Eu poderia começar dizendo que essa historia é real, poderia dizer que eles dois vivem feliz para sempre. Eu estaria mentindo.
Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
Meu nome é Catherine, tenho 25 anos, solteira, bacharel em direito e já conheci 34 países.
Me considero uma pessoa comum, sem pretensão e com uma alma livre.
Sempre pensei que a frase “Talvez nasci para me apaixonar por lugares e não por pessoas.” me definiria eternamente, ela me definiu por 23 anos.
Como tudo mudou?
Era no dia primeiro de fevereiro de 2013, uma segunda feira e eu estava na sala vip da companhia aérea no GRU (Aeroporto Internacional de Guarulhos), terminando de ler meu livro (O alquimista de Paulo Ceolho), iria para Rye uma pequena cidade localizada no sudeste da Inglaterra. Quando um homem de 1.80, cabelos negros e barba bem cuidada, entrou.
Ele estava lindo, com uniforme alinhado e um sorriso estampado no rosto. Tudo indicava que ele era um piloto e estava iniciando sua jornada de trabalho. Ele me olhou, suspirou profundamente e sentou - se em uma das poltronas em couro bege escuro, me olhou novamente e sorriu. ocorreu um silencio imenso, eramos só nós dois em uma pequena sala vip.
Ele não conseguia disfarçar a ansiedade, mexia o tempo todo os dedos, o cabelo e sua respiração estava um pouco ofegante. O silencio foi interrompido:
- Oi! Me chamo Rômulo, você vai viajar?
- Olá, prazer, Catherine. Sim, vou viajar e você?
- Lindo nome, acho que você já percebeu.
trocamos sorrisos, se passaram alguns minutos e novamente o silencio foi quebrado com uma pergunta.
- Não querendo ser indecente ou invasivo, esse livro é bom?
- Sim, é.
- Você fala pouco.
Apenas sorri. Nunca mais tinha cometido a ousadia de observar o olhar porque um dia ouvi que era falta de educação, mas foi impossível não reparar, ele possuía uma iris fantástica.
- Por que você me olha tanto?
- Eu?
- Sim Catherine, você.
- Desculpa, são seus olhos.
- O que tem meus olhos? ~ disse assustado
- Eles me deixam hipnotizada.
Meu voo foi chamado, não trocamos nenhuma palavra de despedida. Passou mil coisas na minha cabeça, por que falei dos olhos... Não acreditava que tinha cometido a invasão de falar sobre o olhar.
(Olá, leitores... Eu sei que vocês são maravilhosos e bons críticos, sejam sinceros... Beijos e muita felicidade, muito sexo e prazer. Meu e-mail para contato é )