma criança!!! — gritei mais uma vez. Eu não acredito que você tenha se abalado até o BRASIL, só pra querer ser minha mãe. Você só pode estar de brincadeira. Eu olho pra você e não te enchergo. Você é fria e parece não sofrer por todos esses anos.
— você está sendo justo comigo, garoto. — ela disse meio brava.
— injusto? Eu?
— seu pai poderia ter ido comigo, mas preferiu abraçar o mundo com com esse coração mole que ele tem. Ele poderia ter ido, mas preferiu ficar. Mas isso não vem ao caso. Eu vim porque eu quero me dar bem contigo. Quero me aproximar de você. Eu não podia te levar e achei melhor deixar você com seu pai, eu não te abandonei desse jeito que você fala.
_ em que planeta você vive? Você nunca me ligou, nenhuma carta, email, telefonema, nada.
— de que adiantaria?
Eu queria que ela sumisse da minha frente. Como uma pessoa poderia ser tão sem sentimento?
— claro que adiantaria e muito. Pelo menos pra dizer que me amava, que por mais que estivesse longe, você estaria pensando em mim. Esse tipo de coisa...
— isso faria você criar muitas espectarivas sobre mim.
— e o que você quer comigo agora? Vai embora! Vai!
— você está dificultando as coisas entre a gente, Lucas.
— sai da minha frente!
— eu só quero que a gente se dê bem e que se você quiser, pode ir morar comigo.
— você acha que depois de todos esses anos eu deixaria meu pra ir morar contigo? Eu nunca faria isso. Meu pai me criou sozinho todo esse tempo.
— admiro ele por isso, mas a gente poderia se dar muito bem. Eu só quero que você me perdoe. Eu posso não ter sido a mãe que você sempre sonhou, mas eu estou aqui agora. Me dê uma chance?
— admiração é muito pouco. Ele é um grande homem. Um pai perfeito. Me ama do jeito que sou e não me abandonou por eu ser... — meu pai me interrompeu e disse que era melhor ela ir embora.
Eu fui pro meu quarto e deixei eles na sala. Eu estava nervoso. Na verdade, eu estava furioso. Deixar um filho pra trás e não manter contato porque achou que não adiantaria? O que ela tem no lugar do coração?
Se eu quisesse saber qualquer coisa a respeito de minha mãe, eu estava no lugar errado. Eu teria que ligar para a minha avô, mãe da Beth. Ela não me visitava, mas vezes ou outra ligava pra saber como eu estava.
Me sentei na cama e contei tudo que ela disse.
— eu ouvi alguns gritos.
— eu perdi o controle as vezes.
— pelo que você disse, ela parece não ser uma pessoa muito amorosa.
— Cley, ela não voltou por mim. Eu sinto que tem algo por trás disso. Eu não sei o que é, mas vou descobrir.
— não fique assim.
Meu pai entrou no quarto e o Cley me abraçava. Ele ia se levantar pra deixar meu pai e eu convrsando , mas meu pai disse que não precisava.
— senta Cleyton. Ele vai te contar de qualquer forma.
— isso é verdade. — rimos.
— ela sempre foi assim pai?
— meio fria e distante? Sim! Parece que piorou com o passar dos anos. Eu preciso te contar uma coisa muito importante.
— eu sabia que existe algo por trás disso tudo.
— ela quer te levar pros EUA...
— está de brincadeira né?
— ela acabou de me falar. Claro que se você não quiser, você não vai, mas ela está disposta a te levar.
— por que isso agora?
— não faço a menor ideia. Não fique pensando nisso. Não há juiz no mundo que te obrigue a ir com ela. Eu sempre te criei nas mais perfeitas condições.
— eu não quero ter que olhar de novo.
— vá com calma. Brigar com ela será bem pior.
— pai... o senhor me esconde alguma coisa?
— se eu escondo? Lucas, as vezes um pai esconde coisas de um filho por querer protejer. E se eu escondo é por querer o seu bem.
— eu não estou gostando dessa conversa. Você é meu pai de verdade? Não é? Pai biológico...
— claro que sou, não tem nada haver com isso. Nossa, como pode pensar isso? Somos tão parecidos.
— me fala pai...por favor.
O Cley foi até a cozinha e nos trouxe suco. Meu pai ainda brincou com ele, dizendo que ele andava trabalhando bastante nos últimos dias. Também, depois de cercar toda a horta com aquele alambrado, se o Cley não buscasse um mísero suco, ele não aprendeu nada com a experiência. Meu pai me olhava e começou a falar.
— quando sua mãe foi embora, seu avô, pai dela, pra te compensar, passou pro seu nome 15% das ações da empresa dos EUA...
— como assim?
— ela te representa na empresa de seu avô com esses seus 15%. Entende?
— mais ou menos, mas eu recebo alguma coisa com isso? Digo, dinheiro?
— por você ser menor de idade, ela é a pessoa que te representa. Filho, todo mês é depositado em uma conta em seu nome, um valor, muito, muito significativo.
— mas cadê esse dinheiro?
— eu não mexo nele. O dinheiro é seu Lucas. Eu posso mexer nele, mas a gente vive muito bem com o que ganho, não vivemos?
— claro que vivemos pai. Eu só queria entender... quando ia me contar?
— ano que vem.
— quando eu fizesse dezoito anos...
— isso.
Eu estava ficando confuso. O Cley se sentou ao meu lado e me fazia carinho enquanto meu pai falava. Pelo que meu pai dizia, eu era rico, eu sozinho.
— que maluquice isso pai. Qual o valor desse dinheiro?
— Lucas, é muito dinheiro. Em quinze anos, até mês passado era 70...
— mil?
— não...
— mil..milhões?
— isso.
Ele só poderia estar de brincadeira. Como ele conseguiu esconder tudo isso de mim esse tempo todo?
— pai... diz que é brincadeira...
— eu já volto.
Ele saiu e voltou com uma pasta. Eu abri e havia centenas de extratos e documentos bancários desde a época que ela se foi. Ele poderia ter me falado desse dinheiro.
— por que nunca me disse pai? — ele começou a chorar.
— eu tinha medo.
— medo do que? Não chora pai...
— medo de você querer ir morar com ela, e ficar deslumbrado com tanto dinheiro e acabar se perdendo no mundo. Eu sei que fui egoista, mas eu não queria que você fosse como ela, ambicioso, frio e calculista. Eu sempre te criei com muito amor e nunca te deixei faltar nada. Lembra de quando você ficou internado?
— lembro. Eu fiquei dois meses com pneumonia.
— então, essa foi a única vez que mexi com aquele dinheiro. Pra ajudar no seu tratamento. Eu ainda estava começando e não tinha muitas reservas.Tirando essa vez, nunca toquei naquele dinheiro.
— mesmo tendo todo direito do mundo.
— eu não poderia...
— te amo pai...te amo demais.
— me perdoe.
— esqueça isso.
Ficamos abraçados por um bom tempo e ele foi pro quarto. O Cley brincou dizendo que me amava mais ainda com todo o meu dinheiro. Pulei sobre ele e começamos a lutar. Ele ficou por cima e me olhava com um sorriso safado.
— que cara é essa heim? — disse e ele ria.
— vou te dar seu calmante.
Ele veio por cima se mim e parou com o pênis bem na minha cara. Eu levantei um pouco a cabeça e cheirei sua parte íntima. Estava com aquele cheiro de suor que eu adora e um leve cheiro de urina. Cheirei bastante e ele gemeu. Disse que era pra eu ir devagar
— estou te machucando?
— não amor. É pra você ir curtindo o momento, entende? — ele me matava de rir.
— ahhh tá... tipo uma degustação?
— isso...cheire...dê umas lambidinhas....esfrega a carinha nele.
— você não existe.
Fiquei degustando, como ele havia pedido e pedi pra ele se vestir, eu estava com fome e fomos pra cozinha. Perguntei pro meu pai se ele queria jantar e ele estava bem pensativo. Disse pra ele não se preocupar e que não ia mudar entre a gente. Eu também não parava de pensar em tudo que ele havia me falado, ainda mais sobre aquele dinheiro que sinceramente não me importava. Mas a Beth estava querendo algo de mim e não. Ela não voltou depois de tantos anos pra recuperar meu amor, ela estava querendo outra coisa.
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Continua....